A população formada por 281 civis (carreiras de C&T e magistério) e 13
militares, com titulação mínima de doutorado, recebeu na sua totalidade os
questionários da pesquisa, resultando em 294 questionários entregues, dos quais
175 foram respondidos, conforme mostra o quantitativo da Tabela 1, mostrado por
Instituto:
Tabela 1– Quantitativo da população e respondentes, por Instituto
INSTITUTO POPULAÇÃO QUESTIONÁRIOS
RESPONDIDOS
% DE
RESPOSTAS
ITA 127 64 50%
IAE 90 72 80%
IEAv 77 39 51%
TOTAL 294 175 60%
Complementando a Tabela 1, a população total de 294 doutores é
composta por:
106 (36%) da carreira do Magistério;
175 (59%) da carreira de C&T; e,
13 (4%) da carreira Militar.
A Tabela 1 mostra que o maior número de doutores está no ITA (127) e
este fato pode ser explicado por sua atividade-fim ser direcionada ao ensino de
graduação e pós-graduação, o que implica na obrigatoriedade da titulação de doutor
do seu efetivo.
Um primeiro aspecto a ser mostrado para a identificação dos 175
respondentes refere-se ao tipo de carreira ao qual pertencem, associado ao sexo,
conforme mostra o Gráfico 1:
Tipo de Carreira 45 86 7 9 28
Magistério C&T Militar
Q ua nt ida de Homens - 79% Mulheres - 21%
Gráfico 1 – Respondentes por tipo de carreira e por sexo
A distribuição amostral dos respondentes nas suas respectivas carreiras,
mostrada no Gráfico 1, manteve quase que a mesma proporcionalidade encontrada
na população total, visto que, do Magistério responderam 54 doutores (31% de 175),
da carreira de C&T, 114 respondentes (65% de 175), e dos Militares, 7 respondentes
(4% de 175). Verifica-se um pouco mais de contribuição dos doutores da carreira de
C&T, comparando-se aos percentuais da população total, mostrados na
complementação da Tabela 1.
Encontrou-se nos respondentes um número bem superior de homens,
138 (79% do total dos respondentes), comparado ao número de mulheres, 37 (21%
do total). Esta diferença pode ser justificada considerando-se as áreas do
conhecimento envolvidas nas atividades-fim da instituição estudada, as quais se
concentram nas áreas de Engenharia e Ciências Exatas, carreiras tradicionalmente
masculinas. Adicionalmente a isso, mesmo sendo conhecido que a presença
feminina está crescendo nas universidades, há ainda certa dificuldade das mulheres
em conciliar a carreira científica, que exige maior titulação, com a vida familiar.
A média de idade dos doutores participantes da pesquisa é de 48 anos
(desvio padrão de 7,3), sendo que a maioria está na faixa etária entre 50 e 54 anos
(48 respondentes), conforme mostra o Gráfico 2:
4 22 27 39 48 25 8 2 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 F ai xa etár ia Respondentes
Gráfico 2 – Respondentes por faixa etária
Observa-se que 47% dos respondentes (83) estão acima de 50 anos de
idade. Este dado sinaliza que há um número significativo de doutores que está há
dez anos ou menos da aposentadoria
7e serve como alerta para que a instituição se
mobilize para as substituições, considerando dois aspectos importantes: primeiro,
que a formação de um doutor leva alguns anos para ser concluída e que não é fácil
encontrar um profissional treinado, pronto para ser admitido e atuar no mesmo nível
em que atuam os doutores atuais, necessitando investir em treinamento por um
7 As regras atuais para aposentadoria na carreira de Ciência & Tecnologia, por exemplo, estabelecem a idade de 60 anos para os homens, e 55 anos para as mulheres, desde que tenham o tempo de serviço necessário, que são 35 e 30 anos, respectivamente.
longo período, como também, na experiência profissional e, segundo, na
transferência do conhecimento dos atuais para os novos pesquisadores, havendo,
para isso uma intensa comunicação científica.
A alta capacitação e experiência dos pesquisados é confirmada pelos
dados apresentados nos Gráficos 3 e 4, que mostram, respectivamente, o tempo de
doutoramento e o tempo de DCTA.
40 51 32 24 17 7 4 0 10 20 30 40 50 60 1 a 5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 a 25 26 a 30 31 a 36 Tempo de doutoramento (em anos)
Q ua nt ida de de D ou tore s
Gráfico 3 – Tempo de doutoramento
Os dados do Gráfico 3 mostram que o grupo de pesquisados tem uma
média de 12 anos de tempo de doutoramento, com um desvio padrão de 7,7, ou
seja, aproximadamente 68% dos participantes estão entre 4 e 19 anos, sendo que a
maior frequência encontra-se na faixa de 6 a 10 anos de tempo de conclusão do
doutorado. E, ainda, 77% dos respondentes (135) possuem mais de 5 anos de
doutoramento. É um dado importante para se considerar o longo período vivenciado
por estes respondentes na comunicação científica.
O Gráfico 4 mostra que 72% (126 respondentes) atuam há mais de 10
anos no DCTA. A média geral dos respondentes é de 19 anos de atuação.
28%
72%
4 a 9 anos 10 a 41 anos
Portanto, trata-se de um grupo com grande experiência na organização,
bem familiarizado com a sua cultura e com a forma operacional de um órgão público,
principalmente, nas atividades referentes à pesquisa e desenvolvimento.
De acordo com o Gráfico 5, o grupo foi identificado, na sua grande
maioria, atuante, exclusivamente, na área técnica ou operacional de trabalho (87%
ou 152 respondentes), ou seja, atuam diretamente com atividades de pesquisa,
desenvolvimento e/ou ensino. Poucos estão alocados nas atividades restritas de
administração ou gestão (4% ou 7 respondentes). E uma porcentagem intermediária
atua tanto como administradores, como técnicos (9% ou 16 respondentes).
4% 87% 9% Administrativa / Gestão (7) Técnica / Operacional (152) Ambas (16)
Gráfico 5 – Área de trabalho
O percentual alto desta amostra de doutores atuantes na área técnica ou
operacional é favorável ao objetivo deste estudo de mapear como se desenvolve a
comunicação científica nesta instituição, considerando que a área técnica, a priori,
está mais voltada às atividades de pesquisa e estimula mais a ação de comunicar os
resultados das suas atividades, sem esquecer de que, também, é importante
detectar a vivência dos administrativos.
O Gráfico 6 nos informa a quantidade de doutores que ocupam ou não
cargo de chefia ou gerência, por área de trabalho. A maior quantidade (99) não
ocupa a função de chefiar ou gerenciar, representando 57% do total. Os outros 43%
(76), ocupam cargo de chefia ou gerência, sendo que 69 destes doutores atuam na
área técnica/operacional ou em ambas as áreas, isto é, chefiam equipes de
pesquisa, de projetos, de ensino, e outras atuações similares. Os doutores da área
de administração ou gestão são todos chefes ou gerentes. Considerando-se apenas
a área Técnica/Operacional, com 152 respondentes, 98 destes (65%) não ocupam
cargo de chefia ou gerência, possibilitando maior contribuição à pesquisa e à
comunicação científica, face à maior dedicação de tempo semanal dos doutores
chefes/gerentes, como também, da área técnica/operacional, conforme está sendo
mostrado mais adiante no item 5.2.1, na fase da produção (Gráfico 8 e Tabela 2).
54 98
15
7 1
Administração/Gestão Técnica/Operacional Ambas Área de trabalho Q ua nt ida de de dout ores
Ocupa cargo de chefia ou gerência Não ocupa
Gráfico 6 – Cargo de Chefia ou Gerência, por área de trabalho
O Gráfico 7 demonstra que há uma distribuição equilibrada dos doutores,
por faixa de tempo de DCTA, entre os que ocupam ou não cargo de chefia/gerência,
exceto na faixa de 0 a 10 anos, na qual a maioria não é chefe. Esta distribuição
equilibrada reforça a validação da amostragem visto que há números próximos de
doutores chefes e não chefes, nas várias etapas da vida organizacional, que
colocaram sua vivência na comunicação científica neste estudo.
12 13 41 10 38 12 42 7 0 a 10 11 a 20 21 a 30 31 a 40
Tempo de DCTA (anos)
Q uan tidade de do ut or es
Ocupa cargo de chefia ou gerência Não ocupa