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AVALIAÇÃO GLOBAL DO ESTÁGIO E IMPLICAÇÕES PARA A SUA

No documento Relatório de estágio (páginas 63-96)

Cada contexto foi um desafio enorme a todos os níveis, uma vez que a minha experiência profissional é com RN saudáveis e puérperas e suas famílias, proporcionando um apoio à parentalidade e vínculo entre RN e pais e apoio a esta nova transição na família quer nuclear quer alargada.

Os contextos de estágio tiveram particularidades completamente distintas da minha realidade. Ajudando-me, assim, a um enriquecimento mais profundo, exigindo um profundo trabalho de casa para poder compreender melhor cada contexto, quer a nível de horas de estágio quer tentei realizar o máximo de horas possíveis para assim poder ter mais oportunidades.

No decorrer do contexto de internamento de pediatria contactei com várias situações de crianças/ jovens com doença crónica complexa. Algumas delas com alterações no desenvolvimento severo, outras com malformações congénitas, que para um profissional que não tenha contacto com crianças nesta situação causa um desconforto emocional, pois apesar de sermos enfermeiros não deixamos de seres humanos, que nos emocionamos com o que se passa à nossa volta. Apesar da parte teórica ter sido abordado, a minha experiência profissional de nada tem haver com este tipo de contexto, mas que me proporcionou um crescimento quer pessoal quer profissional ao ter tido esta oportunidade. Ajudando-me assim a conhecer uma nova realidade e estar mais apta para poder desenvolver cuidados especializados a estas mesmas crianças. Tive também a oportunidade, no contexto de internamento de pediatria, de abordar a temática que infelizmente é atual nos dias de hoje e que nos entra pela casa dentro, através das redes socias, os maus tratos as crianças e jovens. Que me despertou um enorme interesse e que acredito que é uma área onde o EESIP pode fazer toda a diferença com o seu conhecimento profundo da criança e jovem. Tendo sempre por base e nunca desvitalizando “o superior interesse da criança”.

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Partilhando assim da opinião de (Azevedo & Maia, 2006), esta problemática “exige uma abordagem interdisciplinar, sistemática e global, quer no domínio do

estudo do fenómeno, quer nas ações para o prevenir ou nas respostas aos casos que não foram possíveis evitar”.

No qual podemos observar no Relatório de avaliação da atividade das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens de 2017 (CNPDPCJ, 2018) que das 39293 situações de perigo apenas 4,9% foram denunciadas por estabelecimentos de Saúde.

Apesar de todas as dificuldades, com o sentimento que ficou a faltar algo mais, penso que tive uma evolução positiva, levo comigo uma nova perspetiva e uma bagagem cheia de ensinamentos. Foram-me proporcionados quer pela minha orientadora, quer pelas próprias crianças e suas famílias. Neste percurso todos vamos aprendendo juntos, tornando-nos pessoas melhores. Visto que é impossível ficar indiferente a este contexto e a estas realidades.

Não posso deixar de referir os turnos no serviço de nefrologia, na sala de hemodialise pediátrica que foi um enorme desafio, e que provavelmente único no meu percurso. Quer pela especificidade do contexto, quer pela complexidade das crianças que estavam a realizar o tratamento. Onde o papel do EESIP é sem margem de dúvida fundamental e pertinente, querer na interação/ ligação entre enfermeiro/ criança/ jovem e família, na avaliação das dinâmicas familiares e no apoio de transição e adaptação à nova realidade. É bom sentir que deixamos a nossa marca por onde passados, não podendo deixar salientar um dos meninos que completou, entretanto, os 18 anos e a mãe fez questão da minha presença no seu aniversario surpresa - ver a alegria estampada no rosto dele quando me viu lá - são estes pequenos gestos que nos deixam marca e que levamos para a vida.

Em suma, consegui atingir os objetivos a que me propus, uns de forma mais efetiva outros que terei que trabalhar/ melhorar no futuro. Cada contexto enriqueceu o meu percurso enquanto profissional e ser humano. Sabendo que terei de trabalhar de forma mais vincada a minha autoavaliação tendo para isso trabalhar a minha autoconfiança. Uma vez que em momentos de avaliação

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ponho por vezes em dúvida todas as minhas capacidades. No entanto é algo possível te trabalhar como todas as outras arestas.

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CONCLUSÃO

Quando falamos de cuidados a criança/jovens os enfermeiros devem ser flexível e adaptar-se às diferentes situações, promovendo assim uma comunicação com as crianças e a sua família, respeitando cada fase do seu desenvolvimento e utilizando as várias técnicas de comunicação, bem como demonstrar empatia e sensibilidade pela circunstância vivida pela criança/ jovem e sua família.

O presente relatório reflete as competências desenvolvidas no decorrer do estágio nos diversos contextos. Espelha também a reflexão contínua sobre as atividades desenvolvidas, as várias experiências marcantes, as dificuldades que foram surgindo e as respetivas estratégias para que estas fossem ultrapassadas. Olhando para os objetivos proposto no plano de estudos, enumerados na introdução deste relatório,

Desta forma tracei objetivos que me proporcionassem realizar as diversas atividades, que já foram enumeradas nos capítulos anteriores. Tendo por certeza que todas estas atividades foram realizadas e os respetivos objetivos atingidos através de muito trabalho de pesquisa bibliográfica, observação das diversas formas de trabalho das minhas tutoras. Para que assim pudesse responder e atingir as seguintes competências delineadas no plano de estudos:

• Saber aplicar os seus conhecimentos e a sua capacidade de compreensão e de resolução de problemas em situações novas e não familiares, em contextos alargados e multidisciplinares, relacionados com a área de Especialização em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica (EESIP);

• Capacidade para integrar conhecimentos, lidar com questões complexas, incluindo soluções ou emitir juízos em situações de informação limitada ou incompleta, incluindo reflexões sobre implicações e responsabilidades éticas e sociais que resultem dessas soluções e desses juízos ou os condicionem;

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• Capacidade para decisões fundamentadas, incorporando na prática os resultados da investigação válidos e relevantes no âmbito da especialização, assim como outras evidências, atendendo às suas responsabilidades sociais e éticas;

• Ser capaz de comunicar as suas conclusões, e os conhecimentos e raciocínios a elas subjacentes, quer a especialistas quer a não especialistas, de uma forma clara e sem ambiguidades.

Considero, assim que atingi os objetivos a que me propus inicialmente com a elaboração deste relatório.

Constato que evoluí muito como profissional e como pessoa, mas este é apenas mais um passo que foi dado no meu percurso formativo e no decorrer da minha vida profissional, pois a minha vontade incessante de procura de conhecimentos acredito que não irei ficar por aqui. Tenho consciência que o meu percurso profissional é curto e muito ainda tenho para aprender. Visto que quem acha que tudo sabe na realidade nada sabe. E, na área da saúde mais particular da enfermagem novos conhecimentos estão sempre a surgir, daí a necessidade continua de formação.

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BIBLIOGRAFIA

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Apêndice I

Mestrado em Enfermagem

(nas Áreas de Especialização de Enfermagem de Saúde Infantil e

Pediátrica)

Ano Letivo 2018/2019 (Porto)

Sessão de educação para a saúde –

Núcleo de Apoio à Criança e Jovem em

Risco

PORTO

junho de 2019

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Índice

Introdução ... 73

Análise da Situação ... 75

Formulação dos objetivos... 75

Seleção de conteúdo ... 76

Metodologia / seleção de estratégias ... 79

Organização e programação da atividade ... 79

Plano da atividade ... 79 Avaliação... 82 Conclusão ... 82 Bibliografia ... 82 Apêndices ... 84 Apêndice I ... 85 Apêndice II ... 92 Apêndice III ... 95

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Introdução

No âmbito do XII Curso de Mestrado em Enfermagem com Especialização em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica (CMEESIP), realizado na Escola de Enfermagem do Instituto de Ciências da Saúde (EEICS) da Universidade Católica Portuguesa (UCP), no contexto da Unidade Curricular Estágio: A saúde da criança e família - Vigilância e decisão clínica (180 horas de contacto) a decorrer na Unidade de Cuidados na Comunidade(UCC), a quando a presença no NACJR foi detetado a necessidade de sensibilizar os pares para a temática dos maus tratos bom como a correta sinalização para o núcleo.

Segundo (Azevedo & Maia, 2006), esta problemática “exige uma abordagem interdisciplinar, sistemática e global, quer no domínio do estudo do fenómeno, quer nas ações para o prevenir ou nas respostas aos casos que não foram possíveis evitar”.

O objetivo desta AES será fornecer informação mais atual aos estudantes do 9º ano de duas escolas da área da atuação da UCC. Sensibilizar para a problemática dos maus tratos a crianças e jovens e dotar de conhecimento os enfermeiros sobre os procedimentos a ter em situações de maus tratos.

Com a realização desta ação de educação para a saúde pretendo atingir os seguintes objetivos:

• Desenvolver competências comunicacionais para pares;

• Desenvolver competências no domínio das estratégias motivacionais de grupo;

• Desenvolver competências acerca da avaliação da aprendizagem duma AES para um grupo de pares;

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Este trabalho encontra-se dividido por sete capítulos sendo eles respetivamente: análise da situação; formulação dos objetivos; seleção de conteúdos; metodologia/seleção de estratégias; organização e programação da atividade; plano da atividade e avaliação.

Concluindo, é de veras importante os enfermeiros de família estarem despertos para esta temática para assim poderem detetar e atuar o mais precocemente possível situações de risco ou perigo para a criança e jovem.

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Análise da Situação

No decorrer do estágio no NACJR foi detetado a necessidade de sensibilizar os pares para a temática dos maus tratos bom como a correta sinalização para o núcleo.

Formulação dos objetivos

Neste capítulo serão então definidos os objetivos desta AES que irá ser realizada para um grupo de pares. Esta ação decorre de um dos objetivos traçados aquando do início do estágio e, simultaneamente revela-se como essencial para a aquisição das competências necessárias a um Enfermeiro Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica.

Com a realização desta atividade pretendo atingir os seguintes objetivos: Objetivos Gerais

o Sensibilizar para a problemática dos maus tratos a crianças e jovens. o Dotar de conhecimento os enfermeiros sobre os procedimentos a ter em

situações de maus tratos. Objetivos Educacionais

No final desta sessão pretendo que os enfermeiros sejam capazes de: • Conheçam o objetivo do NACJR;

• Saibam a distingir a diferença de risco de perigo;

• Saibam dos diverços tipos de maus tratos as crianças e jovens; • Reconheçam a importância de uma deteção precosse;

• Identifiquem os algoritmos que devem seguir em suspeitas de maus tratos; • Executem corretamente a sinalização para o NACJR.

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Seleção de conteúdo

Em concordância com a finalidade da AES e com os objetivos educacionais no capítulo anterior nomeados os conteúdos educacionais basearem nos documentos da DGS que se ira abordar serão os seguintes:

Objetivo geral do NACJR: Promoção dos direitos e proteção das crianças e dos jovens em risco/ perigo, de forma a garantir o seu bem-estar e desenvolvimento integral.

Funções do NACJR:

o Prestar apoio de consultadoria aos profissionais e equipas de saúde no que respeita à sinalização, acompanhamento ou encaminhamento dos casos.

o Monitorizar as situações acompanhadas pela Unidade de Saúde. o Gerir e acompanhar os casos que transcendem as capacidades de

intervenção das equipas de saúde.

o Encaminhar para entidades de nível superior.

o Mobilizar os recursos externos de modo a assegurar o acompanhamento dos casos.

o Mobilizar a rede de recursos internos, fomentando o estabelecimento de mecanismo de cooperação com as diversas equipas do ACES.

o Aplicar as orientações técnicas do documento.

o Contribuir para a informação prestada à população e sensibilizar os profissionais para a problemática.

o Difundir informação de carácter legal, normativo e técnico a todos os profissionais intervenientes.

o Incrementar a formação e preparação dos profissionais na matéria. o Coletar e organizar a informação casuística sobre as situações de maus-tratos em crianças e jovens na área de intervenção do ACES.

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Desta forma é pertinente sabermos as diferenças entre risco e perigo para assim podermos adequar os diversos algoritmos e níveis de proteção:

• Risco: Vulnerabilidade da criança/ jovem vir a sofrer de maus tratos;

• Perigo:Corresponde a objetivação do risco.

Tipologia dos maus tratos: ▪ Neglicência

 Hematomas ou outras lesões inexplicadas e acidentes frequentes por falta de supervisão de situações perigosas;

 Incumprimento do Programa-Tipo de Actuação em Saúde Infantil e Juvenil e/ou do Programa Nacional de Vacinação;

▪ Físico

 História inadequada ou recusa em explicar o mecanismo da lesão pela criança ou pelos diferentes cuidadores;

 Síndroma da criança abanada;

 Demora ou ausência na procura de cuidados médicos; ▪ Psicológico/ emocional

 Choro incontrolável no primeiro ano de vida;

 Episódios de urgência repetidos por cefaleias, dores musculares e abdominais sem causa orgânica aparente;

▪ Abuso sexual

 Lesões externas nos órgãos genitais (eritema, edema, laceração, fissuras, erosão, infeção);

 Equimoses e/ou petéquias na mucosa oral e/ou laceração do freio dos lábios;

▪ Síndroma de Munchausen por procuração

 Ministrar à criança/jovem uma droga/medicamento para provocar determinada sintomatologia;

 Adicionar sangue ou contaminantes bacterianos às amostras de urina da vítima;

Grua de severidade da situação de Maus tratos: • Ligeiro

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o Os efeitos do mau trato recebido não provocam sinais ou sintomas na criança, nem se prevê que venham a desencadeá-los;

o Havendo algum sinal ou sintoma, este não é significativo ao ponto de justificar tratamento ou intervenção especializada;

• Moderado

o Pela intensidade ou frequência, o mau trato provoca sinais oi sintomas na criança/ jovem, ou se preveja que possa vir a provocar;

o Requer algum tipo de intervenção ou tratamento especializado, assim como um plano de intervenção interdisciplinar e personalizado; • Grave

o Os efeitos do mau trato recebido podem pôr em causa a integridade física ou emocional da criança/ jovem, ou provoca perturbações significativas no sue desenvolvimento;

o Existe risco elevado de recorrência dos episódios de maus tratas; o A criança tem menos de cinco anos ou apresenta algum tipo de incapacidade física ou psíquica que a torne especialmente vulnerável. Desta forma o objetivo da intervenção é:

▪ Proteger a criança/jovem;

▪ Intervir no risco para prevenir evolução para o perigo; ▪ Evitar a recorrência

A metodologia de trabalho das equipas no NACJR é a que podemos observar na imagem a baixo:

Fig. 1: Metodologia de trabalho do NACJR

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Metodologia / seleção de estratégias

Nesta AES será utilizado quatro métodos pedagógicos: expositivo, demostrativo, interrogativo, ativo.

Como estratégias utilizarei um PowerPoint com os temas acima abordados e a aplicação dos algoritmos em casos exemplo.

Organização e programação da atividade

A AES irá decorrer no dia 27 de junho na USF Braga Norte. Os recursos utilizados para o desenvolvimento destas AES, ao nível humano e material, serão os seguintes:

Recursos Humanos: uma estudante do 12º CMEESIP do Instituto de Ciências (ICS) da Universidade Católica Portuguesa do Porto;

Recurso Físicos: salas de reuniões;

Recursos Materiais: um computador, um projetor;

Recursos Financeiros: suportados pela estudante do 12º CMEESIP

Plano da atividade

Plano da Sessão

Local: USF Data: 27/ 06 / 2019 Duracão: 30 minutos

Tema: Núcleo de Apoio a Criança e Jovem em Risco Formadores: Enf.ª Juliana Dias

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Objetivo Geral: Sensibilizar para a problemática dos maus tratos a crianças e jovens. Dotar de conhecimento os enfermeiros sobre os procedimentos a ter em situações de maus tratos.

Objetivos especificos- Que os enfermeiros sejam :

✓ Conheçam o objetivo do NACJR;

✓ Saibam a distingir a diferença de risco de perigo; ✓ Saibam dos diverços tipos de maus tratos as crianças e jovens;

✓ Reconheçam a importância de uma deteção precosse;

✓ Identifiquem os algoritmos que devem seguir em suspeitas de maus tratos;

✓ Executem corretamente a sinalização para o NACJR.

CONTEÚDOS

MÉTODOS E

ESTRATÉGIA

RECURSOS DIDÁTICOS AVALIAÇÃO TEMPO

I N T R O D U Ç Ã O • Apresentação dos formadores; • Exposição dos objetivos a atingir. Método: -Expositivo Estratégia: -Apresentação diapositivos - Computador e data show • Observação direta: Motivação; Participação; 5mint

81 D E S E N V O L V I M E N T O • Objetivo geral do NACJR; • Funções do NACJR; • Risco e perigo; • Tipologia dos maus tratos; • Grua de severidade da situação de Maus tratos; • Objetivo da intervenção; • Metodologia de trabalho - Método: Expositivo Demonstrativo - Estrategias: Apresentação de diapositivos; Visualização dos algoritmos. -Computador e data show • Observaçã o direta: Motivação ; Participaç ão; 20mint C O N C L U S Ã O

• Síntese das ideias principais; -Método: Interrogativo, ativo. Estratégia: casos particos para a escolha dos algoritmos.

- Papel e caneta • Realização do

casos práticos.

5mint

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Avaliação

Para poder aferir se os enfermeiros ficaram com os conhecimentos transmitidos elaborei casos práticos para a deteção dos algoritmos. Em que o método de avaliação será ou positivo ou negativo consoante acerta ou não no algoritmo correspondente.

Conclusão

Com a realização do Planeamento desta AES permitiu-me uma correte organização da mesma. O estabelecimento de prioridades formativas, de forma a cumprir os objetivos traçados inicialmente. Todo o meu trabalho foi baseado um único autor, os documentos da DGS.

Bibliografia

Abreu, W. C. (2007). Formação e aprendizagem em contexto clínico: fundamentos,

teorias e considerações didácticas. Formasau: Coimbra.

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Artigo11.º, d. D.-l. (22 de Fevereiro de 2008). Diário da Republica. Obtido de

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No documento Relatório de estágio (páginas 63-96)

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