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Avaliação da Satisfação do Usuário

A satisfação do usuário é um item primordial a ser considerado na criação de interfaces para interação, pois, a partir da percepção do impacto gerado no usuário pode-se aprimorar e trabalhar um redesign que possa evitar ao máximo as barreiras dessa interação. É salutar para o designer observar sentimentos, percepções e intenções da relação do usuário com o objeto (TULLIS e ALBERT 2008) com objetivo de projetar um design de interação que conduza à satisfação. A ISO 9241- 210:2009, citada por Cybis (2010), diz que experiência do usuário pode ser entendido como as percepções e respostas dos usuários resultantes do uso e/ou antecipação do uso de um produto, sistema ou serviço. Essa percepção do usuário interfere no projeto, pois, é, obviamente, o usuário o foco de cada projeto de design.

Uma definição ampla de experiência do usuário é relatada por Unger e Chandler (2009) afirmando que o defavaliação cooperativasign da experiência do usuário é a criação e a sincronização que afetam a experiência e buscam influenciar o comportamento (UNGER; CHANDLER, 2009, p. 3). Para Rogers, Preece e Sharp (2013), os aspectos de maior importância para a experiência do usuário são: usabilidade, funcionalidade, estética, conteúdo, look and feel e os apelos sensorial e emocional (ROGERS, PREECE e SHARP, 2013, p. 14).

No quadro 6, vemos outras definições de Experiência do Usuário.

QUADRO 6 – Definições de Experiência do Usuário - UX

Autor Definição de UX

NIELSEN, 2008

A Experiência do usuário não só inclui a usabilidade, mas também aspectos cognitivos, socioculturais e afetivos - aspectos positivos da experiência dos usuários em sua interação com os produtos como a experiência estética ou desejo de reutilizar o produto.

ISO, 2008 Percepções de uma pessoa e as respostas que resultam do uso e/ou do uso antecipado de um produto, sistema ou serviço

PREECE, ROGERS E SHARP, 2013

Experiência que os produtos interativos proporcionarão ao usuário, isto é, como o usuário se sentirá na interação com o sistema.

TULLIS; ALBERT, 2008

A Experiência do usuário é complemento à usabilidade, auxilia esta relação, sendo uma visão mais ampla, focado na interação individual como sentimentos, percepções e intenções resultantes desta interação.

CYBIS, 2010

A experiência do usuário está relacionada a projetar pensando no prazer do usuário e não somente na ausência de desconforto físico e cognitivo.

Fonte: Elaboração própria, 2016.

Na avaliação junto ao aluno, o intuito foi vislumbrar como o produto, o livro didático digital, foi utilizado e observar, nas interações e percepções, como se daria a experiência percebida por eles. Procurou-se observar como cada aluno se relacionou com o produto e foram anotadas as observações para a análise dos dados, pois, levar em conta como um produto se comporta e é usado por pessoas no mundo real, também é vislumbrar a experiência do usuário (ROGERS, PREECE e SHARP, 2013).

Para aferir a experiência do usuário, optamos pela aplicação do questionário de satisfação conhecido como QUIS, de Ben Shneiderman (1986), criado no LADP (Laboratory for Automation Psychology and Decision Processes), na Universidade de Maryland, em College Park, Estados Unidos, fazendo adaptações para atender aos objetivos particulares desta pesquisa. O QUIS é uma técnica confiável e aceita internacionalmente para verificar a percepção subjetiva do usuário, motivo pelo qual foi escolhido para fechar a obtenção de dados da pesquisa. Santa Rosa e Moraes (2012) ressaltam a vantagem de o QUIS ter passado por muitos ciclos de

qualificação e ter sido utilizado por centenas de estudos de avaliação, o que o torna realmente uma ferramenta validada.

Aplicamos o QUIS para cada usuário ao final da avaliação cooperativa, com intuito de aproveitar a interação recente com o livro digital, extraindo a percepção dos mesmos com a interface. Os dados do questionário de avaliação bem como as adaptações feitas para sua aplicação estão no APÊNDICE C.

Com intuito de atingir os objetivos desta pesquisa, foram utilizadas a avaliação cooperativa e a avaliação de satisfação do usuário para aferir, através destes métodos, a veracidade dos dados coletados, então analisados e interpretados em etapa posterior. Inicialmente, foi enviado um questionário de filtragem dos sujeitos para um grupo de alunos de todos os cursos, de Ensino Médio integrado, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, no campus Natal-Central, como exposto anteriormente. Este questionário selecionou 7 alunos com perfil de usuário final do produto pesquisado, o livro didático digital de História para o Ensino Médio, volume 1, da editora FTD.

Convocados por e-mail e telefone, os participantes da avaliação cooperativa assinaram o Termo de Autorização de Uso de Entrevista. Ao finalizar cada avaliação, o participante respondeu ao questionário QUIS (Questionnaire for User

Interaction Satisfaction) de Shneidermann (1986), para avaliar a satisfação de cada

um em relação ao livro. Este questionário foi adaptado para melhor atender às nuances desta pesquisa. Ao final, foi feito o Debriefing com três perguntas de maneira a fazer o aluno falar mais um pouco. As perguntas elaboradas para o

Debriefing foram:

1. O que achou melhor no LDD (Livro Didático Digital)? 2. O que achou de pior?

3. Você usaria o LDD como ferramenta de aprendizagem?

Um detalhe é que, na fase da avaliação cooperativa, dos 7 alunos selecionados, quatro compareceram ao teste. Os demais, ou não atenderam ao chamado por e-mail e telefone, ou, mesmo confirmando que iriam ao teste, não se apresentaram. Novas tentativas de contato foram feitas sem êxito.

Santa Rosa e Moraes apud Dumas e Redish (2012), dizem que um teste de usabilidade deve ter no mínimo duas ou três pessoas representando um subgrupo de pessoas, de modo a evitar uma análise de comportamento idiossincrático

(SANTA ROSA; MORAES, 2012, p.157). Como a sugestão da literatura permite, a avaliação cooperativa com os quatro participantes foi executada e, como será mostrado na análise dos dados, não prejudicou a obtenção da percepção do usuário no universo destes sujeitos. Do ponto de vista de Nielsen, percebido pelo gráfico da figura 14, utilizando 4 participantes podemos obter um grau de levantamento de erros aproximadamente de 80% nesta pesquisa.

FIGURA 14 - Número de usuários testados x quantidade de erros encontrados.

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Serão apresentados e discutidos neste tópico os resultados da pesquisa, obtidos através, inicialmente de um questionário de filtragem dos sujeitos, da avaliação cooperativa e do questionário de avaliação de satisfação da experiência do usuário. Estas informações darão embasamento para a posterior análise crítica do livro didático digital - LDD avaliado nesta pesquisa, e aos apontamentos considerados oportunos para a atuação do ergodesign na criação, no design, deste tipo de suporte educacional.

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