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AVALIAÇÃO SISTÊMICA – ASPECTOS INSTITUCIONAIS Deficiências

Desatualização da Lei nº 020/2002 – estrutura administrativa;

Ausência de Secretaria Geral, Departamento de Informática e Departamento de Patrimônio na composição da Secretaria de Administração;

Ausência (na lei) dos Departamentos de Engenharia e Arquitetura e Departamento de Habitação;

Excesso de funções da Secretaria de Agricultura e Expansão Industrial, que acaba não conseguindo atender totalmente a demanda dos setores de indústria, comércio e turismo;

Ambiente físico não muito adequado para a sede da prefeitura (equipamentos e mobiliário defasado);

Ausência de registro de bens patrimoniais, desde equipamento de informática, mobiliário e equipamentos urbanos;

Desatualização do Cadastro imobiliário;

Falta de banco de dados com dados das famílias dos munícipes que procuram principalmente Saúde, Assistência Social. Necessidade de compartilhar informações num banco de dados único. Ampliar para questões tributárias, educação;

Ausência de site oficial do município;

Ausência de um Programa de Capacitação ao Quadro de Servidores Municipais; Ausência de mapeamento de competências;

Ausência de Conselho Municipal para

Ausência de Fórum de Desenvolvimento Local; tratar da temática de Desenvolvimento Econômico;

Inadequação do Código Tributário Municipal com o Estatuto da Cidade, no que diz respeito ao IPTU progressivo, vinculado à função social da propriedade; Desatualização dos valores e formas de cobrança das Taxas de Coleta de Lixo e de Limpeza Pública, Conservação de Vias e Logradouros Públicos.

Figura 29 – Deficiências dos Aspectos Institucionais (grifos nosso). Fonte: adaptado de plano diretor de Catanduvas (CATANDUVAS, 2007a)

Entre os órgãos de administração geral, consta no documento legal a discriminação da Secretaria de Planejamento. Tal secretaria visa

a atender o disposto no artigo 1º da Lei nº 020/2002 acima apresentado, qual seja: “o Planejamento será adotado como instrumento de ação para o desenvolvimento físico-territorial, econômico, social e cultural da comunidade, bem como para a aplicação dos recursos humanos, materiais e financeiros do Governo Municipal”. (CATANDUVAS, 2007a).

De acordo com o documento denominado avaliação temática integrada, a avaliação sistêmica do Município de Catanduvas elencou deficiências, condicionantes e potencialidades em cada um dos temas abordados. No que diz respeito às deficiências dos aspectos institucionais, apresenta-se a síntese constante da avaliação sistêmica, conforme mostra a figura 29.

Através de tal síntese constatou-se as carências e deficiências institucionais no que diz respeito à gestão democrática e demais elementos que justificaram o modelo de SMP dessa tese.

5.4.3 Da lei do plano diretor

Após elaborado o plano diretor municipal de Catanduvas, dentro da metodologia preconizada pelo governo do Estado do Paraná, foi o mesmo encaminhado pelo executivo ao legislativo municipal e transformou-se em lei em 23 de outubro de 2007. Recebeu tal lei a designação de lei nº 077/2007, com a seguinte súmula: “Institui o Plano Diretor Municipal, estabelece objetivos, diretrizes e instrumentos para as ações de planejamento no Município de Catanduvas e dá outras providências”. (CATANDUVAS, 2007b).

Dessa lei salienta-se, pela pertinência com o tema da tese, o Título III, denominado “Da Gestão Municipal”. Dele transcreve-se os seguintes artigos:

Art. 36. O poder público deverá promover a Gestão Democrática Permanente através das seguintes ações: promover articulação com atores municipais e esferas estaduais e federais; ampliar a participação dos conselhos municipais na gestão municipal; implantar o Conselho de Desenvolvimento Municipal; implantar o Fórum de Desenvolvimento Local. (CATANDUVAS, 2007b). (grifos nosso)

Salienta-se ainda a Seção II do Capítulo IV do Título IV da lei, seção essa denominada: “Do Conselho de Desenvolvimento Municipal”, que está assim redigida:

Art. 58. Deverá ser instituído o Conselho de Desenvolvimento Municipal ou o Conselho Municipal da Cidade de Catanduvas, órgão colegiado, de natureza permanente, deliberativa, consultiva, fiscalizadora e propositiva no processo de planejamento e gestão municipal na área do desenvolvimento urbano e do Plano Diretor Municipal, tendo as diretrizes e objetivos especificados na lei específica que o instituir.

Art. 59. O Conselho de Desenvolvimento Municipal ou Conselho Municipal da Cidade deve integrar a estrutura administrativa do Poder Executivo Municipal, conservando sua autonomia, não se subordinando às determinações e definições no exercício de suas funções. Parágrafo Único. A integração do Conselho à Estrutura Administrativa Municipal visa a disponibilização do suporte administrativo, operacional e financeiro necessário para sua implementação e pleno funcionamento.

Art. 60. Em conformidade com Lei Estadual 15.229/06, o Conselho de Desenvolvimento Municipal ou Conselho Municipal da Cidade deverá ser instituído em um prazo máximo de 90 (noventa) dias e seu Regimento Interno aprovado em 120 (cento e vinte) dias, contados a partir da aprovação do Plano Diretor Municipal.

Art. 61. A composição do Conselho de Desenvolvimento Municipal deverá ser organizada segundo critérios de representação territorial e setorial, incluindo: Membros da Comissão de Acompanhamento de Elaboração do Plano Diretor Municipal; Representantes de Comunidades e Bairros; Representantes de Movimentos Sociais e Populares; Representantes da Associação Comercial; Representantes de Entidades Sindicais dos Trabalhadores; Membros do Poder Executivo. (CATANDUVAS, 2007b). (grifos nosso).

Finalmente destaca-se o Capítulo V do Título IV da lei, capítulo esse que se denomina “Do Fundo de Desenvolvimento Municipal” e que define:

Art. 68. Deverá ser instituído o Fundo de Desenvolvimento Municipal, por lei específica, com a finalidade de apoiar ou realizar investimentos destinados a concretizar os princípios, políticas, objetivos gerais, programas, ações e projetos urbanísticos e ambientais integrantes ou decorrentes desta Lei, na Lei Federal 10.257/2001 e no que couber à Lei Federal 11.124/2005, em obediência às prioridades nelas estabelecidas.

Art. 69. O Fundo Municipal de Desenvolvimento será gerido pelo Conselho de Desenvolvimento Municipal ou Conselho Gestor com vistas aos programas, projetos e ações priorizados no Plano Diretor Municipal.

Parágrafo único. Os recursos destinados de competência deste Fundo serão depositados em conta bancária específica, para gerenciamento dos membros do Conselho, na forma que dispuser seu regimento interno, conforme lei específica. (CATANDUVAS, 2007b). (grifos nosso).

Constatou-se que, no que diz respeito à lei do plano diretor, Catanduvas possui os instrumentos legais que a qualifica como município de experimentação do modelo de SMP proposto nessa tese. 5.4.4 Do plano de ações e investimentos

Como derradeira parte integrante do documento técnico denominado plano diretor municipal de Catanduvas – PR, foi elaborado Plano de Ações e Investimentos para curto, médio e longo prazo. De acordo com o plano de ações e investimentos :

A definição do Plano de Ação e Investimentos origina-se nas discussões de ações necessárias para a concretização das diretrizes deste PDM, registrado no documento intitulado Diretrizes e Proposições (Produto 03), e nas ações referentes à Gestão Municipal, componentes do documento intitulado Processo de Planejamento e Gestão Municipal (Produto 04). Nestes, ações foram definidas e a elas, atribuídos prazos para implementação, quais sejam: imediato, curto, médio e longo. Aquelas em que se objetiva a realização dentro de cinco anos, ou seja, de imediato (até 1 ano para o início); curto (1 a 3 anos) e médio prazo (3 a 5 anos) são as ações que compõem este Plano de Ação e Investimentos [...]. Cabe destacar que os prazos para implementação das ações terão início após a

aprovação do Plano Diretor Municipal pela Câmara de Vereadores, a partir do ano de 2008. (CATANDUVAS, 2007c, pg. v). (grifos nosso).

Integram o plano de ações e investimentos (CATANDUVAS, 2007c) ações referentes ao denominado Eixo Gestão Democrática Permanente. Desse eixo, e pela pertinência de algumas das ações integrantes com o tema da pesquisa, destacou-se, entre elas:

a. Ação 69: Promover a articulação com atores municipais e esferas estaduais (figura 30);

b. Ação 70: Ampliar a participação dos conselhos municipais na gestão municipal (figura 31);

c. Ação 71: Implantar o conselho municipal de desenvolvimento (figura 32);

d. Ação 72: Implantar o fórum de desenvolvimento local (figura 33).

Quadro 69 Ação: Promover articulação com atores municipais e esferas estaduais e federais.

Justificativa: O esforço conjunto com os diversos atores da sociedade local, para atingir um objetivo comum – implementação do Plano Diretor Municipal, reforça a necessidade de uma articulação entre o Poder Executivo municipal, Poder Legislativo Municipal, sociedade Civil Organizada e demais órgãos

governamentais nas esferas estadual e federal. Assim,

viabiliza-se de modo mais efetivo a captação de recursos

para a realização de projetos estratégicos para a cidade.

Objetivo geral: Otimizar relacionamento com os atores da sociedade.

Objetivos específicos:

• Ampliar relacionamento entre os atores locais para objetivo comum;

• Viabilizar a captação de recursos para projetos estratégicos;

• Compartilhar soluções.

Prazo: Curto prazo

Responsabilidade: Gabinete da Prefeitura Fonte de recursos: Recursos próprios Caráter da ação: Continuada

Figura 30 – Ação 69: (grifos nosso).

Quadro 70 Ação: Ampliar a participação dos conselhos municipais na gestão municipal

Justificativa: A atuação de alguns conselhos do município é pouco expressiva na

elaboração, acompanhamento e gestão das políticas públicas para a cidade, isso causa pouco envolvimento e falta de entendimento sobre as suas atribuições. Assim propõe-se ampliar a participação efetiva dos conselhos na criação, acompanhamento e gestão das políticas públicas da cidade. Aos conselhos já atuantes, a implantação dessa ação representa motivação e melhoria contínua na sua forma de atuar.

Objetivo geral: Dinamizar a participação dos conselhos na gestão municipal

Objetivos específicos:

• Expandir a interação entre o poder público e os Conselhos;

• Analisar a acompanhar as Políticas públicas;

• Promover a elaboração de novos projetos;

Ampliar o Networking para resultados efetivos imediatos

Prazo: Curto prazo

Responsabilidade: Gabinete da Prefeitura

Fonte de recursos: Recursos próprios

Caráter da ação: Continuada

Figura 31 – Ação 70.(grifos nosso).

Fonte: Adaptado do plano de ações e investimentos (CARANDUVAS, 2007c)

Quadro 71 Ação: Implantar o Conselho de Desenvolvimento Municipal

(CDM)

Justificativa: Após a aprovação deste PDM deverá ser criado por lei o

Conselho de Desenvolvimento Municipal (CDM), o qual ficará responsável pela implementação, monitoramento e revisão das propostas e ações e respectivas Leis.

A grande maioria dos integrantes do Conselho é proveniente da Comissão de Acompanhamento de Elaboração do Plano Diretor.

Objetivo geral: Efetivar a implementação do Plano Diretor Municipal

Objetivos específicos:

• Acompanhar a implementação das propostas e ações

apontadas no PDM e Leis;

• Promover revisões e adaptações do PDM quando se fizerem necessárias;

• Promover o debate contínuo de questões relativas ao

desenvolvimento municipal

Prazo: Tão logo seja aprovado o Plano Diretor Municipal

Responsabilidade: Gabinete da Prefeitura

Fonte de recursos: Recursos próprios

Caráter da ação: Pontual

Figura 32 – Ação 71: (grifos nosso).

Quadro 72 Ação: Implantar o Fórum de Desenvolvimento Local Justificativa: O Fórum de Desenvolvimento Local é o órgão responsável

pela coordenação da comunidade Ativa na localidade. Um

Fórum é composto, por consenso, pelas principais lideranças

locais, convocadas para tanto pelo Prefeito.

Objetivo geral: Fomentar o desenvolvimento municipal

Objetivos específicos:

• Planejar o desenvolvimento de ações integradas;

• Propiciar mais um canal de intervenção direta da população no desenvolvimento municipal;

• Coordenar estudos que impulsionem o desenvolvimento local

Prazo: Curto prazo

Responsabilidade: Gabinete da Prefeitura Fonte de recursos: • Recursos próprios

• Parcerias com a iniciativa privada Caráter da ação: Pontual

Figura 33 – Ação 72: (grifos nosso).

Fonte: Adaptado do plano de ações e investimentos (CARANDUVAS, 2007c) 5.4.5 Análise da problematização

Discriminação Problematização Análise da

problematização

Avaliação sistêmica dos aspectos institucionais

Ausência de Conselho Municipal para tratar da temática de Desenvolvimento Econômico.

Ausência de Fórum de Desenvolvimento Local

Na elaboração da avaliação sistêmica que integra o produto denominado avaliação temática integrada do plano diretor de Catanduvas, há a constatação de ausência de duas entidades de podem configurar a gestão democrática. Tais ausências são elencadas como deficiências, o que leva à dedução de que a existência desses duas entidades é desejada, no município. Figura 34 – Análise da problematização discriminada na avaliação sistêmica dos

aspectos institucionais. Fonte: A autora.

Discrimina ção

Problematização Análise da problematização

Lei nº 077/07 de 23/10/07: Lei do Plano Diretor de Catanduvas, PR.

Art 36: Implantar o Conselho de