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09.02 CARACTERÍSTICA DO SETOR DE ATUAÇÃO Posição da

Companhia em Companhia emPosição da Exigida para os anos

2002 2002 2003 2004 2005

Taxa de conclusão de chamada por discagem direta durante os períodos de pico (% das

chamadas tentadas) (internacional, entrante).. 63,0 67,9 65,0 70,0 70,0 Disponibilidade da operadora (% das

chamadas tentadas)... 93,4 94,2 93,0 94,0 95,0 Velocidade de resposta para o conserto de

telefone público (% dentro de 8 horas)... (1) (1) 96,0 97,0 98,0

(1) Este item está sendo revisto.

Houve uma variedade de fatores externos que impediram o alcance dessas metas durante o ano. Devido ao fato de que as redes da Embratel conectam-se às redes das operadoras regionais de telefonia fixa , operadoras regionais de celular e operadoras estrangeiras , a qualidade dos serviços prestados pode ser significativamente afetada pela qualidade das redes nas quais as chamadas tenham origem ou terminação. A Companhia vem mantendo entendimentos com a Anatel a esse respeito. Não atingir as metas pode acarretar na possibilidade de multas e penalidades.

Entretanto, em função das melhorias significativas na qualidade dos serviços efetuadas pela Companhia de 2001 a 2002, e o diálogo permanente com a Anatel sobre essas questões, a Companhia acredita que não sofrerá multas por ter deixado de alcançar as metas durante o ano de 2002.

Em decorrência dos transtornos causados aos usuários do sistema de telefonia ocorridos no âmbito das empresas prestadoras de serviços de telecomunicação em 3 de julho de 1999, data da implantação do novo sistema nacional de numeração telefônica, a controlada Embratel foi oficialmente notificada pela Anatel para pagar multa proveniente do processo sancionatório relativo ao período no qual as operadoras efetivaram a mudança no código de discagem.

A Sociedade impetrou medida judicial contestando a validade do procedimento sancionatório e, em 24 de abril de 2001, não obstante a manifestação favorável do Ministério Público, o Juízo de primeira instância decidiu por manter o pagamento da multa, tendo, no entanto, julgado procedente o pedido da Sociedade de redução da multa de R$55.000 para R$50.000. A Sociedade recorreu da decisão ao Tribunal e obteve provimento judicial preliminar para afastar a cobrança da multa enquanto discute a questão na segunda instância judicial.

Pelo mesmo fato, o Estado de São Paulo impôs à Sociedade e à operadora local uma multa de R$30 milhões e a a devolução, aos usuários de telefonia do Estado de São Paulo, dos valores relativos às ligações telefônicas realizadas no período de 3 a 12 de julho de 1999. A Sociedade recorreu dessa decisão ao Tribunal e aguarda a decisão.

Obrigações de Interesse Coletivo. A Companhia oferece um número de serviços auxiliares de telecomunicações de acordo com as autorizações. Os principais serviços são o fornecimento de linhas dedicadas analógicas e digitais, serviços de rede comutada em pacote, serviços de rede comutada em circuito, telecomunicações marítimas móveis, telex e telégrafo, comunicações móveis por satélite, retransmissão de sinal de rádio por satélite e retransmissão de sinal de televisão por satélite. De acordo com os termos das autorizações relacionadas a esses serviços, a Companhia é obrigada a continuar oferecendo serviços de telex

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até que a Anatel considere que outro serviço possa substituí-lo adequadamente. Atualmente, a Anatel está avaliando uma alternativa apresentada pela Companhia nesse sentido. A Companhia está, ainda, obrigada a cumprir os termos e condições dos contratos assinados antes das autorizações, isto é, 27 de julho de 1998, dando ao Governo, portanto, acesso preferencial aos serviços acima mencionados, e a notificá-lo com antecedência de 60 meses caso a Companhia decida suspender a oferta daqueles serviços.

Interconexão. A interconexão é obrigatória entre as redes de telecomunicações por solicitação de qualquer parte. As tarifas de interconexão estão sujeitas ao limite de preço estabelecido pela Anatel. Taxas abaixo do limite de preço aplicável, podem ser negociadas entre as partes. Se uma companhia oferecer uma tarifa de interconexão abaixo do limite de preço, ela deve oferecer esse preço a qualquer outra parte requisitante numa base não discriminatória.

Co-locação: A co-locação significa que uma empresa que requisite a interconexão pode colocar o seu equipamento de comutação em ou perto do ponto de presença de interconexão da operadora da rede, cuja rede a parte requisitante deseja usar, e conectar à rede neste ponto de presença. A co-locação é atualmente uma matéria em negociação entre as empresas. A Anatel declarou que a co-locação dos elementos e serviços de rede pelas empresas prestadoras desses elementos e serviços de rede é obrigatória, de acordo com a regulamentação em vigor. Entretanto, a regulamentação não estabelece que elementos e serviços devem ser co-locados e como a co-locação deve ocorrer. Por esta razão, as operadoras locais de rede têm se negado a atender às solicitações da Embratel. A Anatel declarou que aprofundará a regulamentação sobre essa questão. Em um regime de co-locaçao, todo operador de rede é obrigado a fornecer elementos e serviços de rede que podem ser comprados por uma companhia que deseje interconexão, sendo garantido a esta companhia o direito de selecionar e comprar um subgrupo de elementos e serviços de rede disponíveis.

Portabilidade de Número . Portabilidade de número é a habilidade que tem um cliente de mudar para uma nova residência ou escritório ou transferir os serviços recebidos enquanto retém o mesmo número telefônico. A portabilidade de número integral é obrigatória dentro de uma área local, embora as regras para implementação não tenham ainda sido estabelecidas.

Regulamentação de Taxas

Geral. Em 1º de abril de 1998, o regime usado para dividir as receitas de longa distância nacionais e internacionais entre a Embratel e as companhias de linhas fixas foi substituído por um encargo de uso de rede para interconexão, tal como já existente para uso das redes de celulares pelas companhias de linhas fixas e para uso de redes fixas pelas operadoras de celulares. Além do encargo para o uso da rede, a Embratel era requerida também a pagar um encargo suplementar por minuto, chamado Parcela Adicional de Transição (“PAT”), que suplementava o encargo de uso da rede. A Embratel era a única companhia obrigada a pagar os encargos da PAT. A Embratel foi obrigada a pagar os encargos da PAT até 30 de junho de 2001, sendo que após esse período os encargos da PAT foram descontinuados.

Limites de Preço. As concessões para as companhias de linhas fixas regionais e a Embratel, fornece um mecanismo de limite de preço para estabelecer e ajustar tarifas numa base anual. O mecanismo do limite de preço consiste num montante máximo ou limite de preço, estipulado pela Anatel, que poderá ser cobrado para um serviço em particular numa taxa média mensurada para uma cesta de serviços básicos. Os serviços incluem todos os serviços do plano de serviços básico, tais como encargos de instalação, taxas de assinatura mensal, serviços locais, de longa distância intra-regionais, de longa distância inter-regionais, de longa distância internacionais, como também serviços telefônicos públicos e encargos de interconexão, incluindo taxas de uso da rede. As cestas principais para a Embratel são de longa distância intra-regional, inter-regional, internacional e interconexão.

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O limite de preço inicial estabelecido pela Anatel na Concessão está baseado nas tarifas prévias existentes. O limite de preço inicial será ajustado numa base anual sob a fórmula contida na Concessão. A fórmula permite dois ajustes no limite de preços. Primeiro, o limite de preços é revisado para cima para refletir aumentos na inflação pela multiplicação do limite de preços por (1+1(y)), onde y representa a taxa de inflação mensurada pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (“IGP - DI”), um índice de inflação desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas. Segundo, o limite de preços ajustado pela inflação é ajustado para baixo para assegurar os lucros com a produtividade, pela multiplicação do limite de preços ajustado pela inflação por (I- K), onde K representa um fator de produtividade estabelecido (conhecido como “fator K”).

A fim de fornecer um incentivo para a Embratel e para as companhias de linhas fixas regionais para aumentarem a sua eficiência e recuperar os clientes dos serviços de telecomunicações, a Anatel aplica um fator K representando os ajustes de produtividade anual às tarifas da Embratel e das companhias de linhas fixas regionais. No período de 1º de janeiro de 2003 a 31 de dezembro de 2005, as tarifas da Embratel e das companhias de linhas fixas regionais serão ajustadas para cima como segue:

Ajustes da Produtividade Anual do Fator K

2003 2004 2005 Companhias de linhas fixas – local 1% 1% 1% Companhias de linhas fixas – interconexão local 15% 20% 20% Embratel - longa distância nacional 4% 5% 5% Embratel - longa distância internacional 15% 15% 15% Companhias de linhas fixas – longa distância

intra-regionais e interconexão de longa distância 4% 5% 5%

O limite de preços cobre uma cesta de serviços básicos. Enquanto a tarifa média ponderada para a cesta inteira não pode exceder o limite de preços, as tarifas para serviços individuais dentro da cesta podem ser aumentadas. A Companhia pode aumentar a tarifa para qualquer serviço individual em até 9% para serviços locais e 5% para serviços de longa distância, sujeito a um ajuste para baixo, para efeitos inflacionários, já capturados nos ajustes anuais para cima, do total do limite de preços da cesta, pelo tempo que o ajuste de outros preços para baixo assegurar que a tarifa média mensurada não exceda o limite de preços.

A Embratel pode também oferecer planos alternativos além do plano de serviços básicos. Por exemplo, um cliente pode desejar escolher uma plano alternativo que permita chamadas ilimitadas por uma taxa estabelecida ao invés de pagar taxas por minuto sob o plano de serviços básicos. Planos alternativos devem ser submetidas à Anatel para aprovação, mas não são atualmente sujeitos ao limite de preços.

Tarifas de Longa Distância Nacionais. As tarifas de longa distância nacionais de discagem direta são calculadas por minuto para o primeiro minuto e para um décimo de minuto para cada minuto a seguir, baseado na distância que uma chamada deve percorrer, a duração de uma chamada, a hora do dia e o dia da semana. Como parte do reajuste da tarifa de abril de 1997, as tarifas de longa distância nacionais foram substancialmente reduzidas, com uma redução efetiva de aproximadamente 32%. Existem atualmente 20 tarifas de longa distância nacionais, baseadas nas combinações de cinco categorias de distância e quatro categorias de dias / hora.

Tarifas de Longa Distância Internacionais. As tarifas de longa distância internacional de discagem direta são calculadas em uma base por minuto, fundamentadas na hora do dia e no dia da semana em que as chamadas são feitas, na duração das chamadas e no país destino (nove grupo de países).

09.02 - CARACTERÍSTICA DO SETOR DE ATUAÇÃO

A Lei Geral das Telecomunicações dispõe a liberação de tarifas após três anos da privatização se houver de fato competição. Considerando a competição no mercado de longa distância, a Companhia submeteu à apreciação da Anatel, em 15 de maio de 2002, uma solicitação pela liberação das tarifas. A aprovação desta iniciativa da Companhia pela Anatel ainda é incerta.

Encargos de Uso de Rede. Outras companhias de telecomunicações desejando se interconectar com e usar a rede da Companhia devem pagar certas taxas, principalmente uma taxa de uso da rede. A taxa de uso da rede está sujeita a um limite de preços estipulado pela Anatel. O limite de preços para a taxa de uso da rede especificada pela Anatel varia de companhia para companhia baseada nas características de custo subjacentes de cada rede de companhia. A taxa é cobrada por distância e/ou por minuto de uso, a qual representa um encargo médio para uma cesta de elementos e serviços da rede.

Em 15 de abril de 2002, a Embratel entrou com uma representação junto à Anatel, em função de práticas anti- competitivas por parte de três concessionárias locais, com vistas à redução de tarifas de interconexão. A Anatel declarou que há indícios de práticas anti-competitivas. Espera-se que a Anatel conclua sua avaliação e encaminhe o processo ao CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica nos próximos meses. No final de 2002, a Anatel publicou a Consulta Pública no 426 com os novos formatos dos Contratos de Concessão. As empresas concessionárias terão de decidir até 30 de junho de 2003 se prorrogarão seus contratos (sob novos termos e condições). A Embratel enviou seus comentários para a Anatel e espera pelos termos definitivos antes de tomar decisões referentes à prorrogação de seu Contrato de Concessão.

Em 27 de fevereiro de 2003, o CADE emitiu portaria provisória obrigando a Telesp a oferecer o EILD (Exploração Industrial de Linha Dedicada) a qualquer companhia aos mesmos preços praticados para a Telefônica Empresas (empresa do grupo Telesp).

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