• Nenhum resultado encontrado

Avaliação dos fenótipos intermédios bioquímicos, antes e depois da terapêutica

Outro objectivo deste estudo é comparar os fenótipos intermédios bioquímicos antes e depois da terapêutica anti-viral, para melhor avaliar a extensão da resposta e a eficácia da terapêutica. Para isso, consideraram-se apenas os indivíduos com RVS, independentemente do genótipo do TNF-α (N=290).

Como seria desejável, depois de realizada a terapêutica anti-viral, a carga viral diminui drasticamente (p=0,000). Este resultado parece comprovar a eficácia do terapêutica com IFN-α PEG e RBV. No entanto, os estudos de associação (GWAS) de Tanaka et al, demonstraram que os tratamentos não geram RVS em todos os doentes (tratamentos de 48 semanas apenas são eficazes em 42-52% dos doentes com VHC-1, por exemplo) (Tanaka et al, 2009).

Observaram-se diferenças estatisticamente significativas para os enzimas hepáticos (FA, AST, ALT, GT) (p=0,015, p=0,000, p=0,000, p=0,000) (Tabela 20), que diminuem após da terapêutica. A normalização dos níveis séricos das transaminases é um indicativo de uma RVS e da eficácia da terapêutica anti-viral (Kim et al, 2012). No entanto, nem sempre se observa. Os estudos de Su et al, que tiveram como objectivo determinar a incidência de níveis de transaminases anormais persistentes, apesar da eliminação do VHC-RNA durante a terapêutica anti-viral, mostram que em aproximadamente 42% dos doentes estudados, apesar de, eventualmente, ser atingida uma RVS após terapêutica com IFN-α PEG e RBV, a normalização bioquímica foi

53

retardada. Essa resposta bioquímica tardia parece estar associada com o estadio de fibrose hepática basal e cirrose hepática (Su et al, 2009).

Relativamente ao perfil lipídico dos doentes, observa-se um aumento do número de indivíduos com colesterol total e razão HDL/LDL elevados e triglicéridos abaixo do valor de referência depois da terapêutica (p=0,001, p=0,012 e p=0,000, respectivamente). Apesar de não ser significativo, observa-se uma tendência para um aumento de indivíduos com níveis normais de HDL depois da terapêutica (p=0,086) (Tabela 18).

Tendo em conta que existe uma relação entre a esteatose hepática e os níveis séricos de triglicéridos hepatocelulares (Poynard et al, 2003), é razoável assumir que o decréscimo dos seus níveis depois da terapêutica se deva à melhoria do grau de esteatose do doente (Fierbinţeanu-Braticevici et al, 2009). No entanto, ao analisar as características fisiopatológicas dos doentes, antes e depois da terapêutica anti-viral, não se observaram diferenças estatisticamente significativas nos graus de esteatose hepática. Idealmente, para esta análise, separar-se-iam os indivíduos consoante o genótipo do vírus, consoante a sua sensibilidade ou resistência à terapêutica (VHC-1 vs. VHC-3) e comparar-se-iam as características fisiopatológicas antes e depois da terapêutica anti- viral. Contudo, não foi possível fazer esta análise devido à insuficiência de dados, não havendo indivíduos suficientes na população em estudo para a realizar.

Relativamente às restantes características fisiopatológicas, passíveis de serem analisadas, observa-se uma diferença estatisticamente significativa (p=0,009) para a fibrose avaliada por FibroScan, observando-se uma clara melhoria em 22 indivíduos, que passam a ter estadios menos graves de fibrose (moderada ou ligeira) (Tabela 19). Este resultado está de acordo com os estudos de Martinez et al, que observaram a diminuição da fibrose durante e depois da terapêutica anti-viral em respondedores e recidivas, o que sugere uma melhoria da lesão hepática (Martinez et al, 2012).

Para a fibrose, avaliada por biópsia hepática, no entanto, não se observam diferenças estatisticamente significativas (p>0,05), antes e depois da terapêutica anti- viral, bem como também não se observaram diferenças significativas para a necrose hepatocelular e inflamação (Tabela 19).

Para averiguar se as diferenças encontradas no grupo de respondedores se devem ao genótipo do TNF-α, e em particular, ao polimorfismo -308, seleccionaram-se somente os indivíduos GG (N=32). As diferenças encontradas na carga viral e nas transaminases antes e depois da terapêutica mantêm-se e observa-se ainda uma

54

tendência (p=0,082) para o aumento do ferro depois da terapêutica (Tabela 20). O que é consistente com o esperado uma vez que sabemos que a ribavirina causa alterações no metabolismo do ferro (Jafroodi et al, 2010). O ferro está igualmente associado ao controlo da saída do colesterol da célula, pelas HDL, e tem um papel importante no funcionamento das mitocôndrias.

Ao seleccionar os indivíduos respondedores com alelo mutante (GA+AA), as diferenças na carga viral e enzimas hepáticos AST, ALT e GT também se observam (excepto para a FA, p=0,950) e observam-se diferenças estatisticamente significativas também para os triglicéridos, que aumentam após a terapêutica (p=0,044) (Tabela 21). Desta forma, não é possível estabelecer uma relação entre os parâmetros estudados e o genótipo do TNF-α.

55

6. Conclusões

Para o polimorfismo -238 G>A não se observaram quaisquer diferenças na variação dos parâmetros estudados o que indica que não existe qualquer associação entre a variante polimórfica neste codão e a duração e resposta à terapêutica da HCC.

Vários factores demonstraram que o polimorfismo -308 afecta a resposta anti- viral. O aumento significativo de indivíduos com resposta viral sustentada nos portadores do alelo mutante (-308A), a alteração nos níveis basais de ALT e o facto dos indivíduos portadores do alelo mutante (GA+AA) não terem maior incidência de VHC- 3, parecem sugerir que a presença do alelo raro leva a uma melhoria na resposta.

Alguns fenótipos intermédios bioquímicos parecem influenciar a resposta à terapêutica, como a idade, a carga viral, os níveis das transaminases e das HDL. Relativamente às características fisiopatológicas, foram observadas diferenças entre RS e NR/RR nos estadios de fibrose, o que comprova a sua importância ao nível da lesão hepática.

Avaliando as diferenças na variação dos parâmetros antes e depois da terapêutica, podemos concluir que a terapêutica anti-viral leva a um decréscimo da carga viral, dos níveis das transaminases e a alterações no perfil lipídico bem como a melhorias na fibrose e esteatose hepática, claros indicadores de melhoria da lesão hepática e do sucesso da terapêutica com IFN-α PEG e RBV. No entanto, não foi possível estabelecer uma associação entre estes parâmetros e o polimorfismo na posição -308.

56

7. Referências Bibliográficas

Al-Rayes H, Al-Swailem R, Albelawi M, Arfin M, Al-Asmari A, Tariq M. (2011) TNF- α and TNF-β Gene Polymorphism in Saudi Rheumatoid Arthritis Patients. Clin Med Insights Arthritis Musculoskelet Disord 4:55-63

Alvisi G, Madan V, Bartenschlager R. (2011) Hepatitis C virus and host cell lipids: an intimate connection. RNA Biol 8(2):258-269

André P, Perlemuter G, Budkowska A, Bréchot C, Lotteau V. (2005) Hepatitis C virus particles and lipoprotein metabolism. Semin Liver Dis 25:93-104

Asselah T, Rubbia-Brandt L, Marcellin P, Negro F. (2006) Steatosis in chronic hepatitis C: why does it really matter? Gut 55(1):123-30

Ates O, Musellim B, Ongen G, Topal-Sarikaya A. (2008) Interleukin-10 and tumor necrosis factor-alpha gene polymorphisms in tuberculosis. J Clin Immunol 28(3):232-236

Bahr MJ, el Menuawy M, Boeker KH, Musholt PB, Manns MP, Lichtinghagen R. (2003) Cytokine gene polymorphisms and the susceptibility to liver cirrhosis in patients with chronic hepatitis C. Liver Int 23(6):420-425

Bailey JP, Ottenhoff THM, Verweij CL. (2004) Is there a future for TNF promoter polymorphisms? Genes and Immunity 5:315-329

Barrett S, Collins M, Kenny C, Ryan E, Keane CO, Crowe J. (2003) Polymorphisms in tumour necrosis factor-alpha, transforming growth factor-beta, interleukin-10, interleukin-6, interferon-gamma, and outcome of hepatitis C virus infection. J Med Virol 71(2):212-218

Blaising J, Pécheur EI.(2013) Lipids: a key for hepatitis C virus entry and a potential target for antiviral strategies. Biochimie 95(1):96-102

Boraska V, Rayner NW, Groves CJ, Frayling TM, Diakite M, Rockett KA, Kwiatkowski DP, Day-Williams AG, McCarthy MI, Zeggini E. (2010) Large- scale association analysis of TNF/LTA gene region polymorphisms in type 2 diabetes. BMC Med Genet 6(11):69

Brunt EM, Janney CG, Di Bisceglie AM, Neuschwander-tetri BA, Bacon BR. (1999) Nonalcoholic steatohepatitis: A proposal for grading and staging the histological lesions. Am j Gastroenterol 94(9):2467-74

Burlone ME, Budkowska A. (2009) Hepatitis C virus cell entry: role of lipoproteins and cellular receptors. J Gen Virol 90(5):1055-1070

57

Chevaliez S, Pawlotsky JM. (2007) Hepatitis C virus: virology, diagnosis and management of anti-viral therapy. World J Gastroenterol 13(17):2461-2466

Chiou YL, Chen YH, Ke T, Ko WS. (2012) The effect of increased oxidative stress and ferritin in reducing the effectiveness of therapy in chronic hepatitis C patients. Clin Biochem 45(16-17):1389-1393

Choo QL, Kuo G, Weiner AJ, Overby LR, Bradley DW, Houghton M. (1989) Isolation of a cDNA clone derived from a blood-borne non-A, non-B viral hepatitis genome. Science 244:359-362

Chu H, Yang J, Mi S, Bhuyan SS, Li J, Zhong L, Liu S, Tao Z, Li J, Chen H.(2012) Tumor necrosis factor-alpha G-308 A polymorphism and risk of coronary heart disease and myocardial infarction: A case-control study and meta-analysis. J Cardiovasc Dis Res 3(2):84-90

Czepiel J, Biesiada G, Mach T. (2008) Viral hepatitis C. Pol Arch Med Wewn 118(12):734-740

Dai CY, Chuang WL, Chang WY, Chen SC, Lee LP, Hsieh MY, Hou NJ, Lin ZY, Huang JF, Hsieh MY, Wang LY, Yu ML. (2006) Tumor Necrosis Factor–a Promoter Polymorphism at Position -308 Predicts Response to Combination Therapy in Hepatitis C Virus Infection. J Infect Dis 193(1):98-101

Elahi MM, Gilmour A, Matata BM, Mastana SS. (2008) A variant of position -308 of the tumour necrosis factor alfa gene promoter and the risk of coronary heart disease. Heart Lung Circ 17(1):14-18

Esteban JI, Sauleda S, Quer J. (2008) The changing epidemiology of hepatitis C virus infection in Europe. Journal of Hepatology 48:148-162

Feng RN, Zhao C, Sun CH, Li Y. (2011) Meta-analysis of TNF 308 G/A polymorphism and type 2 diabetes mellitus. PLoS One 6(4):e18480

Fierbinţeanu-Braticevici C, Mohora M, Creţoiu D, Creţoiu S, Petrişor A, Usvat R, Ion DA.(2009) Role of oxidative stress in the pathogenesis of chronic hepatitis C (CHC). Rom J Morphol Embryol 50(3):407-12

Friebe P, Lohmann V, Krieger N, Bartenschlager R. (2001) Sequences in the 5' nontranslated region of hepatitis C virus required for RNA replication. J Virol 75(24):12047-57

Hedayati M, Sharifi K, Rostami F, Daneshpour MS, Zarif Yeganeh M, Azizi F. (2012) Association between TNF-α promoter G-308A and G-238A polymorphisms and obesity. Mol Biol Rep 39(2):825-829

58

Jafroodi M, Asadi R, Heydarzadeh A, Besharati S. (2010) Effect of hepatic iron concentration and viral factors in chronic hepatitis C-infected patients with thalassemia major, treated with interferon and ribavirin. Int J Gen Med 4:529-533

Höhler T, Kruger A, Gerken G, Schneider PM, Meyer zum Büschenfelde KH, Rittner C. (1998) Tumor necrosis factor alpha promoter polymorphism at position -238 is associated with chronic active hepatitis C infection. J Med Virol 54:173-177

Hourigan LF, Macdonald GA, Purdie D, Whitehall VH, Shorthouse C, Clouston A, Powell EE (1999) Fibrosis in chronic hepatitis C correlates significantly with body mass index and steatosis. Hepatology 29(4):1215-1219

Kaijzel EL, van Krugten MV, Brinkman BM, Huizinga TW, van der Straaten T, Hazes JM, Ziegler-Heitbrock HW, Nedospasov SA, Breedveld FC, Verweij CL. (1998) Functional analysis of a human tumor necrosis factor alpha (TNF-alpha) promoter polymorphism related to joint damage in rheumatoid arthritis. Mol Med 11:724- 733

Kauffman MA, Morón DG, Sandoval G, Sica RE, Garcea O, Villa AM. (2007) Is tumor necrosis factor-376A promoter polymorphism associated with susceptibility to multiple sclerosis? Medicina (B Aires) 67(5):436-438

Kim YJ, Jang BK, Kim ES, Park KS, Cho KB, Chung WJ, Hwang JS. (2012) Rapid normalization of alanine aminotransferase predicts viral response during combined peginterferon and ribavirin treatment in chronic hepatitis C patients. Korean J Hepatol 18(1):41-47

Kim YJ, Lee HS, Yoon JH, Kim CY, Park MH, Kim LH, Park BL, Shin HD. (2003) Association of TNF-alpha promoter polymorphisms with the clearance of hepatitis B virus infection. Hum Mol Genet 12(19):2541-2516

Kuhn RJ, Zhang W, Rossmann MG, Pletnev SV, Corver J, Lenches E, Jones CT, Mukhopadhyay S, Chipman PR, Strauss EG, Baker TS, Strauss JH. (2002) Structure of dengue virus: implications for flavivirus organization, maturation, and fusion. Cell 108:717-725

Lahiri DK, Nurnberger Jr JI. (1991) A rapid non-enzymatic method for the preparation of HMW DNA from blood for RFLP studies. Nucleic Acids Res 19(19):5444

Lok AS, Gunaratnam NT. (1997) Diagnosis of Hepatitis C. Hepatology 26(3 Suppl 1):48-56

Lotersztajn S, Julien B, Teixeira-Clerc F, Grenard P, Mallat A. (2005) Hepatic Fibrosis: Molecular Mechanisms and Drug Targets. Annu Rev Pharmacol Toxicol 45:605- 628

Marcellin P, Asselah T, Boyer N. (2002) Fibrosis and disease progression in hepatitis C. Hepatology 36(5 Suppl 1):S47-56

59

Marinho RT, Moura MC, Giria JÁ, Ferrinho P. (2001). Epidemiological aspects of hepatitis C in Portugal. J Gastroenterol Hepatol 16:1076-1077

Martinez SM, Foucher J, Combis JM, Métivier S, Brunetto M, Capron D, Bourlière M, Bronowicki JP, Dao T, Maynard-Muet M, Lucidarme D, Merrouche W, Forns X, de Lédinghen V. (2012) Longitudinal liver stiffness assessment in patients with chronic hepatitis C undergoing anti-viral therapy. PLoS One 7(10):e47715

Mitchell SA, Grove J, Spurkland A, Boberg KM, Fleming KA, Day CP, Schrumpf E, Chapman RW. (2001) Association of the tumour necrosis factor alpha -308 but not the interleukin 10 -627 promoter polymorphism with genetic susceptibility to primary sclerosing cholangitis. Gut 49(2):288-294

Moradpour D, Cerny A, Heim MH, Blum HE. (2001) Hepatitis C: an update. Swiss Med Wkly 131(21-22):291-298

Moradpour D, Penin F, Rice CM. (2007) Replication of hepatitis C virus. Nat Rev Microbiol 5:453-463

Nedwin GE, Naylor SL, Sakaguchi AY, Smith D, Jarrett-Nedwin J, Pennica D. (1985) Human lymphotoxin and tumor necrosis factor genes: structure, homology and chromosomal localization. Nucleic Acids Res 13:6361-6373

Neumann AU, Lam NP, Dahari H, Gretch DR, Wiley TE, Layden TJ, Perelson AS. (1998) Hepatitis C viral dynamics in vivo and the anti-viral efficacy of interferon- α therapy. Science 282:103-107

Oregón-Romero E, Vázquez-Del Mercado M, Ruiz-Quezada SL, Navarro-Hernández RE, Rangel-Villalobos H, Martínez-Bonilla G, Bernard-Medina AG, Armendáriz- Borunda J, García-Bañuelos J, Muñoz-Valle JF. (2008) Tumor necrosis factor alpha -308 and -238 polymorphisms in rheumatoid arthritis. Association with messenger RNA expression and sTNF-alpha. J Investig Med 56(7):937-943

Pellicoro A, Ramachandran P, Iredale JP. (2012) Reversibility of liver fibrosis. Fibrogenesis Tissue Repair 5(Suppl 1):S26

Pirisi M, Scott CA, Avellini C, Toniutto P, Fabris C, Soardo G, Beltrami CA, Bartoli E. (2000) Iron deposition and progression of disease in chronic hepatitis C. Role of interface hepatitis, portal inflammation, and HFE missense mutations. Am J Clin Pathol 113(4):546-554

Poynard T, McHutchison J, Manns M, Trepo C, Lindsay K, Goodman Z, Ling MH, Albrecht J. (2002) Impact of pegylated interferon alfa-2b and ribavirin on liver fibrosis in patients with chronic hepatitis C. Gastroenterology 122(5):1303-1313

Poynard T, Ratziu V, McHutchison J, Manns M, Goodman Z, Zeuzem S, Younossi Z, Albrecht J. (2003) Effect of treatment with peginterferon or interferon alfa-2b and ribavirin on steatosis in patients infected with hepatitis C. Hepatology 38(1):75-85

60

Popescu CI, Dubuisson J. (2009) Role of lipid metabolism in hepatitis C virus assembly and entry. Biol Cell 102(1):63-74

Ragoussis J, Bloemer K, Weiss EH, Ziegler A. (1988) Localization of the genes for tumor necrosis factor and lymphotoxin between the HLA class I and III regions by field inversion gel electrophoresis. Immunogenetics 27(1):66-69

Raimondi S, Bruno S, Mondelli MU, Maisonneuve P. (2009) Hepatitis C virus genotype 1b as a risk factor for hepatocellular carcinoma development: a meta-analysis. J Hepatol 50(6):1142-1154

Romero-Gómez M, Montes-Cano MA, Otero-Fernández MA, Torres B, Sánchez- Muñoz D, Aguilar F, Barroso N, Gómez-Izquierdo L, Castellano-Megias VM, Núñez-Roldán A, Aguilar-Reina J, González-Escribano MF. (2004) SLC11A1 promoter gene polymorphisms and fibrosis progression in chronic hepatitis C. Gut 53(3):446-450

Rosen HR, McHutchison JG, Conrad AJ, Lentz JJ, Marousek G, Rose SL, Zaman A, Taylor K, Chou S. (2002) Tumor necrosis factor genetic polymorphisms and response to anti-viral therapy in patients with chronic hepatitis C. Am J Gastroenterol 97: 714-720

Santana G, Bendicho MT, Santana TC, Reis LB, Lemaire D, Lyra AC. (2011) The TNF-α -308 polymorphism may affect the severity of Crohn's disease. Clinics (Sao Paulo) 66(8):1373-1378

Sarasombath O, Suwantarat N, Tice AD, Arakaki RF. (2012) Changes in fasting plasma glucose levels with ribavirin and pegylated interferon treatment in normal and impaired glucose tolerant patients with chronic hepatitis C. Hawaii J Med Public Health 71(5):129-131

Schaaf BM, Seitzer U, Pravica V, Aries SP, Zabel P. (2001) Tumor necrosis factor- alpha -308 promoter gene polymorphism and increased tumor necrosis factor serum bioactivity in farmer's lung patients. Am J Respir Crit Care Med 163(2):379-382

Shepard CW, Finelli L, Alter MJ. (2005) Global epidemiology of hepatitis C virus infection. Lancet Infect Dis 5:558-567

Sikorska K, Romanowski R, Bielawski KP. (2011) Pathogenesis and clinical consequences of iron overload in chronic hepatitis C - impact of host and viral factors related to iron metabolism. BioTechnologia 92(1):54-65

Simmonds P, Bukh J, Combet C, Deleage G, Enomoto N, Feinstone S, Halfon P, Inchausp G, Kuiken C, Maerten G, Mizokami M, Murphy DG, Okamoto H, Pawlotsky JM, Penin F, Sablon E, Shin-I T, Stuyver LJ, Thiel HJ, Viazov S,

61

Weiner AJ, Widell A. (2005) Consensus proposals for a unified system of nomenclature of hepatitis C virus genotypes. Hepatology 42:962-973

Su WP, Peng CY, Lai HC, Liao KF, Huang WH, Chuang PH, Chen CB, Jeng LB. (2009) Persistent transaminase elevations in chronic hepatitis C patients with virological response during peginterferon and ribavirin therapy. Hepatogastroenterology 56(91-92):798-801

Thiel HJ, Collett MS, Gould EA, Heinz FX, Meyers G, Purcell RH, Rice CM, Houghton M. Flaviviridae. In: Fauquet CM, Mayo MA, Maniloff J, Desselberger U, Ball LA, editors. Virus Taxonomy - Classification and Nomenclature of Viruses, Eighth Report of the International Committee for the Taxonomy of Viruses. San Diego (CA). Elsevier Academic Press (2005) 981-988

Thio CL, Goedert JJ, Mosbruger T, Vlahov D, Strathdee SA, O'Brien SJ, Astemborski J, Thomas DL. (2004) An analysis of tumor necrosis factor alpha gene polymorphisms and haplotypes with natural clearance of hepatitis C virus infection. Genes Immun 5(4):294-300

Tokushige K, Tsuchiya N, Hasegawa K, Hashimoto E, Yamauchi K, Komatsu T, Hayashi N. (2003) Influence of TNF gene polymorphism and HLA-DRB1 haplotype in Japanese patients with chronic liver disease caused by VHC. Am J Gastroenterol 98(1):160-166

Voisset C, Callens N, Blanchard E, Op De Beeck A, Dubuisson J, Vu-Dac N. (2005) High density lipoproteins facilitate hepatitis C virus entry through the scavenger receptor class B type I. J Biol Chem 280(9):7793-7799

Wakita T, Pietschmann T, Kato T, Date T, Miyamoto M, Zhao Z, Murthy K, Habermann A, Kräusslich HG, Mizokami M, Bartenschlager R, Liang TJ. (2005) Production of infectious hepatitis C virus in tissue culture from a cloned viral genome. Nature Med 11:791-796

Wang B, Wang J, Zheng Y, Zhou S, Zheng J, Wang F, Ma X, Zeng Z; HBV Study Consortium. (2010) A study of TNF-alpha-238 and -308 polymorphisms with different outcomes of persistent hepatitis B virus infection in China. Pathology 42(7):674-680

Westin J, Nordlinder H, Lagging M, Norkrans G, Wejstål R. (2002) Steatosis accelerates fibrosis development over time in hepatitis C virus genotype 3 infected patients. J Hepatol 37(6):837-842

Williams R. (2006) Global challenges in liver disease. Hepatology 44(3):521-526

Wilson AG, Vries N, Pociot F, di Giovine FS, van der Putte LBA, Duff GW. (1993) An allelic polymorphism within the human tumor necrosis factor alpha promoter

62

region is strongly associated with HLA A1, B8, and DR3 alleles. J Exp Med 177:557-560

Xia Q, Zhou L, Liu D, Chen Z, Chen F. (2011) Relationship between TNF-alpha gene promoter polymorphisms and outcomes of hepatitis B virus infections: a meta- analysis. PLoS One 6(5):e19606

Yee LJ, Tang J, Herrera J, Kaslow RA, van Leeuwen DJ. (2000) Tumor necrosis factor gene polymorphisms in patients with cirrhosis from chronic hepatitis C virus infection. Genes Immun 1:386-390

Yu ML, Dai CY, Chiu CC, Lee LP, Lin ZY, Chen SC, Hsieh MY, Wang LY, Chen CJ, Chuang WL, Chang WY. (2003) Tumor necrosis factor alpha promoter polymorphisms at position -308 in Taiwanese chronic hepatitis C patients treated with interferon-alpha. Anti-viral Res 59(1):35-40

Yvan-Charvet L, Wang N, Tall AR. (2010) Role of HDL, ABCA1, and ABCG1 transporters in cholesterol efflux and immune responses. Arterioscler Thromb Vasc Biol 30(2):139-43

Zeuzem S, Alberti A, Rosenberg W, Marcellin P, Diago M, Negro F, Prati D, Puoti C, Roberts SK, Shiffman ML. (2006) Management of patients with chronic hepatitis C virus infection and ‘normal’ alanine aminotransferase activity. Aliment Pharmacol Ther 24(8):1133-1149

Zou YF, Feng XL, Pan FM, Su H, Tao JH, Ye DQ. (2010) Meta-analysis of TNF-alpha promoter - 238A/G polymorphism and SLE susceptibility. Autoimmunity 43(4):264-274

63

ANEXOS

ANEXO I

A) Valores e intervalos de referência dos parâmetros estudados

Tabela 22 – Valores e intervalos de referência dos parâmetros estudados.

Estudo Parâmetro Valor/Intervalo de Referência

Parâmetros

demográficos IMC (Kg/m

2

) < 25

Carga Viral VHC-RNA (UI) ≤ 600

Enzimas hepáticos Fosfatase Alcalina (µg/dL) 20 – 140 AST (UI/L) 0 – 34 ALT (UI/L) 10 – 49 Gama GT (UI/L) < 38 Perfil Lipídico HDL (mmol/L) > 1,04 LDL (mmol/L) < 2,6 Triglicéridos (mmol/L) < 1,7 Colestesterol Total (mmol/L) < 54,92 Metabolismo do ferro Ferro (µg/dL) F (37-145) ; M (61-157)ª Transferrina (µg/dL) 200-360 Ferritina (ng/mL) F<50 (15-150); M + F≥50 (30-400)b Saturação (%) ≤ 50 Níveis de insulina e glucose Insulina (μU/mL) 2,6 - 24,4 Glicémia (mg/dL) < 110 HOMA (μU/mL.mg/dL) ≤ 2

ª Ferro: avaliado de forma diferente para mulheres (F) e homens (M). b

Ferritina: avaliada nas mulheres com idade inferior a 50 anos (F<50). As mulheres em idade de menopausa (>50 anos) são avaliadas no mesmo intervalo dos homens (M + F≥50).

B) Cálculo de alguns parâmetros clínicos estudados çã

64 ANEXO II

Protocolo Experimental: Extracção de DNA pelo método de salting-out

1. O sangue periférico é colhido num tubo com anticoagulante EDTA. 2. Transfere-se 2mL para um tubo rolhado e graduado de 10mL.

3. Adiciona-se 1 volume de TKM X-100 tendo o cuidado de adicionar parte deste tubo onde a amostra foi colhida de forma a evitar desperdícios de sangue.

4. Adiciona-se 50mL de IPGEPAL CA 630 por cada mL de sangue, com o objectivo de lisar as células, com consequente libertação de DNA e outros constituintes celulares.

5. O tubo é agitado 4-5 vezes por inversão vigorosa.

6. Segue-se uma centrifugação a 2200rpm, à temperatura de aproximadamente 4ºC, durante 15min, que deve ser repetida caso o pellet formado não adira ao fundo do tubo.

7. O sobrenadante é rejeitado e ao pellet que contém, entre outros constituintes, o DNA, é adicionado 2mL de tampão TKM 1 por cada mL de sangue.

8. Centrifuga-se à mesma temperatura, a 1600rpm e por um período de 10min e são repetidos os passos de rejeição do sobrenadante e adição de tampão TKM 1. 9. O passo anterior é repetido no máximo 2 vezes, de forma a obter um pellet

branco, evitando assim perdas excessivas de DNA.

10. Ressuspende-se o pellet (vórtex) na solução TKM 2 numa proporção de 160mL de tampão por mL de sangue.

11. Adiciona-se 20mL de SDS 10% por mL de sangue e a mistura é ressuspendida com o auxílio de uma micropipeta. Este reagente dissolve as proteínas ainda existentes em solução.

12. Incuba-se a 55ºC durante 10min.

13. Ao fim deste intervalo de tempo o conteúdo do tubo é transferido para um

Documentos relacionados