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Capítulo 3 – Extração e separação das proteínas das folhas de girassol

3.1. Otimização das condições de operação do ICP-MS

4.1.2. Avaliação das vazões dos gases auxiliar e transportador

Com o objetivo de otimizar o transporte do material ablado, bem como obter condições operacionais de estabilidade do plasma, as vazões de argônio empregadas como gases auxiliar e transportador foram avaliadas utilizando os géis de poliacrilamida polimerizados na presença de padrão de íons selenito, como pode ser observado nos gráficos apresentados nas Figuras 3.8 e 3.9.

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Figura 3.8. Avaliação da vazão de gás auxiliar (argônio) no intervalo

compreendido entre 1,2 e 1,8 L min-1, obtida após avaliação de géis de poliacrilamida polimerizados a partir de soluções de acrilamida contendo 10 mg L-1 de íons selenito. Neste caso, os demais parâmetros empregados no estudo consistiam na potência da bobina de radiofrequência igual a 1270 W, vazão do gás de transportador de 1,1 L min-1; frequência do laser de 20 Hz; intensidade de 100% (ca. 28 J cm-2) e diâmetro do feixe do laser de 100 µm.

Observa-se que, para ambos, não se encontrou diferença estatística significativa (aplicando teste estatístico ANOVA com nível de confiança de 95%) para os intervalos de vazões estudados. A literatura reporta [47] melhoras na eficiência de detecção, definida como o a razão entre o número de íons que atinge o detector e o número de átomos liberados durante o processo de ablação, quando se emprega hélio como gás transportador. A explicação concentra-se na maior eficiência do hélio para promover a ionização das espécies no plasma devido à elevada energia fornecida pelo gás, bem como pelo fato de minimizar a deposição da massa ablada sobre a superfície da amostra.

1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 0 2000 4000 6000 8000 10000 C o n ta g e n s ( c p s ) Vazão de O2 (L min-1)

119 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 0 2000 4000 6000 8000 10000 C o n ta g e n s ( c p s ) Vazão de O2 (L min-1)

Figura 3.9. Avaliação da vazão de gás transportador (argônio) no intervalo

compreendido entre 0,7 e 1,5 L min-1, obtida após avaliação de géis de poliacrilamida polimerizados a partir de soluções de acrilamida contendo 10 mg L-1 de íons selenito. Neste caso, os demais parâmetros empregados no estudo consistiam na potência da bobina de radiofrequência igual a 1270 W, vazão do gás de auxiliar de 1,8 L min-1; frequência do laser de 20 Hz; intensidade de 100% (ca. 28 J cm-2) e diâmetro do feixe do laser de 100 µm.

No caso estudado, a simples alteração da vazão do argônio utilizado como gás transportador não foi suficiente para minimizar efeitos de deposição. Além disso, o aumento da vazão do gás auxiliar do plasma não provocou redução do sinal obtido devido ao maior fracionamento dos íons na região da tocha do ICP- MS. Assim, devido às características do ICP empregado no estudo, optou-se por fixar a vazão dos gases auxiliar e transportador em 1,8 e 1,1 L min-1, respectivamente, buscando garantir uma maior estabilidade do plasma formando, uma vez que vazões reduzidas podem conduzir a extinção do mesmo ou até causar danos à tocha.

4.1.3. Avaliação da potência aplicada à bobina de radiofrequência

A potência empregada na bobina de radiofrequência do equipamento de ICP-MS revelou ser um dos parâmetros de maior importância para aumento do sinal analítico. A Figura 3.10

método apresentado na Tabela

sinais e construiu-se o gráfico da Figura

Figura 3.10. Sinal analítico obtido para ablação de um gel de poliacrilamida

polimerizado a partir de uma solução de acrilamida contendo 10 mg L empregando as seguintes condições de operação: bobina de

a 1000 W; vazão do gás auxiliar de 1,8

1,1 L min-1; frequência do laser de 20 Hz; intensidade de 100% (

diâmetro do feixe do laser de 100 µm. O sinal foi obtido por meio do método apresentado na Tabela 3.2

tempo de operação do laser de 42 s.

Observa-se que com a redução da potência aplicada na bobina d radiofrequência tem-se um aumento na resposta analítica, mesmo para determinação de selênio, que é um elemento que apresenta uma primeira energia de ionização elevada (9,75 eV [48]). Neste caso, como não é necessário fornecer energia para promover proces

gasosa, parte da energia excedente do plasma é utilizada para promover a 120

. Avaliação da potência aplicada à bobina de radiofrequência

A potência empregada na bobina de radiofrequência do equipamento de MS revelou ser um dos parâmetros de maior importância para aumento do 3.10 apresenta um sinal típico, obtido após aplicação do método apresentado na Tabela 3.2. Para cada condição, calculou-se a área d

se o gráfico da Figura 3.11.

Sinal analítico obtido para ablação de um gel de poliacrilamida polimerizado a partir de uma solução de acrilamida contendo 10 mg L

mpregando as seguintes condições de operação: bobina de radiofrequência a 1000 W; vazão do gás auxiliar de 1,8 L min-1; vazão de gás transportador de

; frequência do laser de 20 Hz; intensidade de 100% (ca.

diâmetro do feixe do laser de 100 µm. O sinal foi obtido por meio do método 3.2, com tempo de coleta de dados do ICP-MS de 141 s e tempo de operação do laser de 42 s.

se que com a redução da potência aplicada na bobina d se um aumento na resposta analítica, mesmo para determinação de selênio, que é um elemento que apresenta uma primeira energia de ionização elevada (9,75 eV [48]). Neste caso, como não é necessário fornecer energia para promover processos de desolvatação ou de transferência para a fase gasosa, parte da energia excedente do plasma é utilizada para promover a

. Avaliação da potência aplicada à bobina de radiofrequência

A potência empregada na bobina de radiofrequência do equipamento de MS revelou ser um dos parâmetros de maior importância para aumento do apresenta um sinal típico, obtido após aplicação do se a área dos

Sinal analítico obtido para ablação de um gel de poliacrilamida polimerizado a partir de uma solução de acrilamida contendo 10 mg L-1 de selenito radiofrequência igual ; vazão de gás transportador de ca. 28 J cm-2) e diâmetro do feixe do laser de 100 µm. O sinal foi obtido por meio do método MS de 141 s e

se que com a redução da potência aplicada na bobina de se um aumento na resposta analítica, mesmo para determinação de selênio, que é um elemento que apresenta uma primeira energia de ionização elevada (9,75 eV [48]). Neste caso, como não é necessário fornecer sos de desolvatação ou de transferência para a fase gasosa, parte da energia excedente do plasma é utilizada para promover a

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ionização preferencial de outras moléculas ou íons presentes na matriz de acrilamida, acarretando na redução do sinal analítico.

Vale ressaltar que, neste caso, a formação de íons Se2+ é pouco provável para justificar uma redução do sinal analítico de quase 50% quando se compara o emprego de 1000 e 1400 W, porque o valor da segunda energia de ionização do selênio é muito elevado (ca. 20 eV [48]). O favorecimento da formação da espécie SeO+, como consequência do emprego da menor potência, também não pode ser considerado como fator determinante para aumento do sinal analítico em função da magnitude do sinal analítico obtido.

Figura 3.11. Áreas dos sinais analíticos obtidas para o estudo da otimização da

potência aplicada durante o processo de ablação utilizando géis de poliacrilamida contendo íons selenito.