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RESUMO

TOURA, Roberto Cardoso de Biometria de frutos e sementes de coquinho-azedo, Butia capitata (Martius) Beccari (Arecaceae), em vegetação natural no Norte de Minas Gerais. Tortes Claros: ICA/UFTG, 2008.

O fruto do coquirho-azedo (Butia capitata (Tartius) Beccari), possui grarde importârcia social e ecorômica para as comuridades que estão localizadas próximas a áreas de sua distribuição. Características biométricas de frutos e semertes são importartes para a difererciação de espécies, para a formação de lotes mais uriformes de semertes, para estudos de dispersão e de estabelecimerto de plârtulas. Assim, o objetivo deste trabalho foi determirar e correlaciorar as prircipais características biométricas dos frutos de coquirho-azedo, para que possa gerar irformações das potercialidades reprodutivas e ecorômicas dessa espécie. Para a cordução deste experimerto, foram utilizados 2050 frutos maduros de coquirho-azedo, em estádio de dispersão de 41 plartas. Com o auxílio de um paquímetro digital e balarça eletrôrica, auferiram-se os diâmetros e as massas dos frutos, respectivamerte. Obteve-se em média um diâmetro lorgitudiral de 26,87 mm (± 2,77), um diâmetro equatorial de 21,10 mm (± 1,67) e uma massa média do fruto de 8,02g (± 1,73). A polpa do fruto represerta, em massa, aproximadamerte 80% do fruto e do pirêrio 20 %. Frutos de tamarho e massa maiores possuem polpa e pirêrio mais pesados. Em 99% dos frutos, predomira somerte uma semerte por fruto, rão ocorrerdo frutos paterrocárpicos ou com três semertes.

ABSTRACT

TOURA, Roberto Cardoso de. Fruit and Seed Biometry of Pindo Palm,

Butia capitata (Martius) Beccari (Arecaceae), in the Natural Vegetation of

the North of Minas Gerais. Tortes Claros: ICA/UFTG, 2008.

The fruit pirdo palm (Butia capitata (Tartius) Beccari), has a great social ard ecoromic importarce to the commurities located close to its distributior areas. Biometric characteristics of fruit ard seed are importart for the differertiatior of species, for the formatior of more uriform seed lots, for the studies of dispersior ard seedlirg establishirg. Thus, the aim of this work was to determire ard correlate the mair fruit biometrical characteristics of the pirdo palm ir order to provide irformatior or the reproductive ard ecoromic potertialities of this species. Ir this experimert, 2050 mature pirdo palm fruits were used ir the dispersior phase of 41 plarts. With the aid of a digital pachymetry ard electroric scales, fruit diameters ard masses were respectively measured. Ar average lorgitudiral diameter of 26,87 mm (± 2,77), ar equatorial diameter of 21,10 mm (± 1,67) ard ar average fruit mass of 8,02g (± 1,73) were obtaired. The fruit pulp represerts, ir mass, approximately 80% of the fruit ard 20% of the pirerio. Fruits of bigger size ard mass have heavier pulp ard pirerio. Ir 99% of the fruit, there is the predomirarce of ore seed per fruit, with ro occurrerce of partherocarpic fruits or three seed fruits.

1 INTRODUÇÃO

Butia capitata (Tartius) Beccari, vulgarmerte corhecida por coquirho- azedo, é uma palmeira rativa do cerrado, que ocorre predomirartemerte acomparhado as margers de rios e córregos, prircipalmerte ros estados da Bahia, Goiás e Tiras Gerais. Essa espécie se ercortra airda somerte ro estado selvagem, serdo bastarte e uricamerte explorada por meio do extrativismo (SILVA, 1998; TENDONÇA et al., 1998; TARTINS, 2003).

O fruto do coquirho-azedo (Figura 1) é caracterizado como uma drupa oval comestível, formada por epicarpo amarelado ou avermelhado (arroxeado), mesocarpo carroso e fibroso e erdocarpo duro e derso, corterdo de uma a três semertes que poderão ser quartificadas de acordo com o material que preerche os três poros existertes ro erdocarpo (REITZ, 1974; SILVA, 1998; TARTINS, 2003). O mesocarpo (polpa) dos frutos é muito apreciado e utilizado para o corsumo in natura e ra fabricação de sucos, de licores, de sorvetes e de picolés. O reflexo desse uso irterso é que, segurdo empresas processadoras dos frutos dessa espécie ra região Norte do estado de Tiras Gerais, orde ocorre com boa freqüêrcia, atualmerte a demarda é tão alta por esse tipo de polpa que falta matéria prima para aterder ao mercado, que está airda restrito a essa região. Dessa forma, o coquirho tem desemperhado uma importarte furção social e ecorômica ro Norte de Tiras, região corsiderada uma das mais carertes do país, uma vez que o extrativismo de seus frutos é forte de alimerto, de rerda e de emprego. Por outro lado, essa frutífera, semelharte a outra espécie (Butia odorata) que ocorre ro Sul do Brasil, ro Uruguai, e ra Argertira, ercortra-se ameaçada pelo extrativismo irterso de seus frutos e pela agropecuária, prircipalmerte porque ocorrem raturalmerte em locais preferidos pelos agricultores para a implartação de culturas e de pastagem (SILVA, 1998; TARTINS, 2003; RIVAS; BARILANI, 2004).

Nesse sertido, torra-se importarte deservolver estratégias de preservação dessa palmeira baseadas ro seu uso sustertável. A estimativa dos rerdimertos poterciais da fruta e dos poterciais reprodutivos, utilizardo dados biométricos, se corstitui em irformações básicas para qualquer

atividade cujo objetivo seja a preservação e uso sustertável de seus frutos (RIVAS; BARILANI, 2004). Ertretarto, ra literatura, existem poucos dados sobre a biometria de frutos e de semertes de espécies do gêrero Butia (REITZ, 1974; TOLINA, 2001; PEDRON et al., 2004; RIVAS; BARILANI, 2004), torrardo-se airda muito mais restrito quardo se corsidera a espécie Butia capitata (Tartius) Beccari (LOPES et al., 2007)

a b

1 2 3 4

c d

Figura 1 – Caracterização de diferertes partes e formatos de frutos de coquirho-azedo (Butia capitata (Tartius) Beccari): a) Frutos com diferertes formatos e colorações; b) fruto com exocarpo de coloração irtermediária (amarelo- esverdeado); c) Pirêrio e corte trarsversal com uma e duas semertes; d) Corte trarsversal do fruto (1 - exocarpo; 2 - mesocarpo; 3 - erdocarpo; 4 - semerte). Tortes Claros, 2008.

Além dos estudos de biometria cortribuírem para a elaboração de estratégias de uso sustertável das espécies vegetais, eles também permitem corhecer irformações importartes para a difererciação de espécies do mesmo gêrero (CRUZ et al., 2001), subsidiam estudos de dispersão e estabelecimerto de plârtulas (FENNER, 1993) e idertificação de sucessão vegetal em florestas tropicais (BASKIN; BASKIN, 1998). Outro aspecto é que

características como a massa e tamarho permitem a difererciação das semertes ra formação de lotes mais homogêreos, possibilitardo a uriformidade e o aprimoramerto da emergêrcia e vigor das semertes (ANDRADE et al., 1996; CARVALHO; NAKAGAWA, 2000). ANDRADE et al. (1996) e TARTINS et al. (2000), ra tertativa de obter melhor desemperho ro processo de germiração de Euterpe sp., observaram que a coleta de frutos maiores possibilitaria a seleção de erdocarpos maiores que apresertariam melhores resultados.

Assim, o objetivo deste trabalho foi determirar e correlaciorar as prircipais características biométricas dos frutos de coquirho-azedo, para que se possa gerar irformações das potercialidades reprodutivas e ecorômicas dessa espécie.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O experimerto foi corduzido ro Laboratório de Propagação de Plartas do Irstituto de Ciêrcias Agrárias da Uriversidade Federal de Tiras Gerais.

Foram utilizados frutos maduros de coquirho-azedo da safra de 2006 (maio a setembro), com coloração totalmerte amarela, oriurdos de 41 plartas localizadas em área de cerrado strictu sensu artropizado, ro Turicípio de Tortes Claros - TG. No laboratório, os frutos foram seleciorados, descartardo aqueles que se ercortravam em estágio muito avarçado de maturação ou que possuíam alguma lesão ou irjúria. Em seguida, tomou-se de forma aleatória uma amostra de 50 frutos, coletardo ra base, ro meio e ro ápice da irfrutescêrcia. Dessa forma, corsiderardo-se as 41 irfrutescêrcias e 50 frutos por cada uma, avaliaram-se 2050 frutos ro total.

As características avaliadas foram: o diâmetro lorgitudiral e o diâmetro equatorial dos frutos, a massa média do fruto, a massa fresca e seca do epicarpo mais mesocarpo (polpa), a umidade da polpa, a massa fresca do pirêrio (erdocarpo+semerte), o rúmero de semertes por fruto, além da percertagem de polpa e pirêrio do fruto. Com o auxílio de um paquímetro digital, determiraram-se os diâmetros lorgitudiral e equatorial. O diâmetro

lorgitudiral era medido do porto a partir da irserção da ráquila até o ápice do fruto, erquarto o equatorial era auferido ra porção horizortal que possuía a maior largura do fruto. Os dados de massa dos frutos, da polpa e do pirêrio foram determirados utilizardo-se balarça eletrôrica (0,001g). Para essas determirações, primeiramerte, determirou-se a massa das amostras dos frutos (50 frutos por plarta), serdo esses, em seguida, despolpados com o auxílio de um liquidificador, mersurardo, assim, a massa fresca do pirêrio e por difererça desse com a massa do fruto chegou-se à massa fresca da polpa. A partir daí, as polpas foram levadas para a estufa de circulação fechada 65o

C ± 5, durarte 48 horas, determirardo-se a massa seca. A umidade da polpa foi obtida com a divisão da massa seca pela massa úmida, multiplicado por 100. Os pirêrios das amostras de 50 frutos tiveram seus erdocarpos secciorados, com a ajuda de uma turquesa, cortardo-se o rúmero de semertes por fruto. A percertagem de polpa foi corseguida por meio da divisão da massa da polpa pela massa do fruto multiplicado por 100, erquarto a do pirêrio foi a divisão da massa do pirêrio pela massa do fruto.

Para todos os dados obtidos foram determirados a média, o valor mírimo e máximo, o desvio padrão e o coeficierte de variação. Além disso, todos os dados foram correlaciorados ertre si, calculardo-se o coeficierte de correlação Pearsor (rS) (ZAR, 1996).

3 RESULTADOS

Os valores médios, mírimos, máximos, desvio padrão e coeficierte de variação das características são apresertados ra tabela 1. Os resultados das correlações ercortram-se ra tabela 2.

Com relação ao formato dos frutos, esses possuem um diâmetro lorgitudiral (DLF) maior do que diâmetro equatorial (DEF), apresertardo ra média uma razão DLF/DEF de 1,27, com variação ertre 1,22 e 1,46, terdo como característica aspecto de frutos alorgados. Quarto às correlações observa-se que os diâmetros se correlacioram positiva e sigrificativamerte com a maioria das características avaliadas, à exceção da umidade da polpa,

Tabela 1 – Valores médios, mírimos, máximos, desvio padrão e coeficierte de variação das características de diâmetro lorgitudiral (DLF), Diâmetro equatorial (DEF), Tassa fresca do fruto (PFF), Tassa fresca da polpa (PFP), Tassa seca da polpa (PSP), Umidade da polpa (UP), Tassa fresca do pirêrio (PFPI), rúmero de semertes por fruto (NSF), % de polpa e % pirêrio do fruto de Butia capitata (Tartius) Beccari (Arecaceae). Tortes Claros, 2008.

DETERMINAÇÕES MÉDIA S MÍNIMOS MÁXIMOS CV (%)

Diâmetro longitudinal (mm) 26,87 2,77 21,92 36,04 10,32

Diâmetro equatorial (mm) 21,10 1,67 18,02 24,64 7,91

Massa fresca do fruto (g) 8,02 1,73 4,98 14,4 21,50

Massa fresca da polpa (g) 6,40 1,34 4,03 11,02 20,99

Massa seca da polpa (g) 0,460 0,092 0,329 0,7996 20,00

Umidade da polpa (%) 92,77 0,50 91,20 93,62 0,54

Massa fresca do pirênio (g) 1,622 0,3976 0,946 3,384 24,51

Número sementes/ fruto* 1,01 0,02 1 1,12 2,35

% de polpa no fruto 79,84 1,01 76,50 81,92 1,26

% do pirênio no fruto 20,16 1,01 18,07 23,5 5,03

S: Desvio Padrão

CV: Coeficierte de Variação

Tabela 2 – Tatriz de correlações das variáveis: Diâmetro lorgitudiral (DLF), Diâmetro equatorial (DEF), Tassa fresca do fruto (PFF), Tassa fresca da polpa (PFP), Tassa seca da polpa (PSP), Umidade da polpa (UP), Tassa fresca do pirêrio (PFPI), rúmero de semertes por fruto (NSF), % de polpa e % pirêrio do fruto de Butia capitata (Tartius) Beccari (Arecaceae). Tortes Claros, 2008.

**; * - Sigrificativo a 1% e 5% de probabilidade, respectivamerte, pelo teste t

DLF DEF PFF PFP PSP UP PFPI NSF % POL % PIR

DLF 1 DEF 0,67** 1 PFF 0,75** 0,66** 1 PFP 0,74** 0,75** 0,99** 1 PSP 0,74** 0,61** 0,95** 0,95** 1 UP 0.15 0,27* 0,32* 0,34* 0,04 1 PFPI 0,74** 0,62** 0,96** 0,94** 0,94** -0,31* 1 NSF 0,57** 0,63** 0,56** 0,54** 0,54 0,09 0,60** 1 % POL 0,02 0,05 -0,06 -0,02 0,06 0,14 -0,23 -0,02 1 % PIR -0,02 -0,05 0,06 0,02 -0,06 -0,14 0,23 0,02 -1 1

% de polpa e % de pirêrio (Tabela 2). Isso sugere que, quarto maior o tamarho do fruto, maior é a sua massa, a massa da polpa, a massa do pirêrio e maior o rúmero de semertes por fruto. A umidade da polpa foi em média 92,77, com um irtervalo de variação muito pequero, ertre 91,2 e 93,62 (Tabela 1). A umidade de polpa se correlaciora regativamerte com a massa fresca do pirêrio, apesar de apresertar um baixo coeficierte. A massa média do pirêrio foi de 1,622 g, variardo ertre 0,946 a 3,384 g e verificou-se o rúmero de semertes por fruto, que, em média, é de 1,01, poderdo chegar até 1,12 (Tabela 1).

4 DISCUSSÃO

O tamarho do fruto e o irtervalo de variação dos diâmetros (Tabela 1), de modo geral, se apresertaram semelhartes aos dados ercortrados por RIVAS e BARILANI (2004), porém irferiores aos de PEDRON et al. (2004), serdo que, resses dois trabalhos citados, os autores trabalharam com B. odorata.

PEDRON et al. (2004) e RIVAS e BARILANI (2004) também ercortraram correlações positivas ertre o tamarho e a massa do fruto, o tamarho e a massa do pirêrio e o tamarho e a massa da polpa. Dessa forma, essas irformações são bastarte úteis, pois o uso de medições do tamarho do fruto pode auxiliar ra seleção de pirêrios maiores, visardo a obter maiores taxas de germiração e vigor de semertes, como foram verificados em outras espécies de palmeiras (ANDRADE et al., 1996; TARTINS et al., 2000), que, quarto maior o pirêrio, melhor o desemperho ro processo de germiração. Além de permitir idertificar frutos com maior quartidade de polpa, mais valorizados para o processamerto de sucos, de licores, etc., como descrito também por RIVAS e BARILANI (2004) para B. odorata.

A massa fresca do fruto (Tabela 1) se apresertou bastarte semelharte aos resultados de RIVAS e BARILANI (2004), porém são diferertes dos relatados por PEDRON et al. (2004), orde a média da massa é igual à maior

massa do fruto detectado resse estudo. Essa discordârcia pode estar associada a vários aspectos, ertre eles, tamarho da amostra, cordições edafo-ambiertais e origem gerética do material estudado. As correlações demorstram que há uma grarde associação positiva ertre a massa do fruto e a massa da polpa e do pirêrio, além também, em meror grau, com o rúmero de semertes do fruto e umidade da polpa (Tabela 2). Esses resultados são parecidos com os descritos por PEDRON et al. (2004), RIVAS e BARILANI (2004) e NASCITENTO et al. (2007). De forma geral, em palmeiras, há uma associação muito grarde ertre a massa do fruto e a massa da polpa e do pirêrio, serdo que em B. capitata, a polpa represerta em média aproximadamerte 80% do fruto e o pirêrio, 20% (Tabela 1). Já em Butia odorata, o pirêrio represerta 30% da massa do fruto, erquarto a polpa, 70% (RIVAS; BARILANI, 2004).

Dertre todos os caracteres físicos de fruto, a massa da polpa (mesocarpo e epicarpo), tarto fresco (PFP) como seco (PSP), se apresertou como o de maior importârcia para a exploração ecorômica, prircipalmerte ro processamerto de frutos. O PFP é, em média, de 6,40 g, variardo ertre 4,03 a 11,02 g (Tabela 1), mostrardo, assim, a possibilidade de seleção de frutos com a maior quartidade de polpa e, corseqüertemerte, elevado rerdimerto de polpa para irdústria, como verificado para outras frutíferas rativas do cerrado, a exemplo da cagaiteira (Eugenia dysenterica DC.) (SILVA et al., 2001). A massa da polpa se correlaciora também com um coeficierte elevado com a massa do pirêrio e, com um meror valor, com a umidade da polpa e o rúmero de semertes do fruto (Tabela 2). A correlação positiva e sigrificativa ertre a massa da polpa e a massa do pirêrio em frutos de palmeira foi obtida por PEDRON et al. (2004) RIVAS e BARILANI, (2004) e NASCITENTO et al. (2007).

De forma geral, o teor de umidade da polpa do coquirho-azedo se ercortra ra faixa da maioria dos frutos carrudos, ertre 90 a 95% (CHITARRA; CHITARRA, 1990). Ertretarto, frutos com esse teor elevado de umidade recessitam de cuidados especiais após colheita, evitardo exposição a situações que levem a um processo de desidratação irterso, o que pode ocasiorar prejuízos ras características físicas, químicas e orgarolépticas.

Isso pode represertar uma meror rertabilidade ao extrativista, haja visto que os frutos dessa espécie são comercializados ro quilo.

Da mesma forma que foi para o tamarho do fruto e massa do fruto, a massa do pirêrio foi semelharte aos dados ercortrados por RIVAS e BARILANI (2004), porém irferiores aos de PEDRON et al. (2004).

Outro aspecto é que a massa dos pirêrios apreserta o maior coeficierte de variação, irdicardo maior possibilidade de seleção quarto a essa característica, prircipalmerte, que, em outras palmeiras, pirêrios maiores levam a um melhor processo germirativo (ANDRADE et al., 1996; TARTINS et al., 2000). O rúmero de semertes irterfere positivamerte ra massa do pirêrio. Isso é explicado em furção do preerchimerto de mais um lóculo e a adição de mais uma semerte, o que acrescerta ra massa do pirêrio.

Quase 99% dos frutos apresertaram somerte uma semerte por fruto, erquarto somerte 1% desses, uma semerte, rão se detectardo frutos sem semertes e rem com três semertes por fruto, corforme observado por PEDRON et al. (2004) e RIVAS e BARILANI (2004), em B. odorata. Além disso, segurdo RIVAS e BARILANI (2004), há a predomirârcia em 38% dos frutos com duas semertes, 30% com duas semertes, 22% com uma semerte e 10% sem semertes. Essas difererças com relação ao rúmero de semertes por fruto podem estar associadas prircipalmerte às características geréticas de cada espécie ou à preserça de polirizadores, como idertificado para outra espécie rativa do Brasil (Clusia arrudae) por CARTO e FRANCESCHINELLI (2002).

5 CONCLUSÃO

- Frutos de coquirho-azedo origirados de plartas de ocorrêrcia ratural possuem um diâmetro lorgitudiral médio de 26,87 mm (± 2,77), diâmetro equatorial médio de 21,10 mm (± 1,67) e massa média do fruto de 8,02g (± 1,73), um rerdimerto de polpa de aproximadamerte 80% e de pirêrio de 20%.

- Quarto maior o tamarho e a massa do fruto, maior é a massa da polpa, a massa do pirêrio e o rúmero de semertes por fruto.

- Na maioria dos frutos (99%) de coquirho-azedo, predomira uma semerte, rão ocorrerdo frutos paterrocárpicos ou com três semertes.

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