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3. APRESENTAÇÃO DO CASO

4.5 CADEIA DE VALOR

A cadeia de valor da instituição foi construída com base em conversas com os médicos das diversas clínicas e utilizando o Regimento Interno. O objetivo da construção da cadeia de valor foi um melhor entendimento da organização e como ocorre a ligação entre as diversas clínicas, facilitando a identificação de possíveis clínicas gargalos dentro do hospital, a qual é representada a seguir:

94 Figura 18 - Cadeia de Valor da Instituição (apenas macroprocessos)

Após a estruturação, de forma macro, da cadeia de valor, iniciou-se o detalhamento dos processos de negócio, identificando os subprocessos e ordenando-os segundo a cadeia de processos do Hospital, como mostrado a seguir:

Prover Acesso do Paciente à Instituição

Intervir na Doença Realizar Atendimento de Emergência

Controlar Arquivo e Documentação

Prover Remédios aos Pacientes

Prover Materiais de Uso às Clínicas

Realizar Atividades Auxiliares (Zeladoria / Rouparia / Manutenção / Transporte)

Suportar Informática

Promover Ensino e Pesquisa

Realizar Estatística de Atendimento e Faturamento

Realizar Gestão de Recursos Humanos Realizar Atendimento ao

Paciente

Macroprocessos de Negócio

Macroprocessos de Suporte

Prestar Assistência Social aos Pacientes

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Figura 19 - Cadeia de Valor detalhada Divisão Média (Processos)

Realizar Atendimento de Emergência

Prover Acesso do Paciente à Instituição Realizar Atendimento ao Paciente Intervir na Doença

Macroprocessos de Suporte Macroprocessos de Negócio Recuperar Paciente Realizar Tratamento Intensivo Recepcionar Pacientes Realizar Consulta Médica (PASIN)

Controlar Arquivo e Documentação

Prover Remédios aos Pacientes

Prover Materiais de Uso às Clínicas

Realizar Atividades Auxiliares (Zeladoria / Rouparia / Manutenção / Transporte)

Suportar Informática

Promover Ensino e Pesquisa

Realizar Estatística de Atendimento e Faturamento

Realizar Gestão de Recursos Humanos

Realizar Consulta Psicológica Realizar Consultas por Especialidade Clínica Realizar Procedimentos Pré-Cirúrgicos Realizar Cadastro do Paciente Realizar Sessões de Fisioterapia Realizar Cirurgia Realizar Exames de Imagens Realizar Exames para Monitoramento Manter Paciente em Observação Realizar Exames Ambulatoriais Realizar Consultas Ambulatoriais para Monitoramento Solicitar Marcação de Consultas Solicitar Marcação de Exames Programar Paciente para Internação Realizar Sessões de Fonoaudiologia Realizar Sessões de Nutrição Realizar Sessões de Terapia Ocupacional Realizar Cadastro do Paciente Realizar Atendimento Emergencial ao paciente

Prestar Assistência Social aos Pacientes

Recepcionar Pacientes Emergências Anestesiar Paciente Cirúrgico

96 Os subprocessos não foram desenhados, mas suas interligações foram descritas sucintamente na construção da “Cadeia de Valor detalhada”.

O processo “Prover Acesso do Paciente à Instituição” inicia-se com o subprocesso de recepcionar pacientes que não são emergenciais, e ocorre na portaria; assim que o paciente entra no Hospital, há necessidade de identificá-lo.

Posteriormente, o paciente, sendo militar da ativa ou da reserva, ou seus dependentes ou pensionistas, se encaminha ao prédio das clínicas para realizar o seu cadastro na Seção de Agendamento de Consultas e Cadastramento do Hospital. Além do cadastramento do usuário, pode ser realizado também o recadastramento do mesmo, sendo solicitado ao paciente que ele apresente a documentação adequada para informatizar seu o registro e abrir seu prontuário médico inicial.

O paciente, devidamente cadastrado, realizará uma consulta médica inicial no PASIN (Programa Assistencial Integrado). Tal consulta será com um médico generalista, que tentará dar solução ao atendimento; caso não seja possível, fará uma triagem encaminhando-o para especialistas. O objetivo principal do atendimento realizado pelo PASIN é fazer com que este médico seja a referência do paciente dentro da instituição durante seu tratamento; além disso, tal atendimento provê, normatiza e racionaliza o acesso aos médicos especialistas.

Terminadas essas atividades, o processo “Prover Acesso do Paciente à Instituição” finaliza e inicia-se o processo “Realizar Atendimento ao Paciente”.

Quando há necessidade de o paciente realizar atendimento com médicos especialistas, ele deve procurar novamente a Seção de Agendamento de Consultas e Cadastramento e solicitar o agendamento para as clínicas especializadas, de acordo com a indicação de tratamento feita pelo PASIN.

Chegado o dia da consulta agendada, o paciente se dirigirá diretamente à clínica na qual o atendimento foi agendado e realizará a consulta. Se o médico identificar a necessidade de realização de exames de imagem ou ambulatoriais, o paciente retornará à Seção de Agendamento para marcá-los. A fim de que os exames sejam realizados corretamente, é necessário informar ao paciente sobre as condições de realização dos mesmos. Posteriormente, o médico responsável pelo exame emitirá um laudo com os resultados.

Realizado o exame na data agendada, o médico responsável por ele emitirá um laudo com os resultados que deverá ser levado ao médico solicitante através de

97 nova consulta agendada. Além disso, o médico que o atendeu poderá identificar a necessidade de encaminhar o paciente para psicólogos a fim de apoiá-lo no tratamento.

Após a análise e o tratamento clínico, pode ser necessária uma cirurgia. Caso isso ocorra, será feita a programação da cirurgia pela própria área, constando de agendamento de sala cirúrgica e vaga no Centro de Tratamento Intensivo e/ou na Enfermaria. Desta forma termina o processo “Realizar Atendimento ao Paciente” e inicia-se o processo “Intervir na Doença”.

No dia da cirurgia, o paciente será submetido aos procedimentos pré- cirúrgicos e, durante a cirurgia, deve ficar anestesiado; para isso é necessária a intervenção do médico anestesista.

Assim termina o processo “Intervir na Doença” e inicia-se o processo “Recuperar Paciente”.

Depois da cirurgia, o paciente é encaminhado ao CTI, para um acompanhamento intensivo no sentido de controlar possíveis complicações pós- cirúrgicas. Após o período no CTI, o mesmo é encaminhado à enfermaria, onde ficará sob observação médica.

Durante o período de internação, o paciente recebe a nutrição adequada para o seu caso e, em algumas situações, é necessário submetê-lo a sessões de fisioterapia e fonoaudiologia.

Após a alta da internação o paciente deve retornar à clínica especializada para realizar o acompanhamento do tratamento realizado. Eventualmente o paciente pós-cirúrgico pode ser encaminhado para realizar sessões de terapia ocupacional e/ou novos exames.

Até aqui foi mostrado o acesso normal do paciente ao Hospital. Há, porém, o acesso emergencial, que será representado a seguir pelo processo “Realizar Atendimento de Emergência”.

Nesse caso, quando o paciente se encontra com um quadro crítico, ele é recepcionado no Hospital por uma equipe especializada que realizará o atendimento emergencial. Se houver necessidade de intervenção cirúrgica, serão cumpridos os processos “Intervir na Doença” e “Recuperar Paciente”. Paralelamente ao atendimento emergencial é realizado o cadastro do paciente.

98 Após a análise geral da cadeia de valor, é possível perceber que o processo “Intervir na Doença” e, principalmente, “Recuperar Paciente” podem ser considerados como um gargalo no Hospital. Como recebe pacientes tanto da emergência e quanto das programações cirúrgicas normais, o processo “Intervir na Doença” pode sofrer, nessas atividades, restrições de capacidade. Sendo assim, o atendimento tanto das clínicas quanto da emergência será afetado, pois as cirurgias não serão realizadas quando da identificação da sua necessidade. Já no caso do processo “Recuperar Paciente”, a principal atividade-gargalo seria “Realizar Tratamento Intensivo”, que é manter o paciente sob supervisão no CTI. Neste caso, se houver restrições de capacidade, as cirurgias serão impactadas por não haver leito para o tratamento pós-cirúrgico. Além disso, como o Hospital recebe pacientes de outras instituições de saúde da Aeronáutica, a capacidade de atendimento no CTI fica ainda mais reduzida.

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