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CONSIDERAÇÕES SOBRE A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO NA ATUALIDADE

3.2 Características atuais da mulher no mercado de trabalho no Brasil

Como já destacamos, o cenário atual aponta para o aumento do trabalho feminino e a participação da mulher no mundo do trabalho está sendo

acompanhada pelo desenvolvimento de novas modalidades de trabalho precarizado e pela criação de nichos "tipicamente" femininos. É, portanto, nítida a distinção entre homens e mulheres na esfera do trabalho. Assim, na perspectiva da dinâmica inicial, era necessário caminharmos mais longe para nossos propósitos de pesquisa.

Nos debruçaremos sobre a análise dos indicadores da inserção feminina no mercado de trabalho realizado pelo Sistema de Pesquisa de Emprego e Desemprego de 2013 para apontarmos e analisarmos as condições nas quais as mulheres se inserem no mercado de trabalho no Brasil. A pesquisa foi realizada em sete grandes regiões metropolitanas do Brasil: Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e no Distrito Federal, no período 2011-2012.

Segundo o PED (2013), entre 2011 e 2012, o número de mulheres ocupadas cresceu em todas as regiões metropolitanas, particularmente no Recife o número aumentou 5,3%, em Salvador (4,2%) e Belo Horizonte (3,4%). A pesquisa também aponta para a taxa de crescimento da ocupação feminina que foi superior ao dos homens em quatro das sete regiões: Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e São Paulo.

GRÁFICO I - Estimativa da população ocupada segundo sexo - Regiões Metropolitanas e Distrito Federal - 2011 e 2012 (%)

A leitura do gráfico anterior acompanha o que já foi apontado inicialmente. Os dados nos mostram que o número de mulheres ocupadas aumentou. Ainda assim, o desemprego declinou mais para as mulheres na maioria das regiões investigadas; especificamente em Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre e Recife. Apesar da melhoria, as mulheres continuam tendo um número menor entre os ocupados e são a maioria dos desempregados em todas as sete regiões.

TABELA I - Estimativa da população desempregada segundo sexo - Regiões Metropolitanas e Distrito Federal - variação de 2011 e 2012 (%)

Variação entre 2011 e 2012

Metropole Mulheres (%) Homens (%) Belo Horizonte -32,6 -19,7 Distrito Federal 2,9 2,4 Fortaleza -1,1 5,7 Porto Alegre -4 -3,2 Recife -11 -4 Salvador 22,4 28,7 São Paulo 1,3 10,8

Fonte: adaptada - PED - Pesquisa de Emprego e Desemprego 2013

GRÁFICO II - Estimativa da população desempregada segundo sexo - Regiões Metropolitanas e Distrito Federal - variação de 2011 e 2012 (%)

Os dados da tabela e gráfico anterior definem claramente que a histórica desigualdade na inserção ocupacional ainda é bem gritante. Afinal, o número de mulheres inseridas no mercado de trabalho, entre 2011 e 2012, cresceu nas principais regiões metropolitanas do Brasil. Todavia, quando se trata de desemprego e precarização do trabalho percebemos que as mulheres são mais afetadas do que os homens.

Atualmente, as mulheres representam 41% da população economicamente ativa, estando mais concentradas no ramo da prestação de serviços, com 29,4% de participação. Segundo a pesquisa, o número de mulheres inseridas no setor de serviços se elevou em todas as regiões, tendo maiores variações em Recife (4,7%) e Salvador (4,1%). No comércio, a inserção das mulheres apresentou-se elevada nas principais regiões, exceto em São Paulo (3,1%), onde houve um declínio; já as regiões de Recife e Salvador tiveram as maiores expansões no nível, 7,1% e 4,1%, respectivamente. Na indústria, o número de cresceu em Belo Horizonte (5,3%), em Recife (2,5%) e em Porto Alegre (1,0%).

TABELA II - Distribuição dos ocupados por setor de atividade e sexo - Regiões Metropolitanas e Distrito Federal - 2012 (%)

Setor de atividade Belo Horizonte Distrito Federal Fortaleza Porto Alegre 100 (%) Total Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Industria de Transformação 16,3 9,7 4,4 2,8 16,9 20,1 21,2 13,1 Construção 15,6 1,6 12,2 1 14,3 6 12,2 0,8 Comércio e reparação de veículos 19,9 16,8 20,1 17,3 25 21,4 20,2 19,2 Serviços 45 71,1 6,2 77,9 40,6 57,4 44,8 66,4

Setor de atividade / Mulheres Recife Salvador São Paulo 100 (%) Total Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Industria de Transformação 12,1 5,8 11,7 5 21,4 12,9 Construção 14,4 1 16,5 1,3 12,9 0,8 Comércio e reparação de

veículos 22,8 21,1 19,6 18,5 19 15,9 Serviços 48,2 71,4 48,6 73,5 45,1 69,8 Fonte: adaptada - PED - Pesquisa de Emprego e Desemprego 2013

A entrada das mulheres em postos antes considerados tipicamente masculinos não eliminou a redução entre as desigualdades neste meio, mas, ao mesmo tempo, produziu algum efeito benéfico para o aumento na qualidade das ocupações femininas (que, infelizmente, ainda convive com intensa precarização em muitas áreas de trabalho desempenhadas por mulheres).

Referente as formas de inserção no mercado de trabalho, a pesquisa constata que o aumento no nível ocupacional em 2012 se elevou, sobretudo, no assalariamento, em especial para os assalariados do setor privado, possuidores de carteira de trabalho assinada.

GRÁFICO III - Variação anual da ocupação do setor privado com carteira assinada segundo sexo - regiões Metropolitanas e Distritito Federal - 2011 e 2012 (%)

Fonte: adaptada - PED - Pesquisa de Emprego e Desemprego 2013

No segmento privado, o número de mulheres ocupadas cresceu mais que o número de homens em praticamente todas as regiões pesquisadas – com exceção de Salvador, no qual o crescimento das mulheres (8,2%) foi inferior ao dos homens (10,0%). Segundo o PED (2013), houve um avanço significativo da estrutura ocupacional das mulheres, por conta da ampliação da presença feminina assalariada no setor privado com carteira assinada. Entretanto, esse movimento não foi suficiente para mudar o quadro de menor participação feminina no emprego assalariado.

Em relação ao rendimento médio dos ocupados no trabalho segundo sexo, o PED nos mostra que os salários femininos aumentaram. Ainda assim, os homens continuam ganhando mais do que as mulheres.

Sobre a pesquisa, faz-se necessário destacar que a jornada de trabalho é diferente para as mulheres e homens, com período menores para elas e maiores para eles. Desta forma, a análise do rendimento por hora trabalhada elimina possíveis discrepâncias do indicador entre os contingentes jornada média de trabalho.

TABELA III - Rendimento médio real dos ocupados no trabalho segundo sexo - Regiões Metropolitanas e Distrito Federal 2011 e 2012 (em R$)

Em reais ($) 2011 2012

Regiões Homens Mulheres Homens Mulheres Belo Horizonte R$ 1.710,00 R$ 1.251,00 R$ 1.687,00 R$ 1.209,00 Distrito Federal R$ 2.517,00 R$ 1.828,00 R$ 2.598,00 R$ 1.914,00 Fortaleza R$ 1.123,00 R$ 809,00 R$ 1.173,00 R$ 853,00 Porto Alegre R$ 1.752,00 R$ 1.312,00 R$ 1.776,00 R$ 1.313,00 Recife R$ 1.242,00 R$ 885,00 R$ 1.282,00 R$ 931,00 Salvador R$ 1.267,00 R$ 943,00 R$ 1.206,00 R$ 922,00 São Paulo R$ 1.912,00 R$ 1.300,00 R$ 1.990,00 R$ 1.363,00 Fonte: adaptada - PED - Pesquisa de Emprego e Desemprego 2013

Os dados apontados na Tabela III indicam que as mulheres possuem menor rendimento médio por hora que os homens, sendo o maior nível de desigualdade observado em São Paulo, onde o rendimento feminino alcançou somente 77,0% do masculino, e o menor rendimento - porém, ainda gritante - foi observado em Salvador onde o rendimento feminino alcançou 86,3% do masculino.

Apontaremos agora o perfil educacional das mulheres no mercado de trabalho no Brasil. Para esta definição, utilizaremos a Pesquisa Mensal de Emprego – PME (2012), que produziu indicadores para o acompanhamento conjuntural do mercado de trabalho nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Sobre a pesquisa, utilizaremos apenas os dados mais recentes, que são do ano de 2011.

A pesquisa sobre a participação da população ocupada com mais de 11 anos de estudo nos revela que as mulheres possuem os maiores percentuais dos níveis de escolaridade. Os maiores percentuais foram o da população feminina ocupada entre os militares e funcionários públicos estatutários - que alcançou um índice de 93,3%. Enquanto o dos homens atingiu 76,9%. O menor percentual foi o dos trabalhadores que trabalham por conta própria - 29,4% homens, enquanto o das mulheres atingiu 52%.

GRÁFICO IV - Participação da população ocupada com 11 ou mais anos de estudo, por posição na ocupação, segundo sexo - 2011 (%)

Fonte: adaptada - IBGE Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego 2011. Média das estimativas mensais.

GRÁFICO V - Participação da população ocupada com nível superior completo, por posição na ocupação, segundo o sexo - 2011 (%)

Fonte: adaptada - IBGE Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego 2011. Média das estimativas mensais.

Quando analisada a participação da população ocupada com nível superior completo constatamos o que já era de se esperar em relação ao baixo índice de pessoas que concluíram o nível superior. Já que segundo o próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou, ao realizar a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) em 2012, que num total de 14,2 milhões de pessoas, apenas 12% possuem o nível superior completo.

Conforme a pesquisa, os maiores percentuais permanecem sendo o da população feminina ocupada entre os militares e funcionários públicos estatutários (60,6%), enquanto a população masculina atingiu o praticamente a metade do índice da população feminina (31%).

Devido ao elevado grau de informalidade, as baixas remunerações, a precarização do trabalho e o preconceito sobre a profissão, já era de se esperar um nível baixo de escolarização dos trabalhadores domésticos. Ainda assim, o surpreendente percentual de 3% - tanto por parte da população feminina quanto da masculina - nos revelaram o quanto o nível de escolaridade da profissão é expressivamente inferior, se comparada com as demais.

GRÁFICO VI - Proporção de pessoas ocupadas (PO) e desocupadas (PD) que frequentaram ou concluíram curso de qualificação, por sexo - 2011 ($)

Fonte: adaptada - IBGE Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego 2011. Média das estimativas mensais

Sobre percentual de pessoas que frequentaram ou concluíram algum curso de qualificação profissional, constatamos que a proporção de homens e mulheres ocupados (PO) e desocupados (PD) é semelhante. Os dados nos remetem a conclusão de que a população desocupada (PO) - conforme a nomenclatura utilizada pela fonte - apesar de não inserida no mercado de trabalho possui o mesmo nível de formação da população ocupada (PD).

Sobre os dados apresentados, identificamos que a expressiva presença feminina no mercado de trabalho elevou o grau de escolaridade das mulheres. Ainda assim, apesar do grau de escolaridade das mulheres ser superior - se comparado a dos homens -, a desigualdade expressa-se, principalmente, pela remuneração inferior.

Em relação à jornada de trabalho das mulheres, permanecemos apoiados sobre a Pesquisa Mensal de Emprego – PME (2012), que produziu indicadores para o acompanhamento conjuntural do mercado de trabalho nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Utilizaremos apenas os dados do ano de 2011.

GRÁFICO VII - Número médio de horas semanais habitualmente trabalhadas pela população ocupada, por grupamentos de atividade, segundo o sexo - 2011 (%)

Fonte: adaptada - IBGE Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego 2011. Média das estimativas mensais

Segundo a pesquisa (2012), o número médio de horas semanais trabalhadas pelas mulheres foi de 39,2 horas e o dos homens foi de 43,4 horas, ou seja, a diferença entre homens e mulheres de 4,2 horas. Em todos os agrupamentos foi verificado que os homens trabalham mais do que as mulheres. Sendo a menor diferença no agrupamento de Administração Pública, onde os homens atingiram 38,9 horas e as mulheres 36,5 horas. Verificamos também, que os Grupamentos de Intermediação Financeira (39,4 horas), Administração Pública (36,5 horas) e Serviços Domésticos (37,4 horas) não atingiram médias superiores a 40,0 horas.

É necessário destacar que a despeito da permanência das desigualdades e das discriminações vividas pelas mulheres no ambiente de trabalho apontadas em todos indicadores, os únicos dados supostamente positivos para as mulheres são em relação ao número médio de horas trabalhadas por semana, que é menor do que o dos homens. Entretanto, não podemos deixar de registrar que desde que as mulheres passaram a ingressar no mercado de trabalho passaram a encarar a dupla e, às vezes, tripla jornada de trabalho.

Um outro aspecto muito importante diz respeito a chefia de famílias protagonizada por mulheres. Utilizaremos dados obtidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada em 2009, e analisados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2010.

Segundo o PNAD (2009), entre 2001 e 2009 o numero de famílias chefiadas por mulheres passou de 27% para 35% no Brasil. Sendo das famílias chefiadas por mulheres, 26,1 são formadas por casais e 49,3 monoparentais. Já entre as famílias chefiadas por homens, 85,5 são formadas por casais e 3,3 monoparentais.

GRÁFICO VIII - Distribuição percentual das famílias por tipo de sexo da pessoa de referência - 2009 (%)

Fonte adaptada: Pesquisa Nacional por Amostra de domicílios (PNAD) - 2009

GRÁFICO IX - Renda familiar do trabalho de chefes e cônjuges - 2009 (em R$)

Fonte adaptada: Pesquisa Nacional por Amostra de domicílios (PNAD) - 2009

Tanto as mulheres cônjuges quanto as mulheres chefes de família (família monoparental) recebem menos do que os homens. A média dos homens chefes é de R$ 1.307,9 e das mulheres de R$ 882,09. Já a média das mulheres cônjuges é de R$ 717,02 e dos homens é de R$ 1384,11.

Esses dados inferiores de renda estão estritamente relacionados com as desigualdades de gênero que foram apresentadas ao longo desta pesquisa. Sobretudo, enfatizamos que a perversidade desse movimento está entre a relação de ampliação dos níveis de pobreza entre as famílias chefiadas por mulheres.

GRÁFICO X - Média de anos de estudo por posição na família e sexo em arranjos familiares com filhos - 2009 - (%)

Fonte adaptada: Pesquisa Nacional por Amostra de domicílios (PNAD) - 2009

De acordo com PNAD (2009), as mulheres possuem o maior índice de estudo, sendo as mulheres chefe com 8,3%, enquanto o homem chefe com 7%. Ainda assim, é oportuno esclarecer que, ao contrário do que ocorre com os homens, o investimento da mulher na qualificação profissional não está garantindo a igualdade nos níveis de rendimento. Uma vez ocupadas, percebemos que a desigualdade se expressa de forma alarmante.

Nos apoiaremos nas estatísticas de gênero do censo de 2010 divulgadas recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para obtermos uma apreciação mais detalhada sobre a realidade socioeconômica das mulheres no Brasil.

A pesquisa do IBGE mostra que entre os anos 2000 e 2010 as mulheres estão tendo menos filhos. O censo de 2010 comprovou que quanto maior a idade menos as mulheres engravidam. Tal fato está estritamente relacionado com a fato das mulheres estarem ingressando cada vez mais no mercado de trabalho e elevando o seu nível de escolaridade.

GRÁFICO XI - Proporção de mulheres com ao menos um filho nascido vivo - 2000 a 2010 (%)

Fonte adaptada: IBGE - Censo Demográfico 2010

De acordo com a pesquisa a proporção de mulheres com ao menos um filho nascido vivo diminuiu em todos os grupos - de 2000 a 2010. Essa proporção decresceu de forma mais significativa nos entre as mulheres de 20 a 24 anos (de 47,3% para 39,3%), 25 a 29 (de 69,2% para 60,1%) e no grupo de 30 a 34 anos (de 81,9% para 76,0%).

Em relação a proporção de mulheres com ao menos um filho por cor ou raça, constatou-se que as mulheres pretas ou pardas possuem a percentagem significativamente maior dos que as mulheres brancas - sendo que, essa proporção se eleva conforme a idade. As mulheres brancas de 15 a 19 anos possuem a percentagem de 8,8%, enquanto as mulheres pretas e pardas possuem 14,1%; já as mulheres brancas de 25 a 29 anos possuem 53,4%, e as mulheres pretas e pardas 66,3%.

Gráfico XII - Proporção de mulheres com ao menos um filho por cor ou raça - 2010 (%)

Fonte adaptada: IBGE - Censo Demográfico 2010

Outra informação divulgada pela pesquisa é sobre a situação das mulheres que residem em domicílios particulares. O IBGE acrescenta que o critério para definir a pessoa como provedora do lar é o reconhecimento do responsável pelos demais membros da família.

Gráfico XIII - Mulheres chefes de família segundo localização do domicílio - 2010 (%)

:

.No ano de 2010, 37,3% das famílias tinham a mulher como responsável. Considerada a análise por cor ou raça parda e preta, verificou-se que 38,7% tinham a mulher nesta condição. Quando se observa esse indicador considerando a localidade, percebe-se que ele se eleva para famílias que moram em áreas urbanas (39,3%) e diminui significavelmente para famílias que moram em áreas rurais (24,8%).

Ao observar as famílias chefiadas por mulheres por tipo de composição familiar identificamos o quão é gritante a diferença das mulheres sem cônjuge e com filhos que assumem a chefia da família para com as mulheres com cônjuge com ou sem filhos.

Gráfico XIV - Mulheres chefes de família por tipo de composição familiar - 2010 (%)

Fonte adaptada: IBGE - Censo Demográfico 2010

De acordo com a pesquisa, a proporção de mulheres responsáveis pela família com cônjuge e com filho foi de 23,8%, com cônjuge e sem filho foi de 22,7%, enquanto as mulheres sem cônjuges e com filhos atingiram o surpreendente índice de 87,4%.

Somado a todo esse quadro, não poderíamos deixar de acrescentar uma outra informação de suma importância para nossos propósitos de pesquisa. O Censo 2010 também divulgou que a taxa de atividade subiu entre as mulheres.

Gráfico XV - Taxa de atividade entre as mulheres que se encontram trabalhando ou procurando trabalho - 2000 a 2010 (%)

Fonte adaptada: IBGE - Censo Demográfico 2010

É necessário destacar que, a taxa de atividade analisada é da população em idade ativa (com 16 ou mais anos) que esta trabalhando ou procurando trabalho. Enquanto a taxa dos homens obteve um recuo - de 2000 a 2010 - no grupo de 16 a 29 anos (81% para 74,6%) e no grupo de 30 a 49 anos (91,9% para 88,8%). Entre as mulheres observou-se uma taxa de crescimento em todos os grupos, sendo o crescimento de menor expressão entre as mulheres de 16 a 29 anos (56,3% para 58,8%), enquanto os demais grupos etários apresentaram 61,1% para 68,1% (mulheres de 30 a 49 anos) e 39% para 50,2% (mulheres de 50 a 59 anos).

3.3 Notas sobre a amamentação entre as mulheres trabalhadoras formais no

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