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4.1 ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS

4.1.2 Características do Egresso Quanto ao Desempenho Científicos

Esta subseção destina-se a detalhar as características envolvendo os aspectos científicos associados aos alunos egressos, esmiuçando o ingresso em cursos de mestrado e também a publicação científica em três diferentes vieses.

Quanto ao ingresso em mestrado por parte dos bolsistas, mais da metade da população estudada (52,89%) ingressou em um programa de mestrado, levando em média 1,55 anos – desvio padrão de 1,69 anos - para realizar esse ingresso após a conclusão da graduação, onde o discente com menor intervalo para a entrada foi zero – alunos que entraram no mestrado no mesmo ano em que concluíram a graduação – e o com maior valor foi de 22 anos. A taxa se mostra melhor do que a primeira avaliação da IC efetuada por Aragón, Martins e Velloso (1999), que demonstrou o encaminhamento dos discentes como uma das características principais da atividade, onde a cada três egressos, um ingressava no mestrado (33,33%). O tempo para o ingresso no mestrado dentro do trabalho dos autores não se diferiu drasticamente dos achados, onde a média ficou em 1,2 anos para os participantes (ARAGÓN, MARTINS e VELLOSO, 1999).

A Figura 4 evidencia para qual tipo de instituições de ensino superior (IES) esses alunos ingressaram.

FIGURA 4– DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS QUANTO O TIPO DE IES

FONTE: o autor (2018).

Apesar de ser de modo isolado a maior taxa quanto o encaminhamento do aluno, a UFPR (75,80%) não é o único caminho seguido pelos alunos.

Registrou-se o ingresso de discentes para instituições federais – diferentes da UFPR (14,52%), estaduais (5,74%), internacionais (2,26%) e privadas (1,67%).

Cabrero, Costa e Hayashi (2006), descobriram em sua pesquisa realizada na Universidade Federal de São Carlos, números equivalentes aos encontrados na presente pesquisa, onde aproximadamente 60% dos egressos do PIBIC se dirigiram para o mestrado dentro da própria instituição. Desse modo, é perceptível que a atividade de IC aproxima os alunos de programas de pós-graduação dentro da própria instituição, criando oportunidades para o aluno dar continuidade a sua trajetória acadêmica através do contato prematuro com docentes pesquisadores e outros elementos que compõem a pesquisa científica dentro da universidade.

A seguir, estão evidenciados a parte descritiva das publicações dos alunos em três momentos diferentes quanto sua participação em IC –

publicações totais do aluno durante trajetória na IC, publicações em parceria com os orientadores durante a trajetória de IC e publicações totais do aluno no período pós-IC. As publicações do aluno durante o período que esteve em IC, são demonstradas a seguir na Tabela 3.

TABELA 3 – PUBLICAÇÕES DOS ALUNOS DURANTE A IC

Variável Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Total

FONTE: o autor (2018).

Observa-se de maneira geral, que os discentes não tiveram grande participação em publicações de artigos em periódicos. Todos os estratos de artigos em periódicos tiveram taxas baixíssimas onde 87,08% dos discentes não publicou qualquer trabalho desse tipo. As apresentações em trabalhos e anais são as únicas categorias individuais que superam a média de 1 trabalho por aluno, dando a entender que a IC pode ser no período em que o aluno a vivência, uma experiência e oportunidade para desenvolver produções objetivando o desenvolvimento de habilidades de oratória em ambientes com outros pesquisadores mais experientes.

Seguindo, a Tabela 4 evidencia os índices de publicações desenvolvidas pelos participantes em parceria com o(s) orientador(es) responsáveis pelos projetos aos quais estavam inseridos.

TABELA 4 – PUBLICAÇÕES EM PARCERIA DURANTE IC

continua

Variável Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Total

FONTE: o autor (2018).

Os resultados se mostram semelhantes aos achados anteriores, com notoriedade para o menor número de ocorrência de trabalhos desenvolvidos em parceria. Tais resultados sugerem que ao desenvolver a IC boa parte das pesquisas do aluno referem-se à apresentação do seu projeto dentro do Evento de Iniciação Científica (EVINCI). Ainda assim, de modo geral, o total de publicações ficou em 2,80 trabalhos publicados em parceria com os professores orientadores dentro do tempo vivenciado em IC. Apesar de não ser um índice considerado alto, o mesmo não é desprezível visto o tempo médio de permanência – aproximadamente 14 meses, e a taxa de alunos que não publicaram nesse viés – cerca de 49,67%.

Por fim, verificou-se a taxa das publicações compreendidas no período pós IC dos bolsistas. Os números gerais são evidenciados na Tabela 5.

TABELA 5 – PUBLICAÇÕES EM PARCERIA PÓS IC

Variável Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Total

FONTE: o autor (2018).

É possível perceber que esse terceiro contexto apresenta-se de modo diferente aos dois anteriores. Dessa vez, todas as categorias apresentaram frequências superiores à zero. Porém, é certo que a restrição de tempo contida nos escopos anteriores colaborou para índices menores quando comparados a esse. Apesar do total nesse escopo ser 2,14 vezes maior do que a publicação durante o tempo de IC e 3,73 vezes maior do que a publicação em parceria, tal índice apesar de não possuir grandes números em algumas categorias, indica que mesmo de modo comedido, contribuiu para parte dos egressos continuar – ou ao menos estender sua participação – na área da pesquisa, onde 67,12%

publicaram um trabalho de qualquer tipo após a IC.

Ainda assim, ao observar os números relativos aos trabalhos publicados pelos alunos durante a IC, Camino e Camino (1996), evidenciaram resultados semelhantes quanto à publicação de bolsistas PIBIC, onde a média de publicação para os alunos foi de um trabalho, enquanto a participação em congressos foi de dois por aluno. Segundo os pesquisadores, tais números são evidências que uma grande parte dos alunos começa a divulgar seus resultados e pesquisas enquanto bolsistas de IC (CAMINO e CAMINO, 1996).