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A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu, em 1946, saúde como um ”estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de

doença”.

A actividade física é tradicionalmente definida como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que aumente substancialmente o consumo de energia (ACSM, 2001).

A actividade física, realizada de forma adequada, pode e deve ser utilizada tanto na prevenção primária como na secundária de muitas doenças. Porém, Barata (1997), defende que apesar de o exercício ser “uma componente essencial da terapêutica e

reabilitação de muitas doenças que dele beneficiam, é ainda muito mais importante na prevenção dessas mesma doenças”.

Considera-se o conjunto de actividades pertencentes à área do Fitness, como variadas formas de exercício físico, cujos objectivos essenciais conseguem dar resposta ao desenvolvimento de estruturas biológicas, que concorrem para a manutenção e promoção da saúde, da condição física e do bem-estar (Franco & Santos, 1999).

O conceito de “Fitness” não deixa muita margem de manobra à sua tradução para os diversos idiomas, aceitando-se que, a tradução para português corresponda a condição física. (Franco & Santos, 1999).

A Ginástica Localizada é uma modalidade de Fitness onde o indivíduo repete séries de exercícios que utilizam sobrecarga do próprio corpo e/ou de pesos livres (halteres, barras e caneleiras) para criar resistência muscular (Costa, 2000), podendo ainda ser utilizados elásticos como forma de sobrecarga.

Nas actividades de grupo, quase sempre, os exercícios realizados são acompanhados com música, o que permite motivar os alunos (Karageorghis & Deeth,

com os exercícios, marcar o ritmo de execução dos exercícios e ainda ter um maior controlo sobre o número de repetições realizadas ou o tempo no exercício (Franco & Santos, 1999).

De uma forma geral podemos considerar a Ginástica Localizada como um método de ginástica que utiliza exercícios específicos e localizados, com ou sem equipamento, realizados ao ritmo de música motivante, para o desenvolvimento e/ou manutenção da força e resistência muscular Localizada.

Para leccionar uma aula de Ginástica Localizada o professor deve seguir uma estrutura previamente definida. De referir que no entanto, a mesma poderá sofrer ligeiras alterações com o desenrolar da aula (Costa, 2000), essa estrutura assenta nas seguintes fases:

O aquecimento que é caracterizado por ser uma fase inicial, onde o principal objectivo é a preparação do indivíduo para a prática de actividade física, visando optimizar a sua performance para a fase fundamental, como também protegê-lo para a ocorrência de possíveis lesões.

A fase fundamental que como a própria terminologia propõe, esta fase intermédia é responsável por desenvolver os conteúdos específicos visando atingir os objectivos gerais e específicos previamente planeados e definidos.

O alongamento/relaxamento é a fase final e tem como prioridade restabelecer o indivíduo do esforço exigido durante a fase fundamental, evitando a manutenção dos processos de fadiga ou apenas minimizando os efeitos desses processos, com isso optimizando também a sua melhoria, o progresso da performance.

Vários autores referem algumas preocupações relacionadas com a intervenção pedagógica, que devem ser levadas em consideração, na leccionação de uma aula de Ginástica Localizada.

Kennedy e Yoke (2005), referem que para optimizar a aprendizagem dos praticantes, bem como manter a sua adesão à prática, os instrutores de Fitness devem

adoptar nas suas aulas comportamentos relacionados com a emissão de feedbacks positivos, criando assim um clima positivo.

Por sua vez, Francis e Seibert (2000), afirmam que os comportamentos pedagógicos devem ser uma preocupação dos instrutores de Fitness. Estes autores vão ainda mais longe afirmando que a emissão de feedbacks específicos e imediatos tornam-se um instrumento de extrema importância a utilizar nas aulas como forma de melhorar a performance dos alunos.

Os mesmos autores referem ainda que a emissão de feedbacks regulares e positivos, são um suporte de influência para motivar e manter os alunos na aula.

6 HIPÓTESES DE ESTUDO

Considerando que Simões e Franco (2006) verificaram não existir diferenças significativas entre instrutores experientes e inexperientes na actividade de Body

Pump, nas dimensões momento de ocorrência, retrospectiva, forma, objectivo e

afectividade relativamente à frequência de emissão de feedbacks, assim formulam-se as seguintes hipóteses:

Hipótese 1 – Não existem diferenças significativas na frequência de emissão de feedback entre os sujeitos com diferentes anos de experiência profissional (como

instrutor de Fitness com 3 anos de experiência; com + 3 a 5 anos de experiência; com > 5 anos de experiência) nas aulas de Localizada, na dimensão momento de ocorrência, nas categorias:

a) concorrente; b) terminal imediato; c) terminal retardado.

Hipótese 2 – Não existem diferenças significativas na frequência de emissão de feedback entre os sujeitos com diferentes anos de experiência profissional (como

instrutor de Fitness com 3 anos de experiência; com + 3 a 5 anos de experiência; com > 5 anos de experiência) nas aulas de Localizada, na dimensão retrospectiva, nas categorias:

a) acumulado; b) separado.

Hipótese 3 – Não existem diferenças significativas na frequência de emissão de feedback entre os sujeitos com diferentes anos de experiência profissional (como

instrutor de Fitness com 3 anos de experiência; com + 3 a 5 anos de experiência; com > 5 anos de experiência) nas aulas de Localizada, na dimensão forma, nas categorias:

a) auditivo; b) visual; c) quinestésico;

d) misto auditivo-visual; e) misto auditivo-quinestésico;

f) misto visual-quinestésico;

g) misto auditivo-visual-quinestésico.

Hipótese 4 – Não existem diferenças significativas na frequência de emissão de feedback entre os sujeitos com diferentes anos de experiência profissional (como

instrutor de Fitness com 3 anos de experiência; com + 3 a 5 anos de experiência; com > 5 anos de experiência) nas aulas de Localizada, na dimensão objectivo, nas categorias:

a) avaliativo positivo; b) avaliativo negativo; c) prescritivo positivo; d) prescritivo negativo; e) descritivo positivo; f) descritivo negativo; g) interrogativo.

Hipótese 5 – Não existem diferenças significativas na frequência de emissão de feedback entre os sujeitos com diferentes anos de experiência profissional (como

instrutor de Fitness com 3 anos de experiência; com + 3 a 5 anos de experiência; com > 5 anos de experiência) nas aulas de Localizada, na dimensão afectividade, nas categorias:

a) positivo; b) negativo.

Vários estudos (Armstrong, 1977, Armstrong & Hoffman, 1979, in Piéron, 1999; Cloes, Deneve & Piéron, 1992, in Rosado, 1997; Harari, 1986, in Piéron, 1999; Rosado, 2000), têm demonstrado que a experiência profissional e as habilitações académicas têm influência no processo de diagnóstico e de prescrição pedagógica, tendendo os profissionais mais experientes e qualificados a ter uma maior competência neste processo.

Considerando que na dimensão direcção, categoria grupo os autores Simões e Franco (2006), verificaram existirem diferenças significativas entre instrutores experientes e inexperientes na actividade de Body Pump, relativamente à frequência de emissão de feedbacks, sendo os instrutores experientes a emitir mais este tipo de

categoria feedback seguido de observação, entre instrutores estagiários e profissionalizados na actividade voleibol, relativamente à frequência de emissão de

feedbacks, sendo os instrutores profissionalizados a emitir mais este tipo de feedback;

são construídas assim as seguintes hipóteses:

Hipótese 6 – Existem diferenças significativas na frequência de emissão de feedback entre os sujeitos com diferentes anos de experiência profissional (como

instrutor de Fitness com 3 anos de experiência; com + 3 a 5 anos de experiência; com > 5 anos de experiência) nas aulas de Localizada, na dimensão direcção, nas categorias:

a) individual; b) grupo; c) classe.

Hipótese 7 – Existem diferenças significativas na frequência de emissão de feedback entre os sujeitos com diferentes anos de experiência profissional (como

instrutor de Fitness com 3 anos de experiência; com + 3 a 5 anos de experiência; com > 5 anos de experiência) nas aulas de Localizada, na dimensão acompanhamento da prática consequente ao feedback, nas categorias:

a) feedback isolado;

b) feedback seguido de observação; c) ciclo de feedback.

7 METODOLOGIA

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