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4.9 An´ alise de resultados

4.9.4 Atmosfera

A figura 4.27 apresenta o resultado da fase desenrolada da parte espacialmente correla- cionada (atraso atmosf´erico e erro das ´orbitas) filtrada da fase observada em radianos para a data 12 de abril de 2009. E a figura 4.28 o atraso atmosf´erico determinado a partir de um modelo de previs˜ao WRF para o mesmo intervalo de tempo.

A figura 4.29 apresenta o resultado da fase desenrolada da parte espacialmente correla- cionada (atraso atmosf´erico e erro das ´orbitas) filtrada da fase observada em radianos para a data 21 de junho de 2009. E a figura 4.30 o atraso atmosf´erico determinado a partir de um modelo de previs˜ao WRF para o mesmo intervalo de tempo.

Cap´ıtulo 4. An´alise sensitiva da refratividade atmosf´erica 48

Comparando os resultados obtidos com as respetivas previs˜oes, isto ´e a figura 4.27 vs. a figura 4.28 e a figura 4.29 vs. a figura 4.30, verifica-se que s˜ao diferentes mas apresentam semelhan¸cas no padr˜ao. Essas semelhan¸cas s˜ao bem vis´ıveis ao n´ıvel da orienta¸c˜ao destes. Esta diferen¸ca pode ser explicada pela presen¸ca de outras contribui¸c˜oes de fase no resultado filtrado, como por exemplo os erros das ´orbitas.

(a) Conjunto A (b) Conjunto B

Figura 4.27: Fase (desenrolada) devida ao atraso atmosf´erico e erro das ´orbitas da imagem master (17-05-2009) e slave (12-04-2009).

Figura 4.28: Fase interferom´etrica do atraso atmosf´erico modelada a partir de um modelo de previs˜ao WRF para 12 de abril de 2009.

(a) Conjunto A (b) Conjunto B

Figura 4.29: Fase (desenrolada) devida ao atraso atmosf´erico e erro das ´orbitas da imagem master (17-05-2009) e slave (21-06-2009).

Figura 4.30: Fase interferom´etrica do atraso atmosf´erico modelada a partir de um modelo de previs˜ao WRF para 21 de junho de 2009.

Cap´ıtulo 5

Conclus˜ao

O m´etodo de sele¸c˜ao de PS proposto por Hooper et al. [2004] e implementado no StaMPS parece de facto conseguir detetar mais PS que a t´ecnica original proposta por Ferretti et al. [2001], porque 93 % dos PS selecionados neste estudo tˆem o ´ındice de dispers˜ao da amplitude superior a 0.25, valor este utilizado como limite m´aximo na sele¸c˜ao de PSC na t´ecnica original.

No entanto a sele¸c˜ao de apenas 10 % dos PSC de entrada (pixeis com Da< 0.4) como PS

parece ser exageradamente baixa quando confrontada com os histogramas de coerˆencia gerados no inicio do processamento (passo 2), como ´e claramente visivel na figura 4.26. Isto aponta para uma sele¸c˜ao muito ineficiente. Sugere-se assim uma revis˜ao dos passos respons´aveis por esta sele¸c˜ao. Destacam-se os passos 3 (a) e 4 (a) devido `as suas grandes perdas de 70 % e 50 % respetivamente.

A recta claramente n˜ao ´e o melhor modelo para a rela¸c˜ao γ∗ = f (Da), como se pode

constatar pela an´alise das figuras 4.8a e 4.8b. Pixeis com Da muito baixo est˜ao a ser

descartados por esse motivo. Com um modelo mais adequado poderia-se aumentar o n´umero de PS selecionados.

A solu¸c˜ao de eliminar todos os pixeis vizinhos entre si, excepto o de maior coerˆencia, de todos os aglomerados de PSC, parece ser demasiado simplista, acabando por poder excluir muitos PS verdadeiros.

A remo¸c˜ao da atmosfera antes do processamento n˜ao influˆencia significativamente o n´umero de PS selecionados. Mas influˆencia os resultados da fase desenrolada e conse- quentemente a sua velocidade.

Dos resultados obtidos pode constatar-se que por um lado o StaMPS n˜ao tem capaci- dade para determinar (e isolar) o atraso atmosf´erico como mostram as figuras 4.27 e 4.29 quando comparadas com as previs˜oes determinadas pelo modelo WRF das figuras 4.28 e 4.30, por outro lado o StaMPS tem capacidade para o remover, como mostram as diferen¸cas entre os dois resultados, no entanto ´e uma remo¸c˜ao deficiente como demons- tram os padr˜oes em estrias que surgem da diferen¸ca dos dois resultados (conjunto A e B).

Estes padr˜oes em estrias podem estar associados `a remo¸c˜ao das rampas, porque para al´em de surgirem ap´os a sua remo¸c˜ao estes padr˜oes tˆem a mesma orienta¸c˜ao daquelas. Embora esta t´ecnica j´a esteja a ser utilizada para a medi¸c˜ao de deslocamentos ao n´ıvel da precis˜ao geod´esica, ainda apresenta muitas limita¸c˜oes para este tipo de aplica¸c˜ao. Para al´em dos problemas bem conhecidos como a geometria de aquisi¸c˜ao que apenas permite medir deslocamentos na dire¸c˜ao da linha de visada (inclinada) e da fraca re- solu¸c˜ao espacial (entre os 30 m a 3 m), o modelo funcional envolve a determina¸c˜ao ou mitiga¸c˜ao de muitos parˆametros (e.g. atrasos atmosf´ericos e erros de ´orbitas) recorrendo a m´etodos num´ericos estranhos `a geodesia, baseados principalmente em filtros, que como foi mostrado neste trabalho (padr˜ao em estrias) deixam d´uvidas quanto `a repetibilidade, isto ´e por exemplo, como foi o caso neste trabalho, o processamento de dois conjuntos de dados iguais mas com contribui¸c˜oes de fase atmosf´erica diferentes resulta em valores de deforma¸c˜ao ligeiramente diferentes. Ao n´ıvel da medi¸c˜ao de deslocamento de pequena magnitude esta t´ecnica n˜ao parece ser muito eficiente, como mostram os resultados para as velocidades em torno das esta¸c˜oes GPS com desvio padr˜ao de cerca de 2.5 mm/ano, estes deslocamentos s˜ao absorvidos pelo restante ru´ıdo. Outro problema ´e a falta de um modelo estoc´astico que permita ter uma real no¸c˜ao da precis˜ao dos resultados obtidos.

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