• Nenhum resultado encontrado

Com o objetivo de caracterizar variáveis clinicas de pronação, na Tabela 2 são apresentados valores médios para ambos os grupos.

TABELA 2: Dados clínicos de dorsiflexão, plantiflexão e relação tíbio calcânea para os grupos. Valores de média, desvio padrão (dp) e extremos para os lados dominante (LD) e não dominante (LND).

Variavel Grupo LD LND LD LND Minimo 12,00 10,00 12,00 15,00 DORSIFLEXAO Media 20,27 20,36 16,50 17,50 Maximo 41,00 46,00 24,00 20,00 dp 8,43 9,51 4,37 2,17 Minimo 25,00 26,00 49,00 52,00 PLANTIFLEXAO Media 43,82 46,27 55,83 54,83 Maximo 54,00 68,00 62,00 58,00 dp 8,47 10,16 5,00 2,71 Minimo 2,40 2,40 3,20 3,40

ALTURA NAVICULAR Media 4,03 4,04 4,30 4,32

Maximo 5,20 5,60 5,40 5,00 dp 0,81 0,94 0,75 0,63 Minimo 0,40 0,40 -2,00 0,00 QUEDA DO Media 1,09 1,11 -0,22 0,17 NAVICULAR Maximo 6,00 6,00 0,30 0,40 dp 1,64 1,63 0,88 0,15 Minimo 1,00 0,00 -4,00 2,00 INCLINAÇAO Media 3,64 2,64 2,67 3,50 DO CALCÂNEO Maximo 8,00 6,00 5,00 8,00 dp 2,46 2,01 3,45 2,35 Minimo 4,00 4,00 8,00 3,00 RELAÇÃO Media 10,55 9,09 12,67 8,17 TIBIO-CALCÂNEO Maximo 18,00 18,00 20,00 15,00 dp 5,34 5,24 4,55 4,88 HP PF

A aferição da amplitude de movimento foi realizada em decúbito ventral com a articulação subtalar na posição neutra e os valores são observados na Tabela 2. Sendo que o valor médio para a dorsiflexão foi de 20,360 (LD) e 20,270 (LND) no grupo HP sendo que a relação percentual mínima foi de 83,33% em relação ao membro dominante e a relação máxima de 125% apresentando uma pequena variação entre as amplitudes nos membros dominante e não dominante para o grupo HP.

Para o grupo PF a dorsiflexão foi de 17,50 (LD) e 16,500 (LND), sendo que as relações percentuais ficaram entre 166,7% e 75%. As amplitudes de dorsiflexão para ambos os grupos mostraram valores dentro do limite funcional descrito por diversos autores estando entre os

valores de 50 - 100 graus (HAMILL e KNUTZEN, 1999; NORKIN e LEVANGIE, 2001; STARKEY e RYAN, 2001).

Para o grupo HP a amplitude de flexão plantar mostrou valores entre 46,270 ( ± 10,160 LND) e 43,820 ( ± 8,470 LD) com uma relação percentual variando entre 91,67% e 125,93% apresentando da mesma forma uma pequena variação. O grupo PF teve os valores de flexão plantar entre 54,830 ( ± 2,710 LND) e 55,830 ( ± 5,000 LD), sendo que as relações percentuais ficaram entre 93,10% e 101,85%. Para NORKIN e LEVANGIE, 2001; HAMILL e KNUTZEN, 1999; STARKEY e RYAN, 2001 as amplitudes funcionais do movimento de flexão plantar variam entre 200 - 250 graus, valores estes inferiores aos encontrados neste estudo tanto para o grupo HP quanto PF.

A terceira variável observada foi a relação tíbio-calcânea, mensurada em situação ortostática com carga de peso segundo os critérios de Donatelli, (1996). Os dados referentes a relação tíbio calcânea indicaram para o grupo de HP apresentou valores entre 9,090 ( ± 5,240) e 10,550 ( ± 5,340) para o membro não dominante e dominante respectivamente. O percentual da relação de amplitude de movimento entre os membros variou entre 42,8% e 140,0%. Já o grupo PF apresentou valores de 8,170 ( ± 4,880) e 12,670 ( ± 4,550) para os membros dominante e não dominante respectivamente. E o percentual da relação de amplitude de movimento entre os membros variou entre 33,3% e 162,5%. Nigg (1987) utilizou a relação tíbio calcânea para a determinação do grau de pronação durante a marcha sendo que quanto maiores as relações maior o grau de pronação.

A variável altura do navicular foi mensurada nas condições PCP com unidade em centímetros, enquanto a queda do navicular foi dada pela diferença entre a altura do navicular na condição PCP e CCP. Já a inclinação de calcâneo foi realizada segundo critérios de Donatelli, (1996), e medido em graus.

O valor médio para o membro dominante da altura do navicular foi de 4,04cm ( ± 0,94) e 4,03cm ( ± 0,81) para o grupo HP nos membros não dominante e dominante (Tabela 2). Para o grupo PF as alturas encontradas foram 4,32cm ( ± 0,63) e 4,30cm ( ± 0,75) para o membro não dominante e dominante respectivamente.

Cavanagh et al., (1997) realizaram estudo com técnica radiográfica onde foram avaliadas 15 mulheres com valores médios de altura de navicular de 4,02cm ( ± 0,82), valores

estes bastante semelhantes aos encontrados neste estudo. Contudo os valores de Cavanagh et.

al, (1997) foram menores, fato possivelmente explicado pela diferença de técnica e também

pelas diferenças na constituição ligamentar entre homens e mulheres. Holmes et. al, (2002) encontraram valores de altura de navicular em apoio bipodal de 4,29cm (

±

0,91) apresentando valores bastante semelhantes com os valores do presente estudo. Nachbauer e Nigg, (1992) também realizaram estudo quantificando a altura do arco plantar, com um traçador de altura, porém os autores utilizaram como ponto de referência o ponto mais alto do médio pé e dividiram da seguinte arco baixo altura 1,8cm (

±

0,23) arco normal 2,57cm (

±

0,14) e arco alto 3,27cm (

±

0,16).

Já para a queda de navicular, conforme dados da Tabela 2, os valores médios foram 1,09 ( ± 1,64) e 1,11cm (1,67) para os membros dominante e não dominante respectivamente para o grupo HP e -0,22cm ( ± 0,88) e 0,17cm ( ± 0,18) para o grupo PF. Holmes et al., (2002) realizou estudo onde era mensurada a altura e navicular em indivíduos hiperpronadores na posição ortostática bipodal e depois realizada correção quanto a posição neutra da subtalar entre estas duas posições, encontrando uma diferença média de 0,55 cm ( ± 0,37).

Ainda na Tabela 2 temos os valores da inclinação de calcâneo sendo que as médias foram 2,640 ( ± 2,010) e 3,640 ( ± 2,460) para o membro não dominante e dominante respectivamente, para o grupo HP. Já para o grupo PF os valores ficaram entre 3,50 ( ± 2,350) e 2,670 ( ± 3,440) para os membros não dominante e dominante respectivamente, para o grupo PF. Em estudo realizado por Ledoux & Hillstrom, (2002) estes consideram como critério para pé plano indivíduos que obtivessem uma inclinação no sentido varo superior a 40 graus e ainda um segundo critério quanto à inclinação do retro-pé em relação ao ante-pé. No presente estudo foi considerado que esta inclinação 2 graus e ainda queda de navicular superior a 4 mm.

Seguindo o objetivo específico, são apresentados na Tabela 3 valores médios das variáveis mensuradas através da imagem de escaneamento 3D do pé.

TABELA 3: Dados antropométricos do pé a partir do escaneamento 3D para os grupos HP e PF. Valores médios, desvio padrão (dp) e extremos para os lados dominante (LD) e não-dominante (LND).

A Tabela 3 traz os dados de altura de navicular para a condição com carga de peso (CCP), altura de maléolo medial e ângulo do primeiro dedo mensurado no scanner para o grupo HP e PF. Dados estes que serão explorados no capitulo seguinte na realização das correlações entre variáveis antropométricas e correlações entre variáveis antropométricas e biomecânicas.

Observou-se uma diferença média de 0,3cm a mais na variável altura do navicular mensurada no scanner em relação a mensurada clinicamente. Entretanto esta diferença foi constante entre o membro dominante e não dominante fato explicado devido a medida clinica ser realizada no ponto inferior a tuberosidade do navicular e a medida do scanner ser realizada na região exatamente em cima da tuberosidade do navicular.

Variavel Grupo LD LND LD LND

Minimo -2,60 1,30 -2,60 -15,50

ÂNGULO I DEDO Media 5,11 6,64 3,88 2,48

Maximo 12,50 16,90 12,50 8,90

dp 4,55 4,31 4,41 7,05

Minimo 6,80 4,30 7,50 9,10

ÂNGULO V DEDO Media 13,32 11,84 15,92 16,11

Maximo 19,00 18,90 23,60 23,50

dp 3,40 4,18 5,09 4,60

Minimo 25,00 27,80 36,40 40,40

ALTURA NAVICULAR Media 42,91 42,81 49,80 51,03

Maximo 54,70 54,30 60,80 58,00

dp 8,21 7,62 7,38 6,43

Minimo 64,40 35,30 65,50 62,60

ALTURA MALÉOLO Media 72,77 69,89 74,04 75,75

LATERAL Maximo 81,90 81,50 89,70 80,70

dp 5,45 9,08 6,78 5,64

Minimo 43,70 62,30 24,70 41,00

ALTURA MALÉOLO Media 77,89 84.69 76,91 100,80

MEDIAL Maximo 96,10 96,70 99,40 85,31

dp 17,52 7,32 26,47 17,99

Documentos relacionados