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11 2 Normas, interpretações, emendas e revisões que irão entrar em vigor em exercícios futuros

No documento RELATÓRIO E CONTAS 31 de dezembro de 2018 (páginas 124-126)

CONSOLIDADAS E NOTAS ANEXAS

11 2 Normas, interpretações, emendas e revisões que irão entrar em vigor em exercícios futuros

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas (“endorsed”) pela União Europeia: Norma / Interpretação Aplicável na União Europeia nos exercícios iniciados em ou após

IFRS 16 – Locações 1-jan-19 Esta norma vem introduzir os princípios de

reconhecimento e mensuração de locações, substituindo a IAS 17 – Locações. A norma define um único modelo de contabilização de contratos de locação que resulta no reconhecimento pelo locatário de ativos e passivos para todos os contratos de locação, exceto para as locações com um período inferior a 12 meses ou para as locações que incidam sobre ativos de valor reduzido. Os locadores continuarão a classificar as locações entre operacionais ou financeiras, sendo que a IFRS 16 não implicará alterações substanciais para tais entidades face ao definido na IAS 17.

Emenda à IFRS 9: caraterísticas de pagamentos antecipados com compensação negativa

1-jan-19 Esta emenda vem permitir que ativos financeiros

com condições contratuais que preveem, na sua amortização antecipada, o pagamento de um montante considerável por parte do credor, possam ser mensurados ao custo amortizado ou a justo valor por reservas (consoante o modelo de negócio), desde que: (i) na data do reconhecimento inicial do ativo, o justo valor da componente da amortização antecipada seja insignificante; e (ii) a possibilidade

de compensação negativa na amortização

antecipada seja única razão para o ativo em causa não ser considerado um instrumento que contempla apenas pagamentos de capital e juros.

IFRIC 23 - Incertezas no

tratamento de imposto sobre o rendimento

1-jan-19 Esta interpretação vem dar orientações sobre a

determinação do lucro tributável, das bases fiscais, dos prejuízos fiscais a reportar, dos créditos fiscais a usar e das taxas de imposto em cenários de incerteza quanto ao tratamento em sede de imposto sobre o rendimento.

Estas normas apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não foram adotadas pela Empresa em 2018, em virtude de a sua aplicação não ser ainda obrigatória. Com exceção da IFRS 16 – Locações, não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da adoção das referidas normas. IFRS 16 – Locações

A IFRS 16 foi emitida em janeiro de 2016 e veio substituir a IAS 17 Locações, a IFRIC 4 Determinar se um Acordo contém uma Locação, a SIC 15 Locações Operacionais – Incentivos e a SIC 27 Avaliação da Substância de Transações que Envolvam a Forma Legal de uma Locação. A IFRS 16 estabelece os princípios aplicáveis ao reconhecimento, à mensuração, à apresentação e à divulgação das locações e requer que os locatários contabilizem todas as locações nos respetivos balanços de acordo com um modelo único semelhante ao previsto atualmente na IAS 17 para as locações financeiras.

A norma prevê duas isenções de reconhecimento para os locatários - contratos de locação em que os ativos tenham pouco valor como, por exemplo, um computador pessoal) e contratos de locação a curto prazo (isto é, contratos com uma duração de 12 meses ou inferior).

(montantes expressos em Euros)

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Na data de início da locação, o locatário irá reconhecer o passivo relativo aos pagamentos futuros da locação (isto é, o passivo da locação) e o ativo que representa o direito de uso do ativo durante o período da locação (isto é, o ativo sob direito de uso). Os locatários terão de reconhecer separadamente o gasto financeiro relacionado com o passivo da locação e o gasto com a depreciação ou amortização do ativo sob o direito de uso.

No âmbito da norma, os locatários passam a ter de remensurar o passivo da locação quando ocorrem certos eventos (como por exemplo, uma alteração no período da locação, uma alteração nos pagamentos da locação em consequência de uma alteração num indexante ou numa taxa usados para determinar esses pagamentos). Os locatários irão reconhecer o montante dessa remensuração no passivo da locação como um ajustamento ao ativo sob direito de uso.

A contabilidade do locador de acordo com a IFRS 16 permanece substancialmente inalterada face à contabilização atualmente prevista na IAS 17. O locador continua a classificar todas as locações usando o mesmo princípio de classificação da IAS 17 e distinguindo entre dois tipos de locação: locações operacionais e financeiras.

A IFRS 16, que entra em vigor nos períodos que se iniciam em ou após 1 de janeiro de 2019 requere dos locadores e dos locatários divulgações mais extensivas do que as requeridas pela IAS 17.

Transição para a IFRS 16

A Cofina irá adotar a IFRS 16 retrospetivamente a cada período de reporte apresentado nas demonstrações financeiras. A Empresa irá aplicar a norma a todos os contratos que foram anteriormente identificados como locações ao abrigo da IAS 17 e da IFRIC 4. Consequentemente, a Empresa não irá aplicar a norma a contratos que não tenham anteriormente sido identificados como contendo uma locação.

O Grupo decidiu aplicar as isenções previstas na norma para contratos de locação cujo período da locação termine nos próximos 12 meses desde a data de aplicação inicial, e para contratos de locação para os quais o ativo subjacente tenha pouco valor. O Grupo tem contratos de locação para certos tipos de equipamentos administrativos (como, por exemplo, máquinas impressoras e fotocopiadoras) que a Empresa considera terem reduzido valor.

O Grupo Cofina optou pela aplicação do modelo de transição retrospetivo modificado da IFRS 16, previsto nos seus parágrafos 16.C5 (b) e C7. No que concerne à mensuração dos ativos sob direito de uso, foi analisada, locação a locação o método de mensuração dos mesmos, tendo sido optada a mensuração definida no parágrafo 16.C8 (b).ii) exceto relativamente à locação do edifício da Cofina Media o qual foi mensurado tendo em consideração o preconizado no parágrafo 16.C8 (b).i).

Consequentemente, os impactos estimados de aplicação da IFRS 16 na Cofina, a 1 de janeiro de 209, são de um incremento do valor do ativo em cerca de 12 milhões de euros relativos ao “Direito de Uso”, um incremento do valor do passivo em cerca de 14 milhões de euros relativos ao “Passivo de locação” e uma redução dos capitais próprios em cerca de 2 milhões de euros. No que se refere à demonstração dos resultados de 2019, o Grupo estima uma redução de cerca de 2,3 milhões de euros em “Fornecimento e serviços externos”, um aumento de cerca de 0,9 milhões de euros e de 1,7 milhões de euros nos “Gastos financeiros” e em “Amortizações e depreciações”, respetivamente.

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No documento RELATÓRIO E CONTAS 31 de dezembro de 2018 (páginas 124-126)