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36 b Taxa de juro

No documento RELATÓRIO E CONTAS 31 de dezembro de 2018 (páginas 149-152)

CONSOLIDADAS E NOTAS ANEXAS

36 b Taxa de juro

O risco de taxa de juro é essencialmente resultante do endividamento do Grupo indexado a taxas variáveis, que pode expor o custo da dívida a um risco de volatilidade.

O Grupo utiliza instrumentos derivados ou transações semelhantes para efeitos de cobertura de riscos de taxas de juro consideradas significantes. Três princípios são utilizados na seleção e determinação dos instrumentos de cobertura da taxa de juro:

 Para cada derivado ou instrumento de cobertura utilizado para proteção do risco associado a um determinado financiamento, existe coincidência entre as datas dos fluxos de juros pagos nos financiamentos objeto de cobertura e as datas de liquidação ao abrigo dos instrumentos de cobertura;

 Equivalência perfeita entre as taxas base: o indexante utilizado no derivado ou instrumento de cobertura deverá ser o mesmo que o aplicável ao financiamento/transação que está a ser coberta; e

 Desde o início da transação, o custo máximo do endividamento, resultante da operação de cobertura realizada, é conhecido e limitado, mesmo em cenários de evoluções extremas das taxas de juro de mercado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadrável no custo dos fundos considerado no plano de negócios do Grupo.

Uma vez que a totalidade do endividamento da Cofina se encontra indexado a taxas variáveis, são utilizados swaps de taxa de juro, quando tal é considerado necessário, como forma de proteção contra as variações dos fluxos de caixa futuros associados aos pagamentos de juros. Os swaps de taxa de juro contratados têm o efeito económico de converter os respetivos empréstimos associados a taxas variáveis para taxas fixas. Ao abrigo destes contratos, o Grupo acorda com terceiras partes (Bancos) a troca, em períodos de tempo pré-determinados, da diferença entre o montante de juros calculados à taxa fixa contratada e à taxa variável da altura da refixação, com referência aos respetivos montantes nocionais acordados.

As contrapartes dos instrumentos de cobertura estão limitadas a instituições de crédito de elevada qualidade creditícia, sendo política do Grupo privilegiar a contratação destes instrumentos com entidades bancárias que formem parte das suas operações de financiamento. Para efeitos de determinação da contraparte das operações pontuais, a Cofina solicita a apresentação de propostas e preços indicativos a um número representativo de bancos de forma a garantir a adequada competitividade destas operações.

Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza determinados métodos, tais como modelos de avaliação de opções e de atualização de fluxos de caixa futuros, e utiliza determinados pressupostos que são baseados nas condições de taxas de juro de mercado prevalecentes à data da demonstração da posição financeira consolidada. Cotações comparativas de instituições financeiras, para instrumentos específicos ou semelhantes, são utilizados como referencial de avaliação.

O Conselho de Administração do Grupo Cofina aprova os termos e condições dos financiamentos considerados materiais para a Empresa, analisando para tal a estrutura da dívida, os riscos inerentes e as diferentes opções existentes no mercado, nomeadamente quanto ao tipo de taxa de juro (fixo/variável).

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a sensibilidade do Grupo a alterações no indexante da taxa de juro de mais ao menos 1 ponto percentual, medida como a variação nos resultados financeiros pode ser analisada como segue:

(montantes expressos em Euros)

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A análise de sensibilidade foi calculada com base na exposição à taxa de juro existente à data de balanço. Para esta análise foi tido como pressuposto base que a estrutura de financiamento (ativos e passivos remunerados) se mantém estável ao longo do ano e semelhante à apresentada em 31 de dezembro de 2018 e 2017.

(ii) Risco de crédito

A exposição do Grupo ao risco de crédito está maioritariamente associada às contas a receber decorrentes da sua atividade operacional e de tesouraria. O risco de crédito refere-se ao risco de a contraparte incumprir com as suas obrigações contratuais, tal resultando numa perda para o Grupo. A avaliação do risco de crédito é efetuada numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adotados procedimentos corretivos sempre que tal se julgue conveniente.

O Grupo não possui risco de crédito significativo concentrado em nenhum cliente ou grupo de clientes em particular ou com características semelhantes, na medida em que as contas a receber estão repartidas por um elevado número de clientes.

Até 31 de dezembro de 2017 o Grupo avaliava as imparidades em contas a receber com base nas perdas incorridas. A partir de janeiro de 2018, o Grupo passou a avaliar de forma prospetiva as perdas de imparidade esperadas, de acordo com a IFRS 9. Na adoção da IFRS 9, o Grupo adotou o modelo simplificado para contas a receber comerciais atendendo a que as mesmas não incluem componente de financiamento relevante. A análise foi efetuada tendo por base o histórico de incobrabilidade com base no volume de negócios de dois exercícios e a cobrabilidade nos períodos subsequentes assumindo-se como um horizonte temporal um período de 365 dias, período a partir do qual a conta a receber se encontra em imparidade. Da análise efetuada foi apurado um impacto de cerca de 115.000 Euros, excluindo impostos diferidos associados.

Além disso, o Grupo mantém imparidades reconhecidas em exercícios anteriores em resultado de eventos passados específicos e com base em saldos específicos analisados de forma casuística. (iii) Risco de liquidez

O objetivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que o Grupo tem capacidade para liquidar ou cumprir as suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas, cumprindo todos os compromissos assumidos com terceiros no prazo estipulado.

O Grupo define como política ativa (i) manter um nível suficiente de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face aos pagamentos necessários no seu vencimento, (ii) limitar a probabilidade de incumprimento no reembolso de toda as suas aplicações e empréstimos negociando a amplitude das cláusulas contratuais e (iii) minimizar o custo de oportunidade de detenção de liquidez excedentária no curto prazo.

O Grupo procura ainda compatibilizar os prazos de vencimento de ativos e passivos, através de uma gestão agilizada das suas maturidades.

Em 31 de Dezembro de 2018 as demonstrações financeiras consolidadas evidenciam que os ativos correntes são inferiores aos passivos correntes em aproximadamente 49 milhões de Euros (37 milhões de Euros em 31 de dezembro de 2017). No entanto, é convicção do Conselho de Administração do Grupo que, com base nas linhas de crédito disponíveis (Nota 19) no valor de,

31.12.2018 31.12.2017

Juros suportados e comissões bancárias (Nota 29) 2 076 128 2 455 010

Diminuição de 1 p.p. na taxa de juro

aplicada à totalidade do endividamento (463 445) (545 485)

Aumento de 1 p.p. na taxa de juro

(montantes expressos em Euros)

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aproximadamente, 44 milhões de Euros (47 milhões de Euros em 31 de dezembro de 2017), bem como na expectativa de libertação de fluxos de caixa operacionais no próximo exercício, este desequilíbrio encontra-se devidamente controlado.

3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS

Para além do impacto da adoção das novas normas e interpretações ou das suas alterações que entram em vigor para exercícios iniciados em 1 de janeiro de 2018, durante o exercício de 2018 não ocorreram alterações voluntárias de políticas contabilísticas, face àquelas consideradas na preparação da informação financeira consolidada relativa ao exercício de 2017, segundo as disposições dos IFRS, nem foram registados erros materiais relativos a períodos anteriores.

4. INVESTIMENTOS

Perímetro de consolidação

As empresas incluídas na consolidação pelo método integral, respetivas sedes, proporção do capital detido e atividade desenvolvida em 31 de dezembro de 2018 e 2017, são as seguintes:

Denominação social Sede

Percentagem efetiva

de participação Atividade

2018 2017

Empresa mãe:

Cofina, SGPS, S.A. Porto Sociedade gestora de

participações sociais

Grupo Cofina Media

Cofina Media, S.A. (“Cofina Media”) Lisboa 100,00% 100,00%

Publicação de jornais,

revistas, emissor de

transmissões televisivas,

produção e criação de sites para desenvolvimento de negócios online e promoção e organização de eventos. Grafedisport – Impressão e Artes

Gráficas, S.A. (“Grafedisport”) Lisboa 100,00% 100,00% Impressão de jornais

Adcom Media – Anúncios e

Publicidade S.A. (“Adcom Media”) (a)

São Paulo,

Brasil

---- 100,00% Prestação de serviços de

comunicação e publicidade (a) – subsidiária alienada em 31 de dezembro de 2018 (Nota 5)

Estas subsidiárias foram incluídas na consolidação do Grupo Cofina pelo método de consolidação integral, conforme indicado na Nota 2.2.a).

(montantes expressos em Euros)

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