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Brand Criação e lançamento de

marcas, comunicação de marcas, produção multimédia, design e publicidade, etc.

ANEXO 3 – Mix da Comunicação

ANEXO 4 –

Mailing

enviado às empresas para apresentação do projecto das BUTE

Exmo.

Depois do enorme sucesso da implantação em Braga e Guimarães das BUTE, bicicletas para utilização estudantil reservada a alunos e docentes universitários, impunha-se o seu lançamento nacional. Ele aí está, constituindo simultaneamente a mais importante novidade no panorama dos novos media publicitários.

Convidamo-lo, por isso, a dedicar alguns minutos à apresentação multimédia das BUTE, que anexamos, e ao plano de lançamento a que poderá associar a sua marca.

Neste sentido, gostaríamos que nos recebesse para, em breve reunião, sugerirmos a melhor utilização das BUTE no cumprimento dos seus objectivos.

Privilegiando o market intelligence, temos vindo a investir na pesquisa e formatação de meios inovadores, detendo hoje uma carteira de suportes publicitários única considerando o elevado índice de retorno que proporcionam.

Com uma vasta experiencia em comunicação, a ADS Media é um parceiro especializado na criação de estratégias de comunicação e gestão de novos media, com uma equipe superior e apostada em prestar-lhe um serviço de excelência.

Ao propor-lhe a formulação do plano de meios de comunicação da sua marca em conjugação com o lançamento nacional das BUTE em 2008/2009, estamos a garantir-lhe uma oportunidade única de multiplicação do retorno.

Entrevista a Ricardo Pires

Director de Mobilidade da IdeiaBiba

1. Tem alguns dados disponíveis sobre o número de pessoas que requisitaram a BUTE na Universidade do Minho, no presente ano lectivo? (2008/2009)

R: Braga e Guimarães - Número total de estudantes inscritos: 1144 - Número total de docentes Inscritos: 72 - Número total de funcionários Inscritos: 35

2. Há um número significativo de utilizadores de nacionalidade estrangeira? Ou os estudantes/docentes são essencialmente portugueses?

R: Em relação aos estudantes, 90% são estrangeiros, fruto de estratégia específica. Docentes e funcionários são na totalidade nacionais.

3. Um estudo recente (Eurobarómetro) indica que “os portugueses são os que

menos andam de bicicleta” na União Europeia. Quais são as principais medidas a

tomar, na sua opinião, para incentivar essa mudança de hábitos e mentalidades?

R: A iniciativa apresenta como principais objectivos da Eco – Mobilidade (com vista à redução da emissão de gases poluentes, bem como a uma melhor afectação dos recursos): a garantia de se proporcionar um meio de mobilidade a todo o universo académico, criando assim uma mais-valia para todos os utilizadores da BUTE; reduzir o número de carros no campus universitário; incrementar o número de utilizadores de bicicletas e, assim, reforçar a mudança de mentalidades (no sentido de se combater o sedentarismo, promovendo um meio de locomoção amigo do ambiente).

4. Galardoada em 2008 com o Prémio Nacional “Mobilidade em Bicicleta”, a BUTE revela-se como um projecto que pretende sensibilizar as pessoas para a situação actual do nosso planeta, em termos ambientais; incentivando-as a utilizarem menos o automóvel, privilegiando a bicicleta. Pensa que os portugueses estão preparados para deixar o automóvel na garagem? E as cidades portuguesas, estão preparadas para receber os utilizadores da BUTE nos seus centros urbanos?

R: Não! Objectivamente Portugal tem um elevado défice de infra-estruturas. Verifica-se, por exemplo, a não existência de ciclovias o que dificulta o uso da bicicleta por parte dos cidadãos, nas suas deslocações diárias, inexistência de legislação para o uso das bicicletas e dedução em sede de IRS como acontece em outros países da Europa. Torna-se, portanto, crucial alterar estas questões a nível nacional para podermos mudar as mentalidades nestes aspectos de mobilidade. A BUTE tenta contribuir para essa mudança não só com a distribuição do meio (bicicleta) mas também com a instalação de estações de parqueamento e uma Box - Assistência, servindo de apoio à manutenção do equipamento do projecto mas aberto a outros utilizadores de bicicletas

5. Algumas cidades europeias desenvolveram outros sistemas de bicicletas de aluguer, sendo o sistema Cyclocity de JCDecaux, um exemplo. As diferenças entre este sistema de bicicletas partilhadas e as BUTE são várias. Mas a principal prende-se porém, com o facto de que, ao contrário daquelas, as BUTE são gratuitas. Nunca fez parte dos planos da IdeiaBiba desenvolver um projecto em que os utilizadores tivessem que pagar para poder utilizar a BUTE? Não seria mais fácil suportar os custos inerentes ao projecto deste modo?

R: Inicialmente não! O projecto foi desenhado para ser totalmente financiado pelos suportes publicitários, no entanto e após o feedback dos patrocinadores verificamos que teria de se fazer uma reformulação ao projecto para suportar parte dos custos referentes ao equipamento. No entanto o que poderá ser mais fácil, através do pagamento de um valor de baixo custo pela bicicleta por parte dos utilizadores, poderão existir várias resistências para a implementação do mesmo.

6. O projecto BUTE está agora suspenso, tendo sido a crise económica apontada como um dos factores responsáveis por esta situação. Pensa que noutras condições económicas, as empresas teriam mais facilmente aderido à parceria com as BUTE? Não haverá ainda uma certa apreensão por parte dos anunciantes, face a este novo suporte publicitário?

R:Com certeza que sim. Analisando e compreendendo as estratégias publicitárias das marcas nesta fase de crise em que a necessidade de anunciar aumenta por pressão do escoamento de produtos e/ou serviços e no sentido inverso os budget diminuem percebemos que será difícil apostar num meio novo. A BUTE trata-se de um suporte publicitário associado à eco- mobilidade urbana mais concretamente à bicicleta. O desenvolvimento deste produto publicitário além do elemento publicitário bicicleta, tem associados outros elementos que derivam da necessidade de infra-estruturas para a satisfação das campanhas a realizar. É um suporte inovador, na medida em que conjuga um meio de transporte ecológico com uma imagem “cool” e jovem com um suporte publicitário móvel e apelativo, no entanto como é óbvio tudo o que é novo e “alternativo” tem muitos problemas de se impor no mercado.

7. Afirma no comunicado relativo à suspensão das BUTE que um “novo modelo de bicicletas” será a nova aposta do projecto, no sentido de reduzir os custos de produção. Pode adiantar outras “soluções e alternativas” que estão a desenvolver para “readaptar e reformular o projecto às condicionantes actuais”?

R: A nossa proposta, e através desta reestruturação do projecto BUTE, passa pela introdução do novo conceito Utilizador-Pagador. O utilizador passa a ser imediatamente o proprietário da bicicleta: O modelo de bicicleta será um conceito único, igual para todas as universidades aderentes ao projecto mas personalizadas a cada instituição. Com um design exclusivo, e com a introdução de diversas soluções inovadoras. Com isto pretendemos manter a BUTE como um projecto identificado exclusivamente com a comunidade académica, que serve os mesmos propósitos iniciais do projecto BUTE. A aquisição deste modelo é exclusivo do meio académico universitário, onde se inclui os alunos, docentes e funcionários das Universidades.

Ao ser proprietário, vai-lhe permitir:

- fazer a gestão e utilização da bicicleta como entender, ao contrário do que existia inicialmente no projecto BUTE, através da realização de um contrato que agora deixa de existir, garantindo uma maior liberdade na utilização da bicicleta. - não existe obrigatoriedade de comparecer às chamadas para as campanhas publicitárias, na eventualidade de existirem.

- opção de adesão para inclusão de campanhas publicitárias na bicicleta da qual é proprietário, revertendo para si, parte do valor do aluguer do espaço que existe na bicicleta. Esta será uma excelente solução para a amortização da própria bicicleta, e eventualmente uma fonte de rendimento.

- sendo o proprietário, já não existe a eventual perca do direito à utilização da BUTE por não circular com a bicicleta, conforme estava estipulado no contrato.

A IdeiaBiba, apresentando esta solução, continua a comprometer-se na comparticipação de uma parte do custo total da bicicleta, de forma a garantir um produto de qualidade, acessível a grande parte do target do projecto BUTE.

Especificações Técnicas da nova BUTE:

Bicicleta Modelo RYK (Recycling Koncept). Foi projectada para ser inovadora no “universo” das bicicletas, em todos os aspectos, entre eles destacamos:

- Design, Estrutura, Soluções, Ecológica, Simplificada.

Quadro: Laminado colado (Patente IdeiaBiba): O material designado por laminado colado é obtido por colagem de pranchas (ou lâminas) de madeira sobrepostas e topo a topo, de modo a

formar uma peça de maiores dimensões e com melhores propriedades mecânicas (maior resistência). Outra vantagem dos laminados colados face à madeira maciça é a possibilidade de construir peças de eixo curvo e de secção variável ao longo do comprimento. A colagem é feita através de resinas à base de formaldeído.

Cor: Conforme decoração específica; Pneus: City (asfalto);

Mudanças: Cassete de 6 velocidades;

Travões: V-brake (frente e trás accionados por manetes); Infra-estruturas:

Com a venda directa do novo modelo BUTE, a IdeiaBiba continua a assegurar a implementação de infra-estruturas específicas que já estavam previstas no projecto inicial.

Entrevista a Nélson Soares

Ex-director geral da ADS Comunicação

Responsável pela comercialização das BUTE na ADS Comunicação

1. Quais são, na sua opinião, as características que fazem das BUTE um suporte publicitário privilegiado?

O faz da BUTE um meio publicitário privilegiado é a sua novidade, dando uma nova expressão ao conceito de “publicidade em movimento”. Para além disso, as boxes, a instalar na

universidade e nas cidades, para estacionamento das bicicletas podem também receber muppies, conferindo maior potencial ao meio.

2. Quais são os principais suportes publicitário concorrentes da BUTE?

Directamente não têm concorrência. São uma alternativa aos meios tradicionais. Num segmento próximo encontramos o “smart advertising”, se pensarmos em “publicidade em movimento” e a JCD na perspectiva dos muppies.

3. Qual o público-alvo deste suporte? Está essencialmente orientado para

estudantes e docente universitários ou pode, na sua perspectiva, chegar a outro tipo de públicos?

Não está de maneira nenhuma orientado só para a comunidade universitária. Não faria sentido se assim fosse. As bicicletas andam na rua e quantas mais existirem mais potencial o meio adquire, já que poderá tocar mais gente.

4. Apesar de um árduo investimento na procura de parceiros/anunciantes para o suporte, a angariação de publicidade revelou-se sem sucesso. Aponta o factor crise como principal responsável para este desfecho? Que outros factores apontaria?

O primeiro modelo de gestão é que se revelou um insucesso. A empresa detentora das bicicletas só aceitava avançar para a sua compra e posterior colocação no terreno após garantir contratos publicitários. Procurou-se um ou dois sponsors que cobrissem o

investimento, que se revelava avultado. O discurso da crise, que coincidiu com o lançamento do projecto, não ajudou. O facto de ser um meio novo, sem resultados apresentados, também inibiu alguns investidores de renome, nacional e internacional, que se mostraram interessados. Mas é óbvio já, para todos, que o paradigma de gestão tem de mudar.

5. Um estudo recente (Eurobarometer, Julho 2007) indica que “os portugueses são os que menos andam de bicicleta” Pensa que este facto terá provocado uma certa apreensão por parte dos Anunciantes?

Não creio. Não só porque esta é uma realidade em profunda transformação, mas sobretudo porque as Bute se destinam a utilizadores de um universo especifico, que até inscrevem em listas de espera para delas poderem usufruir.

6. Como descreveria o desempenho da ADS Comunicação na comercialização das BUTE? Foi estimulante acompanhar e trabalhar num projecto deste género? O que mais o cativou?

Trabalhar em projectos desta natureza, inovadores em várias áreas, pode revelar-se ingrato em alguns momentos, mas é igualmente muito motivador, já que estimula o intelecto, a agilidade mental e, por consequência, faz-nos crescer em experiência e no conhecimento integral de todas as variáveis que podem interferir num projecto de comunicação.

Entrevista a Rui Rocha

Estudante e utilizador da BUTE na Universidade do Minho

1. Quais foram os principais motivos que o levou a aderir a uma BUTE?

Poupança e vontade de fazer exercício físico, por esta ordem. Tinha carro, por isso não tinha problemas de mobilidade, mas com o bom tempo - e dado que estava algo obcecado com o físico (nesses tempos ia todos os dias ao ginásio) - decidi andar de bicicleta. Morava a uns 15 minutos de bicicleta, por isso a viagem fazia-se bem.

Não aderi à BUTE pela BUTE, tenho de sublinhar. Queria uma bicicleta, e essa opção era a mais barata (de borla, mesmo :P). Entretanto, talvez um mês depois de ter a BUTE, encontrei na rua uma bicicleta de montanha abandonada e pus a BUTE de parte.

2. Acha este meio de transporte vantajoso em relação ao automóvel? (Adaptando à tua situação em concreto)

O automóvel é mais cómodo, e não há condução como a de um carro. Mas a bicicleta é o meu meio de transporte favorito quando está bom tempo e não há muito declive. Braga tem algum, mas aquela zona onde conduzia era relativamente plana, por isso foi uma excelente opção.

3. Na sua opinião, porque é que as pessoas não utilizam mais as bicicletas para se deslocarem dentro das cidades?

Provavelmente é algo cultural. Em Amesterdão quase toda a gente conduz bicicleta, por exemplo. Aveiro, que é uma das nossas cidades mais planas, tem um programa municipal de bicicletas gratuitas mas aquilo não deu grande sucesso e está ao abandono agora. Portugal é um dos países europeus com mais automóveis per capita, apesar de ser um dos países mais pobres. Racionalmente seríamos tentados a andar mais de bicicleta ou outros transportes públicos, mas parece que apesar de recebermos menos dinheiro compramos mais carros (e mais caros, porque temos impostos mais elevados).

4. Sentia-se inseguro quando andava de BUTE em Braga?

Não andava de noite, por isso não. Ainda assim, como morava em Sta. Tecla, passava por um bairro social de ciganos e tinha algum receio, porque levava o computador comigo. Mas essa parte só durava menos de um minuto, seguia-se bem. Também não fazia sempre o mesmo percurso, para que eventuais assaltantes não me vissem demasiadas vezes.

5. Sente que é necessária uma boa condição física para andar de bicicleta em Braga? (Nomeadamente no que concerne os declives do solo)

Em Braga não sei dizer, porque fazia apenas aquele meu trajecto. Mas nesse trajecto era preciso, sim. Eu ia de Sta. Tecla até ao Feira Nova, seguia para a Quinta da Armada (é este o nome?) e depois entrava pela zona do hospital psiquiátrico da UM. Havia ali partes mais complicadas, mas no geral fazia-se bem. Braga não é das cidades mais inclinadas de Portugal (Coimbra, Lisboa e Porto são bem mais); é uma boa cidade para conduzir bicicletas, apesar de não haver via vermelha na maior parte dos passeios (sei que há ali perto de Lamaçães, mas não sei de mais).

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