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Avaliação da Entrevista com os Pais sobre o Comportamento Lúdico da Criança (EIP)

IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO

2. Avaliação da Entrevista com os Pais sobre o Comportamento Lúdico da Criança (EIP)

37 A análise da entrevista resultou na discussão detalhada de cada item que a mesma apresenta. São eles:

• Elementos visuais: livro de imagens e cores vivas;

• Elementos auditivos: história, canções, música e timbre de voz;

• Elementos táteis: contatos físicos, elementos sociais: presença de outras crianças e presença de um adulto conhecido;

• Outros elementos como: personagens, situações cômicas, presença de um animal e atividades específicas;

Necessidades: fisiológicas, de atenção e de segurança; Sentimentos: prazer, desprazer, tristeza, raiva e medo;

• Comunicação: expressão do rosto, demonstrações, gestos, palavras, explicações verbais e códigos de comunicações particulares;

Alimentação: Comer e provar um novo alimento; Texturas: macio e rugoso;

Odores; Ser tocado;

Ser deslocado ou se deslocar no espaço; Sons;

• Brinquedos: texturas diferentes, estímulos sonoros, estímulos visuais, estímulos para imitar situações frequentes, estímulos para a imaginação, estímulos de deslocamento, estímulos para interação com os outros;

• Brincadeiras: repetir a mesma brincadeira, brincar com brinquedos novos, estar em lugares novos, brincar explorando os espaços externos da casa, utilizar um brinquedo de maneira convencional, imaginar novas maneiras de utilizar um brinquedo, deslocar- se utilizando os seus próprios meios.

38 • Interesses da criança: atividade preferida, atividade que menos gosta, posições

preferidas para brincar;

• Parceiros de brincadeiras habituais e preferidos;

• Atitude em brincadeiras: curiosidade, iniciativa, senso de humor, prazer, desafios e espontaneidade;

• Atividades; • Cotidiano.

 Pretende-se até a figura 5 mostrar pela concepção dos pais o que particularmente atrai a atenção do filho dentro dos elementos visuais, auditivos, táteis, sociais e outros.

Elementos Visuais

Figura1. Elementos Visuais. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

Pode-se observar na Figura1, que o item livros de imagens permaneceu igualmente alto em ambas as entrevistas. Em relação ao item cores vivas nota-se que 100%, confirmaram o interesse de seus filhos. Já na segunda entrevista apresentou-se uma diminuição considerável pelo último item, podendo-se pensar que pelo fato de nas atividades terem sido oferecidos materiais recicláveis e de baixo custo, que por muitas vezes apresentavam pouca

Elementos Visuais

89%

100% 90%

60%

Livros de imagens Cores vivas

39 coloração, o elemento não foi estimulado, o que pôde constar na observação dos pais que o mesmo tenha sido diminuído.

Elementos Auditivos Elementos Auditivos 67% 67% 100% 89% 90% 90% 100% 90%

Historia Canção Música Timbre de voz

1 2

Figura2. Elementos Auditivos. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

A Figura 2 mostra que os itens música e timbre de voz apresentaram alta porcentagem em ambas as entrevistas. Entretanto deve-se destacar que nos itens história e canção houve aumento significativo da primeira para a segunda entrevista. Pode-se inferir que este aumento em ambos os itens ocorreu devido à diversos fatores como: o desenvolvimento normal da criança, que está em constante evolução e a intervenção realizada pela equipe do projeto de extensão, uma vez que esta era pautada no contar e dar espaço para que as crianças contassem histórias, assim como instaurar o hábito de cantar canções. A fala de M7 caracteriza o aumento citado ao dizer, na primeira entrevista, que seu filho não possuía contato com histórias, enquanto que na segunda entrevista, ocorrida após a intervenção, a mãe observou o aumento do interesse de seu filho sobre o referido item.

Para Carneiro e Dodge (2007) a invenção de histórias pode estimular a criatividade, a linguagem e a interação, assim a criança aprende a viver o momento presente.

40 Elementos Táteis Elementos Tatéis 56% 70% Contato físico 1 2

Figura 3. Elementos Táteis. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

A Figura 3 mostra que houve maior porcentagem do item contato físico na segunda entrevista quando comparada com a primeira. Pode-se entender que tal aumento pôde ser provocado pelas atividades desenvolvidas em grupo como: manipular os bonecos e coordenar movimentos com outras crianças para contar história, dar as mãos e abraçar ao cantar uma canção. Bem como, o desenvolvimento dentro dos contextos que estão inseridas: C.A.F, escola, onde as atividades a que também são expostas, podem ter colaborado para este aumento. Segundo Carneiro e Dodge (2007) através do brincar as crianças tornam-se capazes de desenvolver comportamentos sociais condizentes, respeitando regras e aprendendo a cooperar.

Elementos Sociais

Elementos Sociais

100% 100% 100%

50%

Presença de outras crianças Presença de outros adultos

1 2

41 Observando a Figura 4 podemos notar que as crianças são atraídas, principalmente pela presença de outras crianças, sugerindo, uma maior identificação e melhor convivência com os seus pares, com os quais possuem maior contato em seu cotidiano, na escola, no C.A.F e em casa, com seus irmãos. Queiroz, Maciel e Branco (2006), afirmam que a brincadeira incentiva esta identificação e Spangenberg e Moldes (2008) enfatizam que este tipo de interação criança-criança é muito importante para o processo de socialização, onde estas começam a considerar outros pontos de vista além do seu.

Outros Outros 100% 89% 44% 100% 100% 100% 60% 80%

Personagens Situações cômicas Presença de um animal Atividade específica

1 2

Figura 5. Outros elementos. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

Já na Figura 5 outros interesses são avaliados: o item personagem é predominante em ambas as entrevistas, já os demais itens situações cômicas, presença de um animal e atividade

específica não sofrem grandes alterações. Podemos observar que tais itens sempre estiveram

em contato com as crianças, ou que estas eram previamente estimuladas por tais. É importante ressaltar que a maioria dos personagens mencionados pelos pais são de desenhos de televisão como: BEN 10, Patati-Patata, Homem Aranha e outros, em acordo com o item atividade

especifica onde os grande parte dos participantes fizeram referência a assistir televisão, tal ato

é visto como lúdico para os pais destas crianças. Para Carneiro e Dodge (2007) se as crianças deixam de assistir televisão, por um longo período de tempo, como estão costumadas a fazer, e envolvem-se em atividades mais artísticas, permitem-se á imaginação, criação, vivência de papéis, elas ampliam sua percepção, o que acaba contribuindo para o desenvolvimento da linguagem e de outras formas de expressão.

42  Neste contexto será apresentado até na Figura 8 como o filho se expressa pelo olhar dos pais, quanto às necessidades fisiológicas, atenção e segurança. Lembrando que os pais poderiam indicar mais de um item.

Necessidades Fisiológicas

Quando querem comer, dormir, ir ao banheiro ou quando sentem sede (FERLAND, 2006). Necessidades Fisiológicas 22% 22% 67% 90% 10%

Nenhuma expressão Gestos Palavras/frases

1 2

Figura 6. Necessidades Fisiológicas. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

A Figura 6 mostra o comportamento das crianças frente as necessidades fisiológicas, podemos notar que quando comparadas as duas entrevistas o uso de palavras/frases foi o mais pontuado na primeira enquanto o item nenhuma expressão foi o mais pontuado na segunda. E ainda que o item gestos, presente na primeira entrevista, não foi assinalado na segunda. Podemos inferir que na primeira entrevista, considerando o contexto social onde se encontram e as condições do local onde passam a maior parte do tempo, o C.A.F , o estímulo e espaço para o brincar era esvaziado para as crianças e que com a intervenção do projeto após dar à criança a oportunidade de manipular os materiais e contar histórias à sua maneira, a oportunidade de estas exercerem tais atividades em outros momentos, e um entendimento maior dos adultos que as cercam referente a importância do espaço para brincar, favoreceram o desenvolvimento da autonomia da mesma, permitindo que na segunda entrevista a expressão significativa do item nenhuma expressão, se tornasse alto, mostrando que a criança consegue ir sozinha, sem precisar pedir ou avisar, como indicado na primeira entrevista. Assim como afirma Carneiro e Dodge (2007) quando as crianças não possuem tempo e

43 espaço adequados para o brincar espontâneo e livre, acaba prejudicando o desenvolvimento de sua autonomia e criatividade. Portanto, segundo os mesmos autores é durante o brincar e, principalmente, nos jogos de faz-de-conta e regras que as crianças adquirem autonomia.

Atenção

Quando a criança quer ser cuidada, ou quer que olhemos para ela (FERLAND, 2006). Atenção 22% 56% 11% 44% 30% 40% 30% 30% 10%

Expressão do rosto Gestos Sons Palavras/frases Não sabe

1 2

Figura 7. Atenção. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

No que se refere à atenção a Figura 7 mostra que na primeira entrevista as crianças se manifestam em sua maior parte através de gestos. Além de: palavras/ frases com certa representação e ainda, em menor representação, expressão do rosto e sons. Na segunda entrevista, gestos ainda tiveram a maior porcentagem, porém tendo sido diminuída, bem como

palavras/frases. Os que obtiveram aumento foram: expressão do rosto, sons e ainda teve o

aparecimento do item não sabe. A segunda entrevista indica certo equilíbrio entre os diversos itens, configurando diversas formas de expressão. Toda criança quer e precisa de cuidados e atenção, um ambiente com muitas crianças como o C.A.F e a escola acabam não suprindo a necessidade de atenção dessas crianças. Além disso, tem-se um ambiente familiar onde a criança divide a pouca atenção que seus pais podem lhe dar devido ao cansaço do dia-dia, com os demais irmãos.

44

Segurança

Quando a criança encontra-se amedrontada, ansiosa, receosa (FERLAND, 2006). Segurança 22% 44% 22% 11% 33% 11% 10% 40% 30% 40% Nenhuma Expressão Expressão do rosto

Gestos Sons Palavras/frases Não sabe

1 2

Figura 8. Segurança. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

Na Figura 8 podemos observar que não houve variáveis muito discrepantes e que os itens sons e não sabe, não foram mencionados na segunda entrevista, onde houve um aumento do item palavras/frases e gestos e uma diminuição de nenhuma expressão e expressão do

rosto, sendo que esta última ainda se manteve alta e uma das principais formas de expressão

mencionadas junto com: gestos e palavras/frases. Tal como a necessidade de atenção, a criança precisa se sentir segura, as crianças na maioria das vezes, procuram esta segurança em seus pais ou em algum adulto próximo a quem sente confiança. Brincando com os pais as crianças sentem-se mais seguras e livres para explorar o que está a sua volta, além disso, o sentimento de proximidade e compreensão aumentam o que favorece o desenvolvimento da auto-estima e independência (CARNEIRO e DODGE, 2007).

 A análise mostrará como os pais percebem a manifestação quanto aos sentimentos de seus filhos: prazer, desprazer, tristeza, raiva e medo. Lembrando que os pais poderiam indicar mais de um item.

45

Sentimento de Prazer

Quando a criança sente prazer e gosta do que faz (FERLAND, 2006). Prazer 78% 11% 56% 40% 20% 10% 60%

Expressão do rosto Gestos Sons Palavras/frases 1 2

Figura 9. Prazer. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

A figura 9 mostra que na primeira entrevista o prazer é manifestado principalmente pela expressão do rosto, seguido de palavras/frases, também representado na segunda entrevista e por ultimo gestos. Já na última entrevista é interessante notar o aparecimento do elemento sons, além da diminuição significativa da expressão do rosto. Como já observado anteriormente, a comunicação e a capacidade de expressão das crianças estão em constante desenvolvimento, Moldes e Spangenberg (2008) enfatizam expondo que a criança sempre está explorando, ensaiando e desenvolvendo as habilidades de expressão e comunicação. Um ambiente favorável e que a estimula, tende a contribuir neste processo.

Sentimento de Desprazer

Quando estas demonstram que não estão gostando de alguma coisa ou quando não apreciam uma situação (FERLAND, 2006).

46 Desprazer 56% 11% 11% 44% 20% 10% 10% 70%

Expressão do rosto Gestos Sons Palavras/frases 1 2

Figura 10. Desprazer. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

Nota-se na Figura 10 que a maior forma de expressão na primeira entrevista é através de expressão do rosto, aparecendo ainda, gestos e sons. Já na segunda entrevista há uma diminuição do item expressão do rosto. Observamos aqui, novamente, mais um item que soma ao fato de que brincando a criança adquire habilidades de comunicação, mesmo que com experiências ruins, afirmando Bomtempo (s/ ano) coloca que através do brincar a criança desenvolve capacidades verbais e intelectuais, aprendendo a se comunicar.

Sentimento de Tristeza

Quando tem mágoa ou se aborrece (FERLAND, 2006). Tristeza 44% 22% 11% 22% 20% 50% 50% 22% Nenhuma Expressão Expressão do rosto

Sons Palavras/frases Não sabe

1 2

47 A figura 11 mostra algumas diferentes formas de expressão da tristeza. Podemos notar primeiramente que houve uma porcentagem alta para o item nenhuma expressão na primeira entrevista, onde também apareceram os itens não sabe, sons e expressão do rosto. Na segunda entrevista, podemos notar o aumento relevante dos itens expressão do rosto e sons e o aparecimento do item palavras. É importante ressaltar todos os participantes que assinalaram o item sons, disseram que seus filhos choram quando estão tristes, sendo esta também uma forma de comunicação. Ferland (2006) afirma dizendo que as crianças podem expressar sentimentos negativos e positivos sem que seja necessário usar palavras.

Sentimento de Raiva

Quando está irritada, brava (FERLAND, 2006) Raiva 44% 56% 44% 11% 30% 60% 10% 20% Expressão do rosto

Gestos Sons Palavras/frases Não sabe

1 2

Figura 12. Raiva. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

De acordo com a Figura 12, na primeira entrevista houve um equilíbrio entre

expressão do rosto e palavras/frases. Já na segunda entrevista, este último item diminuiu,

sendo a maior porcentagem agora a expressão por gestos. A criança brinca, também para expor suas angústias, a raiva pode ser uma expressão delas, quando não são devidamente expostas, pois por estarem, na maioria do tempo, em lugares onde há o mínimo de regras e condutas diferentes, a criança pode não ter esta liberdade para expressar este sentimento, podendo ser vista como forma de violência e agressividade. Carneiro e Dodge (2007) afirmam que o brincar provoca mudanças no comportamento, sentimento, aprendizagem e comunicação da criança.

48

Sentimento de Medo

Como se expressa em situações e pessoas desconhecidas, sons estranhos (FERLAND, 2006). Medo 11% 44% 11% 22% 11% 10% 30% 10% 60% N e n h u m a e x p re s s ã o E x p re s s ã o d o ro s to Ges to s S o n s P a la v ra s /f ra s e s N ã o S a b e 1 2

Figura 13. Medo. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

A figura 13 mostra que na primeira entrevista a expressão do rosto se destacou, aparecendo ainda os itens nenhuma expressão, gestos, palavras/frases e não sabe. Já na segunda o item que se destacou foi palavras/frases, aparecendo também expressão do rosto,

gestos e sons. Oliveira (s/ ano) coloca que muitos pesquisadores têm voltado atenção a

observar o comportamento das crianças durante o brincar e destacou que as pesquisas evidenciam o desenvolvimento das áreas cognitiva, social e emocional. Assim como se observa uma melhor expressão da criança através da fala diante de um sentimento como o medo.

49

Comunicação com o filho

Figura 14. Comunicação com o filho. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

A figura 14 mostra a comunicação dos pais com seus filhos, mostrando na primeira entrevista que todos os pais comunicam-se com seus filhos através de palavras, caindo pela metade na segunda entrevista. Em ambas os códigos particulares apareceram, sendo a maioria deles identificadas com o olhar. Podemos notar que ainda que tenham aparecido esses códigos, a comunicação predominante é a por palavras. Os códigos particulares não estão presentes em todas as famílias, tal fato pode se dar devido ao pouco tempo destinado à interação pais-filho.

 Pretende-se apresentar que tipo de interesse relacionados à alimentação, texturas, elementos como: areia, água e grama, ser tocado, ser deslocado ou se deslocar e sons despertam na criança. Os pais podiam assinalar apenas um dos itens: nenhum interesse, interesse médio, grande interesse ou não sabe.

Interesse por comer

Se sente atração pela comida (FERLAND, 2006). Comunicação com o filho

33% 33% 100% 44% 56% 10% 10% 50% 40% 40% E x p re s s ã o d o ro s to D e m o n s tr a ç õ e s / G e s to s P a la v ra s E x p lic a ç õ e s v e rb a is C ó d ig o s p a rt ic u la re s 1 2

50 Comer Comer 22% 78% 40% 60%

Interesse médio Grande interesse

1 2

Figura 15. Comer. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

Na Figura 15 é interessante notar que o grande interesse por comer com alta porcentagem na primeira entrevista, teve um queda em relação a segunda entrevista, onde no

interesse médio ocorreu um aumento. Tais alterações podem ter ocorrido por inúmeros

fatores como: os estímulos que são, ou não dados à criança quando esta está se alimentando, as pessoas com quem se alimenta, como e quando se alimenta, o ambiente em que faz as refeições, além do desenvolvimento da criança, que se torna capaz de distinguir e escolher o que gosta ou não.

Provar um novo alimento

Provar um novo alimento

33% 44% 22% 10% 40% 50%

Nenhum interesse Interesse médio Grande interesse

1 2

51 De acordo com a Figura 16, na primeira entrevista havia em maior porcentagem o

interesse médio ou nenhum interesse em provar um novo alimento. Sendo uma porcentagem

mínima para grande interesse, o que mudou na segunda entrevista, quando a maior porcentagem foi para este ultimo item e para o interesse médio, ficando com menor porcentagem o item nenhum interesse. Estes valores podem ter ligação com a constante mudança no desenvolvimento das crianças, bem como na transformação de seus interesses. Assim como coloca Kishimoto (1996) as necessidades das crianças mudam conforme a idade, modificando também a sua maneira de brincar.

 As figuras 17 e 18 abordarão o interesse por diferentes tipos de texturas

Interesse por textura macia

Como: flanela, lã, pele de animal (FERLAND, 2006). Textura Macia 22% 33% 44% 10% 80% 10%

Nenhum interesse Interesse médio Grande interesse Não sabe 1 2

Figura 17. Interesse por textura macia. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

Quanto ao interesse por texturas macias, a figura 17 mostra que há um grande

interesse, por maior parte das crianças na segunda entrevista totalizando 80%, sendo os outros

20% assinalados por nenhum interesse e Não sabe responder. Enquanto na primeira entrevista, todos os pais assinalaram algum interesse (Nenhum interesse, Interesse médio e

Grande interesse). É interessante mencionar que os pais entenderam a questão dando alguns

52

Interesse por textura rugosa

Textura Rugosa 33% 56% 11% 20% 50% 20% 10%

Nenhum interesse Interesse médio Grande interesse Não sabe 1 2

Figura 18. Interesse por textura rugosa. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

A partir da Figura 18, que a alta porcentagem da primeira entrevista em grande

interesse, diminuiu em relação á segunda entrevista, sendo que nesta ultima a alta

porcentagem foi para interesses médios, ressaltando, assim como em textura macia os pais deram exemplos de texturas rugosas como: boneca, bonequinhos e carrinho, o que nos permite entender, assim como em textura macia que as crianças possuem contato com esses materiais.

 As figuras 19 e 21 são referentes ao interesse por elementos tais como: areia, água e grama.

53

Interesse por areia

Figura 19. Interesse pelo elemento areia. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

A figura 19 mostra que a maior parte das crianças possui um grande interesse por areia. É importante para a criança ter contato com diferentes elementos e materiais para que possa experimentar diversas sensações e aprender com elas. Quando a criança tem acesso a diferentes tipos de materiais e a oportunidade de explorá-los livremente, esta desenvolverá a habilidade de reconhecer objetos e diferenciá–los bem como abstraí-los, classificá-los e simbolizá-los (BOMTEMPO, s/ ano).

Interesse por água

Brinca na água, tomar banho, ir à piscina (FERLAND, 2006). Àgua

11%

89%

10%

90%

Nenhum interesse Interesse médio Grande interesse 1 2

Figura 20. Água. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

Areia

33%

67%

10% 10%

80%

Nenhum interesse Interesse médio Grande interesse 1 2

54 A figura 20 mostra que quase todas as crianças possuem um grande interesse ou

interesse médio por água. Outras atividades foram mencionadas pelos pais, demonstrando os

momentos em que a criança tem contato com a água como: lavar louça, lavar roupa, brincar com garrafa cheia de água. Podemos notar que alguns exemplos dado pelos pais não foram relacionados ao brincar, mas à atividades que desenvolvem em casa, podendo ser caracterizada uma brincadeira ou não desde que seja observada a motivação e o prazer da crianças ao realizá-las. Observamos ainda o local onde moram, região próxima ao rio Bugre, que mesmo poluído atrai as crianças, sendo possível em dias de “maré” (quando o nível do rio sobe e invade as ruas da região) ver crianças brincando na água.

Interesse por grama

Grama 44% 11% 44% 70% 30%

Nenhum interesse Interesse médio Grande interesse 1 2

Figura 21. Grama. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

A figura 21 mostra que no geral as crianças possuem relativamente pouco ou nenhum

interesse por grama. Alguns participantes citaram que seus filhos brincam de “comidinha”

com a grama, mostrando assim criatividade. Porém podemos perceber também o pouco interesse pelo elemento, que pode ser devido à região onde estão, o C.A.F não possui este elemento e algumas escolas da região, possuem parques apenas com chão batido de terra.

55

Interesse por odores

Como: Sabão, perfumes, flores (FERLAND, 2006). Odores

22%

78%

50% 50%

Interesse médio Grande interesse

1 2

Figura 22. Interesse por odores. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

A figura 22 mostra que na primeira entrevistas as crianças possuem em sua maioria

grande interesse por odores, porém na segunda entrevista o grande interesse e o interesse médio são equivalentes. A criança pode vivenciar e experimentar o meio onde vive de

diversas formas, com materiais e elementos diferenciados, o cheiro pode proporcionar reconhecimento, conforto, desconforto, aconchego, desapego e as mais diversas sensações capazes de estimular a criança.

Interesse em ser tocado/ acariciado

No momento do banho, de se vestir, de carinho (FERLAND, 2006). Ser tocado 33% 67% 20% 30% 50%

Nenhum interesse Interesse médio Grande interesse

56

Figura 23. Interesse em ser tocado. 1 – Entrevista inicial. 2- Entrevista final.

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