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8. Actividades de natureza científico-pedagógica

8.2. Acção colectiva Estratégias de intervenção e integração de alunos com

8.2.6. Balanço da acção colectiva

Analisando os objectivos definidos inicialmente, podemos constatar que, tanto os objectivos gerais como os objectivos específicos da mesma foram atingidos, Relativamente ao primeiro objectivo geral definido, consideramos que, com as prelecções e respectivas premissas apresentadas, as mesmas permitiram aos participantes a aquisição de um conjunto de conhecimentos que alargaram e complementaram aqueles que já tinham apreendido noutras ocasiões.

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Esse facto pode ser comprovado pelos resultados obtidos nos questionários de avaliação da acção, preenchidos pelos formandos, nomeadamente na questão relativa à pertinência da acção e do grau de satisfação pessoal obtido pelos mesmos.

No que diz respeito ao objectivo traçado para a vivência de práticas metodológicas que visassem a operacionalização na actividade profissional, compreendemos que o mesmo foi complementado através da parte prática que constituiu a acção de formação. Nesta parte prática, apesar de ter havido necessidade de a adaptar, fruto de factores das condições climatéricas adversas, consideramos que o seu desenrolar correspondeu às expectativas, visto que permitiu demonstrar como pode ser feita a adaptação dos recursos materiais e espaciais das escolas, para que estes possam ir ao encontro dos objectivos traçados, aquando da inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais em turmas do ensino regular.

Quanto ao objectivo traçado correspondente à estimulação de uma atitude crítica, inovadora, e que conduzisse a uma prática reflexiva da actividade educativa, constatámos, através da dinâmica que se criou no espaço de debate, que o mesmo foi conseguido. Esta constatação baseia-se no facto dos participantes, após a exposição das diferentes prelecções teóricas, intervirem de forma activa no debate, enunciando opiniões e críticas construtivas, bem como experiências pessoais que sentiram poder contribuir para a acção de formação e toda a temática a ela envolvida.

Por fim, em relação aos objectivos gerais definidos para esta acção, consideramos que a mesma, através de todas as prelecções que foram transmitidas, conjuntamente com o debate que se criou em torno da temática, e também com a parte prática apresentada ao público presente, conseguiu sensibilizar os presentes para as Necessidades Educativas Especiais referenciadas, as auditivas e as visuais, pelo que a acção de formação atingiu este mesmo objectivo.

Relativamente aos objectivos específicos, com destaque para o respeito pelas principais barreiras arquitectónicas, julgamos que estas poderiam ter sido complementadas com a referência aos recursos humanos que a Escola dos Louros possui. Se tal tivesse acontecido, procuraríamos demonstrar, de forma mais clara, a necessidade que a escola sentiu em adaptar os seus recursos, para corresponder às

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necessidades dos alunos com necessidades educativas especiais, evidenciando os recursos humanos para os alunos com dificuldades auditivas.

Esta complementaridade poderia ter sido feita no que concerne ao tema das barreiras que os alunos com NEE’s encontram nas escolas, devendo ser tida em conta no futuro esta consideração, visto que apresenta um conjunto de mais-valias a acções com esta temática.

Outro dos pontos de abordagem específicos que definimos, consistia na realização de uma reflexão sobre o processo de inclusão/exclusão dos alunos com Necessidades Educativas Especiais nas escolas, e de que forma esta dita inclusão não se poderia tornar ao mesmo tempo em exclusão. Este ponto foi traçado, no entanto, não foi alcançado na sua totalidade, tendo apenas sido abordada a inclusão que é feita nas escolas, e não de que modo a mesma se pode transformar em exclusão. A razão desta ocorrência prende-se com o facto de um dos prelectores, que inicialmente iria abordar este tema, por motivos pessoais, ter abdicado da sua participação na acção de formação.

No entanto, e devido à imensa ajuda e apoio demonstrado pela Mestre Ana Rodrigues, que se disponibilizou para nos ajudar e contribuir de forma enriquecedora para o sucesso da acção, foi possível manter os horários estabelecidos.

O terceiro objectivo que definimos para esta acção de formação, a um nível mais específico, incidia no desenvolvimento de capacidades e competências que a integração de estratégias de inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais, tanto Auditivas como Visuais, despoleta.

Quanto a este objectivo, o mesmo foi atingido, visto que os prelectores, nomeadamente a Mestre Ana Rodrigues, na parte teórica da acção, e o Dr. Gonçalo Sousa, na parte prática, e a Dr.ª Susana Gomes, tanto na parte teórica como na parte prática da mesma, desenvolveram através das suas intervenções. Assim, um dos aspectos que estes prelectores focaram, ao exporem o seu trabalho, foi de que forma os alunos com Necessidades Educativas Especiais, no contexto da Educação Física, poderiam participar activamente nas aulas, não tendo que trabalhar separadamente em relação aos restantes alunos.

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Contudo, a forma como esta inclusão foi apresentada, passou pela aplicação de um conjunto de exercícios que foram adequados aos alunos com estas características. Os restantes adaptaram-se às regras inerentes a esses exercícios, o que poderia levar a que os mesmos tivessem de colocar-se no papel dos alunos com as características mencionadas. Assim, e tal como já foi referido anteriormente, um aspecto que poderia ser incluído na acção, passaria por demonstrar como o docente de Educação Física pode actuar dentro das suas aulas, caso possua alunos portadores de deficiência, sem comprometer os níveis de empenhamento dos restantes alunos, praticando ao mesmo tempo a inclusão dentro das suas aulas.

Por fim, o último objectivo por nós traçado para esta acção era referente à apresentação de uma componente prática, de modo a facilitar a percepção de actuação, através de exemplos e situações práticas, a serem aplicadas posteriormente nas aulas de Educação Física. Este último objectivo, apesar de no dia da acção ter sofrido algumas contrariedades, foi alcançado com maior sucesso do que aquele originalmente esperado.

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