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Relativamente à questão, se o diálogo estabelecido pelo grupo ao longo da realização das tarefas propostas tinha contribuído para a tomada de consciência do que sabia, para a aquisição de novos conceitos, para a aquisição de capacidades necessárias ao trabalho em equipa e para a capacidade de defesa das ideias de cada aluno, verificou- se que a maioria dos alunos concordou ou concordou totalmente, havendo apenas um aluno que considerou que o diálogo estabelecido pelo grupo tinha sido indiferente para a melhoria das suas capacidades para o trabalho em equipa (Figura 17).

47 Figura 17. Questionário de Opinião - O diálogo estabelecido no grupo ajudou-me na clarificação de aspetos, tais como, a tomada de consciência relativamente ao que sabia, a aquisição de novos conceitos, a aquisição de capacidades necessárias ao trabalho em equipa e a capacidade de defesa das minhas ideias.

Relativamente à contribuição dos debates/trocas de ideias ocorridas na turma para a compreensão dos conteúdos, verificou-se que apenas três alunos se manifestaram indiferentes, havendo 13 alunos que concordaram e 7 que concordaram plenamente (Figura 18). 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Discordo totalmente Discordo Não discordo nem concordo Concordo Concordo totalmente

Tomar consciência do que sabia.

Aprender novos conceitos.

Trabalhar em equipa.

Aprender a defender as minhas ideias.

48 Figura 18. Questionário de Opinião - Os debates ou troca de ideias ocorridos na turma ajudaram-me a compreender os conteúdos.

Relativamente aos debates que existiram entre os alunos da turma para a resolução do problema proposto, é notória a opinião favorável relativamente à utilização dos mesmos, 22 alunos manifestaram gostar das aulas em que houve debate, havendo apenas um aluno para o qual os debates foram indiferentes (Figura 19).

Figura 19. Questionário de Opinião - Gostei das aulas em que houve debates entre a turma. 0 2 4 6 8 10 12 14 Discordo totalmente

Discordo Não discordo nem concordo Concordo Concordo totalmente 0 2 4 6 8 10 12 14 Discordo totalmente

Discordo Não discordo nem concordo

Concordo Concordo totalmente

49 Relativamente à resolução do problema proposto através de trabalho em grupo de dois ou três elementos, generalizou-se a opinião favorável, uma vez que, todos os alunos assinalaram uma das opções de concordância, havendo 14 alunos que concordaram totalmente e 9 alunos que concordaram com a afirmação “Gostei de trabalhar em grupo” (Figura 20).

Figura 20. Questionário de Opinião - Gostei de trabalhar em grupo.

Relativamente à afirmação “Gostei das aulas de apresentação do produto final à turma” verificou-se que 2 alunos discordaram completamente, para 1 aluno foi indiferente, afirmando os restantes alunos que gostaram, havendo 6 alunos que concordaram e 14 alunos que concordaram totalmente com a afirmação (Figura 21).

Figura 21. Questionário de Opinião - Gostei das aulas de apresentação do produto final à turma. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Discordo totalmente

Discordo Não discordo nem concordo Concordo Concordo totalmente 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Discordo totalmente

Discordo Não discordo nem concordo

Concordo Concordo totalmente

50 Parte 3 – Trabalho de Grupo

Relativamente à resolução do problema ter sido em grupo, verificou-se que todos os alunos concordaram que este aspeto contribuiu para a sua aprendizagem (Figura 22).

Figura 22. Questionário de Opinião - O trabalho em grupo facilitou a minha aprendizagem.

Relativamente à afirmação “É mais fácil trabalhar em grupo do que individualmente”, verificou-se que para um aluno foi indiferente, concordando os restantes alunos com a afirmação, havendo 2 alunos que concordaram e 20 que concordaram totalmente (Figura 23).

Figura 23. Questionário de Opinião - É mais fácil trabalhar em grupo do que individualmente. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Discordo totalmente

Discordo Não discordo nem concordo Concordo Concordo totalmente 0 5 10 15 20 25 Discordo totalmente

Discordo Não discordo nem concordo

Concordo Concordo totalmente

51 Parte 4 – O Professor

Quando questionados sobre a sua opinião relativamente à afirmação se o professor incentivou para a realização das tarefas, apenas um aluno respondeu ser indiferente, tendo respondido os restantes que concordavam, havendo 17 alunos que concordaram totalmente e 5 alunos que concordaram (Figura 24).

Figura 24. Questionário de Opinião - O professor incentivou para a realização das tarefas.

Relativamente à afirmação “O professor estimulou a participação na troca de ideias”, verificou-se que para um aluno foi indiferente, concordando os restantes alunos com a afirmação, havendo 14 alunos que concordaram plenamente e 8 que concordaram (Figura 25). 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Discordo totalmente

Discordo Não discordo nem concordo

Concordo Concordo totalmente

52 Figura 25. Questionário de Opinião - O professor estimulou a participação na troca de ideias.

Quando questionados sobre a sua opinião relativamente à afirmação se o professor os orientou para a obtenção da solução da situação-problema, para dois alunos foi indiferente, tendo respondido os restantes que concordavam, havendo 9 alunos que concordaram totalmente e 12 alunos que concordaram (Figura 26).

Figura 26. Questionário de Opinião - O professor orientou-nos para a obtenção da solução da situação- problema.

0 2 4 6 8 10 12 14 16 Discordo totalmente

Discordo Não discordo nem concordo Concordo Concordo totalmente 0 2 4 6 8 10 12 14 Discordo totalmente

Discordo Não discordo nem concordo

Concordo Concordo totalmente

53 Relativamente à afirmação “O professor apoiou-me sempre que necessitei”, verificou-se que dois alunos discordaram, concordando os restantes alunos com a afirmação, havendo 16 alunos que concordaram totalmente e 5 que concordaram (Figura 27).

Figura 27. Questionário de Opinião - O professor apoiou-me sempre que necessitei.

Parte 5 – Apreciação Global

Nesta parte do questionário de opinião pretendia-se que os alunos manifestassem a sua opinião geral, referindo os aspetos positivos e negativos, por si identificados ao longo das cinco aulas da intervenção.

Relativamente a aspetos positivos, a maioria dos alunos referiu ter gostado do modo como as aulas decorreram, do papel que a professora desempenhou e da orientação que lhes fui dando ao longo da realização das tarefas, conseguindo incentivá- los na busca da solução. Alguns alunos referiram que o problema colocado foi interessante, uma vez que se aproximava de uma situação real. Outros alunos referiram que gostaram das apresentações orais à turma e de poderem utilizar nos seus trabalhos as fotos retiradas à escola, tendo outros alunos achado positivo a resolução do problema de forma autónoma, contribuindo para terem mais confiança em si próprios.

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Discordo totalmente

Discordo Não discordo nem concordo

Concordo Concordo totalmente

54 Um dos alunos referiu que se sentiu orgulhoso por ter conseguido realizar o trabalho, percebendo as decisões tomadas por si e pelo grupo e conseguindo explicar a solução encontrada perante a turma e os professores.

Relativamente a aspetos negativos há a referir que a maioria dos alunos deixou a zona de resposta em branco ou então preencheu dizendo que não achava que alguma coisa tivesse corrido mal, pois no geral tinham gostado de tudo.

Dos restantes alunos que responderam, alguns referiram que não gostaram de ter de realizar a apresentação oral à turma e outros responderam que não gostaram de toda a autonomia que tiveram, uma vez que sentiram dificuldades quando tiveram de fazer opções.

6.4. Análise da Ficha de Autoavaliação

Com a Ficha de Autoavaliação pretendeu-se a realização de uma reflexão por parte dos alunos relativamente ao seu desempenho ao longo das cinco aulas da intervenção. Foram considerados vários aspetos (realização de tarefas propostas, respeito pelas regras da sala de aula, participação, etc.), aos quais cada aluno respondeu de modo sincero e de acordo com a sua prestação.

Relativamente à realização das tarefas propostas na aula, verificou-se que mais de metade dos alunos referiu ter realizado sempre as tarefas propostas (Figura 28).

Figura 28. Ficha de Autoavaliação - Realizei as tarefas propostas na aula.

0 2 4 6 8 10 12 14

55 0 5 10 15 20

Todos os alunos afirmaram respeitar sempre ou muitas vezes as regras de sala de aula (Figura 29), nomeadamente, utilizando de forma cuidada o material (Figura 30) e o equipamento disponibilizado na sala e deixando a sala limpa e arrumada (Figura 31).

Figura 29. Ficha de Autoavaliação - Respeitei as regras de sala de aula.

Figura 30. Ficha de Autoavaliação – Utilizei de forma cuidada o material.

Figura 31. Ficha de Autoavaliação- Deixei a sala limpa e arrumada.

A maioria dos alunos referiu ter conseguido, sempre ou muitas vezes, ultrapassar as suas dificuldades, havendo só 3 alunos que referiram ter conseguido ultrapassar as suas dificuldades apenas algumas vezes. (Figura 32).

0 5 10 15 20 0 5 10 15 20 25

56 0 2 4 6 8 10 12

Figura 32. Ficha de Autoavaliação - Consegui ultrapassar as minhas dificuldades. Relativamente à contribuição para a dinamização e organização do trabalho de grupo, a maioria dos alunos considerou que a sua prestação tinha sido útil para o funcionamento do grupo e para a realização do trabalho (Figura 33), tendo todos os alunos afirmado que apresentaram ideias para a resolução dos problemas que foram surgindo de modo a contribuir para a obtenção da solução da situação-problema (Figura 34).

Figura 33. Ficha de Autoavaliação - Contribui para a dinamização e organização do trabalho de grupo.

Figura 34. Ficha de Autoavaliação - Apresentei soluções ou ideias para a resolução de problemas.

No que diz respeito à participação na aula, todos os alunos afirmam ter participado na aula, algumas vezes, muitas vezes ou sempre, de forma voluntária (Figura 35). 0 2 4 6 8 10 12 0 5 10 15 Nunca Poucas Vezes Algumas Vezes Muitas Vezes Sempre

57 Figura 35. Ficha de Autoavaliação - Participei oportunamente na aula de forma voluntária.

A parte final da Ficha de Autoavaliação correspondia à perceção dos alunos relativamente ao tema Formulários, cada aluno tinha de assinalar se achava que era capaz de identificar a utilidade dos formulários, construir um formulário utilizando o Assistente MSAccess, editar um formulário e guardar formulários.

Pode-se considerar que grande maioria dos alunos da turma se achava com capacidades para perceber, criar e utilizar formulários, tendo em conta o número de alunos que responderam de forma positiva a cada um dos aspetos supracitados.

Assim sendo, 16 alunos afirmaram ser capazes de identificar a utilidade de um formulário, 21 afirmaram ser capazes de construir um formulário Access utilizando o Assistente e de editá-lo, alterando o seu aspeto, a posição dos campos, acrescentando legendas com instruções de preenchimento, etc. Todos os alunos afirmaram ser capazes de guardar um formulário (Figura 36).

Figura 36. Ficha de Autoavaliação - Formulários – o que sou capaz de fazer.

0 2 4 6 8 10 12 0 5 10 15 20 25 Identificar as funções de um formulário Construir um formulário utilizando o Assistente do MSAccess Editar um formulário Guardar um formulário

58 No geral, os resultados obtidos da análise das Fichas de Autoavaliação foram ao encontro da minha perceção relativamente ao trabalho desenvolvido por cada grupo de alunos, pelo que se pode considerar que todos os alunos responderam de modo sincero às questões da Ficha de Autoavaliação, tendo demonstrado consciência do trabalho que realizaram, do empenho que tiveram e das atitudes que assumiram ao longo das aulas.

6.5. Síntese dos Resultados

Relativamente aos resultados obtidos na avaliação do projeto, considero que estes foram bastante positivos, uma vez que não houve notas inferiores a 10 valores, sendo 12 valores, o menor valor obtido e como referido anteriormente, 19 alunos obtiveram classificação Bom. Penso que para estas classificações contribuíram a realização do projeto em grupo e o facto de o problema colocado ter sido um problema associado ao desporto e às funções inerentes a um técnico de Apoio à Gestão Desportiva.

Relativamente à opinião dos alunos sobre o decorrer das aulas da intervenção pedagógica, parece-me que o resultado foi positivo, apesar de alguns grupos terem demonstrado falta de autonomia e consequentemente considerarem que não lhes forneci o apoio que acharam necessário, no geral, a maioria dos grupos evidenciou sentir-se algo à vontade com o trabalho autónomo, tendo demonstrado, que no final se sentiam orgulhosos por terem desenvolvido um trabalho que pode vir a ser necessário no seu dia-a-dia futuro e por terem desenvolvido o mesmo enquanto equipa, tendo seguido os caminhos por si escolhidos, e obtendo um resultado final positivo.

Relativamente às estratégias utilizadas ao longo da intervenção (Trabalho em grupo, debates de ideias, apresentação do trabalho à turma), pude concluir que a maioria foi bem aceite pelos alunos, e que os mesmos consideraram que estas contribuíram para o seu desenvolvimento pessoal e social.

No que concerne à Ficha de Autoavaliação, considero que os resultados obtidos são semelhantes ao que se esperava, o que me leva a concluir que a maioria dos alunos refletiu sobre o trabalho desenvolvido e o seu desempenho ao longo das aulas da intervenção, uma vez que, no geral a turma manteve um bom comportamento e revelou a existência de boas atitudes, tendo manifestado empenho e interesse na realização das tarefas.

59 7. Reflexão Crítica Sobre o Trabalho Realizado

O presente capítulo tem como objetivo a realização de uma reflexão crítica sobre a forma como decorreu a prática de ensino supervisionada realizada no módulo Gestão de Base de Dados da disciplina de TIC numa turma do 10º Ano do Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva, na Escola Secundária da Portela.

De acordo com Oliveira e Serrazina (2002), a reflexão corresponde a um processo mental que acontece em momentos de introspeção relativamente a factos do passado, devendo ocorrer quando nos deparamos com um problema, um dilema ou a aceitação de uma incerteza.

Todo o professor deve refletir sobre as suas práticas, de modo a compreender se as metodologias utilizadas se adequam ou não a um dado momento de ensino e aprendizagem. Esta reflexão permite ao professor tornar-se num ser flexível e aberto à mudança. De acordo com Ponte (2002), a reflexão dos professores relativamente às suas práticas é feita de modo intuitivo e não de modo formal, não tendo esta reflexão que assumir as características de uma investigação académica, devendo, no entanto ser realizada de modo cuidado, quer no que se refere às questões de investigação, quer na condução dos projetos de intervenção nas escolas.

Isabel Alarcão (2001, citada por Ponte, 2002), refere que qualquer “bom” professor tem, também, que ser um investigador:

Realmente não posso conceber um professor que não se questione sobre as razões subjacentes às suas decisões educativas, que não se questione perante o insucesso de alguns alunos, que não faça dos seus planos de aula meras hipóteses de trabalho a confirmar ou infirmar no laboratório que é a sala de aula, que não leia criticamente os manuais ou as propostas didáticas que lhe são feitas, que não se questione sobre as funções da escola e sobre se elas estão a ser realizadas. (p. 5)

É através da reflexão que o professor consegue identificar os aspetos mais positivos e menos positivos, permitindo-lhe melhorar, aperfeiçoar, corrigir o que não correu tão bem. A reflexão permite a revisão de acontecimentos e práticas.

60 No âmbito desta intervenção, pretende-se refletir sobre as aprendizagens através de metodologias centradas no aluno, mais especificamente, pretende-se compreender os benefícios da Aprendizagem Baseada em Problemas como metodologia de ensino e aprendizagem, para tal, enunciou-se como problema orientador desta intervenção “Qual o contributo da ABP na promoção da participação dos alunos e no seu desempenho?”.

A intervenção pedagógica auxiliou-me a perceber que o desenvolvimento de algumas competências dos alunos pode estar relacionado com as metodologias utilizadas em sala de aula, pelo professor, ou seja, se os alunos estiverem habituados a técnicas de aprendizagem baseadas na repetição, memorização e imitação, perante uma nova situação, estes alunos não se sentirão autónomos, não terão confiança em si próprios, ficarão inseguros, terão dificuldades em tomar decisões, entre outros aspetos, significa isto, que é favorável para o presente e para o futuro de todos os alunos, que todos os professores utilizem metodologias de ensino centradas no aluno, contribuindo para o seu desenvolvimento enquanto pessoa e ser social. Os alunos necessitam de ser responsabilizados relativamente aos trabalhos que desenvolvem, devem ser questionados sobre os motivos que os levou a seguir determinado caminho em vez de outro para ultrapassar determinado obstáculo e devem saber justificar, adequada e fundamentadamente, as suas decisões.

A utilização da metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas revelou- se uma metodologia adequada para o desenvolvimento de várias competências dos alunos enquanto elementos pertencentes à sociedade e enquanto futuros profissionais. Provavelmente, por ser uma metodologia a que não estavam muito habituados, os alunos demonstraram-se interessados e motivados, no entanto, verificou-se que se mostravam inseguros quando confrontados com este género de metodologias, talvez, também, por estarem habituados a seguir um conjunto de passos, criteriosamente selecionados pelos professores, de modo a chegarem às soluções para os seus problemas.

Ao longo da intervenção pedagógica, enquanto professor, assumi o papel de orientador, tendo realizado pontos de situação no início das aulas, que conduziram à troca de ideias entre os vários grupos e consequentemente a momentos de reflexão, por isto, considero que assumi uma atitude construtiva que culminou numa melhoria dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos, tendo contribuído para os mesmos ultrapassarem as suas dificuldades e inseguranças.

61 Tendo em conta os resultados obtidos através dos vários instrumentos utilizados (observação, avaliação final do projeto, questionário de opinião, ficha de autoavaliação), posso concluir que a intervenção pedagógica foi benéfica para os alunos e para mim, enquanto professora, tendo, aos alunos, permitido tomar contacto com metodologias de ensino e aprendizagem inovadoras e tendo-me permitido a mim, refletir sobre as minhas práticas e sobre as minhas opções, levando-me a concluir que acima de tudo é muito importante o professor estar presente para orientar os alunos, fazendo-lhes comentários críticos, respondendo a uma questão com outra questão, fomentando-lhes o espirito crítico, a capacidade de autonomia e de responsabilidade.

De destacar, que fui sempre muito bem recebida na escola, quer por pessoal docente, quer por pessoal não docente, quer por alunos, tendo tido o auxílio do professor cooperante sempre que necessitei.

No que se refere aos alunos da turma, considero que estes compreenderam o meu papel, tendo acatado todas as minhas solicitações sem que tenha havido qualquer ocorrência de cariz negativo. Em termos de trabalho, no geral, a turma trabalhou de modo empenhado na realização das tarefas propostas, sendo notória a prevalência do bom ambiente em sala de aula, promovendo a aprendizagem.

Em suma, posso considerar que toda a planificação foi cumprida, tendo a intervenção decorrido com sucesso, os objetivos de aprendizagem foram cumpridos, penso que para tal contribui a realização da análise prévia da turma, que me alertou para necessidades dos alunos da turma e os objetivos da intervenção foram obtidos, uma vez que todas as fases pelas quais passei para dar vida a este relatório contribuíram para refletir sobre as minhas práticas no sentido de as conseguir melhorar, no sentido de melhorar o meu desempenho enquanto profissional.

Tendo em atenção a apresentação e a análise dos dados, feitas no capítulo anterior pode-se concluir, que para estes alunos, a ABP teve um contributo positivo, quer na promoção da sua participação, quer no seu desempenho.

Apesar de existir uma minoria de alunos com participação muito reduzida, no geral, a maioria dos alunos teve a preocupação de participar nos debates e nas trocas de ideias, dando muitas vezes opiniões bastante enriquecedoras para o desenvolvimento do projeto, criticando, por vezes, as opiniões dos colegas, e esforçando-se por fundamentar a sua crítica.

Em termos de trabalho em grupo, na maioria dos grupos, todos os elementos tentaram contribuir para a obtenção da solução ao problema proposto.

62 Ao longo da intervenção pedagógica notou-se claramente a motivação e o interesse dos alunos em conseguir resolver o problema, e para além disso, notou-se também, em alguns grupos, a vontade de melhorar o trabalho desenvolvido.

No que se refere ao desempenho, o resultado foi muito positivo, e de acordo com a minha opinião, este resultado poderá estar relacionado com o facto de o assunto do problema estar associado com a área de desporto, e como tal, poder vir a ser um problema real para muitos destes alunos. Para além disto, considero que o trabalho de grupo fomentou a troca de ideias entre os elementos do grupo e simultaneamente, a obtenção de melhores ideias, que enriqueceram o trabalho de cada grupo.

Por tudo o que foi referido anteriormente, considero que a ABP está adequada a estes alunos e contribui para o desenvolvimento das competências necessárias para o seu presente e para o seu futuro.

Apesar de muitos professores ainda se encontrarem reticentes relativamente a estas metodologias, considero importante que as mesmas passem a estar presentes no dia-a-dia de todos os professores e de todos os alunos, pois, como foi referido anteriormente, estas metodologias contribuem para o desenvolvimento dos alunos, fornecendo-lhes a técnicas necessárias para adaptação à sociedade.

63 8. Referências

Alarcão, I. & Tavares, J. (1987). Supervisão da Prática Pedagógica. Uma Perspectiva de Desenvolvimento e Aprendizagem. Coimbra Almedina.

Albanese, M. A. & Mitchell, S. (1993) Problem-based learning: A review of literature on its outcomes and implementation issues. Academic Medicine, 68, 52-81.

Batista, M. (2010). Aprendizagem de Física e Química baseada na resolução de problemas. Tese de Mestrado apresentada à Universidade de Aveiro, Aveiro.

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