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Capítulo III Desenvolvimento e avaliação da intervenção

3.4 Implementação e avaliação da ação

3.4.4 Aula 13, aula 15 e aula 16 Aulas assistidas

Neste dia de aulas a disciplina de PSI era composta por 1 bloco de 90 minutos. Não faltou nenhum aluno.

Esta aula foi a primeira aula assistida pelos supervisores, a professora Altina Ramos e o professor Bento Silva. Esteve presente o colega Ricardo Carvalho, também estagiário do professor cooperante numa outra turma.

Estava bastante nervosa por ser a primeira aula assistida por dois supervisores e também porque era o primeiro contacto com a professora Altina.

Os objetivos que se pretendiam com esta aula eram:

 Entender os conceitos da linguagem;

 Saber trabalhar com listas;

 Saber utilizar os operadores + e *;

 Saber fazer alteração e inserção de valores numa lista de tamanho definido. Nesta aula dei início à matéria sobre listas, que se definem como sendo sequências de objetos que podem ser de qualquer tipo, inclusive outras listas e também podem conter diferentes tipos de dados (int, float, string, lista) em simultâneo, sendo esta uma caraterística do Python. São mutáveis, ou seja, é possível fazer alterações, ao contrário das strings.

Apresentei também as suas caraterísticas, a sintaxe, exemplificando e ao mesmo tempo interagindo com os alunos, questionando-os acerca do resultado dos programas exemplificados. O aluno T.B. ia respondendo. Apresentei exercícios para resolverem e comecei por resolver o primeiro no computador do professor com projeção, para ajudar a entender, questionando os alunos acerca do código que deveria colocar. Na construção do programa, o professor cooperante deu uma sugestão para otimizar o código, de forma que o programa fizesse a impressão dos resultados omitindo elementos desnecessários.

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O que se pretendia com este programa era que ao receber 10 carateres, introduzidos pelo utilizador, deviam ser colocadas as consoantes numa lista, assim dar como resultado a sua quantidade e imprimi-las.

Questionei o J. A. sobre um assunto de sintaxe e ele respondeu acertadamente. O aluno T. B. participou na construção do programa e questionou o porquê de certo código, então eu expliquei.

O resultado da compilação de um programa que resolve este problema pode ser da seguinte forma:

Figura 24 - Compilação do programa sobre o problema "Conta e imprime consoantes"

A seguir pedi que resolvessem outro problema, idêntico ao anterior, que recebe do utilizador 10 números inteiros e os coloca numa lista, imprimindo a soma dos quadrados desses números. Fui acompanhando pelos lugares e observando como estavam a resolver, ao mesmo tempo questionava os seus códigos para que tivessem a noção se iam no caminho certo.

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Figura 25 - Compilação do programa sobre o problema "Soma quadrados"

Resultados desta aula

O aluno P. F. que tinha sido até ao momento um aluno que estava acima da média da turma, sempre sossegado e que mostrava sempre mais empenho em trabalhar, nesta aula não estava a trabalhar. Falei com ele orientando-o para a forma de resolver o problema, no entanto ele recusou-se a trabalhar.

Decidi pedir ao aluno J. F., sendo este um aluno pouco inibido e que tem boas capacidades de compreensão, para que fosse ao computador do professor resolver este programa, projetando para os outros alunos acompanharem. Ele não aceitou, demonstrando alguma inibição nesta aula. Depois, pedi ao aluno J. N. que fosse ele, informei-o que ajudava na construção do programa, então ele aceitou. O professor cooperante, os alunos T. B. e J. F. davam sugestões de código.

Os alunos que não trabalharam absolutamente nada foram o P. M., J. R. e R. S. O aluno R. S. normalmente ia trabalhando alguma coisa durante as outras aulas, nesta deixou-se levar pelas distrações dos alunos P. M. e J. R.

Os alunos que estiveram mais empenhados foram T. B. e J. F., pela forma como acompanharam e resolveram os problemas, não alternando com conversa como era habitual.

Reflexão sobre a aula 13

Questiono o porquê de o aluno P. F. não trabalhar nesta aula, seria por ter receio de ser convidado a participar ou a ir ao computador do professor resolver o exercício, isto por estarem pessoas a assistir?

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O aluno J. N. esteve muito bem ao ir ao computador do professor construir o programa, demonstrou segurança e dedicação. Apenas lamento que ele não desenvolva trabalho no computador dele.

Aula 15

Esta foi a segunda aula/segundo bloco do dia 27 de janeiro de 2014, sendo a segunda aula assistida pelos supervisores Altina Ramos e Bento Silva.

Estiveram presentes cinco alunos, J. F., J. A., J. N., J. L. e R. S. Os objetivos que se pretendiam com esta aula eram:

 Entender os conceitos da linguagem;

 Saber trabalhar com listas de tamanho indefinido, utilizando os métodos len, del e append.

Neste bloco

O tema da aula do segundo bloco foi listas de tamanho indefinido. Neste caso a lista vai sendo construída ao longo da execução, partindo da lista vazia, utilizando para isso métodos existentes na classe list.. Mostrei como funcionavam, apresentei os métodos mais utilizados para construir essas listas e dei exemplos de utilização, onde questionava os resultados do código no interpretador do Python, e também apresentei outros exemplos de código onde questionei os resultados.

De seguida passou-se à resolução de problemas. O primeiro foi mais simples, pretendia-se que fosse construída uma lista de nomes e ao imprimir devia ser colocado ao lado do nome o número de letras de cada nome. Eles resolveram nos seus computadores, enquanto eu acompanhava e dava apoio.

O problema seguinte foi sobre a investigação de um crime, tema que considerei interessante para os motivar.

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Figura 26 - Enunciado do problema "Investigação do crime"

Dois dos resultados da compilação do programa podem ser da seguinte forma:

Figura 27 - Compilação do programa sobre o problema "Investigação do crime"

Num dado momento reparei que o aluno J. F. estava a visualizar esta apresentação que eu ainda não tinha disponibilizado aos alunos, fiquei surpreendida, então o professor cooperante referiu que tinha colocado na pasta partilhada com os alunos.

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A seguir pedi a este aluno para ir ao computador do professor construir o programa do crime, ele aceitou e explicou o código, ao mesmo tempo que era projetado para o resto dos alunos.

Resultados deste bloco

Quando questionado, o aluno J. F. respondia de forma acertada.

No primeiro programa desenvolvido, o aluno R. S., que sempre teve dificuldades, e também o aluno J. A. conseguiram resolver com alguma orientação.

Em relação ao segundo programa, os alunos J. A. e J. L. resolveram com empenho. O aluno R. S. tentava fazer, no entanto ia copiando algum código pelo colega J. L. No momento que chegava junto ao aluno J. N., ele fazia alguma coisa, quando me afastava já não fazia mais nada. Disse-lhe que tinha bastantes capacidades, considerando lamentável não as colocar em prática. O aluno J. F. também conseguiu resolver, fazendo alguns erros, no entanto conseguiu completar depois de ser esclarecido.

No final desta aula foram feitos alguns comentários pelos supervisores, onde referiram que as minhas aulas tinham sido muito expositivas. Declarei que alternava com interação, questionando os alunos e fazendo experimentar algum código. O professor Bento criticou por haver falta de história para cativar no exercício sobre o crime. Considerei que por ser um exercício onde havia a investigação de um crime, por si só já ajuda a motivar.

Reflexão sobre a aula 15

Nesta fase verifiquei que o aluno J. A. estava a melhorar em termos de empenho de forma progressiva ao longo das aulas, com isto notou-se que ele estava a aprender.

O aluno J. N. tem dificuldades em aprender por ser bastante preguiçoso, tenta resolver os problemas à custa de muita pressão, e não consegui que desenvolvesse mais as suas capacidades.

Aula 16

Neste dia de aulas a disciplina de PSI era composta por dois blocos de 90 minutos, no entanto só houve a aula do primeiro bloco.

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Esta foi a terceira e última aula assistida pelos supervisores Altina Ramos e Bento Silva. Também esteve presente o colega estagiário Ricardo Carvalho.

Os objetivos que se pretendiam com esta aula eram:

 Entender os conceitos da linguagem;

 Saber trabalhar com slicing em listas;

 Saber utilizar os métodos da classe list;

 Saber pesquisar métodos na classe list;

 Saber utilizar o método randint da classe random.

Os alunos que vieram à aula chegaram bastante atrasados, no entanto o professor cooperante comentou que era normal por ser hora de almoço e também iam ter visita de estudo a seguir a esta aula.

Depois da crítica à utilização de exposição por parte dos supervisores, nesta aula resolvi fazer alterações no método de ensino que estava a utilizar, abdicando da apresentação PowerPoint. Mantive o conteúdo que estava programado, contudo utilizando o interpretador do Python para fazer demonstrações de exemplos.

Comecei por exemplificar o slicing sobre listas. Foi criada uma lista com nomes de animais do Jardim Zoológico, onde pedi aos alunos para dizerem nomes para inserir na lista. Chegaram a sugerir nomes invulgares, como “Suricata”, sugestão do aluno R. B. Fui questionando os resultados dos testes de slicing na linha de comandos.

De seguida passei a mostrar alguns métodos dos mais utilizados da classe list, também mostrei alguns exemplos de utilização e a pesquisa de outros métodos que possam interessar para programas que estejam a desenvolver. Assim, os alunos ficaram a saber como podem procurar aquilo que pretendem da classe list.

Também demonstrei como se trabalha com aleatoriedade, uma vez que seria útil para o programa que iam desenvolver a seguir.

Depois de observar os alunos nas aulas a que assisti, verifiquei que estavam bastantes vezes a jogar jogos de futebol no computador. Para motivar resolvi planear e construir um programa que tinha como tema jogos de futebol, com o objetivo de criar jornadas de futebol. Este programa envolve várias etapas na sua construção, que estão enumeradas pela seguinte ordem:

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1º O utilizador insere um número par de equipas; 2º O utilizador insere as equipas;

3º Aleatoriamente com essas equipas cria-se pares de equipas para jogar;

4º O utilizador insere o número de remates para cada equipa e para cada remate é

gerado um valor aleatório entre zero e um (zero significa que não foi golo e um significa que foi golo);

5º São apresentados os golos de cada equipa;

6º No final, o programa apresenta a equipa que venceu, ou então se tiveram o mesmo

número de golos diz que as equipas empataram. O código deste programa encontra-se em anexo.

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Um dos resultados da compilação de um programa que resolve este problema:

Figura 28 - Compilação do programa sobre o problema "Jornada de futebol"

Passei a explicar no quadro a ideia para o início o programa. Os alunos foram colocados em grupo, formou-se um grupo de três alunos e dois grupos de dois alunos. Acompanhei pelos lugares um a um e observava a forma como estavam a desenvolver.

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Ao questionar os testes de slicing na linha de comandos, verificou-se que os alunos foram bastante participativos entre eles o aluno R. B. que em aulas anteriores não estava interessado em dar atenção aos assuntos da aula.

Verifiquei que estavam com bastantes dificuldades. O aluno J. N. estava no grupo de três, mas não estava empenhado em ajudar os colegas. Os alunos T. B. e R. S. estavam a avançar na resolução, graças ao aluno T. B. que tinha menos dificuldades. O aluno J. L. estava empenhado mas com bastantes dificuldades e o aluno R. B. estava ao seu lado, mas não se esforçava para ajudar na construção do programa.

Resolvi pedir ao aluno R. S. para ir ao computador do professor construir o programa e mostrar para os seus colegas. Ele recusou-se a ir, mas o professor cooperante exigiu que ele fosse. Então foi e começou a construir o programa com algumas orientações, entretanto deu o toque de saída e não foi possível completar. Ficou o professor cooperante de o completar na aula seguinte.

No final da aula foram-me apresentadas críticas pelos supervisores. A professora Altina referiu que tinha escrito de forma errada a palavra “Orangotango”. O professor Bento voltou a referir que faltou uma história para cativar, antes de iniciar a construção do programa e também que fiz uma má gestão do tempo. Acrescentaram que fiz bem em alterar a forma de dar a aula, mas que mesmo assim ainda tinha sido expositiva.

Para justificar a falta de uma história, referi que tenho pouca cultura de futebol, para estar à-vontade em contar histórias referentes a esse tema.

Entendo que esta aula foi pouco expositiva, foi mais interativa e demonstrativa e também considero que a exposição ajuda a entender melhor alguns conceitos.

Reflexão sobre a aula 16

Dos alunos presentes na aula, aqueles que mostraram interesse nas matérias e estavam a aprender, foram os alunos P. F., J. A., J. L. e T. B, pela forma como se empenharam em trabalhar.

O aluno R. B. esteve bem no momento em que foram convidados a participar, uma vez que foi mais participativo.

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Considero que o problema que apresentei era de um grau de dificuldade bastante elevado, daí os alunos apresentarem dificuldades em construir este programa. Com efeito, penso que deveria ser construído ao longo de mais de uma aula.

Considero ainda que não foi fácil gerir o tempo da aula, uma vez que os alunos entraram bastante atrasados.

As planificações destas três aulas assistidas encontram-se em anexo.

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