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Tudo o que vimos nas aulas anteriores está diretamente relacionado aos diversos conceitos aplicados dentro das mais plurais religiões, onde, no final das contas, todas elas buscam o autoconhecimento através de ações de nós para com os outros.

O autoconhecimento nada mais é do que uma investigação sobre si mesmo, também pode ser um projeto ético, quando o que se busca é a realização de algo que leve o sujeito a ser mestre de si e, consequentemente, um ser humano melhor. Em outras palavras, é a nossa capacidade de olhar para dentro e saber exatamente quais são as virtudes e os vícios, as qualidades e os defeitos, as forças e as fraquezas, que temos.

TELETRABALHO DE ENSINO RELIGIOSO

BLOCO Nº6 - ATIVIDADE Nº19- 1º TURNO - DATA: ____/____/2021 TURMA/ANO: 8º A, B e C - PROFESSOR: ALBERT DRUMMOND

PEDAGOGA: MÁRCIA ANTÔNIA

Disponível em: Criado GETTY IMAGENS

Se autoconhecer, significa fazer um mapeamento interno completo e, a partir dele, perceber quais devem ser nossas ações e onde elas vão nos levar. As religiões no geral, tentam através da moral, nos dizer o que é certo e errado, a ética também, no entanto, quando nos conhecemos, aprendemos nossos limites, até onde podemos ir com a gente e com os outros. Neste caso, se autoconhecer, vai além do que as mais diversas religiões dizem, porque afinal de contas, só você é capaz de conhecer a si mesmo, além de quê, mudamos o tempo todo, coisas que antes faríamos, hoje não fazemos mais, coisas que antes achávamos muito legal, hoje não achamos mais, neste caso, estamos em constante transformação e apesar das religiões nos dizerem o que podemos e devemos ou não fazer, somente quando olharmos profundamente dentro de nós mesmos é que conseguiremos saber o nosso verdadeiro limite e como devemos agir de modo a não nos prejudicar e prejudicar os outros também.

Autoconhecimento, por fim, é compreender cada detalhe que se passa em nós mesmos, sejam pensamentos, emoções e mesmo anseios. É fazer de você a sua própria bússola. Num rápido olhar, esse gesto pode parecer egoísta, mas ele é justamente o contrário. Só quem consegue compreender seus próprios conflitos é capaz de olhar para o outro com genuína generosidade. Ao pensar sobre nós mesmos, deixamos de focar no outro e em tecer julgamentos. O Autoconhecimento é necessário também para delimitarmos nossos objetivos, ou você já conheceu alguém bem-sucedido na vida que não sabia aonde estava indo? Somente quem pensa sobre si mesmo é capaz de se mover por convicção. Os demais vão sendo levados pela maré ou fazem da intuição seu mapa, seu guia. A pergunta que você precisa fazer é: de que lado você quer estar? Dos que caminham com segurança? Ou daqueles que torcem para que a estrada escolhida seja a correta? Nas diversas religiões, vários caminhos são apontados, no entanto antes de seguir algum deles, você precisa saber para onde está indo. Por exemplo: A lista dos sete pecados capitais: Gula, Ira, Inveja, Avareza, Luxúria, Vaidade e Melancolia, apontam um mal que todos nós temos dentro de nós mesmos, porém você sabe de fato o que te provoca Inveja? Quem te provoca Luxúria? Os lugares que despertam raiva em você, os pensamentos que te despertam ódio, atitudes que te tiram do sério? Provavelmente tem uma leve ideia, mas já parou para pensar sobre isso? Do que adianta uma religião dizer que é errado sentir Ira, mas nem mesmo você sabe qual é o seu limite com a raiva?

Para se tornar uma pessoa melhor, a primeira coisa que deve fazer é se autoconhecer, pensar sobre cada uma das emoções que temos em nós e a partir daí, compreender qual é o seu limite. Deixar de sentir raiva, isso nunca vai acontecer, porque somos seres humanos e também animais racionais, porém, uma vez que você investiga de onde vem a sua raiva (lembrando que cada pessoa sente raiva por coisas diferentes) você acaba descobrindo até onde você pode ir para não ultrapassar o limite aceitável eticamente e moralmente na nossa sociedade. Por exemplo: no âmbito das leis éticas e da moral religiosa, uma pessoa com raiva pode discutir,

Imagem disponível no site Mindhfullness

xingar, mas é errado que ela agrida outra pessoa, torture psicologicamente, machuque ou mate. Neste caso, quando você investiga o quê, quem e onde te desperta Ira, você passa a compreender esse limite e consegue evitar situações, pessoas e lugares que vão te tirar do sério ao ponto de não conseguir se controlar. E esse exercício de compreensão sobre os nossos sentimentos, se chama, autoconhecimento.

Todos têm pontos fortes e carências que ajudam a definir a nossa personalidade, mas só quem se conhece verdadeiramente sabe quais são. É impossível se fazer valer dessas qualidades se não souber reconhecer e determinar como podem ser aplicadas da melhor maneira. Suas forças precisam ser usadas a seu favor, de maneira que funcionem como facilitadoras para a obtenção de resultados. Uma pessoa descontrolada, que não pensa para agir, pode ser considerada um animal, que também não pensa, só age e reage, o que nos diferencia dos animais é justamente a capacidade de raciocinar e calcular atitudes que podem nos prejudicar a curto e longo prazo e também ao outro. Por isso, quanto mais se conhece, mais controle sobre si mesmo você tem e em menos problemas você se coloca, pelo contrário, consegue encontrar, cada vez mais, de forma fácil, soluções.

O autoconhecimento é algo que tem importância fundamental em nossa existência. Sem ele, vivemos perdidos, sem saber quem somos na essência, para onde queremos ir e o que, de fato, nos faz pessoas felizes e realizadas em nossa jornada evolutiva. Pessoas que se permitem se conhecerem melhor, têm a oportunidade de compreender quais são pontos fortes, ou seja, aqueles que lhes ajudam a crescer, nos mais diversos âmbitos de sua vida, bem como os seus pontos de melhoria, aqueles que atrapalham a jornada e o crescimento, tanto pessoal, quanto profissional.

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