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Cadeia de Valor vs. Cadeia de Fornecimento

No documento CADEIAS DE VALOR E AGRONEGÓCIO (páginas 8-14)

A cadeia de valor e a cadeia de fornecimento, se analisadas de forma conjunta, entende-se como redes de empresas e processos que se unem para fornecer um produto de boa qualidade, a baixo custo e em tempo hábil para seus clientes. Contudo, apesar desta semelhança, em termos específicos, uma dista da outra.

Cadeia de valor, em uma organização, é um processo que visa à criação de valor para os consumidores. Para isso, é estruturado um fluxograma de todas as actividades consideradas fundamentais de um negócio. Esse modelo ajuda a criar uma melhor organização e permite melhorar a eficácia da empresa.

A cadeia de valor descreve uma variedade de actividades que devem trazer o produto ou serviço desde sua concepção, através de diferentes fases de produção (implicação de uma combinação de transformação física e a entrada de vários produtos e serviços) até a entrega aos consumidores finais.

Apesar de serem processos adoptados pelas empresas para gerenciar as actividades de produção e agregação de valor, com o objectivo de fornecer ao cliente um produto de boa qualidade, capaz de satisfazer suas necessidades a baixo custo, existe uma diferença entre cadeia de valor e cadeia de suprimentos.

Cadeia de Valor é uma sequência de actividades que se inicia com a origem dos recursos e vai até o descarte do produto

pelo último consumidor.

Por sua vez, uma cadeia de fornecimento consiste numa série integrada de actividades, englobando desde o fornecimento das matérias-primas, até a entrega do produto ao consumidor final.

Também pode ser entendido como a integração da empresa com todas as firmas da cadeia de suprimentos, onde fornecedores, clientes e provedores externos de meios logísticos compartilham informações e planos necessários para tornar o canal mais eficiente e competitivo.

Em suma, numa cadeia de valor “as actividades de valor estão relacionadas por meio de elos dentro da cadeia de valor”, já na cadeia de fornecimento “é a rede de organizações envolvidas, por meio de vínculos a montante e a jusante, nos diferentes processos e actividades que produzem valor na forma de produtos e serviços destinados ao consumidor final”.

3.1. Principais Actores e Actividades Desenvolvidas na Cadeia de Fornecimento

Em termos gerais, uma cadeia de fornecimento é constituída por diferentes organizações que se dedicam na realização de uma actividade especifica

A cadeia de fornecimento tem a ver com a gestão do aprovisionamento, algo que é feito de forma mais ou menos

eficaz por todas as empresas e de uma forma relativamente rotineira.

ligada directa e/ou indirectamente ao produto final, conforme são apresentados no diagrama abaixo.

1. Forncedores de insumos Responsável pela produção da matéria-prima que posteriormente será usada pelas processadoras

2. Processadores

Transforma a matéria-prima em produtos ou bens comercializáveis e de utilidade para as etapas seguintes da cadeia de valor

3. Distribuidores É o agente responsável pela movimentação e manuseio dos produtos para os pontos de venda 4. Retalhistas

É aquele que comercializa o produto em pequenas quantidades directamente ao consumidor

5. Consumidores

É o destinatário de todas as etapas, já que é pensando nele e na sua satisfação que as empresas desenvolvem suas actividades

6. Serviços de Suporte Investigação, desenvolvimento tecnológico, transporte, o Estado, transporte, marketing, serviços financeiros, etc.

3.2. Principais Actividades Desenvolvidas numa Cadeia De Valor

Conforme discutido anteriormente, ficou claro que uma cadeia de valor corresponde a uma séria de actividades levadas por vários sectores de uma determinada organização, com vista a agregação de valor a um bem ou serviço a ser entregue posteriormente ao consumidor final.

Partindo desse princípio, Michael Porter descreveu uma cadeia de actividades comuns a todas as organizações e as dividiu em actividades primárias e de apoio, como mostramos abaixo:

As actividades primárias envolvem:

Logística interna ou de entrada: relacionamento com fornecedores é decisivo para a criação de valor;

Operações: máquinas, embalagens, montagem, manutenção de equipamento, testes e demais actividades de criação de valor que transformam as entradas em produto final;

Logística externa ou de saída: actividades associadas com a entrega do produto/serviço ao cliente;

Marketing e vendas: processos utilizados para convencer os clientes a comprarem os seus produtos/serviços;

Serviços: actividades que mantêm e aumentam o valor dos produtos/serviços após a compra;

▪ As actividades de apoio dão suporte às actividades primárias. Sua classificação genérica é feita em quatro categorias.

Por sua vez as actividades de apoio constituem:

Infra-estrutura: sistemas de apoio para manter as operações diárias.

Inclui a gestão geral, administrativa, legal, financeira, contábil, entre outras;

Gestão de Recursos Humanos: actividades associadas ao recrutamento, desenvolvimento, retenção de talentos e compensação de colaboradores e gestores. Como as pessoas são uma fonte de valor importantíssima para qualquer negócio, empresas podem criar grandes vantagens ao utilizarem boas práticas de RH;

Desenvolvimento tecnológico: actividades que apoiam as actividades da cadeia de valor, como automação de processos, por exemplo;

Aquisição/compras: processos realizados com o objectivo de adquirir os recursos necessários para manter a empresa em operação: aquisição de matérias-primas, serviços etc. Também inclui a busca por fornecedores e a negociação dos melhores preços.

Para um melhor entendimento, nos próximos capítulos abordaremos de forma mais detalhadas sobre as actividades primárias e de apoio realizadas numa organização. Relativamente as actividades primárias, vamos dar mais atenção as actividades referentes a operações, tendo como foco a cadeia de valor de milho.

No documento CADEIAS DE VALOR E AGRONEGÓCIO (páginas 8-14)

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