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Rodada #1 Direito Empresarial (Comercial)

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Academic year: 2021

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Assuntos da Rodada

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL): 1. Empresa. Empresário. Estabelecimento. 2. Microempresa e empresa de pequeno porte. 3. Prepostos. Escrituração. 4. Conceito de sociedades. Sociedades não personificadas e personificadas. Sociedade simples. 5. Classificação das sociedades empresárias. Desconsideração da personalidade jurídica. Sociedades contratuais. Tipos sociais. Operações societárias. Dissolução e liquidação de sociedades. Sociedades por Ações. 6. Recuperação judicial e extrajudicial. Falência. Classificação creditória. 7. Teoria geral dos títulos de crédito. Classificação dos títulos de crédito. Títulos em espécie. Protesto. 8. Princípios de teoria geral dos contratos mercantis. Tipos contratuais mercantis. 9. Propriedade Industrial.

Rodada #1

Direito Empresarial (Comercial)

Professor Carlos Antônio Bandeira

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

a. Teoria

Direito Empresarial (Comercial)

1. Origem do Direito Comercial - O comércio é praticado desde a Antiguidade, todavia, como sistema, o Direito Comercial, propriamente dito, somente surgiu na Idade Média.

1.1. Antiguidade: muitas normas esparsas sobre atividade comercial existiram desde a Antiguidade, a exemplo do Código de Hammurabi, na Babilônia (século XVIII a.C.).

1.2. Direito Romano: na história do sistema jurídico romano  desde a fundação de Roma (século VIII a.C., supostamente) até a codificação de Justiniano (século VI d.C.) , houve normas que regiam relações de comércio entre particulares, mas não constituíram direito autônomo.

1.3. Surgimento do Direito Comercial: o Direito Comercial nasceu, como direito autônomo, somente a partir do final do século XI (Idade Média), como consequência da crise do sistema feudal e da criação das chamadas Corporações de Ofício, organizadas por comerciantes que se associavam (sistema subjetivo) e passavam a se sujeitar à lex mercatoria (conjunto de

normas comerciais criadas pela própria classe).

1.3.1. Corporações de Ofício: antes da adoção da Teoria dos Atos de Comércio, o mundo passou pela fase das Corporações de Ofício. Esse foi o primeiro período de formação do Direito Comercial, que foi marcado pela aglomeração dos comerciantes em torno das chamadas Corporações de Ofício:

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

a) Corporações de Ofício: por meio delas, os comerciantes buscavam tutelar as suas atividades. Formava-se, então, um direito classista e corporativo;

b) Inscrição: esse Direito Comercial somente tutelava a classe dos comerciantes inscritos nas Corporações e submetidos a regras comerciais por eles próprios estabelecidas;

c) Liberalismo: com o surgimento dos ideais do liberalismo (exemplo da Revolução Francesa de 1789, que idealizava sistema fundado na

liberdade, igualdade e fraternidade), foi desaparecendo o ambiente

para a justiça corporativista!

2. Teoria dos Atos de Comércio “versus” Teoria da Empresa: após a fase das Corporações de Ofício, surgiu a Teoria dos Atos de Comércio e, na sequência, a Teoria

da Empresa.

2.1. Teoria dos Atos de Comércio (sistema objetivo): considerava-se

comerciante, predominantemente, pela identificação do exercício de atos de comércio.

2.1.1. Na França (1807): o Código Comercial Napoleônico estatizou o direito comercial ao substituir a lex mercatoria, antes regulada pelas próprias Corporações de Ofício (sistema subjetivo). Sob esse Código, o Direito Comercial passou a ser editado pelo Estado e aplicado a atos objetivamente considerados, independentemente de associação dos envolvidos (sistema objetivo).

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

n. 556, de 1850). Eram considerados comerciantes os que exerciam a mercancia (prática de atos de comércio) de forma habitual, como profissão. Os atos de comércio eram listados pelo Regulamento n. 737, de 1850 (revogado em 1875), e outros diplomas.

2.2. Teoria da Empresa (sistema subjetivo): considera-se empresário, em geral, pela forma que o sujeito pratica a atividade econômica. Essa teoria, adotada pelo Brasil no atual Código Civil (art. 966), é de origem italiana.

2.2.1. Na Itália (1942): com a unificação do direito privado promovida pelo Código Civil Italiano de 1942, passou-se a tutelar o crédito e a circulação dos bens ou serviços, considerando as relações originadas do empresário (sistema subjetivo).

2.2.2. No Brasil (2002): o Código Civil, de 2002, revogou parcialmente o Código Comercial, de 1850, e implantou a teoria da empresa no país. Sob o atual regime jurídico, considera-se empresário quem explora atividade econômica com as seguintes características (art. 966, caput, do Código Civil):

a) profissionalmente: com habitualidade, pessoalidade e monopólio das informações sobre o produto ou serviço;

b) na exploração de atividade econômica: intuito lucrativo;

c) de forma organizada: deve haver aplicação dos fatores de produção (capital, mão de obra, insumos e tecnologia) na exploração do negócio empresarial;

d) para produção ou circulação de bens ou de serviços: não caracteriza atividade empresarial se for exercida para o mero uso

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

próprio.

3. Autonomia do Direito Empresarial (Comercial) - Os principais juristas brasileiros são unânimes ao afirmar acerca da autonomia do Direito Empresarial (Comercial), pelos motivos seguintes:

3.1. Cursos de Direito: é um ramo do direito lecionado como disciplinada autônoma nos cursos de Direito do país.

3.2. Competência constitucional distinta: a própria Constituição Federal prevê a competência privativa da União para legislar especificamente sobre direito comercial (art. 22, I, da CF).

3.3. Características próprias: o ramo do Direito Empresarial (Comercial) possui as seguintes características próprias:

a) Cosmopolitismo: conforme narrado na história da humanidade, o comércio é fator relevante de integração entre os povos (aliás, a

Convenção de Genebra, assinada pelo Brasil, trata de normas de títulos de crédito; a Convenção de Paris, sobre propriedade industrial);

b) Onerosidade: o intuito do lucro é característico essencial da atividade empresarial (lembre-se que as associações não possuem essa

característica);

c) Informalismo: a dinâmica necessária para a circulação de bens, serviços e recursos exige meios ágeis e flexíveis para as práticas empresariais (comerciais);

d) Fragmentarismo: esse ramo do Direito possui diversas matérias (ou

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

Falimentar; Cambiário, que cuida dos títulos de crédito; da Propriedade Industrial etc.).

4. Fontes do Direito Empresarial (Comercial)

4.1. Normas escritas empresariais: previstas em lei:

a) Art. 966 e seguintes do Código Civil de 2002;

b) Arts. 740 e seguintes do Código Comercial de 1850 (Segunda Parte do Código, ainda em pleno vigor);

c) Lei de Falência e Recuperações (Lei n. 11.101, de 9 de fevereiro de 2005);

d) Lei de Propriedade Industrial (Lei n. 9.279, de 14 de maio de 1996);

e) Legislações especiais de Títulos de Crédito, etc.

4.2. Usos e costumes mercantis: essas fontes estão ligadas ao direito consuetudinário (expressão ligada aos costumes), que é regido pelas seguintes características:

a) Uniformidade: a prática, para ser considerada uso e costume, deve ser aplicada de maneira uniforme;

b) Constância: a prática deve ser aplicada de forma constante;

c) Observação: deve ser praticada por certo período de tempo;

d) Boa-fé: deve ser exercida de boa-fé;

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

(contra legem).

Direito de Empresa

5. Empresa (Atividade) - Segundo o art. 966, caput, do Código Civil, empresa é a atividade econômica exercida por empresário, com quatro características principais: “profissionalmente”, “atividade econômica”, “organizada” e destinada à “produção e circulação de bens e serviços”.

5.1. “Profissionalmente”: para ser considerada empresa, pelo critério profissional, o exercício de atividade econômica deve ser praticado com:

a) habitualidade: deve haver a repetição, a prática da atividade deve ser reiterada; por isso, não basta que seja exercida apenas eventualmente, esporadicamente, ou seja, de vez em quando;

b) pessoalidade: a atividade empresarial deve ser exercida pelo empresário, ainda que com a contratação de terceiros, os quais irão agir em seu nome e praticar atos da atividade empresarial; e

c) monopólio das informações sobre o produto ou serviço: o empresário precisa conhecer o objeto da empresa, as técnicas de produção dos bens e execução dos serviços, qualidades necessárias, material empregado, condições de uso, nocividade, etc.

5.2. Atividade Econômica: outro fator necessário para configurar a atividade empresarial é a exploração com o intuito de lucro. Portanto, as atividades filantrópicas, gratuitas, desprovidas de finalidade lucrativa, não são

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

consideradas atividades empresariais. Ex.: associações (art. 53, caput, do Código Civil1).

“Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.”

5.3. “Organizada”: a organização de uma atividade empresarial implica a aplicação dos chamados fatores de produção, quais sejam:

a) capital: valores necessários ao desenvolvimento da atividade empresarial;

b) mão de obra: prepostos que executem a atividade;

c) insumos: bens articulados pela empresa; e

d) tecnologia: informações necessárias ao desenvolvimento daquela atividade na execução do negócio empresarial.

5.4. “Produção ou circulação de bens ou de serviços”: a atividade empresarial não é aquela exercida para o mero uso próprio. O resultado da atividade deve ser destinado para circular na sociedade, com intuito lucrativo.

5.4.1. Atividade exercida: empresa não pode ser sujeito de direitos, pois é atividade exercida. Portanto, empresa não possui personalidade jurídica.

5.4.2. Sujeito de direitos; quem é o sujeito de direitos na relação empresarial é o empresário (pessoa física), a empresa individual de responsabilidade limitada (pessoa jurídica unipessoal) ou a sociedade empresária (pessoa jurídica).

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

5.4.3. Empresa individual de responsabilidade limitada: é uma pessoa jurídica que possui capital de apenas uma pessoa física, também sujeita a registro na Junta Comercial (art. 980-A do Código Civil)!

5.4.4. Sociedade Empresária: é uma pessoa jurídica que exerce atividade de empresário sujeito a registro na Junta Comercial (art. 982, caput, do Código Civil).

Empresário Individual

6. Empresário Individual - Empresário individual é a pessoa física  ou pessoa

natural  que executa as atividades empresariais descritas no art. 966, caput, do

Código Civil, e deve ser registrado no Cartório de Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede  conhecido como Junta Comercial , antes de iniciar o exercício da atividade empresarial (art. 967 do Código Civil).

6.1. Inscrição obrigatória: a exigência de inscrição de empresário individual no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), gerido pela Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda (RFB-MF), não altera a natureza jurídica de pessoa física do empresário individual.

6.2. Nome Empresarial: além de ser pessoa física, empresário individual recebe nome empresarial  como veremos durante o curso , todavia, nem por isso, o empresário individual pode ser considerado pessoa jurídica.

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

7.1. Sócio de sociedade empresária: empresária será a sociedade empresária e não o sócio. A personalidade jurídica das sociedades não se confunde com a personalidade jurídica de seus sócios. Logo, o sócio e a sociedade são pessoas distintas entre si.

7.2. Profissional intelectual: os médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos, jornalistas etc., não são empresários, mesmo com o concurso de auxiliares ou colaborares, salvo quando o exercício da profissão constituir elemento de empresa, situação em que a organização aparecerá mais do que a pessoa do profissional (art. 966, parágrafo único, do Código Civil).

7.3. Sociedade simples uniprofissional: se for organizada por conjunto de profissionais intelectuais de uma mesma profissão, que podem ser médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos, jornalistas etc., mesmo com a contratação de terceiros, salvo se objeto social for explorado com a constituição de elemento de empresa (também perfaz a exceção que acabamos de mencionar no art. 966, parágrafo único, do Código Civil, e deve ser combinada com o art. 982, caput, do Código Civil.

7.4. Exercente de atividade rural (empresário rural individual ou sociedade de atividade rural): salvo quando optar pelo registro empresarial, momento em que passará a ser considerado empresário rural individual ou sociedade

empresária (art. 971 do Código Civil).

ATENÇÃO: trata-se de opção legal conferida ao exercente de atividade rural. Então, para esses, é meramente facultativa a adoção do regime empresarial.

7.5. Sociedade Cooperativa: a sociedade cooperativa sempre será sociedade simples independentemente do objeto (art. 982, última parte do parágrafo

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único, do Código Civil).

7.6. Sociedade de Advogados: é sempre sociedade civil (não empresarial) pois está excluída do conceito empresarial, por interpretação dos arts. 15, caput, e 16, § 3o, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 8.906, de 4 de

julho de 1994).

IMPORTANTE: o fato de não ser considerado empresário, à luz da lei, acarreta limitações. Destacam-se, entre essas, a impossibilidade de acesso

aos benefícios da recuperação judicial e extrajudicial da Lei n. 11.101, de 9

de fevereiro de 2005, que assim prevê:

8. “Elemento de empresa” (art. 966, parágrafo único, do Código Civil) - De todos os itens que acabamos de apontar na lista anterior, vale à pena falar um pouco mais sobre as figuras do profissional intelectual e da sociedade simples uniprofissional, que se enquadram nos arts. 966, parágrafo único, e 982, caput, do Código Civil.

8.1. Profissionais intelectuais e sociedades de profissionais intelectuais (uniprofissionais): de acordo com o Código Civil, os chamados profissionais intelectuais e as sociedades de profissionais intelectuais não se enquadram no conceito empresarial do art. 966, caput, do Código Civil, mesmo que contratarem os chamados colaboradores e auxiliares para trabalhar com eles.

8.2. Contratação de terceiros: Já pensou em algum dentista trabalhando sem ninguém para executar as funções auxiliares em seu consultório? Ou um médico? Fica bem mais difícil desempenhar o ofício intelectual, sem ninguém para prestar atendimento telefônico, organizar agendas, entre outras tarefas. Tecnicamente, a contratação de terceiros para colaboração ou auxílio não descaracteriza a natureza de atividade civil.

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

8.3. Exceção (“elemento de empresa”): a exceção da contratação de terceiros é condicionada, pela lei, à seguinte expressão: “salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa” (parte final do parágrafo único do art. 966, do Código Civil).

8.3.1. Caracterização do “elemento de empresa” em atividade econômica intelectual: quando se contrata outro profissional intelectual para exercer a atividade-fim. Vamos exemplificar, para ficar melhor compreendido:

Um médico que remunera outros médicos para desempenhar a

mesma atividade-fim em sua clínica.

No caso do primeiro médico, ele deixou de ser o único profissional a exercer a atividade-fim ao remunerar outros médicos para atender em sua clínica. Consequentemente, quanto ao primeiro médico:

foi reduzida a sua pessoalidade na execução da atividade-fim; sua participação profissional passou a ser apenas mais um

elemento da empresa; e,

por via de consequência, restou caracterizada a atividade

empresarial na prestação do serviço intelectual.

Esse raciocínio aplica-se também aos dentistas, engenheiros,

arquitetos, jornalistas, entre outros exercentes de profissões liberais.

9. Quem pode exercer a atividade empresarial – De acordo com a regra legal, desde que esteja em pleno gozo de sua capacidade civil (maior de dezoito anos de

idade ou emancipado) e não seja legalmente impedida, qualquer pessoa pode

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

isso, são considerados incapazes para praticar, sozinhos, os atos da vida civil e empresarial, quais sejam:

a) Absolutamente incapazes: menores de 16 anos;

b) Relativamente incapazes:

• maiores de 16 e menores de 18 anos;

• ébrios habituais e viciados em tóxicos;

• aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

• pródigos.

9.1.1. Exceções legais para o incapaz: o art. 974 do Código Civil estabelece que o incapaz pode ser empresário individual quando autorizado por juiz e for representado ou assistido, para continuar a empresa antes exercida:

a) por ele mesmo, enquanto capaz;

b) por seus pais; ou

c) pelo autor de herança.

ATENÇÃO: Importante ressaltar que, nessas situações:

a) o interditado deve ser assistido, quando relativamente incapaz, e deverá ser representado, quando absolutamente incapaz;

b) bens que o menor já possuía antes e não ligados à empresa, ficarão imunes de qualquer responsabilidade pelos negócios da empresa, ou seja, não poderão ser vendidos para pagar

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eventuais prejuízos da atividade empresarial, como forma de proteção especial ao patrimônio do incapaz;

c) caso o representante ou assistente do incapaz for impedido de exercer atividade empresarial, deverá nomear um ou mais gerentes, com a aprovação do juiz.

9.2. Legalmente impedidos: são aquelas que, embora capazes, de alguma forma são legalmente limitados para exercer a atividade empresarial, normalmente em razão do exercício de certos cargos ou por força de decisão judicial.

ATENÇÃO: lembre-se que os legalmente impedidos de exercer atividade empresarial, se as exercerem, deverão responder pelas obrigações contraídas.

9.2.1. Agora, vamos ver uma lista de legalmente impedidos para exercer atividade empresarial:

a) Servidores Públicos Federais: em regra, não podem exercer o comércio, nem participar de participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, e podem ser acionistas, cotistas ou comanditários (art. 117, inciso X, da Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990);

b) Magistrados: não podem exercer o comércio, nem participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, mas podem ser acionistas ou cotistas (art. 36, inciso I, da Lei Complementar n. 35, de 14 de março de 1979);

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nem participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, mas podem ser acionistas ou cotistas (art. 237, inciso III, da Lei Complementar n. 75, de 20 de maio de 1993);

d) Militares da Ativa: não podem participar de administração ou gerência de sociedade comercial (ou empresarial), ou dela ser sócio, pois constitui crime, mas podem ser acionistas, de sociedade anônima, ou cotistas (art. 204, do Decreto-Lei n. 1.001, de 21 de outubro de 1969);

e) Deputados e Senadores: estão proibidos,

desde a expedição do diploma, de:

• firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público (salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes);

• aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum (“sem motivação”), nas entidades constantes da alínea anterior;

desde a posse, de:

• serem proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;

• ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas na primeira alínea “a",

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acima;

• patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a"; e

• ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo (art. 54, da Constituição Federal);

f) Vereadores: mesma relação de impedimentos atribuídos aos Deputados e Senadores (art. 29, IX, da CF);

g) Falidos: não podem exercer atividade empresarial desde a decretação da falência até que seja declarada, judicialmente, a extinção de suas obrigações (art. 102, caput, da Lei no 11.101, de 9 de

fevereiro de 2005, e art. 1.030, parágrafo único, do Código Civil).

h) Outro efeito para os falidos: impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de administração, diretoria ou gerência de sociedades (art. 181, inciso I e § 1o, da mesma lei). Nesse caso, não se

trata de efeitos automáticos, deve decorrer expressamente de uma decisão condenatória por crime falimentar, em que o juiz deve motivar a aplicação do impedimento. Os efeitos devem perdurar até cinco anos após a extinção da punibilidade, podendo, contudo, cessar antes pela reabilitação penal.

10. Empresário Casado – O empresário casado, qualquer que seja o regime de bens, pode alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real, sem a necessidade de autorização conjugal (art. 987 do Código Civil).

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conforme o Código Civil, há:

a) necessidade de averbação dupla do pacto e declarações antenupciais e determinados títulos (art. 979);

b) necessidade de arquivamento e averbação de separação e reconciliação em cartório de registro empresarial, para serem opostos perante terceiros (art. 980).

Código Civil:

“Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações

antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado,

de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.

Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.”

Estabelecimento

11. Estabelecimento - É o complexo de bens, materiais (corpóreos) ou imateriais (incorpóreos), organizado para ser utilizado na empresa (art. 1.142, do Código Civil). Também é conhecido na doutrina por “fundo de comércio” ou “fundo de empresa”.

11.1. Características do estabelecimento:

a) Não é simplesmente o imóvel: o estabelecimento não é representado necessariamente apenas pelo imóvel da sede empresarial. Em verdade, é mais do que isso;

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

precisam ser de propriedade do empresário (podem ser alugados, ou

emprestados, p. ex.);

c) Universalidade de Fato: o estabelecimento é considerado universalidade de fato (e não de direito). Distinções básicas entre as universalidades:

de fato: a destinação de bens é definida pelo próprio titular;

de direito: a destinação de bens é definida por lei;

d) Pode ser descentralizado: podem ser localizados em filiais, agências ou sucursais;

e) Bens que podem fazer parte de estabelecimento: instalações, mercadorias, móveis, “estabelecimento virtual” ou “digital” (determinados

bens incorpóreos, inacessíveis fisicamente, a não ser por intermédio de acessos à rede mundial de computadores), marcas, patentes, ponto empresarial,

também chamado de ponto comercial (nesse caso, a propriedade do imóvel

não será, necessariamente, do empresário, mas o direito sobre o ponto empresarial o será).

DIREITO DE INERÊNCIA: em caso de imóvel alugado, o uso desse bem pelo empresário é especialmente protegido pelo art. 51 da Lei n. 8.245, de 18 de outubro de 1991 (Lei do Inquilinato). Por essa regra legal, o empresário poderá pleitear judicialmente a continuidade da locação destinada à exploração de sua atividade econômica (direito de inerência), caso preencha as condições que estão descritas nos incisos I a III do art. 51, quais sejam:

• o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;

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• o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos;

• o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos.

f) Aviamento e Clientela: o aviamento e a clientela não são considerados elementos de estabelecimento, pois não são possuem natureza jurídica de bens:

Aviamento: é a capacidade que o estabelecimento tem de produzir lucro ao exercente da atividade empresarial;

Clientela: é o conjunto de pessoas que mantém relações jurídicas constantes com o empresário, também conhecido como freguesia.

12. Contrato de Trespasse – Trata-se de negócio jurídico que transfere o estabelecimento de um empresário  pessoa física ou jurídica  para outra pessoa. Esse tipo de negócio se destaca pelo interesse jurídico assegurado aos credores do empresário em sua realização, com as seguintes características:

a) Formalidade: o trespasse deve ser feito por contrato escrito e, para que possa produzir efeitos perante terceiros, deve ser arquivado na Junta Comercial e publicado pela imprensa oficial (art. 1.144, do Código Civil);

b) Necessidade de anuência: é sujeito à anuência dos credores do empresário, por escrito ou tacitamente  é presumida após 30 dias da

notificação , sendo que a anuência é desnecessária se o empresário

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

Código Civil);

ATENÇÃO: caso não observe essas formalidades, o empresário pode ter sua falência decretada (art. 94, III, “c”, da Lei n. 11.101, de 2005). Ademais, essa alienação será considerada ineficaz perante a massa falida (art. 129, VI, da Lei n. 11.101, de 2005).

c) Responsabilidade pelas dívidas empresariais: pelo trespasse, surge a responsabilidade solidária do vendedor do estabelecimento com o adquirente pelas dívidas empresariais contraídas antes da transferência, e que tenham sido devidamente contabilizadas, em prazo a ser contado sob duas formas (art. 1.146 do Código Civil):

créditos já vencidos: até um ano a partir da publicação do contrato de trespasse; e

créditos vincendos (ainda não vencidos): até um ano contado da data do vencimento.

“Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do

vencimento.”

SITUAÇÃO ESPECIAL: o adquirente do estabelecimento não sucede nas obrigações do anterior proprietário do estabelecimento, caso o tenha adquirido por meio de realização de ativo em processo falimentar (art. 141, II, da Lei n. 11.101, de 2005). Nesses casos, o novo titular do estabelecimento não responde pelas obrigações do antigo proprietário, inclusive pelas de natureza tributária, pelas derivadas da

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

legislação do trabalho e pelas decorrentes de acidentes de trabalho, ressalvados os casos em que o arrematante for:

• sócio da sociedade falida, ou sociedade controlada pelo falido;

• parente, em linha reta ou colateral até o quarto grau, consanguíneo ou afim, do falido ou de sócio da sociedade falida; ou

• identificado como agente do falido com o objetivo de fraudar a sucessão.

d) Responsabilidade por tributos: o Código Tributário Nacional2 estipula a

responsabilidade do adquirente pelos tributos relacionados com o estabelecimento devidos até a data da aquisição, caso resolva continuar a respectiva exploração.

e) Concorrência após o trespasse: se não houver nada estipulado no contrato, o alienante não poderá fazer concorrência com o adquirente, pelo prazo de 5 anos subsequentes à transferência (art. 1.147, caput, do Código Civil);

f) Contratos de caráter não pessoal: haverá sub-rogação dos contratos de caráter não pessoal estipulados para exploração do estabelecimento, salvo disposição em contrário (art. 1.148, do Código Civil). Exemplos:

Contrato pessoal: locação de imóvel.

Contrato não pessoal: fornecimento de bens.

CUIDADO: há possibilidade de revogação desses contratos, quando ocorrer justa causa, no prazo de 90 dias, contados da publicação da

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

transferência, ressalvada nesse caso a responsabilidade do alienante.

g) Efeitos da cessão de créditos: a cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente!

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

c. Revisão 1

QUESTÃO 1 - CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MPE-AC - 2014

A edição do Código Francês de 1807 é considerada o marco inicial do direito comercial no mundo.

QUESTÃO 2 - CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MPE-AC - 2014

A teoria dos atos de comércio foi adotada, inicialmente, nas feiras medievais da Europa pelas corporações de comerciantes que então se formaram.

QUESTÃO 3 - CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MPE-AC - 2014

Considerando a evolução histórica do direito empresarial, o direito romano apresentou um corpo sistematizado de normas sobre atividade comercial.

QUESTÃO 4 - CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MPE-AC - 2014

Considera-se o marco inicial do direito comercial brasileiro a lei de abertura dos portos, em 1808, por determinação do rei Dom João VI.

QUESTÃO 5 - CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MPE-AC - 2014

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

QUESTÃO 6 - CESPE - PROCURADOR - TC-DF - 2013

Com o advento do novo Código Civil (de 2002), houve a substituição da teoria dos atos de comércio pela teoria da empresa, que se define pelo conceito de atividade.

QUESTÃO 7 – PROF. CARLOS ANTÔNIO BANDEIRA – PONTO DOS CONCURSOS – TURMA DE ELITE

O Direito Empresarial é um ramo de direito não autônomo, pois é dependente do Direito Civil, uma vez que é previsto no Código Civil.

QUESTÃO 8 – PROF. CARLOS ANTÔNIO BANDEIRA – PONTO DOS CONCURSOS – TURMA DE ELITE

As fontes do Direito Empresarial são exclusivamente escritas.

QUESTÃO 9 - FGV - AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL - PREFEITURA DE RECIFE-PE - 2014

Alfredo Chaves exerce em caráter profissional atividade intelectual de natureza literária com a colaboração de auxiliares. O exercício da profissão constitui elemento de empresa. Não há registro da atividade por parte de Alfredo Chaves em nenhum órgão público.

Com base nestas informações e nas disposições do Código Civil, assinale a afirmativa correta.

(28)

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

a) Alfredo Chaves não é empresário porque exerce atividade intelectual de natureza literária.

b) Alfredo Chaves não é empresário porque não possui registro em nenhum órgão público.

c) Alfredo Chaves será empresário após sua inscrição na Junta Comercial.

d) Alfredo Chaves é empresário porque exerce atividade não organizada em caráter profissional.

e) Alfredo Chaves é empresário independentemente da falta de inscrição na Junta Comercial.

QUESTÃO 10 - FGV - AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL - PREFEITURA DE RECIFE-PE - 2014

Paulo Afonso, casado no regime de comunhão parcial com Jacobina, é empresário enquadrado como microempreendedor individual (MEI). O varão pretende gravar com hipoteca o imóvel onde está situado seu estabelecimento, que serve exclusivamente aos fins da empresa.

De acordo com o Código Civil, assinale a opção correta.

a) O empresário casado não pode, sem a outorga conjugal, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento, salvo no regime da separação de bens.

b) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento.

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

conjugal para gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento.

d) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento, salvo no regime da comunhão universal.

e) O empresário casado pode, mediante autorização judicial, gravar com hipoteca os imóveis que integram o estabelecimento.

(30)

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

d. Revisão 2

QUESTÃO 11 - FGV - FISCAL DE RENDAS - NITERÓI-RJ - 2015

No contrato de arrendamento de um dos estabelecimentos da sociedade empresária Abreu & Cia Ltda., celebrado pelo prazo de 10 (dez) anos, não houve estipulação autorizando o arrendatário a fazer concorrência ao arrendador. A partir desse dado, é correto afirmar que o arrendador:

a) não poderá́ fazer concorrência ao arrendatário pelo prazo do contrato, porém esse prazo fica limitado a cinco anos.

b) poderá́ fazer concorrência ao arrendatário, porque as cláusulas implícitas ou expressas de proibição de concorrência são nulas.

c) diante da omissão no contrato quanto à proibição de concorrência, poderá́ fazer concorrência ao arrendatário pelo prazo do contrato.

d) não poderá́ fazer concorrência ao arrendatário pelo prazo do contrato, mesmo que esse seja maior do que cinco anos.

e) não poderá́ fazer concorrência ao arrendatário porque o prazo de duração do contrato coincide com o máximo fixado em lei para a cláusula de proibição de concorrência.

QUESTÃO 12 - FGV - AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL - PREFEITURA DE RECIFE-PE - 2014

Condado Confeitaria Ltda. arrendou o estabelecimento de uma de suas filiais, situado na cidade de Buíque, à sociedade empresária Calumbi, Machados & Cia. Ltda. Não

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

houve notificação prévia do arrendamento aos credores quirografários do arrendador, apenas a publicação legal do contrato e seu arquivamento na Junta Comercial.

O contrato foi celebrado pelo prazo de quatro anos e contém estipulação estabelecendo que, durante sua vigência, o arrendador está proibido de fazer concorrência ao arrendatário na cidade de Buíque.

Com base nessas informações, é correto afirmar que a estipulação contratual é

a) válida, porque, no caso de arrendamento do estabelecimento, a proibição de concorrência ao arrendador persiste durante o prazo do contrato.

b) nula de pleno direito, porque viola os princípios constitucionais da livre iniciativa e da livre concorrência, impedindo o restabelecimento do arrendador.

c) anulável, porque, no caso de arrendamento do estabelecimento, o prazo de proibição de concorrência ao arrendador limita-se aos cinco anos subsequentes à transferência.

d) não escrita, porque somente é possível proibir o restabelecimento em caso de alienação do estabelecimento e, ainda assim, até o limite de cinco anos.

e) é válida, porém ineficaz perante terceiros, porque, em havendo arrendamento do estabelecimento, o arrendador deveria ter notificado previamente seus credores quirografários.

QUESTÃO 13 - FGV - AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL - PREFEITURA DE RECIFE-PE - 2014

O complexo de bens organizado e titularizado por empresário para o exercício de atividade econômica em caráter profissional, que pode ser objeto unitário de direitos e

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

negócios jurídicos, denomina-se

a) aviamento. b) firma. c) empresa. d) estabelecimento. e) matriz ou sede. QUESTÃO 14 - FGV - OAB - 2014

A partir da previsão contida no art. 1.143 do Código Civil, segundo o qual “pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza, é possível afirmar que tal instituto tem natureza de:

a) comunhão ou universalidade de direitos.

b) universalidade de fato.

c) patrimônio de afetação.

d) pessoa jurídica de direito privado.

e) pessoa formal, sem personalidade jurídica.

QUESTÃO 15 - FGV - OAB (2014)

Ananias Targino consulta sua advogada para saber as providências que deve tomar para publicizar o trespasse do estabelecimento da Empresa Individual de

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

Responsabilidade Limitada (EIRELI) por ele constituída e enquadrada como microempresa, cuja firma é Ananias Targino EIRELI ME.

A advogada corretamente respondeu que :

a) é dispensável qualquer publicização ou arquivamento do contrato de trespasse do estabelecimento por ser a EIRELI enquadrada como microempresa.

b) é dispensável o arquivamento do contrato de trespasse no Registro Público de Empresas Mercantis, mas ele deverá ser publicado na imprensa oficial.

c) é dispensável o arquivamento do contrato de trespasse no Registro Público de Empresas Mercantis, mas ele deverá ser publicado na imprensa oficial e em jornal de grande circulação.

d) é dispensável a publicação do contrato de trespasse na imprensa oficial, mas ele deverá ser arquivado no Registro Público de Empresas Mercantis.

QUESTÃO 16 - FGV - OAB - 2013

No contrato de alienação do estabelecimento da sociedade empresária Chaves & Cia Ltda., com sede em Theobroma, ficou pactuado que não haveria sub-rogação do adquirente nos contratos celebrados pelo alienante, em vigor na data da transferência, relativos ao fornecimento de matéria-prima para o exercício da empresa. Um dos sócios da sociedade empresária consulta sua advogada para saber se a estipulação é válida. Consoante as disposições legais sobre o estabelecimento, assinale a afirmativa correta.

a) A estipulação é nula, pois o contrato de alienação do estabelecimento não pode afastar a sub-rogação do adquirente nos contratos celebrados anteriormente para sua

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

exploração.

b) A estipulação é válida, pois o contrato de alienação do estabelecimento pode afastar a sub-rogação do adquirente nos contratos celebrados anteriormente para sua exploração.

c) A estipulação é anulável, podendo os terceiros rescindir seus contratos com a sociedade empresária em até 90 (noventa) dias a contar da publicação da transferência.

d) A estipulação é considerada não escrita, por desrespeitar norma de ordem pública que impõe a solidariedade entre alienante e adquirente pelas obrigações referentes ao estabelecimento.

QUESTÃO 17 - FGV - OAB - 2013

Lavanderias Roupa Limpa Ltda. (“Roupa Limpa”) alienou um de seus estabelecimentos comerciais, uma lavanderia no bairro do Jacintinho, na cidade de Maceió, para Caio da Silva, empresário individual. O contrato de trespasse foi omisso quanto à possibilidade de restabelecimento da “Roupa Limpa”, bem como nada dispôs a respeito da responsabilidade de Caio da Silva por débitos anteriores à transferência do estabelecimento.

Nesse cenário, assinale a afirmativa correta.

a) O contrato de trespasse será oponível a terceiros, independentemente de qualquer registro na Junta Comercial ou publicação.

b) Caio da Silva não responderá por qualquer débito anterior à transferência, exceto os que não estiverem devidamente escriturados.

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

c) Na omissão do contrato de trespasse, Roupa Limpa poderá se restabelecer no bairro do Jacintinho e fazer concorrência a Caio da Silva.

d) Não havendo autorização expressa, “Roupa Limpa” não poderá fazer concorrência a Caio da Silva, nos cinco anos subsequentes à transferência.

QUESTÃO 18 - FGV - OAB - 2015

Uma das obrigações da sociedade empresária é seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.

A partir do exposto, assinale a afirmativa correta.

a) A ausência de autenticação dos instrumentos de escrituração na Junta Comercial não impede que os livros da sociedade empresária sejam utilizados em juízo como prova documental a seu favor.

b) Em razão da evolução tecnológica, passou a ser vedada a escrituração manual do Livro Diário, devendo a sociedade empresária adotar livros digitais para a escrituração de suas operações.

c) O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e indicará o ativo e o passivo distintamente.

d) Os assentos lançados nos livros da sociedade empresária, por qualquer dos contabilistas encarregados de sua escrituração, não obrigam a pessoa jurídica, se tais livros não estiverem autenticados na Junta Comercial.

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

QUESTÃO 19 - FGV - FISCAL DE RENDAS - SEFAZ-RJ - 2010

As alternativas a seguir apresentam figuras que estão proibidas de exercer a atividade empresarial, à exceção de uma.

Assinale-a.

a) O falido que, mesmo não tendo sido condenado por crime falimentar, não foi reabilitado por sentença que extingue suas obrigações.

b) O magistrado.

c) O militar da ativa.

d) A mulher casada pelo regime da comunhão universal de bens, se ausente a autorização marital para o exercício de atividade empresarial.

e) Os que foram condenados pelo juízo criminal à pena de vedação do exercício de atividade mercantil.

QUESTÃO 20 - FGV - FISCAL DE RENDAS - SEFAZ-RJ - 2010

O empresário que desenvolve atividade rural de grande porte está obrigado a requerer a inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

e. Revisão 3

QUESTÃO 21 - FGV - FISCAL DE RENDAS - SEFAZ-RJ - 2010

O contrato de trespasse de estabelecimento empresarial produzirá efeitos quanto a terceiros só depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis e de publicado na imprensa oficial.

QUESTÃO 22 - FGV - FISCAL DE RENDAS - SEFAZ-RJ - 2010

Com relação aos créditos de natureza civil vencidos antes da celebração do contrato de trespasse, o vendedor do estabelecimento continuará por eles solidariamente obrigado, pelo prazo de um ano contado a partir da publicação do contrato de trespasse na imprensa oficial.

QUESTÃO 23 - FGV - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS (2010)

Não se admite, mesmo por convenção expressa entre os contratantes, o imediato restabelecimento do vendedor do estabelecimento no mesmo ramo de atividades e na mesma zona geográfica.

QUESTÃO 24 - FGV - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS (2010)

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

por sociedade empresária.

b) Refere-se tão-somente à sede física da sociedade empresária.

c) Desponta a noção de aviamento.

d) Inclui, também, bens incorpóreos, imateriais e intangíveis.

e) É integrado pela propriedade intelectual.

QUESTÃO 25 - FGV - CONSULTOR LEGISLATIVO - SENADO FEDERAL - 2012

Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes outorgados; havendo mais de um gerente cada um atuará individualmente, salvo estipulação diversa.

QUESTÃO 26 - FGV - CONSULTOR LEGISLATIVO - SENADO FEDERAL - 2012

Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer de seus prepostos praticados nos seus estabelecimentos, desde que sejam relativos à atividade da empresa e, para tanto, estes não necessitam de autorização por escrito dos primeiros.

QUESTÃO 27 - FGV - CONSULTOR LEGISLATIVO - SENADO FEDERAL - 2012

A eficácia, em relação a terceiro, de limitações contidas na outorga de poderes ao preposto depende do arquivamento e averbação do instrumento no Registro de Empresas, salvo se comprovado o conhecimento do terceiro que com ele contratou.

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

QUESTÃO 28 - FGV - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS (2010)

Com relação aos livros comerciais, desconsiderando a categoria dos microempresários e empresários de pequeno porte, analise as afirmativas a seguir.

I. O livro "Diário", ou os instrumentos contábeis que legalmente o substituem (as fichas de lançamentos e o livro "Balancetes Diários e Balanços"), é o único livro de escrituração obrigatória para todos os empresários.

II. Em demanda entre empresário contra não-empresário, o livro comercial faz prova irrefutável a favor do seu titular, desde que atendidos todos os requisitos intrínsecos e extrínsecos de regularidade do livro.

III. As sociedades limitadas, regidas supletivamente pelas normas da sociedade simples, estão dispensadas da escrituração do livro "Registro de Duplicatas".

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

QUESTÃO 29 - FGV - FISCAL DE RENDAS - SEFAZ-RJ - 2010

Segundo o art. 966 do Código Civil, é considerado empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços.

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DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

QUESTÃO 30 - FGV - JUIZ - TJ-MS - 2008

Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços.

QUESTÃO 31 - FGV - JUIZ - TJ-AP - 2008

O empresário individual adquire personalidade jurídica com a inscrição de sua firma individual no Registro Público de Empresas Mercantis.

QUESTÃO 32 - FGV - OAB - 2015

Paulo, casado no regime de comunhão parcial com Jacobina, é empresário enquadrado como microempreendedor individual (MEI). O varão pretende gravar com hipoteca o imóvel onde está situado seu estabelecimento, que serve exclusivamente aos fins da empresa. De acordo com o Código Civil, assinale a opção correta.

a) Paulo pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento.

b) Paulo não pode, sem a outorga conjugal, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento, salvo no regime de separação de bens.

c) Paulo, qualquer que seja o regime de bens, depende de outorga conjugal para gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento.

d) Paulo pode, sem necessidade de outorga conjugal, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento, salvo no regime da comunhão universal.

(41)

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

f. Normas comentadas

Código Civil:

Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios.

Parágrafo único. A prova resultante dos livros e fichas não é bastante nos casos em que a lei exige escritura pública, ou escrito particular revestido de requisitos especiais, e pode ser ilidida pela comprovação da falsidade ou inexatidão dos lançamentos.

...

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

Caracterização do “elemento de empresa” em atividade econômica intelectual

quando se contrata outro profissional intelectual para exercer a

atividade-fim.

Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.

Para o empresário individual, a inscrição possui natureza meramente

(42)

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

empresária possui natureza constitutiva.

Empresário irregular: o empresário que exercer suas atividades sem o registro

adequado, está em condição irregular.

Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha:

I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens;

II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa;

III - o capital;

IV - o objeto e a sede da empresa.”

...

Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.

Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.

Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.

§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das

circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos

(43)

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

por terceiros.

§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía,

ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.

Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.

§ 1o Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos em que o juiz

entender ser conveniente.

§ 2o A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do menor ou do

interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes nomeados.”

Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.”

Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.

...

Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.

O estabelecimento é considerado universalidade de fato (e não de direito).

(44)

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

de fato: a destinação de bens é definida pelo próprio titular;

de direito: a destinação de bens é definida por lei.

...

Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.

Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.”

Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

Lei n. 11.101, de 2005:

Art. 1o Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a

falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.”

...

(45)

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

...

III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial:

...

c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;

...

Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores:

...

VI – a venda ou transferência de estabelecimento feita sem o consentimento expresso ou o pagamento de todos os credores, a esse tempo existentes, não tendo restado ao devedor bens suficientes para solver o seu passivo, salvo se, no prazo de 30 (trinta) dias, não houver oposição dos credores, após serem devidamente notificados, judicialmente ou pelo oficial do registro de títulos e documentos;”

...

Art. 141. Na alienação conjunta ou separada de ativos, inclusive da empresa ou de suas filiais, promovida sob qualquer das modalidades de que trata este artigo:

I – todos os credores, observada a ordem de preferência definida no art. 83 desta Lei, sub-rogam-se no produto da realização do ativo;

(46)

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho.

§ 1o O disposto no inciso II do caput deste artigo não se aplica quando o

arrematante for:

I – sócio da sociedade falida, ou sociedade controlada pelo falido;

II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou

afim, do falido ou de sócio da sociedade falida; ou

III – identificado como agente do falido com o objetivo de fraudar a sucessão.

§ 2o Empregados do devedor contratados pelo arrematante serão admitidos

mediante novos contratos de trabalho e o arrematante não responde por obrigações decorrentes do contrato anterior.”

...

Art. 178. Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação extrajudicial, os documentos de escrituração contábil obrigatórios:

Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.

Código Tributário Nacional:

Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou

(47)

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:

I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;

II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.”

(48)

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

g. Gabarito

1 2 3 4 5 E E E C E 6 7 8 9 10 C E E E B 11 12 13 14 15 D A D B D 16 17 18 19 20 B D C D E 21 22 23 24 25 C C E B E 26 27 28 29 30 C C A C C 31 32 E A

(49)

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

h. Breves comentários às questões

QUESTÃO 1 - CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MPE-AC - 2014

A edição do Código Francês de 1807 é considerada o marco inicial do direito comercial no mundo.

Surgimento do direito comercial:

a) Antiguidade: muitas normas esparsas sobre atividade comercial existiram desde a Antiguidade, a exemplo do Código de Hammurabi, na Babilônia (século XVIII a.C.);

b) Direito Romano: na história do sistema jurídico romano  desde a fundação de Roma (século VIII a.C., supostamente), até a codificação de Justiniano (século VI d.C.) , houve normas que disciplinavam relações de comércio entre particulares, mas não chegaram a constituir um direito autônomo;

c) Surgimento do direito comercial: nasceu, como direito autônomo,

somente a partir do final do século XI (Idade Média), como consequência da crise do sistema feudal e da criação das chamadas corporações de ofício  organizadas por comerciantes que a elas se

associavam (sistema subjetivo) e passavam a se sujeitar à lex mercatoria (conjunto de regras criadas pela própria classe).

Gabarito: Errado.

(50)

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

A teoria dos atos de comércio foi adotada, inicialmente, nas feiras medievais da Europa pelas corporações de comerciantes que então se formaram.

Teoria dos atos de comércio:

a) França (1807): o Código Comercial Napoleônico estatizou o direito comercial ao substituir a lex mercatoria, antes regulada pelas próprias corporações de ofício (sistema subjetivo). Sob esse código, o direito comercial passou a ser editado pelo Estado e aplicado a atos objetivamente considerados, independentemente de associação dos envolvidos (sistema

objetivo);

b) Brasil (1850): a teoria foi adotada pelo Código Comercial (Lei 556, de 1850). Eram considerados comerciantes os que exerciam a mercancia de forma habitual, como profissão. Os os atos de comércio eram listados pelo Regulamento 737, de 1850 (revogado em 1875), e outros diplomas.

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 3 - CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MPE-AC - 2014

Considerando a evolução histórica do direito empresarial, o direito romano apresentou um corpo sistematizado de normas sobre atividade comercial.

Surgimento do direito comercial:

a) Antiguidade: muitas normas esparsas sobre atividade comercial existiram desde a Antiguidade, a exemplo do Código de Hammurabi, na Babilônia (século XVIII a.C.);

(51)

DIREITO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

fundação de Roma (século VIII a.C., supostamente), até a codificação de Justiniano (século VI d.C.) , houve normas que disciplinavam relações de comércio entre particulares, mas não chegaram a constituir um direito autônomo;

e) Surgimento do direito comercial: nasceu, como direito autônomo,

somente a partir do final do século XI (Idade Média), como consequência da crise do sistema feudal e da criação das chamadas corporações de ofício  organizadas por comerciantes que a elas se

associavam (sistema subjetivo) e passavam a se sujeitar à lex mercatoria (conjunto de regras criadas pela própria classe).

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 4 - CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MPE-AC - 2014

Considera-se o marco inicial do direito comercial brasileiro a lei de abertura dos portos, em 1808, por determinação do rei Dom João VI.

O marco inicial do Direito Comercial Brasileiro foi a Carta Régia de abertura dos portos brasileiros às nações amigas. Em 1808, o Príncipe-Regente Dom João VI

refugiou-se no Brasil com a Corte Lusitana, porquanto Napoleão marchava em direção a Lisboa. O Brasil-Colônia passou, então, à condição de Sede Provisória da Coroa e foi contemplado, naquele ano de 1808, com uma série de medidas de caráter econômico, entre as quais, a Carta Régia de abertura portuária  antes, nada se comprava ou se vendia na Colônia sem passar antes por Portugal.

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