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BRAZILIA SOLAR POTETIAL RESOURCES OF SOLAR EERGY I BRAZIL

No documento 20 a 23 de Outubro de 2010 (páginas 164-169)

BRAZIL

Neris, V.; G. Santarine, G. A.

Departamento de Física – Instituto de Biociências e Ciências Exatas – Universidade Estadual Paulista

RESUMO

O aumento do consumo de energia é a principal causa do crescimento concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. Nesse sentido fontes de energia renováveis apresentam-se como excelentes alternativas, uma vez que, além dos benefícios econômicos, os impactos ambientais são bem menores. Embora o Brasil possua grande potencial para exploração de energia solar e eólica, ambos ainda são subutilizados. Estabelecer uma política de desenvolvimento sustentável e exploração comercial desses recursos, para o setor energético brasileiro requer o levantamento de um quadro metodológico visando subsidiar tomadas de decisões políticas quanto a utilização da energia solar para os potenciais investidores em médio e longo prazo.

Palavras-chave: Potencial solar brasileiro, energia solar, energia alternativa, irradiação solar

ABSTRACT

The increase in energy consumption is the main cause of growth concentration of greenhouse gases in the atmosphere. In this sense renewable energy sources present themselves as excellent alternatives, since, besides the economic benefits, environmental impacts are much smaller. Brazil has great potential for exploration of solar and wind, both are still underused. Establish a policy of sustainable development and commercial exploration these resources, brazilian energy sector requires the lifting of a methodological framework in order to support political decision- making regarding the use of solar energy for potential investors in medium and long term.

1. Introdução

Pesquisas mostram o crescente consumo de energia como causa principal do aumento da concentração de gases do efeito estufa na atmosfera. Nesse sentido, as fontes de energias renováveis apresentam-se como excelentes alternativas, uma vez que, além dos benefícios econômicos, seus impactos ambientais são comprovadamente menores. Embora o Brasil disponha de grande potencial para o aproveitamento energético solar e eólico, ambos são, ainda, pouco aproveitados. No entanto, para que se estabeleça uma política sustentável de desenvolvimento e exploração comercial desses recursos, o setor energético brasileiro não poderá prescindir de desenvolver ferramentas metodológicas que tracem um perfil do potencial solar brasileiro para subsidiar a tomada de decisões para potenciais investidores, a fim de se reduzir perdas econômicas de curto, médio e longo prazo.

2. Objetivos

Discutir dados relativos a radiação solar incidente no Brasil e inferir sobre o potencial energético solar brasileiro disponível para a produção de energia limpa, a partir dos mapas solarimétricos apresentados no Atlas Brasileiro de Energia Solar, bem como no Atlas Solarimétrico do Brasil.

3. Materiais e Métodos

Este trabalho foi desenvolvido a partir de dados observados nos mapas com médias anual e sazonais do total diário de irradiação solar no Brasil, do Atlas Brasileiro de Energia Solar [1] e

do Atlas Solarimétrico do Brasil [2]. As estimativas de irradiação solar apresentadas em ambos os Atlas são aplicações do modelo de transferência radiativa Brasil-SR [3], baseado em 10½ anos de dados de variáveis climatológicas e dados de imagem do satélite GOES. Também foram utilizados dados referentes à variabilidade média anual, inter-anual, sazonal e intra-sazonal, determinadas matematicamente como descritas em [4].

4. Resultados

As informações contidas nos mapas de média anual da radiação solar [2], potencial solar por região [2] e a variabilidade anual do fluxo de radiação solar global no território brasileiro [1] mostram que a região mais promissora é o Nordeste, com destaque para o Vale do São Francisco, cuja incidência é superior a 6 kWh/m2/ano. Mesmo nos dias mais nublados, no Ceará, a incidência de radiação solar é de 4,5 kWh/m2/dia. De acordo com [5], para se ter uma idéia do potencial solar a seguinte comparação foi feita: se toda a área alagada da Usina de Itaipu (170 km2) fosse coberta com coletores solares, isso seria suficiente para produzir cerca de 1,25x105 GWh/ano ou metade o consumo total de energia do País (3,0x105 GWh/ano).

5. Considerações Finais

A análise dos mapas mostra que o fluxo de radiação solar global incidente no território brasileiro são superiores aos da maioria dos países da União Européia onde projetos para aproveitamento de recursos solares são amplamente disseminados [5]. As características climáticas de cada região geográfica do país apresenta forte influência na disponibilidade de

solar incidente. É importante ressaltar que mesmo as regiões com menores índices de radiação apresentam grande potencial de aproveitamento energético, como mostram os trabalhos de [6]. O aproveitamento desse recurso, entretanto, ainda é restringido pelo alto custo da tecnologia, que precisa ser importada. Contudo, segundo [5], estima-se que em cinco anos o custo do KW instalado seja competitivo com os produzidos através de fontes de energias convencionais.

6. Referências Bibliográficas

[1] PEREIRA, E. B.; MARTINS, F. R.; ABREU, S. L.; RÜTHER, R. Atlas brasileiro de energia solar. São José dos Campos: INPE, 2006.

[2] TIBA, C. Atlas Solarimétrico do Brasil – banco de dados terrestres. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2000.

[3] MARTINS, F. R.; PEREIRA, E. B.; ABREU, S. L.; COLLE, S. Satellite-derived solar resource maps for Brazil – SWERA project. Solar Energy, in press, 2006.

[4] MARTINS, F. R.; PEREIRA, E. B.; SILVA, S. A. B.; GUARNIERI, R. A. Variabilidade e tendências regionais dos recursos de energia solar no Brasil. In: CONGRESSO

BRASILEIRO DE METEOROLOGIA, XIV - (CBMET), Florianópolis, SC. Proceedings 2006.

Papel. (INPE-14321-PRE/9409). Disponível em:

[5] PEREIRA, E. B.; Um mapa do potencial solar e eólico. [março, 2005]. Entrevistador: Herton Escobar. O Estado de São Paulo, São Paulo, 14 março 2005. Seção Geral.

[6] CONFERÊNCIA REGIONAL SOBRE MUDANÇAS GLOBAIS: AMÉRICA DO SUL, 3. São Paulo, 2008.

TRABALHADO O MEIO AMBIETE A UIDADE DE PRODUÇÃO

No documento 20 a 23 de Outubro de 2010 (páginas 164-169)

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