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BLOCO K DO SPED FISCAL NA PRÁTICA

Existem alguns processos necessários para que a sua empresa se adeque ao Bloco K, exigidos pela Receita Federal. É sobre estes pro- cessos que vamos abordar neste capítulo. As informações exigidas no preenchimento do Bloco K devem ser integradas em uma sequência específica que seguem o processo do sistema e o layout do arquivo EFD.

No total, são 11 passos, e sabê-los, de antemão, pode dar mais con- dições para que você se prepare e evite erros. Veja a seguir quais os passos e as informações necessárias no preenchimento do Bloco K e na adequação do seu negócio.

CAPÍTULO 4

CADASTRO DE PRODUTOS

O cadastro adequado de produtos é um dos itens mais importante no controle do seu estoque. É o que permite ter controle do tipo de produto e da quantidade disposta. O cadastro adequado deve ser feito com muito cuidado, seja na especificação do produto e na quantidade, sem duplicações ou erros.

Entre os erros mais comuns de cadastro de produ- tos estão a duplicidade de códigos para a mesma unidade no sistema e duplicidade ou não ocorrên- cia de entradas e saídas. Problemas como este podem se tornar uma bola de neve e impedir o controle de estoque.

BLOCO K DO SPED FISCAL NA PRÁTICA

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CAPÍTULO 4

Divergência no cadastro da unidade de medida da matéria prima, causada principal- mente quando a compra é realizada em determinada unidade, mas o processo pro- dutivo a utiliza em outra.

Sobre a entrega de informações no Bloco K referente ao cadastro de produtos, saiba que cada produto deve ser cadastrado de acordo com 1 dos 12 tipos especificados no registro 0200 do SPED. Entre os tipos disponíveis estão:

1. Mercadoria para Revenda 2. Matéria-Prima 3. Embalagem 4. Produto em Processo 5. Produto Acabado 6. Subproduto 7. Produto Intermediário

8. Material de Uso e Consumo 9. Ativo Imobilizado

10. Serviços

11. Outros insumos 12. Outras

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CAPÍTULO 4

No caso de dúvidas, cadastre apenas um produto com a sua finalidade mais relevan- te, mesmo que utilize como insumo o produto fabricado por sua empresa. Por exem- plo, se a sua empresa produz produtos de limpeza e higienização, não apenas ven- dendo-o, mas utilizando como insumo quando se encontra em seu estoque, priorize a função principal para a empresa.

CADASTRO DE CONSUMO ESPECÍFICO

Este item requer atenção. É o registro 0210 - Consumo específico padronizado, que não compõe o Bloco K, mas que é de sua importância. É um assunto que gera muita controvérsia, pois envolve muitas vezes segredos industriais. Refere-se a lista de ma- teriais utilizados. Contudo, cada produto cadastrado no registro 0200 (acima) só pode ter um registro 0210 associado a ele. Quando há mais de uma receita para o mesmo produto, será exigida uma movimentação interna no K220.

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CAPÍTULO 4

Como este item tem a ver com a matéria-prima e composição do produto, é neces- sário ter atenção e precisão, principalmente quanto às quantidades necessárias e perdas processuais. A quantidade de matéria-prima adquirida deve ser condizente com a quantidade de produto acabado entregue pela empresa.

REGISTROS DE ENTRADAS E SAÍDAS

Estas são movimentações muito comuns na rotina da empresa e estão integradas às emissões de notas fiscais de entrada e de saída. A diferença para a rotina comercial é que na indústria, como entrada, está a matéria-prima e como saída, está o produto acabado.

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CAPÍTULO 4

Até mesmo os produtos que são comprados sem nota fiscal, como é o caso de alguns produtores rurais, devem ter entradas no seu sistema, pois existem em seu estoque. Este registro deve constar no Bloco K, e impacta o registro K200, que é o estoque es- criturado.

SEPARAÇÃO DE ESTOQUE POR CNPJ

Este item requer atenção, principalmente de gestores de empresas com produção com ou para terceiros ou que possuem mais de um CNPJ no mesmo endereço físico. É imprescindível que os estoques sejam separados por CNPJ e por endereço físico no seu sistema de gestão.

CAPÍTULO 4

A terceirização aparece no Bloco K pelo registro K250 para a produção em terceiros e o K255 para o consumo na produção em terceiros. Desta forma, é preciso ter uma boa comunicação com os tercei- ros, já que o gestor deverá saber quais são os mate- riais em estoque da sua empresa em poder de ter- ceiros e os estoques de terceiros em poder da sua empresa.

É importante destacar que quando há um grupo de empresas localizadas no mesmo endereço físico e com a gestão centralizada, o material com- prado por um CNPJ não poderá ser utilizado na ordem de produção (OP) de outro CNPJ sem que seja feito um registro fiscal desta movimentação.

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CAPÍTULO 4

CRIAÇÃO DE ORDENS DE PRODUÇÃO

As ordens de produção (OPs) podem lhe ajudar muito no registro da sua rotina pro- dutiva e são cada vez mais comuns. Esta ação permite otimizar o controle de custos e movimentação sustentáveis de materiais.

Quando usada uma solução informatizada, é possível até mesmo rastrear materiais que foram utilizados na produção. No Bloco K, o código da OP consta no registro K230: atente-se para as datas (final e inicial), para o código do produto e quantidade

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CAPÍTULO 4

REGISTRO DE QUANTIDADE CONSUMIDA

Todos os insumos consumidos na produção devem ser registrados com cautela. No Bloco K, esse é o registro K235, vinculado a uma produção registrada no K230. Muitas vezes a empresa deve fazer ajustes que permitem a precisão deste registro, como a aquisição de soluções informatizadas que contenham esta rotina, a aquisição de ba- lanças integradas, o registro da informação na hora de saída do estoque para consu- mo – são ações como esta que tornam o processo mais enxuto e preciso.

CAPÍTULO 4

REGISTRO DE QUANTIDADE PRODUZIDA

É preciso informar a quantidade produzida com precisão sempre ao fim da produção. O dado consta no registro K230. É muito comum nas so- luções de PCP esta rotina ser cadastrada como Re- porte da Produção. Com este dado, é possível in- clusive otimizar o planejamento da quantidade na criação da OP ou à quantidade de material consu- mida. Para a precisão do registro, o uso de balanças pode ser indicado.

O registro da quantidade produzida deve ocorrer no momento em que a OP é concluída ou parcial- mente concluída. Quando o produto acabado ou decorrente de outras produções entrar no estoque ou almoxarifado, a quantidade produzida também deve ser informada.

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CAPÍTULO 4

REGISTROS DE OUTRAS PRODUÇÕES

O Bloco K prevê o registro de outras informações além de OP e as rotinas já mencio- nadas. Por exemplo, o registro de uma produção de produto semiacabado, coprodu- to e o subproduto. Produtos resultantes dos restos da produção, de parte da pro- dução ou que utilizam um insumo produzido pela empresa devem também ser re- gistrados com precisão.

Não podemos deixar de mencionar, ainda, o subproduto, produto com valor econô- mico gerado durante a produção do produto principal, mas que não faz parte do CNAE principal. Um exemplo muito interessante aqui são as aparas geradas na pro- dução de embalagens plásticas. Essas aparas podem ser revendidas ou até mesmo reutilizadas no processo, e precisam ter suas produções registradas.

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CAPÍTULO 4

CONTROLE DE ESTOQUE CONFIÁVEL

Trata-se da quantidade de itens informada no sistema de gestão, cujo registro é o K200 – estoque escriturado. Vale lembrar que essa quantidade deve ser igual ou de um valor muito próximo da quantidade real. A dica é optar por um sistema eletrônico que permite o registro em tempo real, para assim, evitar erros. Outra dica é se manter fiel à equação de estoque já mencionada no capítulo 2.

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CAPÍTULO 4

REGISTRO DE MOVIMENTAÇÕES INTERNAS

Por movimentações internas compreende-se a mudança rotineira de um produto com código no registro 0200 em outro registro 0200, mas que não sejam movimen- tações de produção efetuada pela empresa (K230), movimentações de consumo de material na produção efetuada pela empresa (K235), movimentações de produção efetuada por terceiros (K250), movimentações de consumo de material na produção efetuada por terceiros (K255).

Há muitas situações que cabem neste contexto. Por exemplo, é o recadastro de um produto com código enviado pelo cliente conforme a NF-e ou a criação de um produ- to com conceito de grade – com um só código para diferentes cores ou tamanhos. Outro exemplo é a mudança de um produto para outra configuração – como o produ- to de um cliente com código 0200 para 0210, para consumo específico

CAPÍTULO 4

UTILIZAÇAO DO SISTEMA PCP

Cada vez mais é importante o uso de um sistema de gestão informatizado com PCP para que infor- mações de todos os processos sejam integradas e que gere o arquivo do Bloco K do SPED Fiscal, con- forme as disposições do layout exigido da Receita Federal. Isso fará com que a empresa tenha meno- res custos e evitará problemas com informações cadastradas.

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CAPÍTULO 5

PERGUNTAS FREQUENTES

A dúvida de muitos gestores sobre o Bloco K pode também ser a sua dúvida. Neste último capítulo, vamos desmistificar algumas crenças sobre o sistema e esclarecer questões sobre o Bloco K, dando a você mais condições de entendimento, adequação e tomada de decisão. Confira a seguir!

É NECESSÁRIO O AUXÍLIO DE UM CONTADOR NESTE PROCEDI- MENTO?

O processo de coleta de informações sobre a produção e estoque de uma empresa deve ser constante, em tempo real e ocorrer em todos os setores envolvidos da empresa. O registro destas informações deve ser algo integrado à rotina da empresa. Por isso é tão importante a adoção de uma ferramenta digital que integre todos os dados e dis- ponibilize-os na hora de remeter no Bloco K ou que possam ser aces- A terceirização aparece no Bloco K pelo registro K250 para a produção em terceiros e o K255 para o consumo na produção em terceiros. Desta forma, é preciso ter uma boa comunicação com os tercei- ros, já que o gestor deverá saber quais são os mate- riais em estoque da sua empresa em poder de ter- ceiros e os estoques de terceiros em poder da sua empresa.

É importante destacar que quando há um grupo de empresas localizadas no mesmo endereço físico e com a gestão centralizada, o material com- prado por um CNPJ não poderá ser utilizado na ordem de produção (OP) de outro CNPJ sem que seja feito um registro fiscal desta movimentação.

PERGUNTAS FREQUENTES

CAPÍTULO 5

Nesta função, a responsabilidade é do gestor e pessoal interno envolvido, e não do contador. O contador, neste caso, tem a função de orientar sobre prazos, competên- cias, obrigatoriedades e direcionamentos necessários para que o processo ocorra sem erros. Tenha sempre um especialista de confiança à disposição.

A EDF É OBRIGATÓRIA? E O BLOCO K, A QUE TIPO DE EMPRESAS SE REFERE?

É obrigatória e faz parte do SPED Fiscal. Trata-se da escrituração eletrônica deste pro- grama. O Bloco K é o envio de informações relativas ao Registro de Controle da Pro- dução e Estoque. Como o nome já diz, é obrigatória a toda as indústrias brasileiras. Para algumas, a obrigatoriedade de adequação já está valendo. Para outras, ocorrerá nos anos sequentes – veja mais sobre o cronograma no capítulo 2 deste e-book.

CAPÍTULO 5

Em suma, empresas obrigadas a entregar do Bloco K devem atender ao art. 4º do Regulamento do IPI, onde ca- racteriza-se a transformação de matéria-prima, beneficia- mento, montagem, acondicionamento ou reacondiciona- mento, renovação ou recondicionamento. Empresas que possam estar enquadradas ao art. 5º do Regulamento do IPI não entregam o Bloco K, por não serem consideradas estabelecimentos industriais.

QUEM DEVE SE PREPARAR PARA O BLOCO K 2019?

Fique atento! Em 01 de janeiro de 2019, passa a valer a obrigatoriedade correspondente à escrituração completa do Bloco K, para os estabelecimentos industriais classifi- cados nas divisões 11, 12 e nos grupos 291, 292 e 293 da CNAE. Veja mais no capítulo 2 deste e-book. Todas as em- presas do setor que não se enquadram no Simples Nacio- nal ou MEI devem prestar as informações exigidas no Bloco K.

PERGUNTAS FREQUENTES

CAPÍTULO 5

COM QUE FREQUÊNCIA A RECEITA FEDERAL EXIGE A TRANSMISSÃO DA EFD?

Imagine você que antes de SPED, toda a transmissão de informações era feita de modo manual todos os anos. Sempre foi obrigatório o envio destas informações. Como atualmente o processo é digitalizado, a frequência de transmissão é de pelo menos uma vez por mês. Espera-se que em um futuro próximo, a transmissão ocorra em tempo real.

O BLOCO K É A PARTE DA EFD QUE TRATA DA PRODUÇÃO?

O Bloco K é o equivalente ao livro de registro de controle de produção e estoque, só que na versão digital. As demandas da produção são bem complexas e exigem atenção na hora de cadastramento das informações. É justamente por isso que muitas empresas usam esta parte para burlar o Fisco

PERGUNTAS FREQUENTES

CAPÍTULO 5

Mas com a digitalização do processo, a Receita Federal visa dificultar a sonegação neste segmento. Por isso, se a sua empresa é idônea, deve manter-se em dia com o Fisco para não ser impactada negativamente por estas mudanças.

O QUE É EXIGIDO NO PREENCHIMENTO DO BLOCO K?

Nos capítulos 2 e 3 deste e-book você pôde conferir um passo a passo que implica a preparação da empresa antes mesmo da obrigatoriedade do envio dos dados. Em suma, o que será cobrado são informações como saldos iniciais, finais e movimenta- dos de estoques e de insumos; ferramentas, processos e matérias-primas utilizados em industrialização; e produtos individualizados envolvidos nas duas hipóteses.

PERGUNTAS FREQUENTES

CAPÍTULO 5

COMO PREENCHER AS INFORMAÇÕES QUANDO A EMPRESA NÃO UTILIZA OS MESMOS MATERIAIS NA SUA PRODUÇÃO?

A boa notícia é que o sistema do Bloco K é bastante flexível sendo possível apresentar qualquer tipo de informação da produção, incluindo a substituição de itens, a utili- zação de cada insumo dentro de cada ordem de produção e muito mais.

AS PRODUÇÕES INTERNAS E EXTERNAS SERÃO IGUALMENTE PREENCHIDAS? COMO PROCEDER?

Lembre-se de que no Bloco K cada operação será tratada individualmente. Quando parte do produto for industrializado internamente, essa parte terá a própria ordem de produção - OP, a ficha técnica individual, sua escrituração e as escriturações de seus insumos, ferramentas e equipamentos de processo.

CAPÍTULO 5

Quando um produto é parcialmente encomendada a um terceiro terá seus próprios documentos, dados e registros. Se o produto for 100% produzido internamente, mas en- comendada por outra empresa, o procedimento é o mesmo que em todos os outros casos.

É a empresa que industrializa, independendo da origem e do destino do produto transformado, quem deve escri- turar na EFD (Escrituração Fiscal Digital) com todas as in- formações do produto e todos os dados consequentes dessa operação.

SE NÃO HOUVER, POR ACASO, OCORRÊNCIAS EM UM MÊS OU SE A PRODUÇÃO FOR TERCEIRIZADA, COMO PROCEDER?

Basta informar com o valor 0 (zero). Lembre-se de que a ausência do envio pode ser interpretada como infração, podendo a empresa ser penalizada.

PERGUNTAS FREQUENTES

CAPÍTULO 5

E O BLOCO H (INVENTÁRIO), CONTINUA EXISTINDO DO SPED FISCAL, MESMO COM A EXISTÊNCIA DO BLOCO K? QUAL A RELAÇÃO ENTRE OS DOIS?

A apresentação do inventário permanece no SPED Fiscal com as mesmas regras de apresentação atuais. O Bloco H refere-se a apenas o inventário onde são apresentadas as quantidades em estoques de todos os produtos da empresa e também o seu res- pectivo valor.

O saldo do estoque previsto no Bloco K refere-se à quantidade em estoque dos pro- dutos da empresa. Há o cruzamento de informações de ambos no SPED, quando a quantidade dos produtos indicados no inventário deve ser igual à quantidade indica- da para o Bloco K.

UTILIZAÇAO DO SISTEMA PCP

Cada vez mais é importante o uso de um sistema de gestão informatizado com PCP para que infor- mações de todos os processos sejam integradas e que gere o arquivo do Bloco K do SPED Fiscal, con- forme as disposições do layout exigido da Receita Federal. Isso fará com que a empresa tenha meno- res custos e evitará problemas com informações cadastradas.

PERGUNTAS FREQUENTES

CAPÍTULO 5

COMO EM TODA REGRA, EXISTE EXCEÇÃO PARA A ADESÃO BLOCO K?

Basta conferir o disposto no Ajuste SINIEF 02/2009 para saber que a Instrução Norma- tiva 1.652/2016 da Receita Federal trouxe exceções as regras definidas acima para duas atividades:

Art. 1º Ficam obrigados à escrituração do Livro de Registro de Controle da Produção e do Estoque inte- grante da Escrituração Fiscal Digital – EFD ICMS IPI, referente aos fatos ocorridos a partir de 1º de dezembro de 2016:

I – os estabelecimentos industriais fabricantes de bebidas (Divisão CNAE 11), excetuando-se aqueles que fabricam exclusivamente águas envasadas (Classe CNAE 1121-6); e

PERGUNTAS FREQUENTES

CAPÍTULO 5

Art. 2º Para fins de cumprimento da obrigação relativa à escrituração do Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque (Bloco K integrante da EFD) de que trata o art. 1º, serão observados os seguintes critérios:

I – para fatos ocorridos entre 1º de dezembro de 2016 e 31 de dezembro de 2018, a escrituração do Bloco K da EFD fica restrita à informação dos saldos de estoques escriturados nos Registros K200 e K280; e

II – para fatos ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2019, a escrituração do Bloco K da EFD deverá ser completa.

Art. 3º A obrigação a que se refere o caput do art. 2º independe de faixa de faturamento estabelecida na Cláusula Terceira do Ajuste Sinief nº 02, de 3 de abril de 2009.

Para as atividades industriais de fabricação de bebidas e de fumo a obrigatoriedade do bloco K começou a valer em dezembro de 2016 e a obrigação independe do faturamento anual alcançado pela empresa.

Em suma, empresas obrigadas a entregar do Bloco K devem atender ao art. 4º do Regulamento do IPI, onde ca- racteriza-se a transformação de matéria-prima, beneficia- mento, montagem, acondicionamento ou reacondiciona- mento, renovação ou recondicionamento. Empresas que possam estar enquadradas ao art. 5º do Regulamento do IPI não entregam o Bloco K, por não serem consideradas estabelecimentos industriais.

QUEM DEVE SE PREPARAR PARA O BLOCO K 2019?

Fique atento! Em 01 de janeiro de 2019, passa a valer a obrigatoriedade correspondente à escrituração completa do Bloco K, para os estabelecimentos industriais classifi- cados nas divisões 11, 12 e nos grupos 291, 292 e 293 da CNAE. Veja mais no capítulo 2 deste e-book. Todas as em- presas do setor que não se enquadram no Simples Nacio- nal ou MEI devem prestar as informações exigidas no Bloco K.

CAPÍTULO 5

E EMPRESAS ATACADISTAS, COMO FICAM EM RELAÇÃO AO BLOCO K?

A empresa comercial atacadista deve apresentar os se- guintes registros:

K100 – Período de apuração de ICMS/IPI: Indicando o pe- ríodo de apuração do bloco K;

K200 – Estoque escriturado: Posição do estoque de cada produto da empresa no último dia do período de apu- ração, inclusive estoques de terceiros e estoque em tercei- ros;

K220 – Outras movimentações internas entre mercado- rias: Informações de transferências entre códigos de pro- dutos, como uma reclassificação de um produto em outro código em função do cliente a que se destina, por exemplo.

PERGUNTAS FREQUENTES

CAPÍTULO 5

REMESSAS E RETORNOS DE ARMAZENAGEM DEVEM SER PREENCHIDOS NO BLOCO K?

Os produtos envolvidos na remessa e retorno de armazenagem não sofrem transformação nas suas características, e desta forma, devem ser apresentados no Bloco C do SPED Fiscal – e não no Bloco K.

NO CASO DE REPROCESSOS OU REPAROS DE ALGUM PRODUTO, É NECESSÁRIO INFORMAR AO BLOCO K?

É possível apresentar estas informações no Bloco K através dos registros: K260 - Reprocessamento ou reparo de produto ou insumo e

K265 - Reprocessamento ou reparo – Mercadorias consumidas e/ou retornadas

Contudo, é preciso que ocorra o consumo ou sobra de mercadorias. Reprocessos e reparos apenas com a aplicação de mão-de-obra não são apresentadas no Bloco K.

PERGUNTAS FREQUENTES

CAPÍTULO 5

O QUE É PRODUTO INTERMEDIÁRIO NO BLOCO K?

Refere-se àquele item consumido no processo de industrialização, mas que não inte- gra ao novo produto. É o caso de pastilhas, serra, broca e outros.

O QUE É FICHA TÉCNICA NO BLOCO K?

Todo produto produzido na indústria precisa ter uma ficha técnica de produção. Nela devem constar os insumos e ferramentas ou equipamentos utilizados e processo de-

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