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Nesta subseção é apresentada uma breve discussão dos 10 artigos mais citados sobre os motivadores e os 7 mais citados sobre as barreiras a adoção das práticas de GSCM. Utilizando a palavra chave “green supply chain management” and “driver” na base de dados Scopus (tal pesquisa foi elaborada em julho de 2013) a sequência dos artigos mais citados sobre os motivadores a adoção das práticas de GSCM são:

Zhu e Sarkis (2006) estudaram três setores industriais na China e concluíram que as empresas inseridas nesse contexto possuem fortes motivadores, tais como marketing, fornecedores e concorrência. O trabalho também destaca que os mesmos sofrem muitas pressões para adotarem as práticas de GSCM, entretanto não conseguiram identificar as relações existentes entre os motivadores e práticas específicas.

Zhu, Sarkis e Lai (2007) também analisaram empresas chinesas e concluíram que elas estão atrasadas na adoção das práticas de GSCM, especialmente com relação as compras verdes e cooperação com os clientes. Como resultados constataram que os fatores motivadores e as pressões incidentes sobre tais empresas são as regulamentações, o mercado, os fornecedores e os fatores internos.

Walker, Sisto e Mcbain (2008) estudaram as barreiras e motivadores e concluíram que as empresas pesquisadas possuem vários motivadores e obstáculos a adoção das práticas de GSCM e que eles podem ser internos e externos. Identificaram ainda, que existem mais motivadores externos (regulamentações, consumidores, concorrência e sociedade) do que internos (fatores organizacionais).

Lee (2008) investigou os fatores motivadores que facilitam os fornecedores de pequenas e médias empresas a tomarem voluntariamente iniciativas de GSCM, como resultado o autor obteve que os principais motivadores são o envolvimento do governo e os clientes.

Holt e Ghobadian (2009) comprovaram que os motivadores regulamentadores exercem mais pressões sobre as empresas do que os sociais. Os autores ainda concluíram que as pressões menos influentes estão relacionadas aos motivadores sociais a adoção das práticas de GSCM e às pressões dos clientes.

Diabat e Govindan (2011) inferiram que os motivadores envolvidos na adoção das práticas de GSCM são as regulamentações governamentais e a logística reversa para

conquistar a colaboração dos designers de produtos e fornecedores para eliminar impactos ambientais dos produtos.

Nawrocka (2008) concluiu que as melhorias ambientais somente serão visíveis na GSCM se existirem fatores motivadores, tais como as regulamentações caso elas contribuam sem muitas restrições.

Brik, Mellahi e Rettab (2013) em seus resultados mostram que as regulamentações do governo local, concorrentes e os clientes não estão associados significativamente com as práticas de GSCM e estes impõem uma forte pressão sobre as empresas nas economias emergentes.

Wu, Ding e Chen (2012) concluíram que as empresas devem fazer pleno uso do suporte organizacional, capital social e envolvimento do governo, os quais são motivadores para adotar as práticas GSCM.

Hsu et al. (2013) inferiram que as regulamentações, pressões da concorrência, dos clientes e pressões de responsabilidade coletiva sociocultural representam os motivadores para convencer empresas nos países em desenvolvimento a adotar várias práticas e iniciativas de GSCM e o impacto dos motivadores são mais intensos nas compras verdes, design para o meio ambiente e logística reversa.

Tendo em vista essas citações da literatura internacional, pode-se perceber que os principais motivadores a adoção das práticas de GSCM identificados e que mais se destacam são as regulamentações, o mercado, os clientes e a concorrência.

Quanto aos artigos encontrados como barreiras, utilizando a palavra chave “green supply chain management” and “barrier” foi localizado Walker, Sisto e McBain (2008) que concluíram que as barreiras (tais como, custos e falta de legitimidade) são em menor número do que os motivadores.

Thun e Muller (2010) identificaram que as principais barreiras internas localizadas na indústria automotiva alemã são as alterações ambientais, falta de aceitação dentro da empresa e custos elevados. Assim, os esforços devem ser realizados no intuito de mudar a atitude em relação à GSCM e suavizar mal-entendidos. Quanto às barreiras externas são os diferentes atos e regulamentações ambientais.

Luthra et al. (2011) identificaram na indústria automobilística indiana 11 barreiras que são a concorrência no mercado e incertezas, a falta de implantação de práticas verdes, as implicações de custos, desconhecimento de clientes e relutância do fornecedor para mudar para a GSCM, resistência à tecnologia, falta de organização, encorajamento e má qualidade

dos recursos humanos, falta de sistemas de apoio do governo, falta de comprometimento da alta direção e falta de implantação de um setor de tecnologia da informação.

Moosgard, Riisgaard e Huulgaard (2013) identificaram que as barreiras que influenciam no esverdeamento da cadeia são o conhecimento e o tempo de influência das práticas, expectativas negativas ao implantarem as práticas de GSCM e falta de demanda por produtos.

Para Mathiyazhagan et al. (2013) algumas das principais barreiras identificadas em dez indústrias de componentes do setor automobilístico da Índia são a conscientização do cliente e a pressão dele sobre a GSCM, descrença sobre os benefícios ambientais, a falta de profissionais de exposição do sistema verde, fraco comprometimento de fornecedores dispostos a trocar informações, medo do fracasso, falta de novas tecnologias, materiais e processos, falta de consciência sobre a logística reversa, não-disponibilidade de empréstimos bancários para incentivar produtos e processos verdes, falta de cursos de formação, consultoria, instituições para treinar, monitorar e orientar o andamento específico para cada setor, menor envolvimento em programas relacionados com o ambiente e reuniões.

O estudo ainda aponta que as empresas precisam se atentar e priorizar ações para remover essas barreiras, devem insistir em materiais mais sustentáveis e seus fornecedores também devem promover a importância de ser verde, por meio da organização de conferências ou seminários relacionados com o tema meio ambiente.

Os resultados da pesquisa de Mehrabi et al. (2012) indicam que a falta de entendimento entre as partes interessadas da cadeia de suprimentos é a barreira mais importante na adoção das práticas de GSCM e as menos importantes são a concorrência e incertezas.

Giunipero, Hooker e Denslow (2012) indicaram como resultados que as iniciativas da alta gestão e regulamentações governamentais atualmente são os mais importantes motivadores, enquanto os investimentos em sustentabilidade e incerteza econômica são considerados barreiras aos programas de adoção das práticas SGCM.

Tendo em vista essas citações da literatura internacional, pode-se perceber que as principais barreiras à adoção das práticas de GSCM identificadas pelos autores são os custos e relacionamento com os fornecedores.

2.4 LEGISLAÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS PERTINENTES ÀS BATERIAS

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