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Autoinstruções a) Treino em autoinstruções b) Inoculação de stress

Transtorno da Conduta Critérios de Diagnóstico:

C. Se o individuo tem 18 anos ou mais, os critérios para transtorno da personalidade

6. Autoinstruções a) Treino em autoinstruções b) Inoculação de stress

c) Lidar com a ansiedade

As técnicas expostas no Quadro 3, têm como objetivo a modificação de comportamentos em crianças, jovem ou adultos, sendo utilizadas individualmente ou em conjunto pelos Psicólogos na intervenção com as crianças e jovens nas escolas (Gispert et al., n.d.).

Como forma de intervenção do Psicólogo da Educação, existem os Programas comportamentais frequentemente aplicados e utilizados por estes na sua prática diária (Horowitz, 1975).

Relativamente aos programas comportamentais, construídos pelos psicólogos para intervir no contexto escolar, existem duas tipologias que são os programas preventivos, que tem a função essencial de prevenir uma situação de risco, ou que se desenvolva algum tipo de problemática, e os programas interventivos ou remediativos, que tem a função ou objetivo de intervir junto do sujeito e/ou grupo em que a problemática já se encontra instalada (Horowitz, 1975; Barnes et al., 2014).

Várias investigações indicam que os programas preventivos têm modestos, mas importantes efeitos na agressividade e noutros problemas comportamentais (Crean &

39 Johnson, 2013). Sendo também referido que os programas designados para prevenir conflitos e a agressividade, mudam a forma como as crianças experimentam e pensam acerca dos problemas sociais, criando modelos e práticas da nova forma de pensar, sendo este o pilar de muitos programas (Crean & Johnson, 2013).

De acordo com Burns & Ysseldyke, (2009) cit por Martela, Nelson, Marchand- Martellan e O´Reilly (2012), o modelo que produz melhores resultados a nível de intervenção com alunos com dificuldades de aprendizagem e com problemas comportamentais é o modelo comportamental.

Na investigação de Barnes et al. (2014), concluiu-se que a intervenção cognitivo- comportamental é um tratamento eficaz para a redução da agressão, hiperatividade/impulsividade, quando utilizada em ambientes escolares. Sendo que é descrita como uma abordagem corretiva para o controle de comportamento, que combina estratégias de comportamento e psicologia cognitiva, para tratar várias classes de distúrbios, incluindo ansiedade, medos, fobia, comportamentos, desordens e agressões (Barnes et al., 2014).

Scott (2008) relata que as intervenções a nível do comportamento agressivo devem ser especificamente criadas para cada contexto, ou seja, não se pode presumir que o sucesso da intervenção numa determinada área (exemplo: em casa) se irá generalizar para outra (exemplo: na escola).

Torna-se fundamental que exista uma formação de pais e escolas para poderem ser capazes de adotar os programas comportamentais adequados às crianças e dar continuidade ao trabalho individualizado do psicólogo (Bolsoni-Silva & Marturano, 2002; Scott, 2008; Horowitz, 1975).

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Parte II

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