Aspectos Históricos do Ensino de Entomologia na UFRPE
D. Bento Pickel e o ensino de Entomologia Agrícola
Quando D. Bento Pickel (1890-1963) assumiu a ca- deira de Entomologia Agrícola em 1924, substituindo o antigo professor D. Anselmo Fuchs, que se afastou do ensino para tratamento de saúde, resolveu reor- ganizar a cadeira que até então era ministrada com um ensino eminentemente teórico e livresco.
Inicialmente programou, além das aulas teóri- cas, aulas práticas semanais de campo nas culturas agrícolas e nas matas da Escola. Com o material co- letado no campo deu início a uma grande coleção entomológica, que inicialmente foi localizada no primeiro andar da direita do prédio principal da Es- cola. Aí também foi construído e montado um gran- de móvel como mostruário de insetos, fabricado em madeira de lei e desmontável, contendo exemplares conservados à seco e por via úmida dos insetos-pra- ga das principais culturas agrícolas da região. Este mostruário, até hoje existe no laboratório de Ento- mologia da área de Zoologia do Departamento de Biologia da UFRPE.
A coleção entomológica, iniciada por D.Bento Pickel e seus alunos a partir de 1924, tem um valor inestimável para a nossa região e conta com mais de 5.000 exemplares das diversas regiões do Estado, foi aumentada e continuada por entomologistas como o agrônomo Ambrósio Oliveira de Freitas e pelo Prof. Mário Bezerra de Carvalho (ALMEIDA, 1998).
A Entomologia na Universidade Rural de Pernambuco
Em 1936 com a extinção da antiga escola de São Bento, a coleção ficou sob a guarda da Seção de Ento-
mologia do IPA (Instituto de Pesquisas Agronômicas) e, posteriormente, a partir de 1977 foi depositada no Laboratório de Entomologia do Departamento de Bio- logia da UFRPE, onde se encontra até os dias de hoje, graças a um convênio de comodato celebrado ente o IPA e a UFRPE, por iniciativa dos professores Geraldo Pereira de Arruda e Antônio Fernando de Souza Leão Veiga, respectivamente, o antigo e o atual professor titular de Entomologia do Departamento de Biologia da UFRPE (ALMEIDA, 1998).
Em 1938 com a transferência da ESAP do Engenho São Bento em Tapera para o bairro de Dois Irmãos, o Gabinete de Entomologia ficou instalado no segundo pavilhão da esquerda do prédio central, onde hoje se localiza um dos pavilhões do Departamento de Quí- mica. Ali se situava uma sala de aulas teóricas, um laboratório de microscopia e aulas práticas, as salas dos professores e na parte da entrada o mostruário de insetos, bem como os armários da coleção ento- mológica.
Esta coleção foi iniciada nos anos 70 do século passado pelo Prof. Dr. Geraldo Pereira de Arruda e
Figura 2: O mesmo mostruário atualmente (2011) Figura 1: Mostruário de insetos do Gabinete de Entomologia da ESA
pelo Prof. Mário Bezerra de Carvalho, tendo como colaboradores as professoras Eneide Carvalho de Arruda, Maria Helena Costa Cruz de Oliveira; Arlene Bezerra Rodrigues dos Santos e Auristela Correia de Albuquerque, além dos professores Aristóteles Viei- ra Leite e Argus Vasconcelos de Almeida.
Atualmente a coleção também conta como o apoio dos técnicos Pedro Monteiro Correia e Maria Helena dos Santos Correia e da bióloga Lucí Duarte da Rosa Borges Régis. Seu atual curador é o biólogo Marco Aurélio Paes de Oliveira. O seu acervo conta com exemplares dos diversos biomas do Estado de Pernambuco, além de exemplares da Bahia, Alagoas e Paraíba, abriga diversas espécies de pragas agríco- las da região, está em constante uso e crescimento e pode ser considerada como uma coleção regional.
Em 1979 a Entomologia básica, já constituída como uma Área de ensino e pesquisa do Departa- mento de Biologia, mudou-se para o pavimento su- perior do pavilhão de Zoologia, construído neste período ao lado do restaurante universitário.
Na época foi instalada em amplas e apropriadas acomodações, inclusive com a construção de um in- setário no pavimento térreo para acomodar as ativi- dades de um extenso e dinâmico projeto de pesquisa de Controle Biológico da Cochonilha da Palma For- rageira no agreste e sertão de Pernambuco, coorde- nado pelo Prof. Dr. Geraldo Pereira de Arruda, que tantos estagiários, técnicos e docentes incorporou à pesquisa entomológica na Universidade e outras instituições de pesquisa.
Com a implantação do regime militar, em 1964, as Universidades brasileiras tiveram que se adap- tar ao modelo proposto pelo convênio MEC/USAID e posto em execução pelo Conselho Federal de Edu-
cação, CFE. Nesse contexto, surgiram a lei 5540/68 e toda a legislação complementar sobre a reforma uni- versitária. Entre as medidas implementadas, desta- cam-se a substituição da cátedra pelo departamento e mudança do regime acadêmico. Para integralizar seu currículo, o estudante deveria percorrer os di- versos departamentos, colecionando os créditos correspondentes a disciplinas semestrais (MAGA- LHÃES et al., 2008).
A adaptação da UFRPE à nova situação ocorreu em duas etapas. Em 5 de fevereiro de 1969, o decreto n° 64.064 aprovava um plano de reestruturação em que permaneciam as Escolas e criava-se uma nova figura: O Instituto. Criaram-se também, nessa oca- sião, vários cursos: Zootecnia, Engenharia de Pesca, Bacharelado em Ciências Biológicas, Licenciatura em Ciências Sociais (Educação Moral e Cívica) e Li- cenciatura em Ciências Agrícolas.
Aparentemente, as modificações introduzidas não atenderam completamente às exigências do CFE. Por isso, em 1975 houve uma nova reestrutura- ção. Eliminaram-se as Escolas e Institutos, criaram- se os departamentos (MAGALHÃES et al., 2008).
Com a nova organização departamental a antiga cadeira de Entomologia Agrícola foi dividida em duas, sendo uma de Entomologia Básica ensinada no De- partamento de Biologia para os cursos de Agronomia, Ciências Biológicas e Engenharia Florestal e a Entomo- logia Agrícola ensinada no Departamento de Agrono- mia para o curso de Agronomia, com ênfase na iden- tificação e métodos de controle das pragas de insetos. Professores de Entomologia da Rural
Desde a fundação da Universidade foram os se- guintes professores de Entomologia:
Em Olinda, os monges beneditinos alemães:
Prof. D. Tito Dobbert, que lecionou de 1914 a 1915 nas Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária do Mosteiro de São Bento; Olinda.
Prof. D. João Kehrle, que lecionou de 1915 a 1917 nas Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária do Mosteiro de São Bento; Olinda.
Em Tapera (São Lourenço da Mata) os monges
beneditinos alemães:
Prof. D. Hildebrando Schaefer (1893-1952), que le- cionou de 1917 a 1919 na Escola Superior de Agricul- tura “São Bento”; Tapera, S.L. da Mata.
Prof. D. Anselmo Fuchs (1893-1952), que lecionou de 1919 a 1924 na Escola Superior de Agricultura “São Bento”; Tapera, S.L. da Mata.
Figura 3: Laboratório de Entomologia da Escola Superior de Agricultura (ESA) (PLAQUETE, 1962, p. 56).
Prof. D. Bento José Pickel, (1890-1963), que lecio- nou de 1924 a 1936 na Escola Superior de Agricultura “São Bento”; Tapera, S.L. da Mata. (ATAS DA CON- GREGAÇÃO, 1912-1930).
Na ESA (Dois Irmãos, Recife):
Prof. Luiz de Lima Castro, que lecionou de 1936 a 1944 na Escola Superior de Agricultura de Pernam- buco (ESAP); Dois Irmãos, Recife.
Prof. Mário Bezerra de Carvalho, que lecionou de 1944 a 1973 como Professor Titular de Entomolo- gia Agrícola na Universidade Rural de Pernambuco (URP); Dois, Irmãos, Recife.
Entomologia Básica: Prof. Dr. Newton Banks da Rocha, lecionou de 1944 a 1962; Prof. Dr. Geraldo Pe- reira de Arruda, lecionou entre 1973 a 1992, Profes- sor Titular; Profª Eneide Carvalho de Arruda; Prof. Aristóteles Vieira Leite; Profa. Maria Helena Costa Cruz de Oliveira; Prof. Dr. Argus Vasconcelos de Al- meida; Profa. Dra. Auristela Correia de Albuquerque; Profa. Arlene Bezerra Rodrigues dos Santos; Prof. Dr.
Antonio Fernando de Souza Leão Veiga, atual Profes- sor Titular.
Entomologia Agrícola: Prof. Dr. José Vargas de Oliveira; Prof. Dr. Reginaldo Barros; Prof. Dr. Manoel Guedes Correa Gondim Neto; Prof. Dr. Edmilson Ja- cinto Marques; Prof. Dr. Jorge Braz Torres; Prof. Dr. Ailton Pinheiro Lobo; Prof. Dr. Hebert Álvaro Abreu de Siqueira; Prof. Dr. César Auguste Badji.
Entomologia Florestal: Prof. Dr. Alberto Fábio Carrano Moreira;
Unidade Acadêmica de Serra Talhada: Prof. Dr. Carlos Romero de Oliveira; Profa. Dra. Cláudia Cys- neiros.
A Entomologia Agrícola e seu material didático nos anos 50 e 60 do século passado
Uma compreensão do programa de Entomologia Agrícola adotado na URP durante os anos 50 e 60 do século passado pode ser dado pela comparação de duas apostilas de Entomologia adotadas no cur- so de Agronomia. Estas eram geralmente escritas e organizadas por discentes sob orientação de profes- sores da própria instituição, baseados no programa da disciplina. Algumas eram editadas pelo Diretório Acadêmico de Agronomia, através de um “departa- mento de apostilas” como a “Entomologia” de Men- donça Filho (1968).
Os manuais básicos adotados pelos professores de Entomologia na época eram “Insetos do Brasil” de Costa Lima (1939-1962) e “An introduction to ento- mology” de Comstock (1940). Diante da dificuldade de acesso a esta bibliografia na época, é compreen- sível a adoção de apostilas artesanais como fonte de consulta dos alunos de Entomologia.
Vamos comparar então a estrutura de conteúdo de duas apostilas de entomologia, a primeira “Pon- tos de Entomologia” de 1955 (apostila 1) e a segun- da “Entomologia” de autoria do então acadêmico Artur Mendonça Filho de 1968 (apostila 2) e tentar perceber no decurso de treze anos quais foram as modificações de conteúdo introduzidas no progra- ma da disciplina.
As duas apostilas são ilustradas com desenhos esquemáticos, principalmente na parte da morfo- logia externa dos insetos. Enquanto na apostila 1 os desenhos são toscos e de difícil compreensão, os da apostila 2 são mais elaborados e compreensíveis, mesmo levando-se em conta que eram executados com estiletes em “stenceis” de mimeógrafos à óleo.
Prof. Mário Bezerra de Carvalho
Entomologia Básica:
Figura 4: Professor Mário Bezerra de Carvalho (à direita) e o Prof. Ângelo Moreira da Costa Lima (foto dos anos 60 do século passado).
Quadro 1: Aspectos Introdutórios da Entomologia
Apostila 1 Apostila 2
Tipos de Coleções Apresentação
Uma Palavra
Noções de Entomologia Geral Definição
Relações com a entomologia Divisão da entomologia Entomologia geral Entomologia especial Entomologia econômica Entomologia agrícola Entomologia médica Entomologia veterinária Entomologia toxicológica Entomologia biológica Entomologia ecológica Entomologia morfológica Entomologia fisiológica Entomologia paleontológica Entomologia sistemática
Quadro 2: Morfologia dos insetos
Apostila 1 Apostila 2
Divisão e segmentação Estrutura do exoesqueleto
Antenas; tipos Exoesqueleto
Aparelho bucal Cutícula
Tórax:formas, segmentação e
apêndices: Asas e Pernas Hipoderme
Abdômen Membrana basal
Exoesqueleto Apófises
Endoesqueleto Nódulos cuticulares
Pêlos fixos Espinhos Apêndices Setas Esporas Divisão do corpo Cabeça Segmentos da cabeça Tórax Abdomen
Cabeça e seus apêndices
Apostila 1 Apostila 2 Apêndices da cabeça Peças bucais Labrum Mandíbulas Maxila Labium
Tipos de aparelho bucal Áreas da cabeça Suturas Olhos
Olhos compostos Ocelos ou olhos simples Direção do aparelho bucal Antenas
Esquema de uma antena Classificação das antenas Tórax- segmentação e apêndices
Tórax
Apêndices do tórax Patas
Esquema de uma pata Modificações das patas anteriores
Modificações das patas posteriores
Limites de uma asa Nervuras das asas Células das asas Asas quanto a estrutura Transformações das asas Bater das asas
Abdomen-segmentação e apêndices Abdomen Apêndices do abdomen Endoesqueleto ou esqueleto interno
Quadro 3: Anatomia e fisiologia dos insetos
Apostila 1 Apostila 2
Cavidades do corpo e
sistema muscular Órgãos musicais Sistema nervoso e órgãos
Apostila 1 Apostila 2 Sistema nervoso central Cavidades do corpo S.N Simpático esofagial Glândulas de secreção S.N Simpático ventral Órgãos luminosos S.N Periferial ou Sensorial Sistema muscular Aparelho Digestivo Aparelho digestivo Fisiologia da Digestão Localização
Aparelho Excretor Fisiologia do aparelho digestivo Aparelho Circulatório Aparelho respiratório Aparelho Respiratório Aparelho circulatório Órgãos Luminosos Mecanismo da circulação Órgãos Excretores Sistema nervoso Aparelhos Genitais
e Caracteres sexuais secundários
S.N. Central
Aparelho Genital feminino S.N. S. Esofagial Aparelho Genital Masculino S.N.Periférico Caracteres Sexuais Secundários Órgãos da audição Generalidades
Caracteres sexuais secundários Aparelho reprodutor feminino Partes essenciais
Ovário
Fisiologia do aparelho reprodutor feminino
Aparelho reprodutor masculino Partes essenciais
Reprodução- Desenvolvimento embrionário
Tipos de reprodução Estrutura do ovo
Quadro 4: Coleções, montagem e criação de insetos
Apostila 1 Apostila 2
Preparação dos insetos para montagem em coleções
Coleção entomológica Métodos de criação dos
insetos-insetário
Captura Rede de captura
Guarda-chuva entomológico Tubos mortíferos
Tubinhos com álcool Pinças
Apostila 1 Apostila 2
Envelope entomológico Caixa vazia, lápis e papel Montagem de insetos
Montagem em lâmina e lamínula Ao natural
Lâminas coradas
Onde se deve espetar o inseto Coleção de insetos
Quadro 5: Biologia e ecologia dos insetos
Apostila 1 Apostila 2
Observações sobre a
biologia dos insetos Desenvolvimento pós-embrionário- Metamorfose Insetos úteis e nocivos à
agricultura, à psicultura e aos animais domésticos
Insetos ametábolos Reprodução; Desenvolvimento; Embrionário; Poliembrionia Insetos metabólicos Desenvolvimento pos-embrionário- transformações e metamorfoses Metamorfose Hemimetabólicos e
Holometabólicos Tipos de metamorfose Ovo; larva; ninfa;
pupa; imago; ou inseto adulto Ametabólicos Tipos de larvas e pupas Holometabólicos Hemimetabólicos Paurometabólicos Larva Tipos de larvas Tipos de pupas Quadro 6: Sistemática dos insetos
Apostila 1 Apostila 2
Entomologia sistemática Regras de nomenclatura Chave para determinação das sub-classes e ordens de Hexapoda
Apterygota; Thysanura
Apostila 1 Apostila 2 Collembola Pterygota Ephemerida Dermaptera Odonata Blattariae Mantodea Phasmida Orthoptera Thysanoptera Isoptera Corrodentia Mallophaga Anoplura Suctoria Panorpatae Neuroptera Lepidoptera.
Quadro 7: Controle de insetos
Apostila 1 Apostila 2
Debelações dos insetos –
métodos empregados Inimigos naturais: parasito e predador Inseticidas e aparelhos
usados para sua aplicação
Doenças
Controle natural e biológico Controle aplicado ou combate Controle aplicado ou
combate
Combate legal
Combate químico Leis de inspeção e quarentena Leis que obrigam a aplicação de medidas combativas e preventivas Leis que governam a manufatura e venda de inseticidas
Leis que governam os resíduos de veneno nos produtos alimentícios Combate cultural
Rotações de culturas Cultivo de solos
Variação da época de plantio e colheita
Empregos de variedades resistentes
Podas
Combate físico e mecânico
Apostila 1 Apostila 2
Inseticidas Fumigantes
Vários exemplos sobre a utilização de inseticidas
Como se pode constatar através do exame dos quadros de 1 a 7 houve um considerável desenvol- vimento do programa da Entomologia Agrícola no espaço de 13 anos que separam as edições das apos- tilas 1 e 2.
No quadro 1, percebe-se a superficialidade da apostila 1 na parte introdutória da Entomologia; enquanto a apostila 2 mostra-se mais completa em vista de contemplar uma introdução ao estudo da Entomologia, regras de nomenclatura zoológica e uma visão geral dos insetos, bem como as diversas divisões de especialização da Entomologia.
No quadro 2 a apostila 1 é superficial e resumida; observando-se na apostila 2 uma abordagem mais completa e aprofundada dos pontos de morfologia dos insetos.
No quadro 3, anatômica e fisiologicamente as apostilas 1 e 2 são aproximadamente semelhantes exceto pelo fato da apostila 2 não tratar do sistema excretor. Entretanto, a apostila 2, diferencia-se ao trazer os órgãos musicais, sendo estes mencionados antes de qualquer característica; além de expor so- bre os órgãos da audição, órgãos reprodutores, tipos de reprodução, desenvolvimento embrionário, bem como estrutura do ovo, tópicos ausentes nas demais.
No quadro 6, a sistemática está ausente na apos- tila 2, porém justificada pelo autor na apresentação, alegando a existência de um segundo volume dedi- cado ao tema; já a apostila 1 inicia por regras de no- menclatura, presente na apostila 2 nos aspectos in- trodutórios, seguindo-se a classificação sistemática, a qual mostra-se bem resumida não sendo tratadas importantes ordens.
No quadro 7, as apostilas apresentam as formas de debelações, os tipos de inseticidas e aparelhos para aplicação dos mesmos e o controle natural e biológico, controle aplicado e o combate químico. A apostila 2 explana seu conteúdo mais próximo do presente e tratam dos os métodos legislativos de controle de pragas.
Como se pode constatar o ensino da Entomolo- gia na Universidade já tem uma história de 96 anos (1914-2010) iniciando com os monges beneditinos alemães em Olinda (1914-1917), passando pela Esco- la de Tapera (1917-1936) até Dois Irmãos (1936 até a
atualidade), o ensino e a pesquisa em Entomologia formou um conjunto de notáveis pesquisadores e téc- nicos profissionais que atuaram (e atuam) nos mais diversos campos desta ciência, desde o controle das pragas agrícolas até a pesquisa mais avançada.
Se olharmos para trás até a atualidade temos cumprido com a nossa função de professores e pes- quisadores em quase 100 anos de história.
Referências
ALMEIDA, A. V. de. Prof. Dom Bento Pickel: uma biobibliografia, Recife, Imprensa Universitária da UFRPE, 1998.
ATAS DA CONGREGAÇÃO da Escola Agrícola e Veterinária do Mos- teiro de São Bento de Olinda: 1912-1930 (manuscrito).
COMSTOCK, J. H. An introduction to entomology. 9a ed. Ithaca: N.Y. Comstock Publishing, 1940.
COSTA LIMA, A. M. Insetos do Brasil. Rio de Janeiro. Escola Nacio- nal de Agronomia, 12 v. 1939-1962.
MENDONÇA FILHO, A. Entomologia. 2a ed. Recife: DEPA – Diretório Acadêmico de Agronomia, UFRPE – Escola Superior de Agricultu- ra, v.1, 1968.
PONTOS DE ENTOMOLOGIA, Recife, 1955. (mimeografada). PLAQUETE COMEMORATIVA do Cinqüentenário da Escola Supe- rior de Agricultura da Universidade Rural de Pernambuco (1912- 1962). Recife: Imprensa Universitária da URP, 1962.
PRIMEIRO RELATÓRIO das Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária do Mosteiro de São Bento em Olinda – Per- nambuco: 1913-1915. Rio de Janeiro: Officinas Graphicas do “Jornal do Brasil”, 1916.
MAGALHÃES, F. O.; ALMEIDA, A. V.; CÂMARA, C A. G. O ensino da química na Escola Superior de Agricultura “São Bento”, Olinda – São Lourenço da Mata - Pernambuco (1912-1936). Química Nova, São Paulo, 31 (3), pp. 709-719. 2008.