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CAPÍTULO 2 AVALIAÇÃO DO ACOPLAMENTO ENTRE O FORNO DE GRAFITE E A

2.3. PARTE EXPERIMENTAL

2.3.3. Avaliação das condições cromatográficas de análise para a separação dos

separação dos organoestânicos

Os parâmetros instrumentais do cromatógrafo a gás foram otimizados, visando obter as melhores condições para a separação e a identificação das espécies organoestânicas retidas na fibra, após a retenção dessas espécies pelo acoplamento

Capítulo 2 – Parte experimental

proposto SPME-GF AAS. Primeiramente, dois detectores do CG foram avaliados: o ECD e o FID.

2.3.3.1. Avaliação do detector por captura de elétrons (ECD)

Para o estudo do GC-ECD, soluções padrão dos organoestânicos foram conduzidas ao procedimento de extração por HS-SPME. Para este procedimento, foram adicionados 4,5 mL de solução tampão ácido acético / acetato de sódio 0,2 mol L-1 pH 5,0 em frascos de vidro de 16 mL, seguidos pela adição de 10 µL de solução de tributilcloroestanho 1000 mg L-1 (concentração final de tributilcloroestanho no frasco = 2 mg L-1). Em seguida, foram adicionados 0,5 mL de NaBEt4 0,5 % (m/v), para a etilação

das espécies. O frasco de reação foi imediatamente selado, e a mistura foi conduzida à agitação por 2000 rpm à temperatura ambiente. A fase de equilíbrio entre o headspace e a fase líquida da solução foi fixada em 15 min. Posteriormente, a fibra PDMS 100 µm foi exposta ao headspace do frasco durante 15 min. A fibra de SPME foi posicionada no headspace sempre na mesma altura. Após a extração das espécies, a fibra foi inserida no injetor do GC-ECD para a dessorção. A fibra de SPME permaneceu no injetor por 15 min. Modificações no tempo de equilíbrio entre as fases, no tempo de exposição da fibra, na concentração das soluções padrão utilizadas, bem como na temperatura de equilíbrio e extração, também foram realizados, e estão descritos no decorrer do trabalho.

No GC-ECD, a programação do forno foi fixada da seguinte forma: 1 min a 80 ºC, 20 ºC min-1 de 80 até 280 ºC e 1 min a 280 ºC. As temperaturas do injetor e detector foram fixadas em 280 ºC e 320 ºC, respectivamente. A vazão de He (gás de arraste) foi de 1,3 mL min-1 e a vazão do N2 (gás auxiliar) foi de 40 mL min-1. O tempo de corrida,

utilizando esta programação de temperatura do forno, foi de 12 min.

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chamados de “brancos da extração”, e foram realizados da seguinte forma: adicionaram-se 4,5 mL de solução tampão ácido acético / acetato de sódio 0,2 mol L-1 pH 5,0 em frascos de vidro de 16 mL, seguidos pela adição de 0,5 mL de NaBEt4 0,5 %

(m/v). O frasco de reação foi imediatamente selado, e a mistura foi conduzida à agitação por 2000 rpm durante 15 min. Em seguida, a fibra PDMS 100 foi inserida no headspace do frasco. Após 15 min de exposição da fibra no headspace, a mesma foi inserida no injetor do GC-ECD, onde permaneceu por 15 min. Esse procedimento de extração foi realizado na mesma temperatura, na qual foi conduzida a extração das espécies por HS-SPME.

É interessante destacar algumas denominações aplicadas aos procedimentos realizados por HS-SPME. O tempo de equilíbrio entre o headspace e a fase líquida da solução foi denominado como “tempo de equilíbrio”, o tempo de exposição da fibra no frasco reacional foi denominado como “tempo de extração” e o tempo em que fibra permaneceu no injetor do cromatógrafo, para a dessorção das espécies de interesse, foi denominado como “tempo de dessorção”.

2.3.3.2. Avaliação do detector por ionização em chama (FID)

Devido à baixa sensibilidade do GC-ECD para a espécie tributilcloroestanho derivado com NaBEt4, o GC-FID também foi avaliado. No estudo do GC-FID, soluções

padrão dos organoestânicos de interesse também foram conduzidas ao procedimento de extração por HS-SPME. Para essa extração, foram adicionados 4,5 mL de solução tampão ácido acético / acetato de sódio 0,2 mol L-1 pH 5,0, em frascos de vidro de 16 mL, seguidos pela adição de 0,5 µL de solução padrão de uma mistura das espécies butiltricloroestanho, dibutildicloroestanho e tributilcloroestanho, com concentração de 1000 mg L-1 cada espécie (concentração final das espécies no frasco = 100 µg L-1). Em seguida, foram adicionados 0,5 mL de NaBEt4 0,5 % (m/v). O frasco de reação foi

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equilíbrio entre o headspace e a fase líquida da solução foi estabelecido como 30 min. Posteriormente, a fibra PDMS 100 µm foi inserida no headspace do frasco reacional. Após 1 h de exposição da fibra no headspace, a mesma foi inserida no injetor do GC- FID, onde permaneceu por 15 min para a dessorção das espécies. Nesses experimentos, a programação de temperatura do forno do GC-FID foi fixada em 1 min a 80 ºC, 5 ºC min-1 de 80 até 280 ºC e 1 min a 280 ºC. As temperaturas do injetor e detector foram fixadas em 280 e 300 ºC, respectivamente. A vazão de He (gás de arraste) foi de 1,3 mL min-1, e a vazão de H2 e ar sintético foram de 55 e 450 mL min-1,

respectivamente. O tempo de corrida, utilizando esta programação de temperatura do forno, foi de 22 min.

Utilizando o GC-FID, a temperatura do injetor também foi otimizada, visando estabelecer a melhor temperatura para a dessorção das espécies de interesse da fibra de SPME. O valor ótimo da temperatura do injetor foi baseado no maior sinal analítico (em área de sinal) para cada espécie, e também na simetria dos picos. O alargamento nos picos pode indicar a presença de decomposição térmica. Esse experimento foi realizado utilizando as mesmas condições descritas anteriormente para a extração das espécies de interesse por HS-SPME (fibra: PDMS 100 µm; tempo de equilíbrio: 30 min; tempo de extração: 1 h; concentração de NaBEt4: 0,5 % m/v; pH da reação: 5,0; tempo

de dessorção: 15 min). Posteriormente, outras fibras também foram avaliadas: PDMS 7 µm, PDMS/DVB, Carboxen/PDMS e poliacrilato. Todos os experimentos foram realizados em triplicata.

Devido ao tempo consumido na extração e na separação das espécies por GC- FID, e a fim de associar aos resultados a variação instrumental diária, os experimentos foram realizados de forma aleatória e em dias diferentes.

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