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Avaliações de peso de massa seca da parte aérea (PMSPA), peso de massa seca de

5. Análise das médias dos principais parâmetros morfológicos avaliados

5.2 Avaliações de peso de massa seca da parte aérea (PMSPA), peso de massa seca de

peso de massa seca de raízes (PMSA/PMSR) e índice de qualidade de Dickson (IQD)

Analisando-se os dados da Tabela 5, para pesos de massa seca da parte aérea, peso de massa seca de raiz e total, constata-se que mulungu obteve melhores resultados.

Segundo Gomes (2001), o peso da massa seca constitui uma boa indicação da capacidade de resistência das mudas em condições de campo, mesmo em se tratando de um método destrutivo.

Segundo Caldeira et al. (2008), para relação peso de massa seca de parte aérea e peso de massa seca de raízes nas mudas a proporção deve ser de 2:1, e a relação inversa deve ser de 1:2. É importante destacar essa relação quando as mudas vão para o campo, pois a parte aérea das mudas não deve ser muito superior que a da raiz, em função de problemas que possam ocorrer em relação à absorção de água para a parte aérea.

Segundo Brissette (1984), o valor do índice que melhor representa essa relação é igual a 2,0 sem, no entanto, definir para quais espécies. No presente estudo, os valores variaram entre 0,69 e 4,60. Sendo assim, as espécies que apresentaram índices mais próximos do ideal foram aroeira (2,04) e canafístula (1,29). Para o mulungu esse índice foi de (4,60), evidenciando diferença significativa em relação ao valor ideal dessa relação.

O Índice de Qualidade de Dickson é mencionado como uma promissora medida morfológica integrada (JOHNSON e CLINE, 1991) e apontado como um bom indicador da qualidade das mudas, pois no seu cálculo deve-se considerar a robustez e o equilíbrio da distribuição da biomassa na muda, ponderando os resultados de vários parâmetros importantes empregados para avaliação da qualidade (FONSECA et al., 2002).

Esse índice está relacionado com altura, diâmetro do colo, peso de massa seca total, peso de massa seca de parte aérea e peso de massa seca de raiz e, quanto maior for o valor deste índice, melhor será a qualidade da muda produzida (GOMES, 2001).

No presente estudo, as espécies que apresentaram os maiores Índices de Qualidade de Dickson, ou seja, melhor qualidade de mudas, foram respectivamente, mulungu, tamboril, canafístula e angico, tendo aroeira o menor índice.

TABELA 5 - Valores médios do peso da massa seca da parte aérea, raiz e total, da relação peso de massa seca das partes aéreas e radicial e do Índice de Qualidade de Dickson de espécies florestais nativas, produzidas em viveiro, para determinação do ciclo de produção final.

Peso de massa seca (g) Espécies

Parte aérea Raiz Total Relação parte aérea/raiz IQD

Aroeira 1,96 0,96 2,92 2,04 0,39 Angico 2,24 3,24 5,48 0,69 0,52 Canafístula 2,39 1,85 4,24 1,29 0,64 Mulungu 14,26 3,10 17,36 4,60 2,29 Tamboril 3,50 3,71 7,21 0,94 0,80

5 CONCLUSÕES

a) Dentre as espécies estudadas, aquelas que atingiram mais rapidamente o padrão mínimo ideal em altura e diâmetro para serem levadas para o plantio foram: tamboril (22,41cm e 3,16mm) em 15 dias e mulungu (20cm e 7mm) em 20 dias.

b) A canafístula atingiu o mesmo padrão mínimo ideal aproximado em altura (20cm) e diâmetro (3,5mm), aos 50 dias. Aroeira atingiu altura aproximada de (22cm) e diâmetro aproximado de (3,9mm), aos 65 dias. Já o angico atingiu os padrões mínimos em altura aproximada de (30cm) e diâmetro aproximado de (3mm), aos 80 dias.

c) Aroeira e angico apresentaram maior crescimento relativo, tanto em altura quanto em diâmetro, em relação às demais espécies durante todo o ciclo de produção;

d) Aroeira, canafístula e tamboril apresentaram as melhores relações entre altura de parte aérea e diâmetro de colo, evidenciando melhores qualidades de muda;

e) De acordo com o parâmetro relação de peso de massa seca de parte aérea e peso de massa seca de raízes, aroeira e canafístula apresentaram índices mais próximos do ideal que é igual a 2,0;

f) Segundo o Índice de Qualidade de Dickson (IQD), as mudas que obtiveram os maiores índices foram, respectivamente, mulungu, tamboril, canafístula e angico, ficando a aroeira com o menor índice;

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