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No documento Rodada #1 Direito Empresarial (Comercial) (páginas 49-77)

QUESTÃO 1 - CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MPE-AC - 2014

A edição do Código Francês de 1807 é considerada o marco inicial do direito comercial no mundo.

Surgimento do direito comercial:

a) Antiguidade: muitas normas esparsas sobre atividade comercial existiram desde a Antiguidade, a exemplo do Código de Hammurabi, na Babilônia (século XVIII a.C.);

b) Direito Romano: na história do sistema jurídico romano  desde a fundação de Roma (século VIII a.C., supostamente), até a codificação de Justiniano (século VI d.C.) , houve normas que disciplinavam relações de comércio entre particulares, mas não chegaram a constituir um direito autônomo;

c) Surgimento do direito comercial: nasceu, como direito autônomo,

somente a partir do final do século XI (Idade Média), como consequência da crise do sistema feudal e da criação das chamadas corporações de ofício  organizadas por comerciantes que a elas se

associavam (sistema subjetivo) e passavam a se sujeitar à lex mercatoria (conjunto de regras criadas pela própria classe).

Gabarito: Errado.

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

A teoria dos atos de comércio foi adotada, inicialmente, nas feiras medievais da Europa pelas corporações de comerciantes que então se formaram.

Teoria dos atos de comércio:

a) França (1807): o Código Comercial Napoleônico estatizou o direito comercial ao substituir a lex mercatoria, antes regulada pelas próprias corporações de ofício (sistema subjetivo). Sob esse código, o direito comercial passou a ser editado pelo Estado e aplicado a atos objetivamente considerados, independentemente de associação dos envolvidos (sistema

objetivo);

b) Brasil (1850): a teoria foi adotada pelo Código Comercial (Lei 556, de 1850). Eram considerados comerciantes os que exerciam a mercancia de forma habitual, como profissão. Os os atos de comércio eram listados pelo Regulamento 737, de 1850 (revogado em 1875), e outros diplomas.

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 3 - CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MPE-AC - 2014

Considerando a evolução histórica do direito empresarial, o direito romano apresentou um corpo sistematizado de normas sobre atividade comercial.

Surgimento do direito comercial:

a) Antiguidade: muitas normas esparsas sobre atividade comercial existiram desde a Antiguidade, a exemplo do Código de Hammurabi, na Babilônia (século XVIII a.C.);

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

fundação de Roma (século VIII a.C., supostamente), até a codificação de Justiniano (século VI d.C.) , houve normas que disciplinavam relações de comércio entre particulares, mas não chegaram a constituir um direito autônomo;

e) Surgimento do direito comercial: nasceu, como direito autônomo,

somente a partir do final do século XI (Idade Média), como consequência da crise do sistema feudal e da criação das chamadas corporações de ofício  organizadas por comerciantes que a elas se

associavam (sistema subjetivo) e passavam a se sujeitar à lex mercatoria (conjunto de regras criadas pela própria classe).

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 4 - CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MPE-AC - 2014

Considera-se o marco inicial do direito comercial brasileiro a lei de abertura dos portos, em 1808, por determinação do rei Dom João VI.

O marco inicial do Direito Comercial Brasileiro foi a Carta Régia de abertura dos portos brasileiros às nações amigas. Em 1808, o Príncipe-Regente Dom João VI

refugiou-se no Brasil com a Corte Lusitana, porquanto Napoleão marchava em direção a Lisboa. O Brasil-Colônia passou, então, à condição de Sede Provisória da Coroa e foi contemplado, naquele ano de 1808, com uma série de medidas de caráter econômico, entre as quais, a Carta Régia de abertura portuária  antes, nada se comprava ou se vendia na Colônia sem passar antes por Portugal.

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

QUESTÃO 5 - CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MPE-AC - 2014

É de origem francesa a teoria da empresa, adotada pelo atual Código Civil brasileiro.

A Teoria da Empresa, adotado pelo Brasil no atual Código Civil Brasileior, é de

origem italiana, e não francesa! Gabarito: Errado.

QUESTÃO 6 - CESPE - PROCURADOR - TC-DF - 2013

Com o advento do novo Código Civil (de 2002), houve a substituição da teoria dos atos de comércio pela teoria da empresa, que se define pelo conceito de atividade.

O Código Civil, de 2002, revogou parcialmente o Código Comercial, de 1850, e implantou a Teoria da Empresa (sistema subjetivo moderno), de origem italiana. Sob o atual regime jurídico, considera-se EMPRESÁRIO quem explora atividade com as seguintes características (art. 966, caput, do Código Civil):

profissionalmente: com habitualidade, pessoalidade e monopólio das

informações sobre o produto ou serviço;

exploração de atividade econômica: intuito lucrativo;

de forma organizada: deve haver aplicação dos fatores de produção (capital, mão

de obra, insumos e tecnologia) na exploração do negócio empresarial;

para produção ou circulação de bens ou de serviços: não caracteriza atividade

empresarial se for exercida para o mero uso próprio.

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

QUESTÃO 7 – PROF. CARLOS ANTÔNIO BANDEIRA – PONTO DOS CONCURSOS – TURMA DE ELITE

O Direito Empresarial é um ramo de direito não autônomo, pois é dependente do Direito Civil, uma vez que é previsto no Código Civil.

Os principais juristas brasileiros são unânimes ao afirmar acerca da autonomia do

Direito Empresarial (Comercial), principalmente porque:

a) Cursos de Direito: é um ramo do direito lecionado como disciplinada autônoma nos cursos de Direito do país;

b) Competência constitucional distinta: a própria Constituição Federal prevê a

competência privativa da União para legislar especificamente sobre direito

comercial (art. 22, inciso I);

c) Características próprias: o ramo do Direito Empresarial (Comercial) possui as seguintes características próprias:

Cosmopolitismo: observe que o comércio é elemento, conforme narrado na

história da humanidade, como fator relevante de integração entre os povos (aliás, a Convenção de Genebra, assinada pelo Brasil, trata de normas de títulos de crédito; a Convenção de Paris, sobre propriedade industrial);

Onerosidade: o intuito do lucro é característico essencial da atividade

empresarial (lembre-se que as associações não possuem essa característica);

Informalismo: a dinâmica necessária para a circulação de bens, serviços e

recursos exige meios ágeis e flexíveis para as práticas empresariais (comerciais);

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

ramos) que contém normas específicas (Direito das Sociedades; Falimentar; Cambiário, que cuida dos títulos de crédito; da Propriedade Industrial etc.).

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 8 – PROF. CARLOS ANTÔNIO BANDEIRA – PONTO DOS CONCURSOS – TURMA DE ELITE

As fontes do Direito Empresarial são exclusivamente escritas.

São FONTES DO DIREITO COMERCIAL:

a) Normas escritas empresariais: previstas em lei:

uma parte do Código Civil de 2002 (especialmente a partir do art. 966);

a segunda parte, não revogada, do Código Comercial de 1850 (arts. 740 e seguintes); e

outras normas legais aplicáveis (Lei de Falências, Lei de Propriedade Industrial etc.);

b) Usos e costumes mercantis: essas fontes estão ligadas ao direito

consuetudinário (expressão ligada aos costumes), que é regido pelas

seguintes características:

Uniformidade: a prática, para ser considerada uso e costume, deve ser

aplicada de maneira uniforme;

Constância: a prática deve ser aplicada de forma constante;

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

Boa-fé: deve ser exercida de boa-fé;

Não contrária à lei: não pode ser violadora de uma regra legal (contra

legem).

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 9 - FGV - AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL - PREFEITURA DE RECIFE-PE - 2014

Alfredo Chaves exerce em caráter profissional atividade intelectual de natureza literária com a colaboração de auxiliares. O exercício da profissão constitui elemento de empresa. Não há registro da atividade por parte de Alfredo Chaves em nenhum órgão público.

Com base nestas informações e nas disposições do Código Civil, assinale a afirmativa correta.

a) Alfredo Chaves não é empresário porque exerce atividade intelectual de natureza literária.

b) Alfredo Chaves não é empresário porque não possui registro em nenhum órgão público.

c) Alfredo Chaves será empresário após sua inscrição na Junta Comercial.

d) Alfredo Chaves é empresário porque exerce atividade não organizada em caráter profissional.

e) Alfredo Chaves é empresário independentemente da falta de inscrição na Junta Comercial.

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

A atividade literária de Alfredo Chaves é realizada com a caracterização de elemento

de empresa, pois a própria banca apontou esse detalhe.

Pela lógica jurídica, que há outra(s) pessoa(s) explorando a mesma atividade

literária (sem que seja mero colaborador ou auxiliar). Com essa característica empresarial,

o Alfredo tornou-se mais um na atividade-fim intelectual, ou seja, sua contribuição no

trabalho literário tornou-se um mero elemento da empresa. Logo, trata-se de atividade empresarial (art. 966, parágrafo único, parte final).

Outro aspecto relevante é que a falta de inscrição na Junta Comercial (Registro Público de Empresas Mercantis) não descaracteriza a natureza da atividade empresarial. A propósito, nesses casos, o registro empresarial possui meramente natureza declaratória (e não constitutiva)!

Código Civil:

“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.”

Gabarito: E.

QUESTÃO 10 - FGV - AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL - PREFEITURA DE RECIFE-PE - 2014

Paulo Afonso, casado no regime de comunhão parcial com Jacobina, é empresário enquadrado como microempreendedor individual (MEI). O varão pretende gravar com

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

hipoteca o imóvel onde está situado seu estabelecimento, que serve exclusivamente aos fins da empresa.

De acordo com o Código Civil, assinale a opção correta.

a) O empresário casado não pode, sem a outorga conjugal, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento, salvo no regime da separação de bens.

b) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento.

c) O empresário casado, qualquer que seja o regime de bens, depende de outorga conjugal para gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento.

d) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento, salvo no regime da comunhão universal.

e) O empresário casado pode, mediante autorização judicial, gravar com hipoteca os imóveis que integram o estabelecimento.

Código Civil:

“Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal,

qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio

da empresa ou gravá-los de ônus real.”

Gabarito: B.

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

Abreu & Cia Ltda., celebrado pelo prazo de 10 (dez) anos, não houve estipulação autorizando o arrendatário a fazer concorrência ao arrendador. A partir desse dado, é correto afirmar que o arrendador:

a) não poderá́ fazer concorrência ao arrendatário pelo prazo do contrato, porém esse prazo fica limitado a cinco anos.

b) poderá́ fazer concorrência ao arrendatário, porque as cláusulas implícitas ou expressas de proibição de concorrência são nulas.

c) diante da omissão no contrato quanto à proibição de concorrência, poderá́ fazer concorrência ao arrendatário pelo prazo do contrato.

d) não poderá́ fazer concorrência ao arrendatário pelo prazo do contrato, mesmo que esse seja maior do que cinco anos.

e) não poderá́ fazer concorrência ao arrendatário porque o prazo de duração do contrato coincide com o máximo fixado em lei para a cláusula de proibição de concorrência.

No silêncio contratual, não poderá o arrendador fazer concorrência com o

arrendatário pelo prazo do contrato de arrendamento, que, no caso, é de dez anos!

Código Civil:

“Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento

não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.

Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a

proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.” Gabarito: D.

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

QUESTÃO 12 - FGV - AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL - PREFEITURA DE RECIFE-PE - 2014

Condado Confeitaria Ltda. arrendou o estabelecimento de uma de suas filiais, situado na cidade de Buíque, à sociedade empresária Calumbi, Machados & Cia. Ltda. Não houve notificação prévia do arrendamento aos credores quirografários do arrendador, apenas a publicação legal do contrato e seu arquivamento na Junta Comercial.

O contrato foi celebrado pelo prazo de quatro anos e contém estipulação estabelecendo que, durante sua vigência, o arrendador está proibido de fazer concorrência ao arrendatário na cidade de Buíque.

Com base nessas informações, é correto afirmar que a estipulação contratual é

a) válida, porque, no caso de arrendamento do estabelecimento, a proibição de concorrência ao arrendador persiste durante o prazo do contrato.

b) nula de pleno direito, porque viola os princípios constitucionais da livre iniciativa e da livre concorrência, impedindo o restabelecimento do arrendador.

c) anulável, porque, no caso de arrendamento do estabelecimento, o prazo de proibição de concorrência ao arrendador limita-se aos cinco anos subsequentes à transferência.

d) não escrita, porque somente é possível proibir o restabelecimento em caso de alienação do estabelecimento e, ainda assim, até o limite de cinco anos.

e) é válida, porém ineficaz perante terceiros, porque, em havendo arrendamento do estabelecimento, o arrendador deveria ter notificado previamente seus credores quirografários.

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

notificação aos credores, basta a averbação na junta comercial! Código Civil:

“Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.

...

Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência. Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.”

Gabarito: A.

QUESTÃO 13 - FGV - AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL - PREFEITURA DE RECIFE-PE - 2014

O complexo de bens organizado e titularizado por empresário para o exercício de atividade econômica em caráter profissional, que pode ser objeto unitário de direitos e negócios jurídicos, denomina-se

a) aviamento.

b) firma.

c) empresa.

d) estabelecimento.

e) matriz ou sede.

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

capacidade de produzir lucro, e matriz ou sede é endereço!

Código Civil:

“Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para

exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.

Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios

jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.” Gabarito: D.

QUESTÃO 14 - FGV - OAB - 2014

A partir da previsão contida no art. 1.143 do Código Civil, segundo o qual “pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza, é possível afirmar que tal instituto tem natureza de:

a) comunhão ou universalidade de direitos.

b) universalidade de fato.

c) patrimônio de afetação.

d) pessoa jurídica de direito privado.

e) pessoa formal, sem personalidade jurídica.

A universalidade de fato é conceito do Direito Civil que se aplica ao

estabelecimento do Direito Empresarial. Vejamos as distinções básicas entre as universalidades:

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

b) de direito: a destinação de bens é definida por lei. Código Civil:

“Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.

...

Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.

Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.”

Gabarito: B.

QUESTÃO 15 - FGV - OAB (2014)

Ananias Targino consulta sua advogada para saber as providências que deve tomar para publicizar o trespasse do estabelecimento da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) por ele constituída e enquadrada como microempresa, cuja firma é Ananias Targino EIRELI ME.

A advogada corretamente respondeu que :

a) é dispensável qualquer publicização ou arquivamento do contrato de trespasse do estabelecimento por ser a EIRELI enquadrada como microempresa.

b) é dispensável o arquivamento do contrato de trespasse no Registro Público de Empresas Mercantis, mas ele deverá ser publicado na imprensa oficial.

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

Empresas Mercantis, mas ele deverá ser publicado na imprensa oficial e em jornal de grande circulação.

d) é dispensável a publicação do contrato de trespasse na imprensa oficial, mas ele deverá ser arquivado no Registro Público de Empresas Mercantis.

Observe que o fato de a EIRELI ser enquadrada como microempresa, não é necessária a publicação do contrato de trepasse, mas a averbação é essencial para que produza efeitos perante terceiros.

Código Civil:

“Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.”

Lei Complementar n. 123, de 2006:

“Art. 71. Os empresários e as sociedades de que trata esta Lei Complementar, nos termos da legislação civil, ficam dispensados da publicação de qualquer ato

societário.” Gabarito: D.

QUESTÃO 16 - FGV - OAB - 2013

No contrato de alienação do estabelecimento da sociedade empresária Chaves & Cia Ltda., com sede em Theobroma, ficou pactuado que não haveria sub-rogação do adquirente nos contratos celebrados pelo alienante, em vigor na data da transferência, relativos ao fornecimento de matéria-prima para o exercício da empresa. Um dos sócios da sociedade empresária consulta sua advogada para saber se a estipulação é

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

válida. Consoante as disposições legais sobre o estabelecimento, assinale a afirmativa correta.

a) A estipulação é nula, pois o contrato de alienação do estabelecimento não pode afastar a sub-rogação do adquirente nos contratos celebrados anteriormente para sua exploração.

b) A estipulação é válida, pois o contrato de alienação do estabelecimento pode afastar a sub-rogação do adquirente nos contratos celebrados anteriormente para sua exploração.

c) A estipulação é anulável, podendo os terceiros rescindir seus contratos com a sociedade empresária em até 90 (noventa) dias a contar da publicação da transferência.

d) A estipulação é considerada não escrita, por desrespeitar norma de ordem pública que impõe a solidariedade entre alienante e adquirente pelas obrigações referentes ao estabelecimento.

A venda do estabelecimento por Chaves & Cia Ltda. a terceiro pode, validamente, afastar, a sub-rogação automática dos contratos que não tenham caráter pessoal dos contratos celebrados por aquele.

Código Civil:

“Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante.”

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

QUESTÃO 17 - FGV - OAB - 2013

Lavanderias Roupa Limpa Ltda. (“Roupa Limpa”) alienou um de seus estabelecimentos comerciais, uma lavanderia no bairro do Jacintinho, na cidade de Maceió, para Caio da Silva, empresário individual. O contrato de trespasse foi omisso quanto à possibilidade de restabelecimento da “Roupa Limpa”, bem como nada dispôs a respeito da responsabilidade de Caio da Silva por débitos anteriores à transferência do estabelecimento.

Nesse cenário, assinale a afirmativa correta.

a) O contrato de trespasse será oponível a terceiros, independentemente de qualquer registro na Junta Comercial ou publicação.

b) Caio da Silva não responderá por qualquer débito anterior à transferência, exceto os que não estiverem devidamente escriturados.

c) Na omissão do contrato de trespasse, Roupa Limpa poderá se restabelecer no bairro do Jacintinho e fazer concorrência a Caio da Silva.

d) Não havendo autorização expressa, “Roupa Limpa” não poderá fazer concorrência a Caio da Silva, nos cinco anos subsequentes à transferência.

Código Civil:

“Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. (Letra A)

...

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

(Letra B)

Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não

pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à

transferência. (Letra C) (Letra D)

Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.”

Gabarito: D.

QUESTÃO 18 - FGV - OAB - 2015

Uma das obrigações da sociedade empresária é seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em

No documento Rodada #1 Direito Empresarial (Comercial) (páginas 49-77)

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