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D DIIFFIICCUULLDDAADDEESS P PEERRCCEEPPCCIIOONNAADDAASS P PEELLOO EENNFFEERRMMEEIIRROO A AOO CCUUIIDDAARR DDOO D DOOEENNTTEE O ONNCCOOLLÓÓGGIICCOO EEMM F FAASSEE TTEERRMMININAALL D DIIFFIICCUULLDDAADDEESSDDOOSS P PRREESSTTAADDOORREESSDDEECCUUIIDDAADDOOSS  ATITUDES DO ENFERMEIRO:  FUGA

 LIDAR COM A MORTE

 DISPONIBILIDADE TEMPORAL

 IDENTIFICAÇÃO COM O DOENTE

 INCAPACIDADE DE DAR RESPOSTA  TRATAMENTOS DESAJUSTADOS D DIIFFIICCUULLDDAADDEESSIINNEERREENNTTEESSAAOO D DOOEENNTTEEOONNCCOOLLÓÓGGIICCOOEEMM F FAASSEETTEERRMMIINNAALL

 INSEGURANÇA FACE À SUA SITUAÇÃO  APOIO À FAMÍLIA D DIIFFIICCUULLDDAADDEESSIINNTTRRÍÍNNSSEECCAASS A AOOCCUUIIDDAARRDDOODDOOEENNTTEE O ONNCCOOLLÓÓGGIICCOOEEMMFFAASSEE T TEERRMMIINNAALL  COMUNICAÇÃO  RECEIO DO SOFRIMENTO  ASSISTIR À DEGRADAÇÃO DA PESSOA

 LIDAR COM O DOENTE

D DIIFFIICCUULLDDAADDEESS DDEE C COONNTTEEXXTTOO I INNEERREENNTTEESS AAOO C CUUIIDDAARR OO DDOOEENNTTEE O ONNCCOOLLÓÓGGIICCOO EEMM F FAASSEE TTEERRMMININAALL D DIIFFIICCUULLDDAADDEESSOORRIIGGIINNAADDAASS P POORRDDEEFFIICCIIEENNTTEE//IINNAADDEEQQUUAADDAA F FOORRMMAAÇÇÃÃOO  FORMAÇÃO ACADÉMICA  FORMAÇÃO CONTÍNUA D DIIFFIICCUULLDDAADDEESS I INNSSTTIITTUUCCIIOONNAAIISSEEDDOOSSIISSTTEEMMAA D DEESSAAÚÚDDEE//RREESSPPOOSSTTAASSÀÀSS N NEECCEESSSSIIDDAADDEESSDDOODDOOEENNTTEE O ONNCCOOLLÓÓGGIICCOOEEMMFFAASSEE T TEERRMMIINNAALL  CONDIÇÕES FÍSICAS  AUSÊNCIA DE TRABALHO EM EQUIPA

 DEFICIENTE APOIO MÉDICO

D DIIFFIICCUULLDDAADDEESS S SOOCCIIAAIISS//IIMMAAGGEEMMSSOOCCIIAALLDDOO D DOOEENNTTEEOONNCCOOLLÓÓGGIICCOOEEMM F FAASSEETTEERRMMIINNAALL  REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO DOENTE ONCOLÓGICO  REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA MORFINA

94 CAPÍTULO III - ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Quando para a doença oncológica não há cura possível, há sempre alguma medida que, intervindo nos sintomas angustiantes, desconfortáveis e/ou dolorosos, vai proporcionar uma sensação de alivio e bem-estar, melhorando a qualidade de vida do doente até à sua morte.

Aliviar o sofrimento ou ajudar um doente terminal a morrer é uma das actividades mais difíceis para um enfermeiro. A impossibilidade de curar não pressupõe um fracasso, mas sim um reconhecimento dos próprios limites da técnica.

Nos últimos dias de vida a preocupação de cuidar, deve substituir a preocupação do tratar.

Nesta perspectiva, assistir ao doente oncológico em fase terminal, confronta-nos com sentimentos em relação à morte e ao morrer, faz-nos recordar pessoas queridas, que morreram. A frustração do nosso desempenho assola-nos o espírito. Surgem-nos sentimentos de insegurança, revolta, impotência perante a situação, e mesmo uma agressividade interior; que nos esforçamos a ignorar; assim como o sentimento de fracasso, que a morte por si representa.

Surge o medo em investir afectivamente, com medo de magoarmo-nos, torna-se mais fácil deixar morrer; que ajudar a morrer. Somos tentados a negar tanto a gravidade do estado de saúde do doente, como o seu sofrimento. Agarramo-nos a técnicas e a tratamentos desajustados descurando o apoio ao doente. As visitas tornam-se cada vez mais curtas e rápidas, quando pelo contrário devem ser mais e com maior empenho em acompanhar quem precisa.

95 É um facto que o trabalho com doentes oncológicos em fase terminal não é fácil, requerendo maturidade pessoal e profissional que só poderá ser adquirida através da experiência e da formação.

Os enfermeiros confrontam-se frequentemente com a morte, sobretudo aqueles que desenvolvem a sua actividade em hospitais, serviços de internamento, serviços de urgência, unidades de cuidados intensivos, unidades de cuidados paliativos, entre outros.

Pacheco afirma que a morte é hoje muitas vezes pensada e vivida como um fracasso, como um erro, como um engano e não como um limite natural da vida. Deste modo, os enfermeiros têm ainda alguma dificuldade em lidar com o processo de morrer. Quando se deparam com um doente em fim de vida, têm a tendência de adoptar atitudes extremas, tais como afastar-se do doente ou, pelo contrário, envolverem-se emocionalmente e de forma muito intensa.(46)

Esta autora ainda, nesta perspectiva, sublinha que de facto, é da responsabilidade do enfermeiro prestar cuidados de saúde ao indivíduo, à família e à comunidade ao nível da promoção da saúde, da prevenção da doença, da recuperação e do alívio do sofrimento. Pacheco diz-nos também que não podemos ficar indiferentes aos problemas e ao sofrimento dos doentes em fase terminal, cujas únicas respostas são muitas vezes a conspiração do silêncio e da mentira gerada ainda muitas vezes em redor do doente ou a transmissão da verdade de uma forma abrupta, a falta de respeito pela privacidade do doente, a utilização de meios inúteis de tratamento ou quase abandono destes doentes e a emissão de opiniões a favor da eutanásia sem qualquer fundamento.(6)

96 RESULTADOS

Nesta pesquisa, e tendo por base as descrições dos sujeitos do estudo sobre as dificuldades ao cuidar com o doente oncológico em fase terminal, foi-nos possível dentro da área temática, formar as seguintes 2 (duas) categorias e suas respectivas subcategorias:

- Dificuldades percepcionadas pelo enfermeiro ao cuidar do doente oncológico em fase terminal

o Dificuldades dos prestadores de cuidados

o Dificuldades inerentes ao doente oncológico em fase terminal

o Dificuldades intrínsecas ao cuidar do doente oncológico em fase terminal

- Dificuldades de contexto inerentes ao cuidar do doente oncológico em fase terminal

 Dificuldades originadas por deficiente/inadequada formação

 Dificuldades institucionais e do sistema de saúde/respostas às necessidades do doente oncológico em fase terminal

 Dificuldades sociais/imagem social do doente oncológico em fase terminal.

Estas categorias englobam, cada uma delas, para além das subcategorias, um conjunto de indicadores que permitiram um reflexo bastante exaustivo da informação colhida, tornando mais fácil a leitura e compreensão do estudo.

Após ter feito a categorização temática, entrevista a entrevista, sobressaiu a Área Temática, já apresentada anteriormente, bem como as respectivas Categorias e

97 Subcategorias, na sua maioria definidas a posteriori. A apresentação, análise e discussão dos dados será feita segundo a sequência da Matriz de Codificação anteriormente apresentada, sempre tendo em linha de conta, a problemática em estudo, os objectivos formulados, assim como a metodologia definida.

De forma a clarificar os significados atribuídos pelos sujeitos, surgem frases proferidas pelos mesmos, as quais exemplificam a interpretação que demos aos dados. Assim, para cada Categoria surgem os extractos dos verbatins de cada uma das entrevistas, tendo sido colocado em anexo um verbatim de uma entrevista (Anexo II), escolhida pela riqueza de informação que contém.

A Área Temática que encontrei a partir dos dados recolhidos, foi:

- DDiiffiiccuullddaaddeess sseennttiiddaass ppeellooss eennffeerrmmeeiirrooss aaoo ccuuiiddaarr ddoo ddooeennttee oonnccoollóóggiiccoo eemm f

faasseetteerrmmiinnaall;

Na apresentação dos dados, são utilizados símbolos/códigos linguísticos, cujo significado passo a apresentar:

... – Corresponde aos períodos de silêncio no discurso do entrevistado. ( ) – Excerto da entrevista considerada não relevante para a análise.

Palavra entre ( ) – Palavra ou frase que confere significado à declaração do entrevistado.

( X ) – Omissão de palavras que sejam tradutoras da identificação dos entrevistados. ( Ex ) – Código atribuído a cada entrevista.

Itálico – Corresponde a uma palavra ou frase identificada nos discursos dos entrevistados, as quais ajudaram a determinar a categorização.

Para tornar mais objectivas a leitura e compreensão da análise dos dados colhidos junto dos sujeitos, colocámos no final do trabalho a Matriz de Codificação Global

98 (Anexo III), utilizada como instrumento de categorização dos verbatins das entrevistas, e, as unidades de registo de uma categoria do estudo (Anexo IV).

E, porque a compreensão de toda a análise dos dados beneficiará com a presença de um esquema simples que acompanha a estrutura do estudo, foi colocada uma figura esquematizada antes de cada subcapítulo de forma a antever a categoria e subcategoria que se irá apresentar a seguir. Este esquema vai-se completando à medida que são conhecidas as dificuldades sentidas pelos enfermeiros, e representa sucintamente a estrutura de base deste estudo qualitativo.

99 Fig. 1 – CCAATTEEGGOORRIIAA::DDIIFFIICCUULLDDAADDEESSPPEERRCCEEPPCCIIOONNAADDAASSPPEELLOOSSEENNFFEERRMMEEIIRROOSSEE

S

SUUBBCCAATTEEGGOORRIIAA::DDIIFFIICCUULLDDAADDEESSDDOOSSPPRREESSTTAADDOORREESSDDEECCUUIIDDAADDOOSS DIFICULDADES AO CUIDAR DO

DOENTE ONCOLÓGICO EM FASE

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