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Características Bibliométricas de input

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As características bibliométricas de inputreferem-se a uma combinação de fatores que viabilizam a produção de determinada quantidade de resultados científicos (PLOBACIÓN e OLIVEIRA, 2006) os quais permitem, em última instância, compreender a dinâmica produtiva de uma determinada área do conhecimento.

Os indicadores escolhidos para essa análise são o número total de autores, o número de autores por publicação, gênero, nível de formação na época da publicação, instituição de obtenção dotítulo e região da instituição.

Foramidentificadas 2.223 ocorrências (participações) de autoria nos 873 artigos da amostra, o que gera uma média de 2,55 autores por artigo, contudo, quando reduzimos essas ocorrências, eliminando os nomes de autores que aparecem mais de uma vez, chegamos a 1.250autores com ao menos uma contribuição e, portanto, uma média de 1,43 autores por artigo.

Conforme pode ser verificado na Tabela 3 e no Gráfico 1 tanto a produção quanto o número de autores e de participações cresceram quando consideramos o primeiro e o último ano da pesquisa, entretanto, no ano de 2010, ocorre uma significativa redução das publicações quebrando o ciclo de crescimento que é retomado

nos anos de 2011 e 2012. Em 2013 a produção novamente é reduzida juntamente com o número de autores e participações e em 2014 a produção aumenta juntamente com o número de autores enquanto as parcerias apresentam redução.

Tabela 3 – Comportamento evolutivo da produção, autores e parcerias.

Fonte: Dados da Pesquisa

Gráfico 1 - Comportamento evolutivo da produção, autores e parcerias

Fonte: Dados da pesquisa.

20050 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 50 100 150 200 250 300 350

A Tabela 4 apresenta a distribuição de frequência do número de autores por artigo. Nota-se que a frequência com maior número de ocorrências é a de dois autores (42,5%), seguida por três (30,4%) e quatro autores (14,10%). Além disso, apenas um artigo contou com seis autores o qual faz uma homenagem in memorian ao Prof. Me. Antônio Francisco de Carvalho Filho.

Tabela 4 – Número de autores por artigo.

Fonte: Dados da pesquisa.

O Gráfico 2 permite visualizar como cada frequência tem se comportado ao longo dos dez anos percorridos pela pesquisa.

Gráfico 2 – Comportamento da distribuição de autores por artigo.

Nota-se que a frequência de dois autores foi a que mais ocorreu por quase todos os anos e que só foi superada pela frequência de três autores nos anos de 2012 e 2013, a qual parece estar se tornando a nova tendência de organização de autorias. Além delas, a frequência de quatro autores também cresceu de 2008 a 2012, contudo, nos últimos dois anos tem diminuído, enquanto os trabalhos com apenas um autor demonstra um comportamento estável ao longo dos dez anos estudados.

Cruzando as frequências de números de autores por artigo com os periódicos,verifica-se como os autores se organizam para publicar em cada revista, o que também pode representar uma preferência editorial. Na Tabela 5, elaborada com os percentuais de ocorrência de cada frequênciano periódico,podemos verificar, por exemplo, que a RAPpublicou 28,6% de seus artigos com cinco autores, enquantomais da metade dos periódicos não publicaram artigos com essa frequência de autores.

As revistas CEBAPE, RAI e REC aparentam publicar artigos com menor número de autores enquanto nas revistas RCA, PROD, RAP, ES e OSOC a ocorrência de artigos com apenas um autor não foi verificada.

Além disso, verifica-se que as frequências de dois, três e quatro autores somadas responderam por 87% dos artigos estudados.

Fonte: Dados da Pesquisa.

A distribuição da pesquisa por gênero tem sido amplamente utilizada nos estudos bibliométricos, a exemplo dos trabalhos de (CAMARGOS; COUTINHO; AMARAL, 2005; RESENDE et. al., 2010)o que tem contribuído para o aprofundamento sobre as questões de gênero também nessa área do conhecimento em que historicamente predomina a presença masculina.

Quando agrupamos os autores por gênero, conforme pode ser verificado na Tabela 6, identificamos que dos 1.250 autores, o número de homens foi 949 (75,92%) enquanto o de mulheres foi de 301 (24,08%), ficando as mulheres, portanto, acima dos 17,84% verificados no estudo de Camargos, Coutinho e Amaral (2005) nos anais do ENANPAD.

Tabela6 – Distribuição dos autores por gênero.

Fonte: Dados da pesquisa.

A Tabela 7 e Gráfico 3apresentamas ocorrências de gênero nas autorias ao longo dos dez anos. Nota-seque a ocorrência de ambos os gêneros vem crescendo, porém o número de participações masculinas cresceu de forma mais acentuada, ainda que no último ano de pesquisa a participação de homens tenha diminuído e a feminina aumentado.

Fonte: Dados da Pesquisa. Gráfico 3 - Ocorrências masculinas e femininas nas autorias.

Fonte: Dados da pesquisa

Outra categoria bastante utilizada em estudos bibliométricos é a titulação dos autores no momento das publicações. Essa análise busca expressar o quanto a formação em uma determinada instituição pode contribuir para o processo de produção e disseminação do conhecimento, além de trazer indícios sobre relacionamentos institucionais nacionais e internacionais.Para essa análise elaboramos a Tabela 8 que nos apresenta a distribuição de frequência das titulações dos autores.

Houve uma preocupação com essa classificação de não confundir a instituição de ensino que certificou a titulação com a vinculação profissional, dessa forma, as primeiras informações foram coletas no próprio artigo, no entanto, como não há uma

20050 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 50 100 150 200 250 Feminino Masculino

regra específica para a qualificação dos autores pelas revistas, muitos deles não tiveram suas informações disponibilizadas adequadamente. Nesse caso, procedemos à consulta do Currículo Lattes permitindo a identificação de muitos autores, restando, por fim, 124 (5,58%) autores que não foram localizados, em sua maioria estrangeiros e profissionais de mercado.

Para essa análise utilizamos o número de ocorrências tendo em vista que um mesmo autor pode ter publicado mais de um artigo ao longo dos dez anos, nos quais detinha diferentes titulações, fruto da própria evolução de seus estudos.

Nos 873 artigos foram contabilizadas 1.405 (63,20%) participações de doutores, 292 (13,14%) de mestres,237 (10,66%) de doutorandos, 68 (3,06%) de mestrandos e 26 (1,17%) de pós-doutorandos.

Somando as participações de mestrandos, mestres, doutorandos, doutores e pós- doutorandos, sob os quais recaem a maior exigência por publicações, afinal, os cursos stricto sensuhistoricamente os preparam para isso, verificamosa marca de 91, 23% das participações.

As participações de graduados e graduandos também não foram desprezíveis e somadas atingiram 62 (2,78%) contribuições, fortemente influenciadas pelos recentes programas de iniciação científica financiados pela CAPES.

Tabela 8 – Titulação à época da publicação.

Fonte:Dados da pesquisa.

Com relação às instituições de ensino em que esses pesquisadores estavam estudando à época das publicações ou, para aqueles já titulados, onde as obtiveram,

catalogamos 162 diferentes instituições de ensino espalhadas por todos os continentes. A Tabela 9apresenta uma versão sintetizada, com as 20 instituições de ensino que mais apareceram na pesquisa, sendo que a tabela completa pode ser verificada no Apêndice C.

Além disso, as instituições foram agrupadas por universidades, segregando-se apenas quando as instituições eram de diferentes regiões do país, como é o caso da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC-PR, que aparece separada das Pontifícias Universidades Católicas de São Paulo e Rio, agrupadas na região sudeste. Assim, a Universidade de São Paulo (USP) concentra todas as contribuições de suas faculdades, FEA, FEA-RP, entre outras que também contribuíram. Da mesma forma, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) concentra os esforços da EAESP, EEESP, EBAPE entre outras.

A análise foi conduzida por ocorrência, tal como no caso da titulação, tendo em vista que é comum os pesquisadores buscarem continuar sua formação em outras instituições de ensino no Brasil ou no exterior.

Verificamos que a USP é a instituição de ensino cujos pesquisadores mais apareceram nesse estudo, respondendo por 627ocorrências, seguida pela Fundação Getúlio Vargas (Rio e São Paulo), com 237, Universidade de Santa Catarina, com 127, as Pontifícias Universidades Católicas do Rio e São Paulo, com 110, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, com 97, além de destacarem-seduas instituições internacionais, Stanford University, com 28, e University of Southampton, com 24 ocorrências.

O tempo de existência do programa é, certamente, uma variável importante a ser considerada na análise da produtividade tendo em vista que as melhor posicionadas também são as mais antigas e que, de alguma forma, contribuíram com a formação de grande parte dos pesquisadores ativos.

Outro destaque cabe ao Programa Multiinstitucional e Inter-regional de Pós- Graduação em Ciências Contábeis (UnB/UFPB/UFRN), em funcionamento desde janeiro de 2007 e que aparece com 19 contribuições representando uma significativa inciativa de integração institucional e, sobretudo, de superação das desigualdades regionais, tão evidenciada nos estudos bibliométricos nacionais e que pode, de antemão,

ser verificada pela predominância das instituições das regiões sul e sudeste entre as 20 que mais contribuíram.

Tabela 9–Ranking das 20 universidades que mais contribuíram com a formação dos pesquisadores.

Somando-se as ocorrências das instituições de ensino nas quais os estudantes estavam vinculados ou, em caso de já titulados, onde obtiveram seus títulos,chegamos ao resultado apresentado na Tabela 10. Nela verificamos uma forte concentração das instituições da região sudeste do país com 1.385 (59,01%) ocorrências, seguida pelas instituições internacionais nas quais brasileiros obtiveram titulação, além da contribuição de pesquisadores estrangeiros que publicaram no Brasil.

A região sul figura como a segunda colocada em contribuições aos estudos de finanças dentro do país com 253 (10,79%) ocorrências, acompanhada pela região Nordeste com 86 (3,65%), Centro-oeste com 73 (3.12%), além das contribuições do Programa Multiinstitucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (UnB/UFPB/UFRN) com 19 (0,80%) das ocorrências.

Tabela 10 – Distribuição das Instituições de Ensino por região.

Fonte: Dados da pesquisa.

A ordem das contribuições por região se assemelha àquelas verificadas por (CAMARGOS; COUTINHO; AMARAL, 2005), reconfirmada posteriormente por (CAMARGOS; SILVA; DIAS, 2009), contudo, devemos fazer referência às diferenças de critérios de classificação tendo em vista que os trabalhos mencionados partiram da vinculação profissional dos autores prolíficos, enquanto aqui, partimos das instituições de formação dos pesquisadores.

4.2 Características Bibliométricas de output

Os indicadores de output constituem-se, conforme mencionamNoronha e Maricato (2008), em atividade complementar à análise da produção científica, sem a qual não se pode avaliar os resultados dos esforços de um determinado campo. Essa afirmação é corroborada porSpinak (1998) quando defende que os indicadores de output são a segunda metade da tarefa de avaliação e que apresentam, por sua vez, maior nível de complexidade.

Inicia-se essa abordagem com a análise do comportamento da produção total da área o que, certamente, incita grande interesse da comunidade científica de finanças e dos formuladores de políticas para a área.

Com relação ao comportamento da produção total pode ser verificado na Tabela 11 um incremento de 54% no volume publicado ao longo de todo o período, o que produz uma taxa média linear de crescimento da ordem de 5,97% ao ano tomando como base o ano de 2005, contudo, esse crescimento não foi contínuo.

Tabela 11 – Evolução da produção científica em finanças ao longo dos anos.

Fonte: Dados da pesquisa.

No Gráfico 4nota-se que ao longo dos dez anos ocorrem dois momentos de expansão da produção científica de finanças e dois de retração. Entre 2005 e 2009 crescemos quase que continuamente, saindo de uma produção de 62 para 108 artigos, portanto, 74% de crescimento no período, posteriormente, passamos por uma redução em 2010, da ordem de – 27%; retomamos o crescimento em 2011 e 2012 retomando o nível de produção de 2009, sofrendo uma nova redução em 2013 e 2014, também da ordem de -16%.

Gráfico 4 – Produção total de artigos de Finanças

Fonte: Dados da Pesquisa.

Ao analisarmos a participação dos periódicos na produção científica de finanças, conforme Tabela 12, notamos que a RBFIN apresentou a maior contribuição da amostra, com 163 trabalhos, portanto, 18,67% de todos os artigos de finanças selecionados o que reafirma sua liderança na divulgação da pesquisa nesse campo, entretanto, essa confirmação também expõe a fragilidade de um possível recorte de pesquisa considerando apenas a classificação Qualis/CAPES, como já foi utilizado nos trabalhos de (FARIA; ANDRADE; GONÇALVES, 2015; HERLING et. al., 2014),os quais não utilizaram esse periódico na pesquisa.

As revistas RCONTF, RUC e BBR posicionam-se respectivamente em 2º, 3º e 4º lugar no ranking, no entanto, quando reorganizamos o ranking por espaço dedicado às finanças dentro de cada revista a BBR com 33,99% fica à frente da RUC com 26,06%.

A RAUSP, com 7,6% de participação relativa e que nos estudos de

20050 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 20 40 60 80 100 120 62 74 69 91 108 78 97 108 96 90

(FARIA; ANDRADE; GONÇALVES, 2015; LEAL; ALMEIDA; BORTOLON, 2013) ocupou a segunda posição em número de publicações, agora aparece em 5ª lugar no ranking, seguida pela RAM com 6,76% de participação, próximosdos 6¨% verificados no estudo de (LEAL, ALMEIDA E BORTOLON, 2013).

As revistas RAC e RAE que em 2014 figuravam nos estratos A2 assumiram a 7ª e 8ª posição no ranking, com 5,5% e 4,4% respectivamente. Esse comportamento de mudança de posições no ranking ocorre por dois motivos fundamentais, sendo o primeiromais evidente erelacionado ao maior número de periódicos na amostra e a utilização de mais estratos Qualis/CAPES, enquanto que o segundoparece estar relacionado ao possível movimento de especialização de alguns periódicos conforme já havia sido mencionado por.(LEAL, ALMEIDA e BORTOLON, 2013).

Em posição intermediária no ranking observamos três periódicos com número de publicações semelhantes, RBE, BAR e READ, ambas na casa dos 3,5% de contribuição sendo que duas, (RBE e READ) estavam classificadas no estrato B1 e a BAR no estrato A2 em 2014.

Na sequência temos um grande grupo formado por revistas na casa dos 2% de contribuição do qual participam a RBGN, RCA, EA, GP e RAU, das quais a RBGN foi a que dedicou o maior espaço para publicações de finanças, ficando acima da READ nesse quesito.

Por sua vez, revistas com classificação Qualis/CAPES A2 como a CEBAPE, com 0,34% de participação, a OSOC com 0,69% e a RAP com 0,80% apresentaram as menores participações relativas na divulgação de pesquisas em finanças, acompanhadas pela ES, com classificação B1, que contribuiu com apenas 0,69% dos artigos.

Tabela 12 – Produção científica em Finanças 2005 e 2014 nos periódicos pesquisados.

Analisando a frequência de publicação ao longo dos anos, quepode ser acompanhado naTabela 13, nota-seque apenasoito periódicos (RBFIN, RCONTF, RUC, BBR, RAUSP, RAM, RAC e RAE) nunca deixaram de publicar ao longo dos dez anose que somados atingiram a marca de 634 artigos, portanto, 72% de toda a produção estudada.

No outro extremo, temos a CEBAPE que por oito anos ficou sem publicar artigos de finanças, a RAP que ficou por seis anos, a revista OSOC que deixou de publicar por cinco anos juntamente com RAEE que passou a compor a RAE a partir de 2011, além das revistas PROD e ES que permaneceram por quatro anos sem publicar artigos de finanças.

Tabela 13 – Ocorrência de publicações de Finanças nos periódicos da amostra entre 2005 e 2014.

Fonte: Dados da pesquisa.

Conforme relatado na fase de apresentação da metodologia,o agrupamento da produção por subáreas temáticas foi inicialmente influenciada pelas categorias propostas pelo ENANPAD (Finanças Corporativas, Governança Corporativa e Estrutura de Propriedade, Gestão de Riscos e Derivativos, Investimento e Apreçamento de Ativos, Mercados e Instituições Financeiras e Finanças Comportamentais), no entanto, percebeu-se que alguns trabalhos não se encaixavam propriamente nas categorias

levando à criação de duas novas subáreas temáticas, Métodos Quantitativos e Numéricos e Pesquisa em Finanças.

A subárea de Métodos Quantitativos e Numéricos, que já foi utilizada pela ANPAD, e queatualmente vem sendo utilizada pela SBFIN (Sociedade Brasileira de Finanças) agrupou estudos cuja preocupação central fosse a discussão sobre os avanços dos instrumentos estatísticos e matemáticos aplicados à área de Finanças, enquanto a subárea de Pesquisa em Finanças abarcou estudos bibliométricos, de rede e de ensino e pesquisa.

É possível verificar na Tabela 14 que a subárea Investimentos e Apreçamento de Ativos foi a que mais concentrou estudos, respondendo por 33,10% das pesquisas, seguida pelos estudos sobre Governança Corporativa e Estrutura de Propriedade com 16,5%, Finanças Corporativas com 16,4%, Gestão de Riscos e Derivativos com 14,3%, Mercados e Instituições Financeiras com 10,7%, que coincidentemente reproduz a ordem verificada no trabalho de Leal, Almeida e Bortolon (2013) eque também utilizou as subárea de finanças do ENANPAD.

Tabela 14– Distribuição da produção nasSubárea temáticas de pesquisa.

Fonte: Dados da pesquisa.

A subárea recentemente criada no âmbito do ENANPAD denominada Finanças Comportamentais,mostrou-se vigorosa contribuindo com 6% das pesquisas acompanhada por Métodos Quantitativos e Numéricos, que atualmente já não constituem subárea no ENANPAD, e que respondeu por 2% dos trabalhos. Por fim, a subárea de Pesquisa em Finanças contribuiu com 1,2% dos trabalhos catalogados.

Quando se agrupa a produção por subáreas temáticas ao longo dos dez anos de pesquisa, conforme Tabela 15 e Gráfico 5, nota-se que a subárea temática Investimento e Apreçamento de Ativos não apenas recebeu a maior parte das pesquisas em finanças como também apresentou a maior oscilação.

Além dela, as subáreas Governança Corporativa e Estrutura de Propriedade e Finanças Corporativas ficaram muito próximas em números de trabalhos, contudo, por quatro anos os números de trabalhos de Governança ultrapassaram os estudos de Finanças Corporativas.

Enquanto isso, a subárea Mercados e Instituições Financeiras vem crescendo gradativamente, com menor oscilação em relação às demais e termina o último ano pesquisado com 17 trabalhos, acima das três subáreas que a antecedem no ranking (Governança Corporativa e Estrutura de Propriedade, Finanças Corporativas e Gestão de Riscos e Derivativos).

A subárea Finanças Comportamentais que não apresentou qualquer trabalho em 2005, salta para seis trabalhos em 2006, atinge seu pico em 2009, com oito trabalhos, e vem mantendo um comportamento relativamente estável, com sete trabalhos anuais, nos últimos três anos, colocando-a, de fato, acima da produção de Métodos Quantitativos e Numéricos ao longo de toda a série o que, de certa forma, justifica a abertura de uma nova área no ENANPAD.

Por fim, a subárea de Pesquisa em Finanças, criada especificamente para essa pesquisa com o objetivo de agrupar trabalhos bibliométricos, de redes ou que buscassem retratar elementos da área de finanças, apresentou uma média de um artigo por ano tendo atingindo o pico em 2013 com três artigos, contudo, termina 2014 sem nenhuma contribuição.

Tabela 15 – Número de trabalhos em cada subárea temática ao longo dos anos.

Fonte: Dados da pesquisa.

Gráfico 5 – Número de trabalhos em cada subárea temática ao longo dos anos.

20050 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 5 10 15 20 25 30 35 40 13 6 15 12 22 13 10 18 20 14 10 12 11 12 24 9 18 20 15 13 0 23 34 20 30 26 32 37 33 27 27 6 6 9 11 9 6 13 9 9 15 0 6 3 6 8 5 3 7 7 7 1 1 0 2 3 2 3 1 3 1 0 0 1 1 1 1 1 2 3 0 Finanças corporativas

Governança Corporativa e Estrutura de Propriedade

Gestão de Riscos e Derivativos Investimento e Apreçamento de Ativos Mercados e Instituições Financeiras Finanças Comportamentais Métodos quantitativos e numéricos Pesquisa em Finanças

Uma característica da produção científica bastante observada em estudos bibliométricos nacionais tem sido o idioma de publicação. A preocupação com essa informaçãoreflete, entre outras coisas, a busca pelo aperfeiçoamento técnico dos pesquisadores, além do aumento das chances de citações para além das fronteiras do país.

Na presente pesquisa, além de artigos em línguaportuguesa, foram encontradas publicações na língua inglesa e espanhola. As publicações, em sua maioria, foram publicadas em português (76,8%), seguidas do inglês (22,10%) e com um reduzido número em espanhol (1,20%), cuja frequência pode ser visualizada na Tabela 16.

Tabela 16 – Idiomas de publicação.

Fonte: Dados da pesquisa.

Para verificar o comportamento dessa produção ao longo dos anos recorremos à Tabela 17 e Gráfico 6. Por eles nota-se que a produção em inglês segue uma tendência de crescimento em que saímos de onze artigos publicados em 2005 para vinte dois artigos em 2014. Além disso, quando analisamos juntamente com a produção total, percebemos que mesmo no ano de 2010, quando a produção caiu, os artigos em inglês não sofreram grande alteração e sim os em português o que pode sugerir que as revistas e os autores que publicam em outros idiomas que não o português tem um comportamento produtivo mais estável.

Com relação às publicações em espanhol, notamos que a ocorrência não é grande e, como veremos mais adiante, ocorrem em periódicos específicos, fruto de relacionamento interinstitucionais internacionais.

Tabela 17 – Produção por idiomas ao longo dos anos.

Fonte: Dados da pesquisa.

Gráfico 6 - Produção por idiomas ao longo dos anos.

Fonte: Dados da pesquisa.

Quando analisamos a distribuição das publicações por idiomas nas revistas, conforme a Tabela 18, notamos que apenas quatro periódicos publicaram artigos em espanhol dos quais 50% se concentraram na revista RUC e outros 30% na revista RCONTF, fruto de uma política editorial de integração de pesquisas brasileiras,

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