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BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

No documento Finibanco RELATÓRIO E CONTAS 2005 (páginas 49-57)

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3. BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

Bases de apresentação

As demonstrações financeiras foram preparadas com base nos registos contabilísticos do Banco e foram processadas de acordo com o Plano de Contas para o Sistema Bancário, estabelecido pelo Banco de Portugal na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo nº 1 do Art. 115º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro em conformidade com o regime transitório previsto na alínea a) do ponto 5º do Aviso 1/2005 de 28 de Fevereiro de 2005.

As demonstrações financeiras das Sucursais são combinadas com as da Sede, o que representa a sua actividade global, eliminando os saldos comuns. Os saldos dos respectivos balanços e demonstrações de resultados, incluindo activos fixos, situação líquida e resultados, são convertidos em Euros com base no câmbio médio indicativo do Banco de Portugal à data do balanço.

Principais políticas contabilísticas

Os princípios contabilísticos mais significativos, utilizados na preparação das demonstrações financeiras, foram os seguintes:

3.1 Especialização do exercício

Os proveitos e custos reconhecem-se em função do período de vigência das operações de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, isto é, são registados à medida que são gerados, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Porém, quando uma operação activa se encontra vencida há mais de três meses sem garantias reais, o Banco suspende o reconhecimento dos respectivos juros, que apenas são registados como proveitos no momento em que são cobrados, sendo igualmente anulados todos os juros anteriormente reconhecidos e não pagos.

3.2 Obrigações, acções e outros títulos de rendimento fixo ou variável

As obrigações, acções e outros títulos de rendimento fixo ou variável correspondem a:

i) Títulos de negociação

São considerados títulos de negociação aqueles que são adquiridos com o objectivo de venda num prazo que não pode exceder seis meses e em que a natureza e volume dos títulos em carteira a transaccionar não oferecem dúvidas quanto à sua negociabilidade, face às condições de mercado.

As obrigações e outros títulos de rendimento fixo são registados pelo valor de aquisição e reavaliados diariamente com base no valor de mercado, acrescido do montante dos juros corridos. Na ausência de valor de mercado, tais títulos são valorizados ao mais baixo do custo de aquisição acrescido dos juros corridos, ou ao valor presumível de mercado. As diferenças negativas ou positivas, que resultam da aplicação dos critérios anteriores, são registadas como custos ou proveitos.

As acções são registadas ao valor de mercado ou, na sua ausência, ao menor dos valores de aquisição ou presumível de mercado. As diferenças de valorização relativas a acções que integram a composição dos índices BVL30 e PSI20 e a acções que apresentem liquidez adequada são registadas como custos ou proveitos. As diferenças de valorização relativas a outras acções são registadas em “Conta de regularização” do activo ou do passivo, consoante se trate de perdas ou de ganhos potenciais, dando as perdas lugar à constituição de provisões (Notas 3.10, 10.2 e 24).

FINIBANCO, S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

ii) Títulos de investimento

Os títulos de investimento são aqueles que são adquiridos com o objectivo de venda mas cuja detenção, em regra, ultrapassa seis meses.

Os títulos emitidos a valor descontado encontram -se valorizados ao seu valor de reembolso (valor nominal). A diferença entre este e o custo de aquisição é considerada como receita com proveito diferido. Mensalmente os juros corridos são levados às respectivas subcontas de proveitos.

As obrigações e outros títulos de rendimento fixo são registados ao custo de aquisição. Os juros corridos são contabilizados como proveitos a receber. A diferença entre o custo de aquisição e o valor de reembolso dos títulos - que constitui o prémio ou desconto verificado aquando da compra - é repercutida nos resultados de modo escalonado ao longo do período que decorre até à data de vencimento do título.

A diferença entre o custo de aquisição (corrigido das parcelas do prémio ou do desconto reconhecidas nos resultados) e o valor de mercado, se for positiva, dá origem à constituição de uma provisão (Nota 3.10, 10.1 e 24).

O valor dos títulos com capitalização dos juros incorpora a periodificação dos mesmos.

As acções e outros títulos de rendimento variável, incluindo unidades de participação em Fundos de Investimento são registados ao custo de aquisição. Sempre que o valor de mercado (ou presumível de mercado, no caso de títulos não cotados) for inferior ao custo de aquisição, tem lugar a constituição de uma provisão (Notas 3.10, 10.2 e 24).

3.3 Participações de capital

As participações de capital encontram-se registadas nas demonstrações financeiras individuais ao custo de aquisição. Sempre que se estimam perdas permanentes no valor de realização destas participações financeiras são constituídas as correspondentes provisões.

3.4 Imobilizações incorpóreas

O Banco tem por política registar nesta rubrica os custos com a aquisição e implementação de sistemas de tratamento automático de dados, custos notariais, de registo e comissões respeitantes a aumentos de capital, bem como os custos com estudos e projectos elaborados por terceiros cujo impacto se repercuta para além do exercício em que são gerados.

As imobilizações incorpóreas são amortizadas por duodécimos, em três anos, pelo método das quotas constantes.

3.5 Imobilizações corpóreas

Conforme referido na Nota Introdutória, o Banco foi constituído com o trespasse da actividade bancária do anterior Finibanco, S.A.. As imobilizações corpóreas transferidas no processo de constituição do Banco encontram-se registadas ao custo de aquisição, o qual tinha sido reavaliado ao abrigo das disposições legais aplicáveis no ex-Finibanco, S.A., actual Finibanco-Holding, SGPS S.A.

As amortizações dos bens adquiridos anteriormente a 31 de Dezembro de 1994 são calculadas pelo método das quotas constantes, às taxas máximas fiscalmente aceites como custo. O imobilizado corpóreo adquirido após aquela data é amortizado por duodécimos pelo método das quotas constantes, a taxas próximas das mínimas fiscalmente aceites como custo até 31 de Dezembro de 1999 e às taxas máximas para os bens adquiridos a partir de 2000.

FINIBANCO, S.A. ANEXO I NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005

(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

As taxas definidas legalmente têm subjacente, para os diferentes tipos de imobilizado, os períodos de vida útil a seguir indicados:

Anos Imóveis de serviço próprio

Edifícios 50

Benfeitorias 8 a 10

Obras em edifícios arrendados 10

Equipamento:

Instalações 20

Mobiliário e material 10

Equipamento informático 4 a 8

Outras imobilizações corpóreas 8 a 16

Nos termos da lei, uma percentagem equivalente a 40% do aumento das amortizações que resulta das reavaliações registadas pelo Banco não é considerada como custo para efeitos fiscais.

Os imóveis recebidos em dação em cumprimento de crédito vencido são registados na rubrica "Outros activos" pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao valor da dívida existente ou da avaliação do imóvel, dos dois o menor, à data da dação em cumprimento do crédito, sendo mantidos no activo até serem vendidos. Estes imóveis são objecto de avaliações periódicas que dão lugar à constituição de provisões sempre que o valor decorrente dessas avaliações for inferior ao valor por que se encontram contabilizados.

3.6 Despesas com custo diferido

Os custos com campanhas de publicidade, com a abertura de novos balcões, com o desenvolvimento de projectos associados à Banca Telefónica/ "Homebanking", Datawarehouse, Rede de Agentes e Estudos e de Planeamento Estratégico e ainda com a emissão de empréstimos obrigacionistas são registados no activo, na rubrica “Contas de regularização" (Nota 27.1) e amortizados por duodécimos em três anos.

O montante registado como custo na demonstração de resultados do período findo em 31 de Dezembro de 2005 relativo à amortização destes encargos ascendeu a m € 10.525.

3.7 Transacções em moeda estrangeira e produtos derivados

As operações em moeda estrangeira são registadas segundo o sistema "multi-currency", isto é, nas respectivas moedas de denominação.

Sempre que estas operações conduzem a variações dos saldos líquidos das diferentes moedas, há lugar a movimentação das contas da posição cambial, à vista ou a prazo, cujo conteúdo e critério de reavaliação se descrevem de seguida.

Posição à vista

A posição à vista numa moeda é dada pelo saldo líquido dos activos e passivos nessa moeda, acrescidos dos montantes das operações à vista a aguardar liquidação e das operações a prazo que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. A posição cambial à vista é reavaliada com base nos câmbios oficiais de divisas do dia, divulgados a título indicativo pelo Banco de Portugal, dando origem à movimentação da conta de posição cambial (moeda nacional) por contrapartida de contas de custos ou proveitos.

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(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

Posição a prazo

A posição a prazo numa moeda é dada pelo saldo líquido das operações a prazo a aguardar liquidação, com exclusão das que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. Todos os contratos relativos a estas operações são reavaliados às taxas de câmbio a prazo do mercado ou, na ausência destas, através do seu cálculo com base no diferencial das taxas de juro das respectivas moedas para o prazo residual de cada operação. As diferenças entre os contravalores em Euros às taxas de reavaliação aplicadas e os contravalores em Euros às taxas contratadas representam o custo ou o proveito da reavaliação da posição a prazo, sendo registadas numa conta de reavaliação da posição cambial por contrapartida de contas de custos ou proveitos.

Operações swap

As operações “swap” de divisas não são consideradas na reavaliação das posições cambiais à vista e a prazo. Os prémios ou descontos resultantes da diferença entre o câmbio à vista e o câmbio a prazo contratado são amortizados durante o período de vida da operação, sendo reconhecido o respectivo custo ou proveito.

Os contratos de “swap” de taxa de juro e de cotações, negociação e cobertura, são registados pelo valor teórico das operações em rubricas extrapatrimoniais.

Os juros a receber e a pagar relativos aos “swaps” de cobertura são reconhecidos em contas de regularização do activo e do passivo, respectivamente, por contrapartida das rubricas de juros da demonstração de resultados.

De acordo com a Instrução nº 6/98, de 15 de Maio, do Banco de Portugal, os contratos de “swap” de negociação são reavaliados mensalmente com base no diferencial actualizado dos fluxos futuros de pagamentos e recebimentos. O montante apurado na reavaliação é relevado em resultados, nas rubricas de lucros e prejuízos em operações financeiras, por contrapartida de contas de regularização do activo ou do passivo.

Contratos de futuros

As operações sobre contratos de futuros, realizadas com finalidade de negociação e por conta própria, são registadas em “Contas extrapatrimoniais” pelo valor nocional. Esse registo é anulado na data de fecho das posições. Essas posições são reavaliadas diariamente com base nas cotações de mercado ou no preço de fecho (tratando-se de posições encerradas), sendo os lucros e as perdas relevadas em resultados do exercício por contrapartida de contas de “Devedores” (no caso de se tratar de lucros) e de “Credores” (no caso de se tratar de perdas). Por sua vez, os saldos destas contas são anulados por contrapartida dos movimentos financeiros originados pela regularização das variações das cotações do mercado.

3.8 Provisões para crédito, títulos e juros vencidos

São constituídas provisões para crédito, títulos e juros vencidos que se destinam a cobrir os riscos de não cobrança de créditos com prestações de capital ou juros vencidos não regularizados (Notas 14, 10.1 e 24). A constituição destas provisões é efectuada nos termos do Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho, dependendo de eventuais garantias existentes e sendo o seu montante crescente em função do tempo decorrido desde a entrada em incumprimento.

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(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

3.9. Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se a fazer face aos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos a clientes que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas (Notas 14 e 24). De acordo com o Aviso nº 3/95, consideram-se como créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

a) As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

i) Excederem 25% do capital em dívida, acrescido dos juros vencidos; ii) Estarem em incumprimento há mais de:

Seis meses, nas operações com prazo inferior a 5 anos;

Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a 5 e inferior a 10 anos;

Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a 10 anos.

A parte vincenda dos créditos atrás referidos deve ser reclassificada – apenas para efeitos de provisionamento – como crédito vencido.

b) Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a reclassificação prevista no parágrafo anterior, o crédito e juros vencidos de todas as operações, relativamente a esse cliente, excederem 25% do total, acrescido dos juros vencidos.

Os créditos de cobrança duvidosa são provisionados com base no seguinte:

- Às prestações de capital reclassificadas como vencidas, aplicam-se as taxas previstas para o crédito vencido, considerando-se como início do prazo de contagem a data do primeiro incumprimento registado no crédito em causa.

- Os restantes casos ficam sujeitos à aplicação de metade das taxas de provisionamento aplicáveis aos créditos vencidos, contando-se como início do prazo, a data de verificação da condição referida na alínea b).

3.10 Provisões para depreciação de títulos e para outros activos

São constituídas provisões para depreciação de títulos que se destinam a fazer face à totalidade das perdas potenciais apuradas segundo os critérios valorimétricos adoptados para as obrigações, acções e outros títulos de rendimento fixo ou variável (Notas 10.1, 10.2, 24 e 31).

3.11 Provisão para risco país

Destinam-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco. A provisão para risco país encontra-se registada no activo como dedução das rubricas “Créditos sobre clientes” e “Obrigações e outros títulos de rendimento fixo”. As necessidades de provisões são determinadas em função das classes de risco e dos níveis de provisionamento definidos pelo Banco de Portugal, pela instrução nº94/96 do manual de instruções do Banco de Portugal e Carta Circular 137/05/DSBDR

2005.11.29.

3.12 Provisões para riscos gerais de crédito

Encontra-se incluída no passivo, na rubrica “Provisões para riscos e encargos - Outras provisões”, destinando-se a fazer face a riscos de não realização do crédito concedido, garantias e avales prestados e outros activos.

O montante a provisionar é calculado por aplicação de uma percentagem de 1% sobre o crédito concedido, incluindo o representado por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga, mas excluindo o crédito vencido, excepto quanto a:

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(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

i) Operações de crédito ao consumo, relativamente às quais as provisões a constituir devem corresponder a 1,5 % dos respectivos valores;

ii) Operações de crédito garantidas por hipoteca sobre imóvel ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destina à habitação do mutuário, relativamente às quais as provisões a constituir devem corresponder a 0,5% dos respectivos valores.

A sua determinação cumpre o disposto no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho, emitido pelo Banco de Portugal, com as alterações introduzidas pela Instrução nº 6/2001 do Banco de Portugal de 15 de Março, e ainda pelo Aviso 8/2003, de 8 de Fevereiro, encontrando-se o Finibanco a provisionar às percentagens acima referidas, o diferencial entre os limites de crédito aprovados e os limites de crédito utilizados pelos seus clientes.

3.13. Provisões para menos valias latentes em participações financeiras

A partir de 30 de Junho de 2002 (inclusivé), a constituição de provisões para menos valias latentes em participações financeiras é efectuada nos termos dos Avisos 3/95 e 4/2002, de 30 de Junho e 25 de Junho, respectivamente, ambos do Banco de Portugal. Foi mantido o regime de constituição de provisões aplicável às participações financeiras que:

- tenham apresentado resultados negativos em três exercícios, seguidos ou interpolados, nos últimos cinco anos e,

- se encontrar-se em situação de insolvência, tenham cessado a actividade, tenham sido objecto de alguma providência de recuperação de empresas ou tenham sido declaradas em estado de falência.

e, adicionalmente, tornada obrigatória a constituição de provisões para menos valias latentes nas demais participações financeiras. Quando o montante da menos valia latente numa participação financeira exceder 15% do valor de inscrição no balanço, há lugar à constituição de uma provisão correspondente a, pelo menos 40% daquele excesso, sendo o montante não provisionado daquele excesso deduzido aos fundos próprios. São excluídas deste regime as participações financeiras cujo valor de inscrição no balanço da participante seja, nos termos do Aviso 12/92 integralmente deduzido aos respectivos fundos próprios.

O Aviso 4/2002 de 25 de Junho, estabeleceu um regime transitório aplicável às participações financeiras registadas em 31 de Dezembro de 2001. No âmbito deste regime, a constituição de provisões para as menos valias latentes apuradas naquele conjunto de participações financeiras é efectuado de forma gradual até 2006, se se tratarem de participações financeiras em empresas não sujeitas à supervisão do Banco de Portugal ou do Instituto de seguros de Portugal, e até 2011 se se tratar de empresas sujeitas à supervisão daquelas entidades. As provisões constituídas em 2002 e 2003 poderão ser registadas contra reservas, bem assim como as constituídas em 2004 pela redacção dada pelo Aviso 4/2004 de 11 de Agosto

3.14 Pensões de reforma

Em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho que vigora para o sector bancário, o Banco é o responsável pelo pagamento de pensões de reforma, invalidez e sobrevivência aos seus empregados ou às suas famílias.

As pensões pagas são função do tempo de serviço prestado pelos trabalhadores e da respectiva retribuição à data da reforma, conforme definido no Acordo Colectivo de Trabalho.

Para cobertura destas responsabilidades, o Banco dispõe de um Fundo de Pensões.

O Banco procede à avaliação das responsabilidades por serviços passados dos seus trabalhadores, tendo em consideração a posição que assumiu no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical – A.C.T.V., no qual prevê que a sua responsabilidade é determinada apenas a partir da data de admissão no Banco e não na data de admissão dos seus trabalhadores no sector bancário. Consequentemente, a parcela de responsabilidades afecta ao período entre a data de admissão no sector bancário e a data de admissão no Finibanco será imputável às anteriores entidades financeiras, pelo que estas responsabilidades por serviços passados não são

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(Montantes expressos em milhares de Euros - m€ - excepto quando expressamente indicado)

asseguradas pelo Fundo de Pensões do Finibanco em 31 de Dezembro de 2005. Esta posição é suportada por pareceres da Direcção Jurídica do Finibanco e de peritos independentes (Nota 49).

Em Novembro de 2001 o Banco de Portugal, através do seu Aviso nº 12/2001, veio introduzir um conjunto de alterações ao regime de cálculo, registo e financiamento das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência. As alterações e os aspectos mais significativos deste novo regime são:

i) O custo do exercício com pensões de reforma inclui o custo dos serviços correntes e o custo dos juros deduzido do rendimento esperado.

ii) Os desvios actuariais e financeiros podem não afectar o resultado do exercício, sendo registados numa rubrica de flutuação de valores, desde que o respectivo montante não exceda o maior dos seguintes montantes:

. 10% do valor actual das responsabilidades por pensões em pagamento e das responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo, reportado ao final do exercício que serve de referencia para o calculo dos desvios;

. 10% do valor dos activos do fundo de pensões, reportado ao final do exercício que serve de referencial para o calculo dos desvios.

O Banco utilizou esta faculdade de diferimento, tendo registado em flutuação de valores o montante de m.Euros 1.316 (Nota 49).

iii) O novo Aviso do Banco de Portugal não permite a inclusão de decrementos por invalidez no cálculo das responsabilidades com pensões para os empregados no activo.

O Banco utilizava esta metodologia, pelo que o impacto desta alteração à data de 31 de Dezembro de 2005, no montante de m.Euros 1.195 está registado como um custo diferido,

No documento Finibanco RELATÓRIO E CONTAS 2005 (páginas 49-57)

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