4 METODOLOGIA
4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS CANTEIROS
4.1.1 Canteiro de obras 1
Descrição: A obra trata-se de um edifício residencial com 6 pavimentos, sendo no primeiro
pavimento boxes garagens, e 5 pavimentos tipo. Composto por 6 apartamentos por andar, com terreno de 853 m². A obra encontrava-se em estágio de revestimento interno, alvenaria da caixa d’água e revestimento externo, sendo as duas últimas atividades que apresentavam o maior risco de queda. A figura 19 mostra a fachada frontal da obra.
Figura 19: Canteiro de obras 1
Fonte: Próprio autor (2015)
Quadro de funcionários: De acordo com o mestre de obras trabalham diariamente cerca de
23 trabalhadores no canteiro e o quadro de responsáveis pela segurança e saúde dos trabalhadores é formado por 1 técnico de segurança do trabalho.
Período da visita: Ago/2015
4.1.2 Canteiro de obras 2 Construtora: B
Descrição: Edifício residencial de médio padrão, com 12 pavimentos, localizado no centro
da cidade de Ijuí. A obra encontrava-se em estágio de execução da alvenaria dos pavimentos, revestimento interno (chapisco, emboço e reboco) e revestimento externo com auxílio de andaime móvel, esta última atividade que apresenta elevado grau de risco. A figura 20 mostra o canteiro de obras.
Figura 20: Canteiro de obras 2
Fonte: Próprio autor (2015)
Quadro de funcionários: De acordo com o mestre de obras trabalham diariamente cerca
de 40 operários no canteiro e o quadro de responsáveis pela segurança e saúde dos trabalhadores é formado por 1 técnico de segurança e 1 engenheiro de segurança do trabalho.
Período da visita: Ago/2015
4.1.3 Canteiro de obras 3 Construtora: C
Descrição: Edifício residencial com 7 pavimentos localizado no centro do município de
Ijuí. A obra encontrava-se em estágio de execução da alvenaria dos últimos pavimentos,
revestimento interno (chapisco, emboço e reboco), sendo a execução da alvenaria a atividade que apresenta elevado grau de risco. A figura 21 mostra a fachada frontal do canteiro de obras.
Figura 21: Canteiro de obras 3
Fonte: Próprio autor (2015)
Quadro de funcionários: De acordo com o mestre de obras trabalham diariamente cerca
de 15 operários no canteiro e o quadro de responsáveis pela segurança e saúde dos trabalhadores é formado por 1 técnico de segurança.
Período da visita: Set/2015
4.1.4 Canteiro de obras 4 Construtora: D
Descrição: Edifício residencial alto padrão com 14 pavimentos localizado no município de
Ijuí. A obra encontrava-se em estágio de execução de alvenaria interna e externa, e revestimento interno dos primeiros pavimentos. A atividade que apresentava maior grau de risco era a execução da alvenaria externa. A figura 22 mostra a fachada frontal da obra.
Figura 22: Canteiro de obras 4
Quadro de funcionários: De acordo com o mestre de obras trabalham diariamente cerca de 25
operários no canteiro e o quadro de responsáveis pela segurança e saúde dos trabalhadores é formado por 1 técnico de segurança e 1 engenheiro de segurança do trabalho.
Período da visita: Set/2015
4.1.5 Canteiro de obras 5 Construtora: B
Descrição: Edifício residencial alto padrão com 12 pavimentos localizado no centro do
município de Ijuí. A obra encontrava-se em estágio de execução de alvenaria externa, sendo essa a atividade com maior grau de risco. A figura 23 mostra a fachada frontal da obra.
Figura 23: Canteiro de obras 5
Fonte: Próprio autor (2015)
Quadro de funcionários: De acordo com o mestre de obras trabalham diariamente 14
operários no canteiro e o quadro de responsáveis pela segurança e saúde dos trabalhadores é formado por 1 técnico de segurança e 1 engenheiro de segurança do trabalho.
Período da visita: Out/2015
4.1.6 Canteiro de obras 6 Construtora: E
Descrição: Condomínio residencial composto por 4 blocos com 5 pavimentos, sendo o
térreo garagens. Os quatro blocos da obra encontravam-se em estágio de execução de alvenaria, revestimento interno e externo, e alvenaria da caixa d’água, sendo as três atividades que
Figura 24: Canteiro de obra 6
Fonte: Próprio autor (2015)
Quadro de funcionários: Trabalham na obra diariamente cerca de 14 trabalhadores, entre
empreiteiros e empregados da própria empresa. O quadro de profissionais responsáveis pela segurança e saúde do trabalho e composto por um técnico de segurança.
Período da visita: Out/2015
4 RESULTADOS
O principal objetivo deste capitulo é a apresentação dos resultados obtidos através da aplicação do checklist realizado durante as visitas aos canteiros de obras, da observação e das entrevistas feitas com os responsáveis e técnicos de cada canteiro de obra.
Nas seis obras acompanhadas foram encontradas não conformidades, as quais estavam em desacordo com as regras descritas pela NR-35. Essas desconformidades praticamente se repetiram em todos os canteiros, independentemente da construtora responsável.
4.1 CANTEIRO DE OBRAS 1
De acordo com a NR 35, toda empresa que admite trabalhadores como empregados deve elaborar e implementar obrigatoriamente o PCMSO. O PCMSO é um programa médico de caráter preventivo que tem como objetivo antecipar e diagnosticar precocemente os danos à saúde decorrentes do trabalho. A empresa respondeu que está em conformidade com o item 35.4.1.2que diz respeito à existência do PCMSO.
Segundo o item 35.3.3 deve ser realizado treinamento periódico bienal com carga horária mínima de 8 horas. A figura 25 mostra o certificado de treinamento do operário na empresa avaliada.
Figura 25: Certificado de treinamento
Fonte: Próprio autor (2015)
De acordo com o item 35.4.5 todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco. A Análise de Risco deve considerar, o local em que os serviços serão executados e seu entorno; o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho; o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem; o risco de queda de materiais e ferramentas; o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras. A empresa analisada elabora APR conforme a norma, como mostra a figura 26.
Figura 26: APR elaborada
Fonte: Próprio autor (2015)
O item 35.4.1.2.1 diz que a aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional do trabalhador. A figura 27 mostra o atestado de saúde ocupacional de um funcionário da obra.
Figura 27: Atestado de saúde ocupacional
Fonte: Próprio autor (2015)
A figura 28 mostra a falta do sistema de proteção com linha de vida e cinto paraquedista, como também a ausência de proteção periférica.
Em contrapartida a figura 29 mostra o uso correto da rede de proteção contra queda de materiais e ferramentas.
Figura 28: Ausência de proteção periférica Figura 29: Rede de proteção
Fonte: Próprio autor (2015) Fonte: Próprio autor (2015)
A proteção do perímetro do edifício é feita com plataformas de proteção primária e secundaria. Conforme norma foram encontradas situações onde o fechamento provisório do piso está de acordo com o estabelecido, não oferecendo risco de queda aos trabalhadores (Figura 30).
Figura30: Plataformas de proteção e fechamento nas aberturas o piso
Fonte: Próprio autor
Na eliminação do risco de queda podemos citar como exemplo o uso de sistemas de proteção coletiva, que são proteções ativas, ou seja, não exigem uma ação do trabalhador para protegê-lo, como o uso de um sistema guarda corpo rodapé em andaime suspenso, onde o operário faz uso correto do cinto de segurança, como podemos ver na figura 31. Também a segurança nas escadas de uso coletivo, com corrimão e guarda-corpo. (Figura 32).
Figura 31: Andaime suspenso com proteção Figura 32: Escada com proteção
Fonte: Próprio autor (2015) Fonte: Próprio autor (2015)
A figura 33 mostra a relação de conformidades/não conformidades pertinentes à norma regulamentadora 35. Dos 46 itens verificados, 38 apresentaram conformidade, correspondente a 82% e 8 itens apresentaram não conformidade, representando 18%. Classificou-se a situação do
canteiro de obras 1, no atendimento a NR-35, como ÓTIMO devido a pontuação de 82% em conformidades.
Figura 33: Resultado da NR-35 no canteiro de obras 1
Fonte: Próprio autor
4.2 CANTEIRO DE OBRAS 2
Toda empresa que admite trabalhadores como empregados deve elaborar e implementar obrigatoriamente o PCMSO. O PCMSO é um programa médico de caráter preventivo que tem como objetivo antecipar e diagnosticar precocemente os danos à saúde decorrentes do trabalho.
A empresa respondeu que está em conformidade com o item 35.4.1.2que diz respeito à existência do PCMSO (Figura 34).
Figura 34: Documento PCMSO
Segundo o item 35.3.3 deve ser realizado treinamento periódico bienal com carga horária mínima de 8 horas. A figura 35 mostra o certificado de treinamento do operário na empresa avaliada.
Figura 35: Certificado de treinamento frente e verso
Fonte: Próprio autor (2015)
Segundo o item 35.5.3.2 da norma, o trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda. O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em sistema de ancoragem.
Ainda de acordo com a norma, o talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do trabalhador colidir com estrutura inferior. A figura 36 mostra o sistema de proteção linha de vida desconforme, pois a norma permite nível zero, que é engastamento acima da cabeça, e nível 1 de queda onde o engastamento fica no nível da cintura. E na figura em questão o engastamento é de nível 2, cuja norma não permite.
Figura 36: Sistema de proteção com irregularidades
De acordo com o item 35.4.5 todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco. A Análise de Risco deve considerar o local em que os serviços serão executados e seu entorno; o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho; o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem; o risco de queda de materiais e ferramentas; o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras.
A figura 37 mostra o uso de proteção periférica com sistema guarda-corpo.
Figura 37: Sistema de proteção periférica conforme
Fonte: Próprio autor (2015)
A proteção do perímetro do edifício é feita com plataformas de proteção, e o fechamento provisório de aberturas no piso está de acordo com o estabelecido, não oferecendo risco de queda aos trabalhadores (Figura 38).
Figura 38: Plataformas de proteção e abertura no piso com fechamento
Fonte: Próprio autor (2015)
A figura 39 mostra a relação de conformidades/não conformidades pertinente à norma regulamentadora 35. Dos 46 itens verificados, 40 apresentaram conformidade, correspondente a 87% e 6 itens apresentaram não conformidade, representando 13%. Classificou-se a situação do canteiro de obras 2, no atendimento a NR-35, como ÓTIMO devido a pontuação de 87% em conformidades.
Figura 39: Resultado da NR-35 no canteiro de obras 2
Fonte: Próprio autor
4.3 CANTEIRO DE OBRAS 3
Toda empresa que admite trabalhadores como empregados devem elaborar e implementar obrigatoriamente o PCMSO. O PCMSO é um programa médico de caráter preventivo que tem como objetivo antecipar e diagnosticar precocemente os danos à saúde decorrentes do trabalho.
A empresa respondeu que está em conformidade com o item 35.4.1.2 que diz respeito à existência do PCMSO.
De acordo com o item 35.3.3 deve ser realizado treinamento periódico bienal com carga horária mínima de 8 horas. Segundo um dos responsáveis, há a existência de todos esses documentos, porém a documentação não estava arquivada em obra.
Como a norma especifica em seu item 35.4.5 todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.A Análise de Risco deve considerar o local em que os serviços serão executados e seu entorno; o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho; o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem; o risco de queda de materiais e ferramentas; o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras.
A figura 40 mostra inconformidades como a ausência de proteção periférica e linha de vida. Nessa obra o fechamento provisório resistente de aberturas em pisos não existe, apresentando situação de risco (Figura 41).
Figura 40: Ausência de proteção periférica Figura 41: Aberturas no piso sem fechamento
Fonte: Próprio autor (2015) Fonte: Próprio autor (2015)
Na obra observada, as escadas de uso coletivo, para circulação de pessoas e materiais possuem proteção (Figura 42). Em relação às plataformas de proteção, foram encontradas algumas irregularidades, como a falta de instalação de plataforma principal e secundária na maioria do perímetro do edifício (Figura 43).
Figura 42: Escada com proteção Figura 43: Desconformidades em plataformas
O uso de sistemas de proteção coletiva, como o uso de um sistema guarda corpo rodapé em andaime suspenso, está conforme, onde o operário faz uso correto do cinto de segurança, como podemos ver na figura 44. Também pode ser observado o uso da rede de proteção contra queda de materiais (Figura 45).
Figura 44: Sistema andaime suspenso conforme Figura 45: Rede de proteção
Fonte: Próprio autor (2015) Fonte: Próprio autor (2015)
A figura 46 mostra a relação de conformidades/não conformidades pertinentes à norma regulamentadora 35. Dos 46 itens verificados, 23 apresentaram conformidade, correspondente a 50% e 23 itens apresentaram não conformidade, representando 50%. Classificou-se a situação do canteiro de obras 3, no atendimento a NR-35, como REGULAR devido a pontuação de 50% em conformidades.
Figura 46: Resultado da NR-35 no canteiro de obras 3
4.4 CANTEIRO DE OBRAS 4
A empresa respondeu que está em conformidade com o item 35.4.1.2que diz respeito à existência do PCMSO.
Segundo o item 35.3.3 deve ser realizado treinamento periódico bienal com carga horária mínima de 8 horas, a figura 47 mostra o certificado apresentado pela empresa.
Figura 47: Certificado de treinamento NR 35
Fonte: Próprio autor (2015)
Segundo o item 35.5.3.2 da norma, o trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda. O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em sistema de ancoragem.
Ainda de acordo com a norma, o talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda. A figura 48 mostra o sistema de proteção com linha de vida e cinto paraquedista
Figura 48: Linha de vida e cinto paraquedista
De acordo com o item 35.4.5 todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco. A Análise de Risco deve considerar o local em que os serviços serão executados e seu entorno; o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho; o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem; o risco de queda de materiais e ferramentas; o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras.
Em relação à segurança nas escadas, o canteiro apresentou proteção, como sistema de corrimão e guarda-corpo em todos os lances de escada (Figura 49).
A figura 50 mostra que plataformas de proteção, primária e secundária, estão instaladas corretamente.
Figura 49: Escada com proteção Figura 50: Plataformas instaladas corretamente
Fonte: Próprio autor (2015) Fonte: Próprio autor (2015)
Em relação ao fechamento de aberturas no piso, no canteiro de obra o sistema se mostrou eficiente como mostra a figura 51.
Figura 51: Aberturas no piso com fechamento
A figura 52 mostra a relação de conformidades/não conformidades pertinentes à norma regulamentadora 35. Dos 46 itens verificados, 35 apresentaram conformidade, correspondente a 76% e 11 itens apresentaram não conformidade, representando 24%. Classificou-se a situação do canteiro de obras 4, no atendimento a NR-35, como BOM devido a pontuação de 89% em conformidades.
Figura 52: Resultado da NR-35 no canteiro de obras 4
Fonte: Próprio autor
4.5 CANTEIRO DE OBRAS 5
De acordo com os resultados obtidos, verificou-se que o canteiro de obras 5 apresentou como conformes o item 35.4.1.2 que diz respeito à existência do PCMSO (Figura 53).
Figura 53: Documento PCMSO apresentado pela empresa
A empresa avaliada respondeu que está em conformidade com o item 35.3.3 da norma, onde diz executar o treinamento periódico bienal com carga horária mínima de 8 horas para trabalho em altura, porém segundo o responsável, os certificados são disponibilizados aos funcionários, sendo assim não foram solicitados os documentos para comprovação.
Como a norma especifica em seu item 35.4.5 todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.A Análise de Risco deve considerar o local em que os serviços serão executados e seu entorno; o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho; o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem; o risco de queda de materiais e ferramentas; o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras.
A figura 54 mostra o uso de proteção periférica, porém sem o uso da linha de vida horizontal. O fechamento provisório do piso está de acordo com o estabelecido, não oferecendo risco de queda aos trabalhadores (Figura 55).
Figura 54: Proteção periférica Figura 55: Aberturas no piso com fechamento
Fonte: Próprio autor (2015) Fonte: Próprio autor (2015)
O canteiro de obra apresentou sistema de proteção nas escadas (Figura 56). Em relação às plataformas de proteção, foram encontradas algumas irregularidades, como a falta de instalação de plataforma principal em todo o perímetro (Figura 57).
Fonte: Próprio autor (2015) Fonte: Próprio autor (2015)
Não é utilizado o uso da rede de proteção contra queda de materiais e ferramentas.
A figura 58 mostra a relação de conformidades/não conformidades pertinentes à norma regulamentadora 35. Dos 46 itens verificados, 30 apresentaram conformidade, correspondente a 65% e 16 itens apresentaram não conformidade, representando 35%. Classificou-se a situação do canteiro de obras 5, no atendimento a NR-35, como BOM devido a pontuação de 65% em conformidades.
Figura 58: Resultado da NR-35 no canteiro de obras 5
Fonte: Próprio autor
4.6 CANTEIRO DE OBRAS 6
O item 35.2.1 da NR 35, diz que o empregador deve assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma. Verificou-se que o canteiro está em desconformidade com esse item, pois não possui a documentação arquivada em obra.
Em relação ao item 35.4.5 todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco. A Análise de Risco deve considerar o local em que os serviços serão executados e seu entorno; o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho; o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem; o risco de queda de materiais e ferramentas; o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras.
A figura 59 mostra o uso de proteção periférica, com o uso da linha de vida horizontal.
Figura 59: Proteção periférica e uso da linha de vida vertical
Fonte: Próprio autor (2015)
O canteiro de obra apresentou sistema de proteção nas escadas (Figura 60). Em relação às plataformas de proteção, foram encontradas conformidades, como a instalação de plataforma principal em todo o perímetro (Figura 61).
Figura 60: Sistema de proteção nas escadas Figura 61: Plataformas de proteção
O uso de sistemas de proteção coletiva, como o uso de um sistema guarda corpo rodapé em andaime suspenso, está conforme, onde o operário faz uso correto do cinto de segurança, como podemos ver na figura 62. Também pode ser observado o uso da rede de proteção contra queda de materiais (Figura 63).
Figura 62: Sistema andaime suspenso conforme Figura 63: Rede de proteção
Fonte: Próprio autor (2015) Fonte: Próprio autor (2015)
A figura 64 mostra a relação de conformidades/não conformidades pertinentes à norma regulamentadora 35. Dos 46 itens verificados, 26 apresentaram conformidade, correspondente a 57% e 20 itens apresentaram não conformidade, representando 39%. Classificou-se a situação do canteiro de obras 6, no atendimento a NR-35, como REGULAR devido a pontuação de 57% em conformidades.
Figura 64: Resultado da NR-35 no canteiro de obras 6
5 DISCUSSÃO
O objetivo principal deste capítulo é apresentar e discutir os resultados encontrados nos canteiros de obras visitados, exibindo por meio de imagens fotográficas e estatísticas as principais conformidades e não conformidades encontradas.
5.1 RESULTADOS NR-35
A norma regulamentadora 35 entrou em vigor em 27 de março de 2013, desde então as empresas de construção civil do município de Ijuí estão se mostrando preocupadas em seguir o estabelecido pela mesma, bem como melhorar o que já vinha sendo feito.
É possível observar através dos resultados obtidos que todos os canteiros de obras acompanhados apresentaram um mínimo de 50% de conformidade com os itens da norma em questão. Segundo o responsável pelo canteiro de obras 3, que apresentou o menor percentual de conformidade, a empresa está ciente de suas falhas e já buscou se adequar às novas exigências.
A figura 66 apresenta a média de atendimento à NR-35, a qual foi de 69%, resultado considerado satisfatório devido ao pouco tempo que as empresas tiveram para se adequar à nova norma.
Figura 65: Percentual de atendimento a NR-35
Fonte: Próprio autor
Em relação aos itens 6, e 7 do checklist foram os que apresentaram maior índice de inconformidade, apenas 2 dos seis canteiros de obras visitados apresentaram conformidade.
Segundo um dos responsáveis, existe uma certa dificuldade em controlar o início das atividades, visto que os trabalhadores, com o objetivo de aumentar a produção, passam de uma atividade a outra sem autorização, mesmo porque não é realizada uma autorização exclusiva para trabalho em altura.
Outro item preocupante são as atividades não rotineiras no trabalho em altura. A norma estabelece que é necessária permissão de trabalho para sua realização, entretanto em apenas um dos