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2. Estágio Apresentação e análise de dados

2.4 Fase de lecionação autónoma

2.4.3 Bloco III 2 Aulas de Lecionação Autónoma

Análise do Diário de Bordo – Aulas 8 e 9 – 24 e 25 de maio de 2017

As duas aulas correram bastante bem. A Aluna 8 não realizou as duas aulas por se encontrar lesionada, ficando a assistir. A aula 8 cingiu-se à passagem de correções gerais e especificas que recolhemos até aqui, inclusive as correções que referimos no fim do 2º período e a aula 9 ao seu aperfeiçoamento.

No quadro seguinte, apresentamos a planificação das aulas 8 e 9 bem como os seus objetivos gerais:

Quadro 11: Bloco de 2 Aulas – Planificação das aulas 8 e 9 – lecionação autónoma

Planificação das aulas 8 e 9

Aula 8 Aula 9

Planificação Objetivo Planificação Objetivo

Barra:

Até ao battement frappé

Trabalho de ports de bras e reestruturação do battement frappé Barra: Completa Trabalho de ports de bras e qualidade do battement frappé Centro:

Completo menos Rond

de jambe en l’air + pas de bourré Transmitir o grand adagio Centro: Completo Aperfeiçoar o grand adagio (contagens, fluidez e interpretação) Pontas: Relevés Pas échappé Controlo na descida do relevé Trabalho de duas pernas em simultâneo Allegro: Completo Realizar só um plié na receção do salto

As correções transmitidas ao início e reforçadas ao longo destas duas aulas, foram para as alunas se focarem na respiração que antecede o movimento usando a respiração e suspensões da música, ou seja, para “dançarem a música”. A aula é uma aula que consideramos pesada para a perna de apoio e que vai resultar num trabalho consolidante que entendemos ser de extrema importância para atingir os objetivos para o 3º ano.

Na aula 8 no exercício de battement frappé, realizado com uma coda (2/4), verificámos que todas as alunas estavam com a direção das cabeças errada e era necessário criar duma diferença dinâmica entre os coupés e os battements frappés.

Tal como Minden (2005) refere, o battement frappé é a preparação para um petit allegro brilhante e caracteriza-se por ser um movimento stacatto, forte e brusco com o acento fora onde deve ser visto claramente a perna de apoio sustentada e parada. (…) “a clear “stop and hold” at the end of the movement (…)” Minden (2005, p. 140).

Apoiando-nos nas indicações de Minden (2005) e Cavalli (2001) que acrescenta, que para este nível a música para o battement frappé, são as notas mais agudas que vão dar forma, textura e cor ao movimento. Assim, pedimos ao pianista uma música que fosse stacatto e com notas mais agudas para enfatizar o movimento de battement frappé. O pianista referiu “então vou tocar a mão direita uma 8ª acima”.Verificámos que as alunas conseguiram fazer o exercício à primeira tentativa com a mudança nas caraterísticas da música, mas ainda havia alguma confusão com a direção das cabeças. Não se verificou nenhuma diferença na qualidade do coupé, que é realizado em dois tempos e as alunas continuaram a ficar “enterradas” no plié em vez de o realizarem ao longo do tempo pedido.

Neste bloco de duas aulas, construímos a primeira parte do exercício de grand adagio, tendo em conta os conteúdos programáticos correspondentes ao 3º período para este exercício. (c.f. Anexo E).

Minden (2005), refere que é no adagio que as capacidades de controlo das grandes extensões, do en dehors, do equilíbrio e das linhas, são postos à prova devido à velocidade deste exercício,

adagio. Cavalli (2001), diz-nos que o movimento é controlado, suave, alongado com a sensação

de energia para além do próprio corpo. A autora, aconselha uma música que ajude nesta qualidade movimento indo ao encontro das suas características, suportando e ajudando o movimento e, independentemente do seu compasso, deve ser sempre legato.

The first lesson is given to learning new combinations. The second is given to repeating the combination with added complications and the third lesson is a final affirmation of the material learned with shortened periods of rest between the repetitions. (Tarasov, 1985, p. 61).

Baseando-nos no pensamento de Tarasov (1985), sabíamos que esta aula seria para a interiorização das correções novas e passagem do novo exercício. O exercício de grand adagio foi transmitido às alunas e realizado apenas uma vez com o objetivo de o memorizarem. Apoiando-nos no pensamento de Cavalli (2001), pedimos ao pianista a música, deixando a escolha ao seu critério. Indicámos apenas que tinha de ligada e suave.

Na aula seguinte, Aula 9, quando o realizamos o grand adagio, verificámos que as alunas possuíam enumeras dificuldades: ouvir a música e dividi-la em quatro ou oito tempos, aguentar a perna de trabalho nas grandes poses, realizar o movimento de forma fluida, suspender mais a perna antes de a descer e coordenar essa descida com os braços, dúvidas nas direções do corpo e perna de apoio muito instável. Repetimos o exercício juntamente com as alunas a pedido da Professora Titular, para que elas o interiorizassem e percebessem por onde passavam os movimentos, sobretudo os épaulements nas grandes poses écarté e no debruçar do corpo na

petite pose.

O trabalho desenvolvido na secção de allegro, na Aula 9, visou a correção da receção do salto onde notámos dificuldades em realizar um só plié, sobretudo no pas échappé sauté e nos quatro

changements en tournant.

Reflexão das aulas 8 e 9

Devemos repetir o exercício de battement frappé com a mesma música até as alunas assimilarem a dinâmica do movimento. A Aluna 1 ainda não memorizou o exercício. O grand

adagio está pouco “dançado” e na próxima aula de lecionação autónoma deveremos fazer o

exercício para que as alunas vejam e assimilem a dimensão dos movimentos. Estão a realizar os movimentos “pequeninos” (deslocação no espaço, ports de bras, a altura do joelho no

battement enveloppé). Não controlam a descida da ½ ponta no battement soutenu.