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Barreiras e técnicas de proteção

5 Programa de recuperação de Estradas Património em Portugal

6.11 Vegetação

6.11.2 Barreiras e técnicas de proteção

a) Em troços de estrada demasiado extensos ou em empreitadas de prazos reduzidos (ex. 3 meses), aplicar barreiras e técnicas de proteção apenas em árvores protegidas legalmente e/ou de valor patrimonial, e em árvores situadas em zonas de estaleiro, zonas de paragem ou contiguas a eixos de circulação de viaturas de obra;

b) Sinalizar, como “Área de Proteção de Vegetação”, todas barreiras de proteção durante o processo de recuperação. (Couto e Couto 2006: 5);

c) Sempre que se verifique no decorrer da obra a necessidade de aplicar proteções pontuais para a não danificação de ramos ou troncos, estas devem ser efetuadas com a aplicação de materiais adequados (ex.: borrachas);

d) Deverão ser aplicadas barreiras de proteção individual, à zona ou excecional. As dimensões horizontais das barreiras de proteção individual e à zona devem definir-se pelos limites da projeção da copa, e as dimensões horizontais e verticais da barreira de proteção excecional pelo calibre e estrutura da árvore;

e) Todas as barreiras devem ser colocadas no início dos trabalhos até ao seu término, e a escolha do tipo de barreira a usar dá-se de acordo com as seguintes situações:

6.11.2.2 Barreira de proteção individual

Tabela 18 Processo de construção de barreiras de proteção individual.

Processo Ação técnica

Aplicação

 Aplicar na proteção de um só elemento arbóreo ou arbustivo quando a sua instalação não criar conflito com elementos construídos ou a construir, e/ou em situações em que não há necessidade de efetuar trabalhos no interior dos limites de projeção da copa.

Tutoragem da barreira

 Aplicar tutores de suporte pelos limites de projeção da copa (Figura 98), em madeira de pinho, de secção circular com 0,10m de diâmetro, 3,0m de altura (2,20m acima do nível do solo e 0,80m abaixo do nível do solo) e distanciamento máximo de 2,0m entre eles (medidos desde o seu centro) – Figura 99.

Revestimento da barreira

 Barreiras com 2,0m de altura em tapume de madeira, chapa, ou tela (Figura 99);  Por motivos de segurança viária, qualquer um dos revestimentos deve incorporar ou

ser pintado com cor branca refletora de forma a haver reflexão de luz durante a noite;  Manter, entre a base da barreira e o nível do solo existente, um espaçamento de

0,20m para preservar a circulação de fauna (Figura 99);

 Réguas de fixação da barreira em madeira com 2,0 x 0,10 x 0,03m, fixadas ao tutor com parafusos galvanizados (Figura 100).

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Figura 98 Pormenores tipo de aplicação de barreiras de proteção individual.

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Figura 100 Pormenores tipo de fixação de barreiras de proteção individual.

6.11.2.3 Barreira de proteção à zona

Tabela 19 Processo de construção de barreiras de proteção à zona.

Processo Ação técnica

Aplicação

 Aplicar na proteção de dois ou mais exemplares, quando não houver conflito com elementos construídos ou a construir, ou se não for necessária a execução de trabalhos dentro dos limites de projeção da copa.

Tutoragem da barreira

 Aplicar tutores pelos limites de projeção das copas (Figura 101), em madeira de pinho, secção circular com 0,10m de diâmetro, 3,0m de altura (2,20m acima do nível do solo e 0,80m abaixo do nível do solo) e um distanciamento máximo de 3,0m entre eles (medidos desde o seu centro) – Figura 104;

 Por motivos de segurança viária, os tutores devem ser pintados de cor branca refletora de forma a haver reflexão de luz durante a noite.

Revestimento da barreira

 Barreiras com 2,0m de altura em rede metálica, tapume ou tela (Figuras 102 a 104);  Manter, entre a base da barreira e o nível do solo existente, um espaçamento de

0,20m para preservar a circulação de fauna (Figura 104).

 Por motivos de segurança viária, a aplicação de tapume ou tela como revestimento deve incorporar ou ser pintado com cor branca refletora;

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Figura 101 Pormenores tipo de aplicação de barreiras de proteção à zona.

Figura 102 Rede metálica (Fonte: http://www.vedicerca.pt). Figura 103 Rede metálica (Fonte: http://www.vedicerca.pt).

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6.11.2.4 Barreira de proteção excecional

Tabela 20 Processo de construção de barreiras de proteção excecional.

Processo Ação técnica

Aplicação

 Aplicar na proteção de um só exemplar arbóreo ou arbustivo, quando for tecnicamente inviável aplicar as barreiras de proteção individual ou à zona. Este método não deve ser considerado como uma opção primária para a proteção da vegetação, mas sim um método para mitigar perturbações inevitáveis quando existem conflitos entre os limites de projeção da copa com elementos construídos ou a construir, ou em situações em que é necessário efetuar trabalhos no interior dos limites de projeção da copa.

Revestimento da barreira

 Barreiras em tapume de madeira, pintado de cor branca refletora, perfurado junto ao tronco para permitir ventilação e não se criarem condições para o desenvolvimento de fungos no exemplar, e fixado por parafusos galvanizados (Figuras 105 e 106).

Técnicas de proteção

 Aplicar faixas protetoras no tronco, com ligaduras elásticas, colocadas de forma a cobrir todo o tronco da árvore desde a sua base até aos primeiros ramos, os quais também devem ser parcialmente cobertos na sua base (Figura 106);

 Quando a circulação de pessoas ou equipamentos é indispensável dentro dos limites de projeção da copa da árvore, e visto que esta área não se encontra vedada, deve ser aplicada uma camada de aproximadamente 15cm de “mulch” antes do início dos trabalhos. Esta camada deve ser estendida em toda a área interior aos limites de projeção da copa e mantida durante a execução da obra até ao seu término (Couto e Couto 2006: 5) – Figuras 105 e 106.

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Figura 106 Pormenores tipo de construção de barreiras de proteção excecional.

6.11.3 Sinalização de proteção de vegetação

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