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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DA DOENÇA ApLICANDO O ESSDA

No documento Posters (páginas 75-78)

João Pedro Freitas1, Flávio Campos Costa1, Mary Lucy Marques1, Alexandra Daniel1, Gisela Eugénio1, Diogo Jesus1, Mariana Luis1, Luisa Brites1, João Rovisco1, Ines L1,

Armando Malcata1

1. Rheumatology Department, Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal

Introdução: O Síndrome de Sjögren Primário (SSP) é

uma doença inflamatória crónica sistémica caracteri- zada por infiltração linfocítica das glândulas exócrinas. As principais manifestações são xerostomia e xeroftal- mia. No entanto, o espectro clínico estende-se desde o envolvimento das glândulas até ao envolvimento sisté- mico, com prognóstico variável. Tal como noutras doenças do tecido conjuntivo também para o SSP fo- ram desenvolvidos instrumentos de avaliação da ativi- dade da doença. Desde 2009 o ESSDAI, um instru- mento validado, composto por 12 domínios, tem sido utilizado como Gold Standard para avaliação da ativi- dade da doença nesta patologia. Este trabalho teve como objetivo analisar as características demográficas, o espectro clinico, a terapêutica e avaliar a atividade da doença de doentes com SSP, seguidos num Serviço de Reumatologia.

Material e Métodos: Foram obtidos dados dos pro-

cessos clínicos, cartas de alta e registo do reuma.pt de doentes seguidos no nosso serviço com SSP, segundo os critérios de classificação do Consenso Americano-Eu- ropeu (AECG) de 2002. A informação recolhida incluiu dados demográficos, manifestações clínicas e serológi- cas, terapêutica imunossupressora e atividade da doen- ça, aplicando o ESSDAI.

Resultados: Foram incluídos no estudo 70 doentes

que cumpriam os critérios AECG de 2002, dos quais 1 era do sexo masculino e 69 do sexo feminino. A idade média foi de 56,49 anos ± 13,20 DP. As manifestações sistémicas mais frequentemente observadas foram lin-

fopenia (37,1%), artrite (35,7%), neutropenia (20,0%), anemia (14,3%), trombocitopenia (10,0%), púrpura (4,5%), livedo reticular (4,5%), doença pulmonar in- tersticial (3,0%), nefrite intersticial (3,0%) e hepatite auto-imune (2,9%).

Como terapêutica imunossupresora, 22 doentes en- contravam-se sob Hidroxicloquina, 17 com Corticoide, 3 com Metotrexato, 2 com Micofenolato de Mofetil, 2 com Azatioprina e 1 com Dapsona. A maioria dos doen- tes (55,7%) não apresentava atividade da doença (ESSDAI =0), 32,9% apresentava ligeira atividade (ESSDAI=1-4), 10,0% atividade moderada (ESSDAI=5-13) e 1,4% atividade elevada (ESSDAI14).

Conclusões: O SSP é uma doença que pode apresen-

tar um envolvimento sistémico grave, podendo atingir variados órgãos e sistemas com prognóstico variável. A aplicação de scores de gravidade, como o ESSDAI, na prática clinica diária permite, de forma objetiva e uni- formizada, fazer uma avaliação da atividade da doença e facilita o seguimento destes doentes ao fornecer um conjunto de parâmetros de avaliação, contribuindo para uma conformidade nas atitudes e decisões clíni- cas entre médicos.

p197 – uSTEKINuMAB NO TRATAMENTO DA ARTRITE pSORIÁTICA EM DOENTES COM pSORIASE MODERADA A GRAVE. ExpERIÊNCIA DE uM CENTRO.

P Pinto1, Miguel Guerra1, Taciana Videira1, Romana Vieira1

1. Rheumatology, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal

Introdução: A artrite psoriatica é uma doença reumá-

tica crónica que se caracteriza pela presença de sinovi- te, dactilite, entesite e espondilite.

O Ustekinumab é um dos fármacos biológicos usa- do no tratamento da Artrite Psoriatica após a sua apro- vação para o tratamento da Psoríase moderada a grave. É um inibidor da IL12/IL 23p40 que suprime a ativa- ção Th1, Th17 e Th22.

Métodos: Estudo retrospectivo e observacional cujo

objectivo principal é identificar as manifestações da Ar- trite psoriatica e a evolução desta patologia numa co- hort de doentes com psoriase grave tratados com uste- kinumab, nos últimos 5 anos, num período mínimo de 3 meses. Foram avaliadas e comparadas as populações com psoríase e com artrite psoriatica assim como se identificou a taxa de retenção com este fármaco e as ra- zões para A SUA descontinuação.

Resultados: Foram identificados 42 doentes com pso-

ríaiase tratados com ustekinumab e 14 doentes com ar- trite psoriática (apenas 8 doentes tinham o diagnósti- co e eram observados em consulta de Reumatologia). A taxa de retenção no fármaco foi de 58% e a principal causa de descontinuação foi a falta de eficácia cutânea (4 doentes ) e articular ( 2 doentes). A suspensão por efeitos laterais foi reduzida (4 doentes). Um doente com artrite psoríatica que suspendeu por falta de eficácia já tinha realizado 3 fármacos anti TNF alfa.

Limitações: O número reduzido de doentes com artrite

psoriatica e que descontinuaram.

Conclusão: O Ustekinumab demonstrou eficácia e se-

gurança no tratamento da Artrite psoríatica e psoríase grave

p72 – TRATAMENTO pRÉVIO COM BIFOSFONATOS: ALTERA O EFEITO DA TERIpARATIDE?

Raquel Miriam Ferreira1, Rita Fonseca1, Miguel Bernardes1, Sofia Pimenta1, Lúcia Costa1 1. Serviço de Reumatologia, Centro Hospitalar de São João, Porto, Portugal

Introdução: A teriparatide é utilizada como tratamen-

to na osteoporose. Ela é reservada às formas severas. Recentemente, levantam-se questões sobre o efeito do uso prévio de bifosfonatos (BF) no metabolismo ósseo em doentes sob teriparatide.

Objetivo: Avaliar a influência do tratamento prévio

com BF na efetividade de teriparatide.

Métodos: Estudo observacional de 68 doentes trata-

dos com teriparatide por osteoporose do nosso serviço de Reumatologia. Os doentes foram classificados em 2 grupos: A- doentes previamente tratados com BF por período > 6meses e B- doentes sem exposição prévia a BF ou <6 meses de tratamento. Avaliamos os valores da densidade mineral óssea (DMO) na coluna verte- bral lombar (CL), cólo femural (CF) e fémur total (FT) aos 0 e 18 meses, e os marcadores de remodelação ós- sea aos 0, 3 e 18 meses. Para análise estatística foram utilizados testes paramétricos e não paramétricos (SPSS 20,0). O nível de significância foi fixado em 0,05.

Resultados: Nós observamos 42 doentes no grupo A,

todos do sexo feminino e 26 doentes no grupo B, 81% eram mulheres. As populações eram comparáveis quanto à idade. O bifosfonato mais utilizado foi o alen- dronato (52,4%), seguido de risedronato (23,8%), pa- midronato (11,9%), ibandronato (7,1%) e acido zole- drónico (4,8%). O período médio de tratamento com

BF foi de 40 ± 35 meses. No grupo A, 28,6% sofriam de osteoporose primária e 71,4% tinham osteoporose secundária. 57,1% dos doentes apresentavam T-score <-3 e fraturas vertebrais e 14,3% um T-score lombar <-4. No grupo B, 53,8% dos doentes tinham osteopo- rose secundária. 42,3% iniciaram teriparatide devido a T-score <-3 e fraturas vertebrais e 50% por T-score lom- bar <-4. No início do estudo, no grupo A a mediana da DMO na CL, CF e FT foi de 0,848, 0,685 e 0,749 g/cm2 e no grupo B foi de 0,708, 0,565 e 0,652 g/cm2, res- petivamente. No fim dos 18 meses, constatou-se uma resposta analítica e densitométrica para as três regiões estatisticamente significativa no grupo B. No grupo A, houve um aumento significativo dos biomarcadores e da DMO somente na CL. Na comparação entre os dois grupos, verificaram-se diferenças estatisticamente sig- nificativas na variação na DMO (p<0,001, p=0,016, p=0,028) e no ganho percentual (p<0,001, p=0,010, p=0,016) na CL, CF e FT respetivamente, a favor do grupo B. Verificou-se um aumento dos marcadores de remodelação óssea durante o tratamento, mas não hou- ve diferenças estatisticamente significativas nas suas va- riações aos 3 e 18 meses entre os dois grupos. No en- tanto, em geral, os valores de Beta Crosslaps (b-CTX) e osteocalcina foram menores no grupo A.

Discussão: O grupo B tinha uma DMO inicial inferior

ao grupo A e uma percentagem mais elevada de doen- tes com T-score <-4. No entanto, as variações da DMO foram significativamente superiores no grupo B aos 18 meses e verificaram-se para as três regiões, em contraste com o grupo A com uma resposta apenas na CL.

Conclusão: Os nossos dados parecem sugerir que o

uso prévio de BF reduz o efeito de teriparatide, sobre- tudo no colo femoral e fémur total. Mais estudos são ne- cessários para confirmar estes resultados.

p71 – TERIpARATIDE NA OSTEOpOROSE: EFEITO INDEpENDENTE DA IDADE

Raquel Miriam Ferreira1, Rita Fonseca1, Miguel Bernardes1, Sofia Pimenta1, Lúcia Costa1 1. Serviço de Reumatologia, Centro Hospitalar de São João, Porto, Portugal

Introdução: Em países em que o envelhecimento po-

pulacional é uma realidade, é expectável que a osteo- porose e o risco de fratura venham a aumentar. A teri- paratide é um agente anabólico disponível para o seu tratamento. No entanto, existem poucos estudos sobre a sua eficácia em doentes idosos.

teriparatide difere com a idade.

Métodos: Estudo observacional de doentes tratados

com teriparatide por osteoporose do nosso serviço de Reumatologia. A colheita de dados foi obtida a partir dos registos hospitalares. As características demográfi- cas, clínicas, analíticas e densitométricas foram com- paradas entre 2 grupos atendendo à idade de início de tratamento: ≥70 anos (grupo 1) e <70 anos (grupo 2). A resposta ao tratamento foi avaliada pelos valores da densidade mineral óssea (DMO) na coluna vertebral lombar (CL), fémur total (FT) e cólo femural (CF) no início e ao fim de 18 meses e pela determinação de Beta Crosslaps (b-CTX), osteocalcina (OC) e fosfatase alca- lina (FA) aos 0, 3 e 18 meses. O teste de chi2, teste de Fisher e de Mann-Whitney foram utilizados para a aná- lise estatística (SPSS 20.0). O nível de significância foi fixado em 0,05.

Resultados: Um total de 74 doentes foram incluídos,

23 no grupo 1 e 51 no grupo 2. As populações eram comparáveis em relação ao sexo, à presença de osteo- porose primária ou secundária e às indicações tera- pêuticas. Na DMO inicial os valores na CL foram simi- lares entre os 2 grupos, mas a nível do FT e CF os doen- tes com ≥ 70anos apresentaram uma mediana inferior. No total, 98,5% das mulheres encontravam-se na pós- menopausa. No grupo 1, a idade média no início do tratamento foi de 75,96 anos (máx:84) e 87% eram mu- lheres. 52,2% deste grupo tinham osteoporose primá- ria e 47,8 % sofriam de osteoporose secundária. Quan- to às indicações de tratamento, 60,9 % tinham um T-score <-3 e fraturas vertebrais, 30,4 % um T-score <-4 e 8,7% iniciaram teriparatide por intolerância ou falência a bifosfonatos. No grupo 2, a idade média no início do tratamento foi de 60,49 anos (mín:29) e 96,1% eram do sexo feminino. Nestes doentes, 70,6% tinham osteoporose secundária. A instituição terapêu- tica justificou-se por T-score <-3 e fraturas vertebrais em 49% dos doentes, T-score <-4 em 21,6% e por in- tolerância ou falência a bifosfonatos nos restantes. Após o tratamento, a variação mediana da DMO no grupo 1 foi de 0,077 g/cm2 na CL, 0,004 g/cm2 no FT e 0,035g/cm2 no CF e no grupo 2 de 0,086 g/cm2, 0,0125 g/cm2, 0,045g/cm2, respectivamente. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos quanto as alterações da DMO para as três regiões. O aumento dos marcadores ósseos foi si- milar entre os dois grupos.

Discussão: Esta análise revelou que o grupo de doen-

tes mais idosos apresentou um ganho na DMO e um au- mento dos biomarcadores semelhante ao grupo 2. Mais

estudos são necessários para avaliar a utilidade e perfil de segurança da teriparatide em doentes para além da 8ª década de vida.

Conclusão: O nosso estudo demonstra que a eficácia

da teriparatide não parece depender da idade, poden- do ser considerado em doentes mais velhos.

GRupO 11

p161 – ACTA REuMATOLÓGICA

pORTuGuESA: THE RHEuMATOLOGISTS’ pERSpECTIVES IN 2017

João Cavaleiro1, Ana Filipa Mourão2, 3, Rodrigues AM3, 4, António Albino Teixeira5, 6,

Fernando Pimentel-Santos2, 3, Filipa Oliveira Ramos4, 7, Helena Canhão8, Joaquim Polido Pereira4, 7, JE Fonseca4, 7, José Carlos Romeu7,

José Melo-Gomes9, Lúcia Costa5, Luís Graça4, Leandro MJ10, 11, Maria José Santos12, Pedro Machado13, Sofia Ramiro3, 14, Elsa Vieira-Sousa4, 7 1. Acta Reumatológica Portuguesa, Sociedade Portuguesa de Reumatologia, Lisboa, Portugal

2. Serviço de Reumatologia, Hospital de Egas Moniz, Lisboa, Portugal

3. CEDOC, NOVA Medical School. Faculdade de Ciências Médicas da Universidade NOVA de Lisboa., Lisboa, Portugal 4. Instituto de Medicina Molecular, Faculdade de

Medicina da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal 5. Serviço de Reumatologia, Centro Hospitalar de São João, Porto, Portugal

6. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal

7. Serviço de Reumatologia, Hospital de Santa Maria, CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa, Lisboa, Portugal

8. EpiDoC Unit, CEDOC, NOVA Medical School, NOVA University, Lisboa, Portugal

9. Instituto Português de Reumatologia, Lisboa, Portugal 10. University College London Hospitals NHS Foundation Trust, London, United Kingdom

11. University College London, London, United Kingdom 12. Serviço de Reumatologia, Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal

13. Centre for Rheumatology Research & MRC Centre for Neuromuscular Diseases, University College London, London, United Kingdom

14. Leiden University Medical Center, Leiden, Netherlands

the official scientific organ of the Portuguese Society of Rheumatology. In order to understand the interests and perspectives of the Portuguese rheumatology commu- nity regarding the use of ARP journal, namely its struc- ture, divulgation strategies and of ARP website, a dedi - cated study based on an online survey was performed.

Methods: A 12-item online questionnaire with ques-

tions focusing on how and how often do rheumatolo- gists access ARP, both in its printed and online versions; how much of the these versions are accessed; the main reasons to access ARP website; what are the most rele- vant types of published articles; how do rheumatolo- gists prefer to receive ARP (printed vs online versions), among others; was developed and sent by email to all Portuguese Rheumatologists registered in the Por- tuguese Society of Rheumatology.

Results: A total number of 100 rheumatologists replied

to this survey, representing 45% of all registered mem- bers (220). Considering the actually available printed and online versions of ARP, 45% of responders con- sidered accessing both versions, while 31% exclusive- ly consult the online version. The majority of the res - ponders (77%) read some of the ARP online articles, while 58% reported reading some articles of the printed version. A higher percentage of rheumatologists ne ver consult the printed version (22%) in comparison with never consulting the online version (9%). Regarding the frequency of accessing printed and online ARP ver- sions, 37% and 36% refers doing it occasionally, and 27% and 34% monthly, respectively.

In what concerns the most relevant type of articles published in ARP the reviews, clinical practice and ima - ges in Rheumatology were those considered being of higher interest (3.8, 3.7 and 3.7, respectively in a 1 to 5 rating scale) followed by clinical cases (3.5), original articles (3.5), editorials (3.4) and letters to the Editor (3.2). Accessing the ARP website is mainly motivated by the search of a specific article (71%) or an update of the published literature (62%), while 43% access the ARP website as reviewers and 31% as submitting au- thors. The majority of the rheumatologists expressed their preference to receive the digital version of ARP by e-mail (56%), while 13% still prefers the printed ver- sion and 31% would like to receive both.

Conclusions: The online version of ARP is being well

accepted by Portuguese Rheumatologists. Reviews, clinical practice and images in Rheumatology are the articles considered of higher interest.

Acknowledgments: To all rheumatologists that par-

ticipated in this online survey. To all rheumatologists that collaborate with Acta Reumatológica Portuguesa. To the Portuguese Society Rheumatology.

p50 – EFEITO DA TERApÊuTICA

BIOTECNOLÓGICA NAS MANIFESTAÇÕES

No documento Posters (páginas 75-78)