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3. Metodologia de Ação

3.2 Instrumentos de recolha de dados e avaliação

No decorrer do estudo utilizámos alguns instrumentos que nos permitiram fazer uma recolha de dados organizada, próprios de uma avaliação qualitativa, que, como referimos no ponto anterior, nos permitiram fazer uma recolha e avaliação de dados de cada etapa, organizada, planificada e sistematizada, de forma a cumprir com os nossos objetivos.

Para Bisquera (1989), os instrumentos de avaliação são meios que nos permitem registar as observações realizadas. As diferentes ciências, foram desenvolvendo inúmeras ferramentas para se proceder à recolha de dados adaptada a determinado contexto, mas são os instrumentos de medida que nos facultam uma observação mais objetiva.

Assim, para cumprir com os objetivos do nosso estudo utilizámos as seguintes ferramentas de investigação:

- Diário de Bordo

Para Sousa (2005), um diário trata-se de um sistema de registo que se caracteriza por ser narrativo e descreve as observações que decorreram no momento de observação. O observador relata os comportamentos e acontecimentos diários que observa, sem ser necessário qualquer tipo de treino, apenas o domínio da linguagem.

No nosso diário de bordo (capítulo III) e na calendarização do estágio (c.f. Apêndice A), identificámos os momentos de observação (data, hora, duração, estúdio e assiduidade das alunas), descrevemos os acontecimentos que achámos relevantes no que diz respeito às alunas, à professora titular, à professora estagiária e ao músico acompanhador, exercícios realizados na aula, características da música e reação das alunas aos mesmos. Uma reflexão pessoal de modo a perceber o que devemos trabalhar ou modificar na nossa próxima intervenção pedagógica.

- Grelhas de observação

As grelhas de observação foram elaboradas segundo as observações feitas em contexto de aula e complementadas com as anotações do diário de bordo, tendo em conta os objetivos delineados para cada grelha, desenvolvemos os pontos a observar, de modo a atingir esses mesmos objetivos.

Foram criadas grelhas individuais (para cada aluna, c.f. apêndice D) e coletivas (para a turma, c.f. apêndice C, I), pois sendo o âmbito do nosso estudo a música na aula de técnica dança clássica, o fator grupo está sempre presente.

- Videogravação

Tratando-se de um contexto educativo onde a dança e a música se culminam, ou seja, o movimento e o som em simultâneo, o registo audiovisual é essencial no nosso estudo.

Sousa (2005) diz-nos que este é um instrumento indispensável na recolha de dados para a investigação na área da educação. Proporciona um registo bastante fiável por não se basear no ponto de vista do observador como as técnicas descritivas o fazem, tornando-se assim um instrumento de investigação quase infalível na medida em que permite que outros observadores

o podem analisar, rever e repetir a sua visualização as vezes que precisarem sem terem de se deslocar ao local onde se realizaram os acontecimentos. Permite ainda que façamos um estudo comparativo através da observação dos diferentes comportamentos sempre que é aplicada uma nova metodologia e regista todas as ações que podem ter passado despercebidas ao observador durante uma observação espontânea.

III - Plano de Ação – Apresentação e Análise de Dados

Todo o plano de ação foi delineado tendo em conta o Regulamento de Estágio do Curso de Mestrado em Ensino de Dança. O Regulamento de Estágio, Artigo 9º, nos pontos 1 e 2, determina uma carga horária realizada pelo mestrando, de “Sessenta horas anuais distribuídas ao longo de dois semestres letivos” repartidas em “oito horas de observação estruturada; oito horas de participação acompanhada; quarenta horas de lecionação; quatro horas de colaboração em outras atividades pedagógicas realizadas na escola cooperante.” (ESD, 2012, p. 4). Esta prática é exercida de acordo com a disponibilidade da escola cooperante respeitando o protocolo estipulado.

Termos realizado a fase de observação maioritariamente na primeira fase do estágio permitiu- nos, através das grelhas de observação e das observações recolhidas no diário de bordo (que se encontram ao longo deste capítulo), determinar o plano de ação, ou seja, delinear os planos de aula, com a vantagem de ter uma ação mais eficaz, tanto durante a participação acompanhada como na fase de lecionação individual.

A Professora Titular, Luísa Vendrell, acolheu o estágio de uma forma muito generosa deixando- nos extremamente à vontade para intervir sempre que necessário, pedir conselhos, sugestões e esclarecer dúvidas.

Desta forma e porque entendemos que tínhamos a necessidade de acompanhar sempre a turma, dado que na fase dos testes não era possível fazer qualquer tipo de intervenção, realizámos mais horas de observação do que as solicitadas no Regulamento do Estágio. No nosso entender foi importante e uma mais-valia para o nosso domínio dos conteúdos.

Assim, a nossa prática pedagógica foi repartida ao longo do ano letivo de 2016-2017, em harmonia com os requisitos exigidos e em articulação com a disponibilidade do calendário escolar, respondendo às necessidades dos conteúdos programáticos, à disponibilidade da Professora Titular, às necessidades da turma bem como às outras atividades desenvolvidas pela EADCN.

O 3º ano, de acordo com a estrutura curricular prevista para o 3º ciclo (nível intermédio), 3º ano da EADCN (c.f. anexo A) e estando inserido no regime de ensino integrado, conta com aulas de técnica de dança clássica diárias com duração de 1h30.

O horário das aulas de TDC, da turma de 3º ano/B, decorreu de 2ª a 6ª das 8h15 – 9h45. A nossa participação em outras atividades escolares teve a duração de 6 horas. Foi realizada durante a oficina coreográfica do 2º período. Colaboramos com a secção de Guarda Roupa, na preparação dos figurinos, organização dos camarins e também nos ensaios no Auditório da Fundação Oriente, respeitando sempre as necessidades da escola.