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AVIAÇÃO REGIONAL NO BRASIL

Correia (2008) destaca que a questão sobre o significado de aviação regional é bastante discutível e sujeito a arbitrariedade. A nomenclatura regional à atividade que é explorada de maneira regular, utilizando aeronaves menores do que cem passageiros e cujas cidades envolvidas possuam densidade de tráfego reduzida.

Balster (2016, p.44) afirma que a definição de aviação regional pode ser feita a partir de quatro critérios de demarcação.

O primeiro ponto de demarcação é com base na companhia aérea, na qual empresas de porte similar (pequenas e médias), a partir de algum critério semelhante como faturamento, capacidade ou densidade de tráfego, são previamente classificadas como regionais. O segundo ponto de demarcação é com base na aeronave, a partir do tamanho (geralmente menor do que cem assentos), independentemente do tipo de tecnologia (jato ou turbo-hélice), isto não quer dizer que a empresa não possa ter aeronaves de maior porte. O terceiro ponto é com base nos aeroportos, em função de características de movimentação de passageiros e/ou aeronaves ou de características do município (cidades do interior, menores do que um milhão de habitantes). O quarto ponto é com base na ligação aérea, utilizando como base algum critério de corte, densidade do tráfego aéreo, etapa percorrida ou número de empresas participantes. Em termos de tecnologia, a aviação regional se difere muito pouco da aviação de baixo custo e convencional, assim como a combinação de insumos é bastante semelhante: aviões, combustível, tripulação técnica e de suporte e aeródromos devem ser combinados de modo que haja a produção de assentos-quilômetros. Contudo, possuem características específicas: economia de escopo pouco utilizada, desvantagem de custo em relação às maiores do setor, necessidade da suplementação tarifária, presença significativa de economias de densidade, tensão entre os papéis de alimentadora ou possível entrante e a grande exposição a modais substitutos.

As economias de densidade se referem a reduções nos custos médios que são obtidas em função do aumento do volume produzido sobre uma dada rede já instalada. Na aviação regional, a presença de economias de densidade se faz muito presente.

Castro (2018) destaca que no transporte aéreo regional, os elementos de economia de densidade são mais críticos, já que as malhas neste segmento são tipicamente menos

adensadas. Completa Cremonini (2018) que os operadores mais especializados no segmento não têm, portanto, à sua disposição esta fonte de eficiência; este fator os leva a operar em condições mais adversas de custo médio, relativamente às condições dos operadores mais concentrados nas ligações troncais.

Martins (2020) afirma que normalmente, as empresas regionais detêm custos por assento/km oferecidos maiores dos que as grandes do setor aéreo, isto é, seus custos médios se mostram decrescentes conforme a etapa média ou o tamanho médio das aeronaves utilizadas se expandia e não pela expansão da malha aérea, isto pode ser um fator de inviabilidade econômica de algumas operações. Bettini (2017) destaca que no mercado brasileiro, existem exemplos de empresas que nasceram regionais e passaram a operar linhas principais. Por realizar mais voos de etapa curta, a aviação regional está mais exposta a modais substitutos, já que existe a possibilidade de utilização de outros meios de transporte para percorrer o trajeto desejado.

Mello, (2020) comenta que a viabilidade da aviação regional se deve dar pelo lado da demanda, em pelo menos um de dois contextos: operar em locais onde não exista uma exposição grande a outros modais substitutos e/ou onde existam consumidores suficientes cujo valor dado ao tempo de viagem possa dar viabilidade econômica à atividade, isto é, consumidores que optam pelo transporte aéreo com o objetivo de minimizar o tempo de viagem e maximizar o tempo no destino. Nakayama (2020) destaca que como apontado acima, as transportados regionais sofrem de custos operacionais mais elevados e são mais sensíveis a modais substitutos, havendo ainda a necessidade de suplementação tarifária.

Ribeiro (2020) afirma que até 1992, a aviação regional operou sob o regime que previa subsídios, regulação e estímulos para a exploração regional, havendo monopólio e restrições à entrada a este tipo de operação. Baum (2017) compreende que atualmente, o tema suplementação tarifária ainda aparece nas mesas de discussão para uma política pública de desenvolvimento da atividade.

Para Amora (2020) no transporte aéreo existem barreiras à entrada significativas, principalmente ligadas ao volume de capital envolvido. Não se observa barreiras relacionadas à economia de escala, isto é, ao tamanho das aeronaves e frota. Martins (2020) afirma que a viabilidade de uma rota é afetada pelos custos, aspectos da demanda, ocupação, nível de utilização da aeronave, frequência de serviço e configuração da infra-estrutura aeroportuária.

Cremonini (2018) neste sentido afirma que as empresas regionais, são mais sensíveis aos desafios do setor, pois, estas empresas geralmente vem sofrendo de barreiras associadas às vantagens absolutas de custo: combustível, o acesso e a disponibilidade de recursos financeiros, barreiras ligadas à atração e atendimento ao consumidor (propaganda,

venda de bilhetes, entre outras), práticas de concorrência predatória em rotas de baixa densidade de tráfego. Nesse aspecto, Anderson (2009) argumenta que não obstante, sofrem por indefinição quanto aos subsídios repassados pelo governo, já que houve uma descontinuidade do recolhimento do adicional tarifário no Brasil a partir do processo de flexibilização.

3 PROSPECÇÃO DE VOOS CHARTER OPERACIONALIZADOS PELO AEROPORTO INTERNACIONAL MAESTRO WILSON FONSECA EM SANTARÉM

Este capítulo apresenta os resultados da pesquisa de campo realizado em duas empresas de venda de passagens aéreas no município de Santarém. São empresas com tradição na cidade, e, que operam com venda de passagens também para voos charters e trabalham com diversas empresas aéreas de rotas internacionais, nacionais e regionais. Para responder ao questionário subjetivo, dois representantes, sendo um de cada empresa, deram as seguintes respostas aos questionamentos feitos sobre a expansão dos voos charters no Pará, em especial na região Oeste do Estado, tendo como foco o município de Santarém, devido está localizado na cidade o aeroporto internacional maestro Wilson Fonseca, com movimentação considerável.

O que são os voos charters?

São voos alternativos para atender as diversas localidades do Brasil, sem a necessidade do passageiro ter que ficar preso a uma companhia aérea, o clube de passageiro podem contratar um voos que não estão disponíveis para empresas que normalmente operam em uma região. Também são usados para frete de mercadorias, como aconteceu recentemente devido a pandemia do corona vírus, quando empresas que operam na modalidade charter tiveram que realizar o transporte de equipamentos de saúde da China para o Brasil. (AGÊNCIA 1).

Voos charters são uma alternativa de voo para os passageiros não ficarem atrelados apenas a uma companhia. São voos fretados por um grupo de pessoas com objetivos comuns, como times de futebol, religiosos, pessoas que participarão de algum evento, pessoas viajando a negócios para uma mesma localidade, pessoas que por meio de uma agência de viagem ou clube de passageiros marcam uma viagem com destino certo, voos diretos, com data de ida e volta combinados juntos, situações de agenciamento de turismo, são rotas não regulares. (AGÊNCIA 2).

Como se verifica os voos charter são aqueles de rotas não regulares, que reúne pessoas com a mesma finalidade, como um time de futebol que vai jogar uma partida, um grupo de pessoas que estão em turismo de lazer ou de negócios em regiões não atendidas por rota regular, ou se atendidas fazem conexão o que levam a muitas horas de voo em destinos que com voos sem escalas levariam de 30 minutos a 1 hora, como acontece na região Oeste do Pará.

Como funcionam os voos charter?

Os voos charter começam na atualidade procurando uma agência de turismo, porém, existe possibilidade do clube de passageiros se expandir se encontrar pela internet para formar uma rota de voos charter. (AGÊNCIA 1).

Começam de duas maneiras: A empresa de turismo, por exemplo, montam um pacote para um destino, localizam pessoas com o mesmo interesse, e, negociam com uma empresa aérea, criam uma data par viagem, com preço fixo para viagem, com rota certa, voo sem escala, um voo direto. Ou, uma pessoa procura pela internet um clube de passageiros, pessoas que querem ir para o mesmo destino, pela mesma finalidade, ou finalidades diversas, mas no mesmo período de ida e retorno. (AGÊNCIA 2).

Nota-se que os voos charter funcionam com interligações, quer seja por rota traçada por uma agência de viagens, empresa de turismo, ou mesmo por um clube de passageiros, ou ainda por interesse comercial de uma instituição pública ou particular, governamental, que necessita deste tipo de voo para transporte de passageiros ou mesmo cargas, como aconteceu com a pandemia de corona vírus, onde muitas equipes de saúde precisaram prestar apoio em diversas localidades do Brasil, e, ainda equipamentos e medicamentos precisaram chegar aos locai mais longínquos do mundo, e, em especial da região norte do Brasil.

Quais as empresas aéreas que operam os voos charter no Brasil e em Santarém?

As empresas que operam no Brasil são Sideral, Abaeté, no município de Santarém, a mais procurada é a Piquiatuba. (AGÊNCIA 1).

As mais conhecidas no Brasil são Sideral, Abaeté, e, em Santarém, é a Piquiatuba, porém existem outras, mas essas são as de maior movimentação desse tipo de voo não regular no país. (AGÊNCIA 2).

Como afirmaram os participantes da pesquisa, existem diversas empresas que realizam este tipo de voo no Brasil, e, também é uma realidade na região Oeste do Pará, infelizmente, não muitas empresas estão atentas a esta estratégia de negócios, mesmo frente a grande necessidade da região em rotas que atendam as mais diversas localidades da imensa região Amazônica, com toda sua complexidade de estrutura e logística.

Quais os setores que mais utilizam os voos charter?

No mundo, o voo charter são bem populares, e, muito procurados, eles atendem os diversos setores, aliais, quase todos, como os setores de turismo, esportivo, postal dos correios, e, de transporte de cargas. (AGÊNCIA 1).

Vários setores utilizam do voo charter, desde as empresas para negócios diversificados, como agências de turismo, além de passageiros de forma individual mas que precisam viajar para o mesmo destino, mesmo que tenham interesses diversos, mas na mesma localidade, e, precisam de um voo sem escala, que sejam mais rápidos e de fato atendam de maneira eficiente a região. (AGÊNCIA 2).

Como se constata, todos os setores conseguem reconhecer a importância do voo charter pois o mesmo se faz presente nos mais variados setores, desde o comércio até o impulsionando o turismo, sendo fundamental para alavancar a economia nacional e regional.

Com a pandemia do corona vírus os voos charter foram importantes?

Foram importantes para transporte de medicamentos e equipamentos hospitalares. Até mesmo para buscar equipamentos na China, foram utilizados voos charter. (AGÊNCIA 1).

Na minha opinião foram fundamentais, transportaram medicamentos de países como a China para o Brasil, assim como levaram medicamentos e equipamentos, além de equipes de saúde, para diversos lugares do país, os mais longínquos. (AGÊNCIA 2).

O voo charter é uma realidade em todo o país, porém, ainda com uma modesta atuação como voo não regular, tendo campo para expansão, como se verificou na “prova de fogo” que foi atender ao país em tempos de pandemia do corona vírus.

Por que os voos charter poderão ganhar ainda mais espaço no setor da aviação comercial no Brasil e na região Norte?

No Brasil, poderão ganhar mais espaço devido ao crescimento do setor de turismo, em Petrolina, no Nordeste, por exemplo, tem a maior pista de carga do mundo, sendo que aviões operam no modo charter para levar frutas (manga, uva e mamão) para outros países, atendendo diversos mercados do mundo. O município de Santarém, por exemplo, é uma cidade chave nesta região, interliga os estados do Pará, Amazonas, Marabá, e, ainda aos mais de 18 municípios da região Oeste do Pará. O município de Santarém, é um polo universitário, e também de negócios. Falta as empresas investirem nesse tipo de voo, falta os passageiros começarem a prestar mais atenção nessa alternativa para a região, falta mais popularização dos voo charter, e, com isso, ganham todos, poder público, empresas, passageiros. (AGÊNCIA 1).

Existe uma expressiva demanda do turismo para a região, onde este tipo de voo é muito atraente para os passageiros. O voo é rota de Curitiba, Campinas, Petrolina, com chegada em Luxemburgo. Na região Amazônia por exemplo, é muito importante porque vai interligar localidades onde não atuam voos regulares, também em relação aos passageiros que vão com destino a Belém e a Manaus, não seguem mais em voos diretos, isso leva mais tempo, eleva o valor das passagens, por isso, a importância do crescimento desse atendimento na região, por meio dos voo charter. (AGÊNCIA 2). Os participantes da pesquisa foram bastantes esclarecedores em suas explicações, demonstraram o quanto os voo charter podem ser importantes para a região Oeste do Pará, sendo fundamental para impulsionar a economia na região e atender as necessidades de uma população que precisa desses voos para as mais diversas finalidades.

Como está a regulamentação em relação a operacionalização dos voos charters?

Atualmente, este tipos de voos não precisam mais de regulamentação da ANAC, é preciso apenas solicitar autorização de rota não regular, para a regional de controle de tráfego aéreo, e, tendo os aeroportos disponibilidade de vagas, pode ser realizado o voos charter, hoje está mais facilitado. (AGÊNCIA 1).

É preciso autorização da ANAC, é preciso solicitar autorização de rota não regular, para a regional de controle de tráfego aéreo. (AGÊNCIA 2).

A operação de voo charter é um serviço de transporte aéreo, público de carga e/ou passageiros, executado sem regularidade para atender a um contrato de transporte firmado entre uma empresa aérea e grupo de pessoas físicas ou jurídicas, com relação a um grupo determinado voo, sendo permitida a comercialização dos espaços individuais, caso se verifique regularidade, a ANAC pode solicitar processo junto a HOTAM. O voo Charter é um serviço de transporte aéreo não regular, previsto no Código Brasileiro da Aeronáutica, com pontos de origem, intermediários, destino em território nacional, executado por empresas de transporte aéreo regular e não regular (IAC 1224), a solicitação é feita a ANAC através do SIAVANAC.

Por que o município de Santarém se destaca na região Oeste do Pará, no que diz respeito aos voos charter (voo não regular) de passageiros e cargas?

A região Amazônica como um todo é constituída de grandes distância, em Santarém, por exemplo, existe influência de 4 capitais (Belém, Manaus, Porto Velho, Cuiabá), que no município não tem conexão direta para estas cidades, porém, é grande a demanda. A maioria das pessoas tem pressa no que diz respeito a negócios, questões de saúde, dentre outras coisas, por isso, a região é ponto principal para impulsionar voos charter. (AGÊNCIA 1).

A navegação é o principal meio de transporte dessa região, mas é demorado o processo de percurso, desconfortável aos passageiros, que sempre viajam em barcos em sua capacidade e as vezes superlotados, por isso, os voos charters são fundamental. Um voo charter tem validade de 30 dias, tendo solicitação que ser feita no prazo de 5 dias, é um voo programado. Todas essas comodidades são um atrativo para os passageiros desse tipo de rota. (AGÊNCIA 2).

No entendimento dos participantes da pesquisa, os voos charter são importantes para a região Oeste do Pará, devido as necessidades de diversas localidades do Pará, que não são contempladas com rotas regulares, e, por ser esta região impulsionada pelo turismo.

Quais as vantagens dos voos charter?

São várias as vantagens, no que diz respeito a região Amazônica, auxilia a encurtar distância e fornece possibilidade de voos para destinos não contemplados pelas rotas regulares. Reduz o tempo de viagem porque não precisa de conexão, os voos charter domésticos são mais baratos, aproximadamente cerca de 40% de descontos em relação aos voos regulares. (AGÊNCIA 1).

São muitas as vantagens, primeiro atendem a necessidade especificas de um determinado grupo, comércio, região, depois, auxiliam a impulsionar o turismo e o empreendedorismo, geram emprego e renda, tornam sistema mais funcionais, como o do setor da saúde, e de pequenas empresas. Pode-se estimular pequenas empresas aéreas a operacionalizarem este tipo de voo, para atender a região, e, com isso, conseguiram um movimento maior. (AGÊNCIA 2).

Os participantes visualizam muito mais vantagens que desvantagens nos voos charter, quando de rotas não regulares, vantagens que vão desde atendimento as diversas necessidades da população local, como prestação de serviços, colaboração com o comércio local com o transporte de cargas e passageiros, impulsiona o turismo, gera emprego e renda.

Quais as desvantagens dos voos charter?

Desvantagem: necessidade de formar um grupo regular, não pode remarcar, endossar passagem para outras companhias, nem receber reembolso, e, se algum imprevisto acontecer não tem pago estádia, alimentação. (AGÊNCIA 1).

Costumam haver atrasos consideráveis, devido não ter um horário definido, é preciso que todos os passageiros estejam no local para a partida, é preciso lotação completa, mas grande atrasos a empresa aérea segue seu destino sem ressarcir passageiros. A aeronave também em geral é de pequeno porte. Não existe serviço de bordo, mas

sempre haverá um comissário de bordo para atender as demandas dos passageiros. (AGÊNCIA 2).

Como todo tipo de negócio, existem vantagens e desvantagens, primeiro que o voo tem que ser negociado, tem que ter a capacidade de passageiros completa, não pode desmarcar ou ter reembolso de passagens, e, o avião em geral é de pequeno porte, o que pode ocasionar insegurança e preocupação para alguns passageiros acostumados aos voos regulares. O transporte aéreo representa um dos setores-chave na economia, pois é responsável tanto pela fomentação dos negócios quanto do turismo e negócios. A literatura recente atribui as crises financeiras no setor às suas características pró-cíclicas e ao prazo de maturação de investimentos, em detrimento de explicações relacionadas ao excesso de oferta, que ensejaram medidas de proteção aos oligopolistas operando nestes mercados, em um passado recente.

Baum, (2017) afirma que a atual estrutura e os arranjos operacionais das empresas aéreas, o aumento no nível de competição no mercado, a diversificação de produtos e a dinâmica da demanda exigem uma crescente flexibilidade para alocar as malhas de voos oferecidos pelas empresas. A desregulamentação e a eliminação de barreiras à entrada de novos competidores vêm trazendo resultados positivos, demonstrando que a falta de licitação para outorgar novas concessões, apesar de ser um problema jurídico, não é um problema do ponto de vista operacional e econômico. As vantagens para a sociedade em definir o transporte aéreo regular de passageiros como serviço público a ser prestado sob o instituto da concessão são questionáveis. Alguns elementos indicam que este instituto não é adequado ou aderente à atual realidade do transporte aéreo regular de passageiros no Brasil.

Na atualidade, e, principalmente com a pandemia do corona vírus, e pós pandemia da covid-19, as empresas, tanto as novas quanto as mais tradicionais, estão em busca por informações de mercado para redirecionarem seus esforços de marketing e visando novos mercados afim de aumentar as operações e parcerias comercias para localidades que se mostram negativas do modelo de linha aérea regular. Se os passageiros na modalidade “charter” auxiliarem na popularização desta modalidade de voo, para localidades hoje não atendidas pelas rotas regulares, surge então um novo grupo de viajantes, e as empresas aéreas passam a captar clientes em regiões mais distantes no Brasil, com viagens mais acessíveis e otimização do tempo de voo para os lugares de destino.

Segundo Balster, (2016) muitas pessoas tem medo de voar mas uma grande parcela da população mundial adora viajar, e, tem nos voos um meio rápido e seguro. Na verdade, o sonho de voar sempre foi uma das maiores fascinações dos seres humanos, desde o lendário Ícaro até Santos Dumont, e os irmãos Wright no início do século XX. Sabe-se que desde

sempre, o homem buscou, incansavelmente, um meio que lhe possibilitasse percorrer um maior espaço em um menor tempo possível, buscou voar mesmo sem ter asas.

Quando o 14 bis, do brasileiro Santos Dumont, levantou voo, em 1906, estava dada a largada a um dos meios de transporte mais eficientes já inventado pelo homem. Castro (2018) destaca que o setor de aviação civil foi conquistando seu espaço e expandido tão veloz quanto seus produtos: os aviões, levando as pessoas para os mais variados destinos e finalidades, desde passeios turísticos, a necessidades de trabalho, negócios, questões de saúde, de comercio, dentre

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