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Avalia¸c˜ao dos Resultados

Os valores produzidos pelo estimador GA s˜ao um limitante superior largo quando consi-

derado o tr´afego LRD com H → 0, 5, por´em suas estimativas para o tr´afego com H → 1

s˜ao promissoras, tendo em vista sua simplicidade de implementa¸c˜ao. No entanto, sua formula¸c˜ao o torna exageradamente sens´ıvel a mudan¸cas na variabilidade do tr´afego.

O estimador FEP capturou muito bem as varia¸c˜oes impostas pelo tr´afego, em toda a faixa de LRD (0, 5 < H < 1). Demonstrou ser robusto o suficiente, para lidar em um ambiente dinˆamico com mudan¸cas abruptas de taxa. No entanto, sua complexidade de implementa¸c˜ao depende fortemente do estimador de H utilizado. Considerando o estimador AV para o parˆametro de Hurst juntamente com o estimador FEP, obt´em-se uma ferramenta eficiente para a estima¸c˜ao de banda passante equivalente em ambientes de tempo-real.

Cap´ıtulo 5

Redes Auto-Ajust´aveis

No projeto de redes, dois importantes requisitos devem ser levados em considera¸c˜ao: qualidade de servi¸co (QoS) e a eficiˆencia da rede no transporte de informa¸c˜oes. As redes de alta velocidade ir˜ao suportar uma gama de servi¸cos de voz, v´ıdeo e dados. Portanto, os recursos destas redes (enlaces, switchs, etc) ser˜ao compartilhados pelos diferentes tipos de m´ıdia, que demandam diferentes requisitos de QoS e geram tr´afego com caracter´ısticas distintas.

No Cap´ıtulo 4, os estimadores de banda passante equivalente foram apresentados. Estes estimadores apresentam uma solu¸c˜ao para o problema da defini¸c˜ao da quantidade de banda passante requerida por um fluxo, para a provis˜ao de seus requisitos de QoS. Neste Cap´ıtulo, introduz-se um framework de Redes Auto-Ajust´aveis. Este framework possibilita a provis˜ao de QoS para todos os fluxos origem-destino em redes multiservi¸co de alta velocidade.

Redes de alta velocidade suportam o agregado de v´arios fluxos, pertencentes a dife- rentes classes de tr´afego. Nestas redes, h´a o problema de se acomodar todos os fluxos existentes, nos enlaces dispon´ıveis, de forma a garantir os requisios de QoS de cada fluxo em particular. Este problema pode ser definido como um problema de Particionamento

´

Otimo de Banda (OBP), e a sua solu¸c˜ao deve definir o roteamento dos fluxos e a quan- tidade de banda passante que ser´a alocada em cada enlace da rede, para cada classe de tr´afego.

5.1

Redes Multiservi¸co de Alta Velocidade

Uma das principais tecnologias em redes de alta velocidade geograficamente distribu´ıdas ´e a ATM (Modo de Transferˆencia Assincrˆono), que foi amplamente estudada no final dos

anos noventa, e ´e muito utilizada em redes backbone p´ublicas e em institui¸c˜oes privadas.

As redes baseadas na tecnologia IP1, amplamente utilizadas na Internet, n˜ao apresentam

formas nativas de controle de provis˜ao de QoS. No entando, o uso de GMPLS2 com IP

sobre WDM3 aponta como sendo a arquitetura prov´avel para as redes de alta velocidade

do futuro. Todavia, tais redes ainda est˜ao em fases de estudo e implanta¸c˜ao.

5.1.1

Redes ATM

As redes ATM assemelham-se as redes frame relay por tirar vantagem da confiabilidade, inerente dos equipamentos digitais modernos, para prover a comuta¸c˜ao de pacotes de forma mais r´apida do que as antigas redes legados, e.g., X.25 e frame relay. Al´em disso, as taxas de transmiss˜ao das redes ATM superam as das redes frame relay em v´arias ordens de grandeza.

As redes ATM efetuam a transferˆencia dos dados em pacotes discretos, e permitem

que multiplas conex˜oes l´ogicas possam ser multiplexadas em uma ´unica interface f´ısica.

A informa¸c˜ao que trafega em cada conex˜ao l´ogica ´e organizada em pacotes de tamanho fixo chamados de c´elulas. No protocolo da camada ATM, a quantidade de informa¸c˜ao de controle requerida em cada c´elula ´e m´ınima, permitindo que se possa trabalhar com altas taxas de transmiss˜ao. Al´em disso, o uso de c´elulas de tamanho fixo simplifica o trabalho efetuado em cada n´o da rede, facilitando o uso do ATM com altas taxas de transmiss˜ao

[35]. Em geral, nas redes ATM, s˜ao utilizados enlaces ´oticos OC3 e OC124 que possuem

larguras de banda de, respectivamente, 155Mbps e 622Mbps.

Para que seja poss´ıvel a interconex˜ao entre protocolos de camadas superiores (ex.

TCP/IP), o ATM implementa uma camada de adapta¸c˜ao (AAL5), que ´e respons´avel

basicamente por tratar erros de transmiss˜ao, efetuar a segmenta¸c˜ao e reconstru¸c˜ao de c´elulas em pacotes e vice-versa, e o controle do fluxo.

As conex˜oes l´ogicas em ATM s˜ao chamadas de conex˜oes de canais virtuais (VCCs), e caracterizam as redes ATM como sendo redes comutadas por circuito. Uma VCC ´e configurada entre dois usu´arios finais na rede, um n´o origem e um n´o destino, e um fluxo de taxa vari´avel de c´elulas ´e mantido por esta conex˜ao. Em redes ATM, existe uma segunda camada de processamento que trata de conex˜oes de caminhos virtuais (VPC). Uma VPC engloba um conjunto de VCCs que possuem os mesmos n´os origem-destino. A introdu¸c˜ao do conceito de caminhos virtuais foi feita para poder simplificar o controle sobre a rede. Desta forma, v´arios canais virtuais que interligam os mesmos pontos da rede podem ser gerenciados de forma conjunta.

1

Internet Protocol

2

Generalized Multiprotocol Label Switch

3

Wavelength Division Multiplexing

4

Optical Carrier

5

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