• Nenhum resultado encontrado

4.5 Desempenho da modelagem com restrições experimentais

4.5.4 Avaliação da modelagem como fonte de informação sobre o conjunto de

O processo de modelagem implementado no protocolo ab initio do Rosetta consiste em partir de uma cadeia polipeptídica estendida, e sequencialmente e aleatoriamente substituir os ângulos de diedro de três ou nove resíduos dessa sequência com as informações contidas em uma biblioteca de fragmentos extraídas de estruturas de alta resolução. Essa sequência de substituições dá origem a intermediários com elementos de estrutura secundárias e estruturas cada vez mais compactas. Dessa forma, é uma simulação aproximada do processo de enovelamento proteico em que a paisagem energética é aproximada pela função de energia do Rosetta. Cada uma das estruturas resultantes desse processo de enovelamento in

a um mínimo de energia. Portanto, é razoável assumir que interações entre resíduos presentes no estado nativo também devam estar presentes em muitos desses intermediários de baixa energia. Similarmente, contatos não nativos devem se reproduzir com menor frequência pelos intermediários.

Nesta sessão, testamos a hipótese de que o conjunto de modelos gerados pelo Rosetta na ausência de restrições é capaz de discriminar restrições experimentais correspondentes a conformações próximas ao estado nativo daquelas que correspondem a potenciais falsos positivos e, além disso, que esse conjunto de restrições pode ser utilizado para melhorar a modelagem iterativamente. As Figuras 33 e 34 mostram que entre 25 e 30% das restrições experimentais são informativas para a modelagem. Partindo-se da modelagem sem restrições, avaliou-se com que frequência cada uma das restrições experimentais era validada no conjunto dos 1000 modelos. As 25% restrições mais frequentemente validadas foram selecionadas e utilizadas em uma nova rodada de modelagem. Esse processo foi repetido por três vezes para os alvos ALB-D1, ALB-D2, ALB-D3 e SalBIII.

A Figura 35 mostra o perfil de validação das restrições experimentais inicial e das restrições utilizadas em cada uma das modelagens subsequentes em função do desvio de Lmax. Para ALB-D1, por exemplo, 16% (32 restrições) das 206 restrições

experimentais iniciais são validadas pela estrutura cristalográfica (curva em preto), porém esse valor sobe para 50% (26 restrições) das 52 restrições recuperadas a partir da modelagem sem restrições (curva em vermelho). Similarmente, é possível verificar em todos os casos há aumento significativo da qualidade relativa das restrições no subconjunto recuperado em comparação com o conjunto experimental inicial. Todavia, é interessante notar que os conjuntos de restrições utilizados nas iterações 1, 2 e 3 possuem o mesmo perfil de validação. A Figura 36 mostra que as restrições recuperadas não são idênticas, mas, de fato, são muito similares. Para ALB-D2, o caso em que as restrições são mais diferentes entre si, 87% (53 restrições) das 61 restrições recuperadas são comuns nas três iterações. Para os outros casos, não mais do que duas restrições mudam entre uma iteração e outra. Dessa forma, não se observou melhora na qualidade das restrições recuperadas nas diferentes modelagens.

Figura 35: Perfil de validação das restrições a partir da avaliação de modelos gerados pelo Rosetta. Para todos os casos, se observa um aumento significativo na qualidade das restrições

recuperadas.

A Figura 37 mostra o resultado da modelagem para cada um dos conjuntos de restrições recuperados. Para todos os casos, se observa um pequeno deslocamento da distribuição da qualidade dos modelos para maiores TM-score. Entretanto, não se observa nenhuma melhoria que resulte em uma população significativa de modelos com o enovelamento correto para os alvos estudados. Esse resultado não é surpreendente uma vez que uma fração das restrições utilizadas estão associadas a grandes desvios do estado nativo, como mostrado na Figura 35. Na sessão anterior, demonstramos que poucas restrições com grandes desvios notadamente prejudicam a qualidade da modelagem. Assim, mostramos que a estratégia proposta é interessante para o enriquecimento do conjunto de restrições experimentais, mas na presente formulação não é suficiente para se observar impacto significativo na modelagem a partir da modelagem sem restrições.

Figura 36: Diagramas de Venn mostrando a complementariedade entre os conjuntos de restrições utilizados em cada uma das iterações.

Figura 37: Desempenho da modelagem com conjuntos de restrições experimentais validadas iterativamente.

Os resultados aqui apresentados foram publicados parcialmente na revista

Bioinformatics100 (Apêndice II, artigo 2).

100 Allan J. R. Ferrari et al., “Statistical Force-Field for Structural Modeling Using Chemical Cross- Linking/Mass Spectrometry Distance Constraints,” Bioinformatics, 2019, doi:10.1093/bioinformatics/btz013.

5 CONCLUSÕES

TopoLink, um pacote para a avaliação estrutural dos dados de ligação cruzada, foi desenvolvido e disponibilizado como código-fonte, interface gráfica para windows e como servidor online. TopoLink calcula as distâncias topológicas entre os resíduos acessíveis ao solvente e mostra melhor desempenho do que seus concorrentes, Jwalk e Xwalk.

Utilizando um banco de dados de estruturas de alta resolução, derivou-se um novo conjunto de distâncias estatísticas para avaliação de estruturas com dados de ligação cruzada, tendo em vista a natureza física do dado obtido. Essas distâncias são consistentemente menores do que as utilizadas pela comunidade atualmente.

Um campo de forças designado para modelar restrições provenientes dos experimentos de ligação cruzada foi desenvolvido. As funções de energia potencial representando as restrições foram obtidas da estatística das distâncias entre resíduos expostos ao solvente também a partir da análise de um banco de dados de estruturas de alta resolução. A função de energia potencial é dependente da distância Euclidiana entre os resíduos e das propriedades estruturais do agente de ligação cruzada e associa interações mais favoráveis aos pares de resíduos que estão mais provavelmente associados com um caminho topológico válido. O campo de forças foi implementado no pacote de modelagem Rosetta e expressivamente melhorou a qualidade dos modelos obtidos sob condições de restrições teóricas e experimentais. Esses resultados trazem à realidade a possiblidade de modelar a estrutura terciária de proteínas a partir dos dados de XLMS, especialmente aquelas que não possuem outros dados estruturais disponíveis ou cujos dados são insuficientes para caracterizar o enovelamento da proteína alvo.

Neste trabalho, abordamos o problema de modelagem a partir da perspectiva de obtenção de um conjunto de restrições corretas do ponto de vista da estrutura cristalográfica ou que amostrem as vizinhanças da estrutura nativa. Novas estratégias precisam ser desenvolvidas para lidar com a presença de múltiplas conformações e a presença de dados ruidosos. Também, mostramos pela primeira vez que um conjunto de modelos gerados pode ser utilizado como fonte de informação para enriquecimento da qualidade das restrições experimentais.

Finalmente, esse é o primeiro trabalho que avalia sistematicamente o efeito das restrições de ligação cruzada na predição da estrutura terciária de proteínas e

deve contribuir no esforço de trabalhos futuros em estabelecer essa técnica como uma fonte poderosa de informação no estudo da estrutura e conformação de proteínas em solução.

Como resultado dessa tese, dois artigos foram publicados como primeiro autor e um terceiro está sob revisão. Também, outros dois artigos em colaboração utilizando o conhecimento aqui produzido foram publicados.

6 REFERÊNCIAS

Aebersold, R. et al. “Mass Spectrometry in Proteomics.” Chemical Reviews 101, no. 2 (February 2001): 269–295.

Aebersold, Ruedi et al. “Mass Spectrometry-Based Proteomics.” Nature 422, no. 6928 (March 2003): 198–207. https://doi.org/10.1038/nature01511.

Alford, Rebecca F. et al. “The Rosetta All-Atom Energy Function for Macromolecular Modeling and Design.” Journal of Chemical Theory and Computation 13, no. 6 (June 2017): 3031–3048. https://doi.org/10.1021/acs.jctc.7b00125.

Andrec, Michael et al. “A Large Data Set Comparison of Protein Structures Determined by Crystallography and NMR: Statistical Test for Structural Differences and the Effect of Crystal Packing.” Proteins 69, no. 3 (November 2007): 449–465. https://doi.org/10.1002/prot.21507.

Anfinsen, Christian B. “Principles That Govern the Folding of Protein Chains.” Science

181, no. 4096 (July 1973): 223–230.

https://doi.org/10.1126/science.181.4096.223.

Aprahamian, Melanie L. et al. “Rosetta Protein Structure Prediction from Hydroxyl Radical Protein Footprinting Mass Spectrometry Data.” Analytical Chemistry 90,

no. 12 (June 2018): 7721–7729.

https://doi.org/10.1021/acs.analchem.8b01624.

Bai, Y. et al. “Primary Structure Effects on Peptide Group Hydrogen Exchange.”

Proteins 17, no. 1 (September 1993): 75–86.

https://doi.org/10.1002/prot.340170110.

Bairoch, Amos et al. “The SWISS-PROT Protein Sequence Database and Its Supplement TrEMBL in 2000.” Nucleic Acids Research 28, no. 1 (January 2000): 45–48.

Baker, D. et al. “Protein Structure Prediction and Structural Genomics.” Science (New

York, N.Y.) 294, no. 5540 (October 2001): 93–96.

https://doi.org/10.1126/science.1065659.

Belsom, Adam et al. “Serum Albumin Domain Structures in Human Blood Serum by Mass Spectrometry and Computational Biology.” Molecular & Cellular

Proteomics : MCP 15, no. 3 (March 2016): 1105–1116.

https://doi.org/10.1074/mcp.M115.048504.

Berman, Helen M. et al. “The Protein Data Bank.” Nucleic Acids Research 28, no. 1 (January 2000): 235–242.

Bonneau, Richard et al. “De Novo Prediction of Three-Dimensional Structures for Major Protein Families.” Journal of Molecular Biology 322, no. 1 (September 2002): 65–78. https://doi.org/10.1016/S0022-2836(02)00698-8.

———. “Rosetta in CASP4: Progress in Ab Initio Protein Structure Prediction.”

Proteins: Structure, Function, and Bioinformatics 45, no. S5 (January 2001):

119–126. https://doi.org/10.1002/prot.1170.

Borges, Diogo et al. “Using SIM-XL to Identify and Annotate Cross-Linked Peptides Analyzed by Mass Spectrometry.” Protocol Exchange, (February 2015. https://doi.org/10.1038/protex.2015.015.

Bowers, Peter M. et al. “De Novo Protein Structure Determination Using Sparse NMR Data.” Journal of Biomolecular NMR 18, no. 4 [December 2000]: 311–318. https://doi.org/10.1023/A:1026744431105.

Bradley, Philip et al. “Toward High-Resolution de Novo Structure Prediction for Small Proteins.” Science 309, no. 5742 [September 2005]: 1868–1871. https://doi.org/10.1126/science.1113801.

Brodie, Nicholas I. et al. “Solving Protein Structures Using Short-Distance Cross- Linking Constraints as a Guide for Discrete Molecular Dynamics Simulations.”

Science Advances 3, no. 7 [July 2017]: e1700479.

https://doi.org/10.1126/sciadv.1700479.

Brucker, E. A. “Genetically Crosslinked Hemoglobin: A Structural Study.” Acta

Crystallographica. Section D, Biological Crystallography 56, no. Pt 7 [July 2000]:

812–816. https://doi.org/10.1107/s0907444900006557.

Bullock, Joshua M. A. et al. “Jwalk and MNXL Web Server: Model Validation Using Restraints from Crosslinking Mass Spectrometry.” Bioinformatics (Oxford,

England) 34, no. 20 [15 2018]: 3584–3585.

https://doi.org/10.1093/bioinformatics/bty366.

“Chapter 8: Solving Unconstrained Subproblems.” In Practical Augmented Lagrangian

Methods for Constrained Optimization Fundamentals of Algorithms [Society for

Industrial and Applied Mathematics, 2014], 73–95. https://doi.org/10.1137/1.9781611973365.ch8.

Chavez, Juan D. et al. “Chemical Crosslinking Mass Spectrometry Analysis of Protein Conformations and Supercomplexes in Heart Tissue.” Cell Systems 6, no. 1 [January 2018]: 136-141.e5. https://doi.org/10.1016/j.cels.2017.10.017.

Chavez, Juan D et al. “Chemical Cross-Linking with Mass Spectrometry: A Tool for Systems Structural Biology.” Current Opinion in Chemical Biology, Omics, 48 [February 2019]: 8–18. https://doi.org/10.1016/j.cbpa.2018.08.006.

Chavez, Juan D. et al. “In Vivo Conformational Dynamics of Hsp90 and Its Interactors.”

Cell Chemical Biology 23, no. 6 [June 2016]: 716–726.

https://doi.org/10.1016/j.chembiol.2016.05.012.

Chothia, C et al. “The Relation between the Divergence of Sequence and Structure in Proteins.” The EMBO Journal 5, no. 4 [April 1986]: 823–826.

Cravatt, Benjamin F. et al. “The Biological Impact of Mass-Spectrometry-Based Proteomics.” Nature 450 [December 2007]: 991–1000. https://doi.org/10.1038/nature06525.

Crippen, Gordon M. “The Tree Structural Organization of Proteins.” Journal of

Molecular Biology 126, no. 3 [December 1978]: 315–332.

https://doi.org/10.1016/0022-2836(78)90043-8.

Degiacomi, Matteo T. et al. “Accommodating Protein Dynamics in the Modeling of Chemical Crosslinks.” Structure 25, no. 11 [November 2017]: 1751-1757.e5. https://doi.org/10.1016/j.str.2017.08.015.

Dill, K. A. “Dominant Forces in Protein Folding.” Biochemistry 29, no. 31 [August 1990]: 7133–7155. https://doi.org/10.1021/bi00483a001.

Dill, Ken A. et al. “The Protein Folding Problem.” Annual Review of Biophysics 37 [June 2008]: 289–316. https://doi.org/10.1146/annurev.biophys.37.092707.153558. DiMaio, Frank et al. “Atomic-Accuracy Models from 4.5-Å Cryo-Electron Microscopy

Data with Density-Guided Iterative Local Refinement.” Nature Methods 12, no. 4 [April 2015]: 361–365. https://doi.org/10.1038/nmeth.3286.

Dolan, Michael A. et al. “Comparison of Common Homology Modeling Algorithms: Application of User-Defined Alignments.” Methods in Molecular Biology (Clifton,

Domon, Bruno et al. “Mass Spectrometry and Protein Analysis.” Science (New York,

N.Y.) 312, no. 5771 [April 2006]: 212–217.

https://doi.org/10.1126/science.1124619.

Dorn, Márcio et al. “Three-Dimensional Protein Structure Prediction: Methods and Computational Strategies.” Computational Biology and Chemistry 53PB [2014]: 251–276. https://doi.org/10.1016/j.compbiolchem.2014.10.001.

Engen, John R. et al. “Hydrogen Exchange Mass Spectrometry for Conformational Analysis of Proteins.” In Encyclopedia of Analytical Chemistry [American Cancer Society, 2011]. https://doi.org/10.1002/9780470027318.a9201.

Englander, S Walter et al. “Mechanisms and Uses of Hydrogen Exchange.” Current

Opinion in Structural Biology 6, no. 1 [February 1996]: 18–23.

https://doi.org/10.1016/S0959-440X(96)80090-X.

Fan, Sheng-Bo et al. “Using PLink to Analyze Cross-Linked Peptides.” Current

Protocols in Bioinformatics 49 [March 2015]: 8.21.1-19.

https://doi.org/10.1002/0471250953.bi0821s49.

Feig, Michael et al. “Protein Structure Refinement via Molecular Dynamics Simulations.” Biophysical Journal 114, no. 3 [February 2018]: 575a. https://doi.org/10.1016/j.bpj.2017.11.3143.

Fenn, J. B. et al. “Electrospray Ionization for Mass Spectrometry of Large Biomolecules.” Science (New York, N.Y.) 246, no. 4926 [October 1989]: 64–71. https://doi.org/10.1126/science.2675315.

Ferrari, Allan J. R. et al. “Statistical Force-Field for Structural Modeling Using Chemical Cross-Linking/Mass Spectrometry Distance Constraints.” Bioinformatics, [2019. https://doi.org/10.1093/bioinformatics/btz013.

———. “TopoLink: Evaluation of Structural Models Using Chemical Crosslinking

Distance Constraints.” Bioinformatics, (2019.

https://doi.org/10.1093/bioinformatics/btz014.

Fioramonte, Mariana et al. “XPlex: An Effective, Multiplex Cross-Linking Chemistry for Acidic Residues.” Analytical Chemistry, [March 2018. https://doi.org/10.1021/acs.analchem.7b05135.

Fischer, Lutz et al. “Quantitative Cross-Linking/Mass Spectrometry Using Isotope- Labelled Cross-Linkers.” Journal of Proteomics 88 (August 2013): 120–128. https://doi.org/10.1016/j.jprot.2013.03.005.

Fiser, Andras. “Template-Based Protein Structure Modeling.” Methods in Molecular

Biology (Clifton, N.J.) 673 (2010): 73–94. https://doi.org/10.1007/978-1-60761-

842-3_6.

Fritzsche Romy et al. “Optimizing the Enrichment of Cross‐linked Products for Mass Spectrometric Protein Analysis.” Rapid Communications in Mass Spectrometry 26, no. 6 (February 2012): 653–658. https://doi.org/10.1002/rcm.6150.

Garbuzynskiy, Sergiy O. et al. “Comparison of X-Ray and NMR Structures: Is There a Systematic Difference in Residue Contacts between X-Ray- and NMR- Resolved Protein Structures?” Proteins 60, no. 1 (July 2005): 139–147. https://doi.org/10.1002/prot.20491.

Giese, Sven H. et al. “Noncovalently Associated Peptides Observed during Liquid Chromatography-Mass Spectrometry and Their Effect on Cross-Link Analyses.”

Analytical Chemistry 91, no. 4 (February 2019): 2678–2685.

https://doi.org/10.1021/acs.analchem.8b04037.

Gomes, Alexandre F. et al. “Chemical Cross-Linking with a Diazirine Photoactivatable Cross-Linker Investigated by MALDI- and ESI-MS/MS.” Journal of Mass

Spectrometry: JMS 45, no. 8 (August 2010): 892–899. https://doi.org/10.1002/jms.1776.

Götze, Michael et al. “StavroX--a Software for Analyzing Crosslinked Products in Protein Interaction Studies.” Journal of the American Society for Mass

Spectrometry 23, no. 1 (January 2012): 76–87. https://doi.org/10.1007/s13361-

011-0261-2.

Griffiths, Jennifer. “A Brief History of Mass Spectrometry.” Analytical Chemistry 80, no. 15 (August 2008): 5678–5683. https://doi.org/10.1021/ac8013065.

Hartl, F. U. “Molecular Chaperones in Cellular Protein Folding.” Nature 381, no. 6583 (June 1996): 571–579. https://doi.org/10.1038/381571a0.

Herzog, Franz et al. “Structural Probing of a Protein Phosphatase 2A Network by Chemical Cross-Linking and Mass Spectrometry.” Science 337, no. 6100 (September 2012): 1348–1352. https://doi.org/10.1126/science.1221483. Hoffmann, Edmond et al. Mass Spectrometry: Principles and Applications (Wiley,

2007).

Hu, Qizhi et al. “The Orbitrap: A New Mass Spectrometer.” Journal of Mass

Spectrometry 40, no. 4 (2005): 430–443. https://doi.org/10.1002/jms.856.

Huang, Bill X. et al. “Probing Three-Dimensional Structure of Bovine Serum Albumin by Chemical Cross-Linking and Mass Spectrometry.” Journal of the American

Society for Mass Spectrometry 15, no. 8 (August 2004): 1237–1247.

https://doi.org/10.1016/j.jasms.2004.05.004.

Iacobucci, Claudio et al. “Carboxyl-Photo-Reactive MS-Cleavable Cross-Linkers: Unveiling a Hidden Aspect of Diazirine-Based Reagents.” Analytical Chemistry

90, no. 4 (20 2018): 2805–2809.

https://doi.org/10.1021/acs.analchem.7b04915.

———. “To Be or Not to Be? Five Guidelines to Avoid Misassignments in Cross- Linking/Mass Spectrometry.” Analytical Chemistry 89, no. 15 (August 2017): 7832–7835. https://doi.org/10.1021/acs.analchem.7b02316.

Kabsch, Wolfgang et al. “Dictionary of Protein Secondary Structure: Pattern Recognition of Hydrogen-Bonded and Geometrical Features.” Biopolymers 22, no. 12 (December 1983): 2577–2637. https://doi.org/10.1002/bip.360221211. Kahraman, Abdullah et al. “Cross-Link Guided Molecular Modeling with ROSETTA.”

PLOS ONE 8, no. 9 (September 2013): e73411.

https://doi.org/10.1371/journal.pone.0073411.

———. “Xwalk: Computing and Visualizing Distances in Cross-Linking Experiments.”

Bioinformatics 27, no. 15 (August 2011): 2163–2164.

https://doi.org/10.1093/bioinformatics/btr348.

Kalisman, Nir et al. “Subunit Order of Eukaryotic TRiC/CCT Chaperonin by Cross- Linking, Mass Spectrometry, and Combinatorial Homology Modeling.”

Proceedings of the National Academy of Sciences 109, no. 8 (February 2012):

2884–2889. https://doi.org/10.1073/pnas.1119472109.

Karas, M. et al. “Laser Desorption Ionization of Proteins with Molecular Masses Exceeding 10,000 Daltons.” Analytical Chemistry 60, no. 20 (October 1988): 2299–2301.

Kendrew, J. C. et al. “Structure of Myoglobin: A Three-Dimensional Fourier Synthesis at 2 Å. Resolution.” Nature 185, no. 4711 (February 1960): 422. https://doi.org/10.1038/185422a0.

Kim, David E. et al. “Protein Structure Prediction and Analysis Using the Robetta Server.” Nucleic Acids Research 32, no. Web Server issue (July 2004): W526– W531. https://doi.org/10.1093/nar/gkh468.

Kinter, Michael et al. Protein Sequencing and Identification Using Tandem Mass

Spectrometry (John Wiley & Sons, 2000).

Kubelka, Jan et al. “The Protein Folding ‘Speed Limit.’” Current Opinion in Structural

Biology 14, no. 1 (February 2004): 76–88.

https://doi.org/10.1016/j.sbi.2004.01.013.

Kw, Kaufmann et al. “Practically Useful: What the Rosetta Protein Modeling Suite Can Do for You., Practically Useful: What the Rosetta Protein Modeling Suite Can Do for You.” Biochemistry, Biochemistry 49, 49, no. 14, 14 (April 2010): 2987, 2987–2998. https://doi.org/10.1021/bi902153g, 10.1021/bi902153g.

Kwan, Ann H. et al. “Macromolecular NMR Spectroscopy for the Non-Spectroscopist.”

The FEBS Journal 278, no. 5 (March 2011): 687–703.

https://doi.org/10.1111/j.1742-4658.2011.08004.x.

Leitner, Alexander et al. “Chemical Cross-Linking/Mass Spectrometry Targeting Acidic Residues in Proteins and Protein Complexes.” Proceedings of the National

Academy of Sciences 111, no. 26 (July 2014): 9455–9460.

https://doi.org/10.1073/pnas.1320298111.

Leney, Aneika C. et al. “Native Mass Spectrometry: What Is in the Name?” Journal of

the American Society for Mass Spectrometry 28, no. 1 (2017): 5–13.

https://doi.org/10.1007/s13361-016-1545-3.

Levinthal, Cyrus. “Are There Pathways for Protein Folding?” J. Chim. Phys. Phys.

Chim. Biol. 65 (1968): 44–49.

Lima, Diogo B. et al. “SIM-XL: A Powerful and User-Friendly Tool for Peptide Cross- Linking Analysis.” Journal of Proteomics 129 (November 2015): 51–55. https://doi.org/10.1016/j.jprot.2015.01.013.

Luhavaya, Hanna et al. “Enzymology of Pyran Ring A Formation in Salinomycin Biosynthesis.” Angewandte Chemie International Edition 54, no. 46 (November 2015): 13622–13625. https://doi.org/10.1002/anie.201507090.

Marshall, A. G. et al. “Fourier Transform Ion Cyclotron Resonance Mass Spectrometry: A Primer.” Mass Spectrometry Reviews 17, no. 1 (February 1998): 1–35. https://doi.org/10.1002/(SICI)1098-2787(1998)17:1<1::AID-MAS1>3.0.CO;2-K. Martínez, Leandro et al. “Convergent Algorithms for Protein Structural Alignment.”

BMC Bioinformatics 8 (2007): 306. https://doi.org/10.1186/1471-2105-8-306.

———. Fundamentos de Simulação Por Dinâmica Molecular (Livraria da Física, 2006).

Martinez, Leandro et al. “TopoLink: A Software to Validate Structural Models Using Chemical Crosslinking Constraints.” Protocol Exchange, (March 2017. https://doi.org/10.1038/protex.2017.035.

Maurer, Megan M. et al. “Advances in Ion Mobility-Mass Spectrometry Instrumentation and Techniques for Characterizing Structural Heterogeneity.” Analyst 140, no. 20 [September 2015]: 6782–6798. https://doi.org/10.1039/C5AN00922G. Merkley, Eric D et al. “Distance Restraints from Crosslinking Mass Spectrometry:

Mining a Molecular Dynamics Simulation Database to Evaluate Lysine–Lysine Distances.” Protein Science : A Publication of the Protein Society 23, no. 6 [June 2014]: 747–759. https://doi.org/10.1002/pro.2458.

Moult, John et al. “Critical Assessment of Methods of Protein Structure Prediction (CASP)-Round XII.” Proteins 86 Suppl 1 [2018]: 7–15. https://doi.org/10.1002/prot.25415.

Murata, Kazuyoshi et al. “Cryo-Electron Microscopy for Structural Analysis of Dynamic Biological Macromolecules.” Biochimica et Biophysica Acta (BBA) - General

Systems, 1862, no. 2 [February 2018]: 324–334. https://doi.org/10.1016/j.bbagen.2017.07.020.

Nelson, David L et al. Lehninger Principles of Biochemistry. 7th ed. [W. H. Freeman, 2017].

Onuchic, J. N. et al. “Theory of Protein Folding: The Energy Landscape Perspective.”

Annual Review of Physical Chemistry 48 [1997]: 545–600.

https://doi.org/10.1146/annurev.physchem.48.1.545.

Ovchinnikov Sergey et al. “Improved de Novo Structure Prediction in CASP11 by Incorporating Coevolution Information into Rosetta.” Proteins: Structure,

Function, and Bioinformatics 84, no. S1 [February 2016]: 67–75.

https://doi.org/10.1002/prot.24974.

Ovchinnikov, Sergey et al. “Protein Structure Determination Using Metagenome Sequence Data.” Science 355, no. 6322 [January 2017]: 294–298. https://doi.org/10.1126/science.aah4043.

Patterson, Scott D. et al. “Proteomics: The First Decade and Beyond.” Nature Genetics 33 Suppl [March 2003]: 311–323. https://doi.org/10.1038/ng1106.

Pereira, Michelle B. M. et al. “ΑB-Crystallin Interacts with and Prevents Stress- Activated Proteolysis of Focal Adhesion Kinase by Calpain in Cardiomyocytes.”

Nature Communications 5 [October 2014]: 5159.

https://doi.org/10.1038/ncomms6159.

Perutz, M. F. et al. “Structure of Haemoglobin: A Three-Dimensional Fourier Synthesis at 5.5-A. Resolution, Obtained by X-Ray Analysis.” Nature 185, no. 4711 [February 1960]: 416–422. https://doi.org/10.1038/185416a0.

Petrey, Donald et al. “Protein Structure Prediction: Inroads to Biology.” Molecular Cell

20, no. 6 [December 2005]: 811–819.

https://doi.org/10.1016/j.molcel.2005.12.005.

Petrotchenko, Evgeniy V. et al. “An Isotopically Coded CID-Cleavable Biotinylated Cross-Linker for Structural Proteomics.” Molecular & Cellular Proteomics: MCP

10, no. 2 [February 2011]: M110.001420.

https://doi.org/10.1074/mcp.M110.001420.

———. “Modern Mass Spectrometry-Based Structural Proteomics.” Advances in

Protein Chemistry and Structural Biology 95 [2014]: 193–213.

https://doi.org/10.1016/B978-0-12-800453-1.00006-3.

Ramachandran, G. N. et al. “Stereochemistry of Polypeptide Chain Configurations.”

Journal of Molecular Biology 7, no. 1 [July 1963]: 95–99.

https://doi.org/10.1016/S0022-2836(63)80023-6.

Raman, Srivatsan et al. “Structure Prediction for CASP8 with All-Atom Refinement Using Rosetta.” Proteins 77, no. 0 9 [2009]: 89–99. https://doi.org/10.1002/prot.22540.

Rose, George D. et al. “A Backbone-Based Theory of Protein Folding.” Proceedings of