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Com o objetivo de verificar a relação entre variáveis clínicas utilizadas como parâmetro para avaliação de pronadores funcionais ou hiperpronadores, realizou-se correlação linear de Spearman entre as variáveis, cujos resultados são apresentados a seguir.

Foram realizados teste de correlação entre as variáveis clínicas: dorsiflexão, altura do navicular, queda do navicular e relação tíbio-calcânea. Não foram constatadas correlações significativas para o grupo HP no que se referem as variáveis de dorsiflexão x altura do

navicular. Para o grupo PF os dados são apresentados na Tabela 4.

Tabela 4: Valores de correlação apresentada para as variáveis amplitude de dorsiflexão e altura do navicular para o grupo PF, para os lados dominate (LD) e não-dominante (LND).

Altura Navicular LND Altura Navicular LD Dorsiflexão LND -0,371 --- Dorsiflexão LD --- -0,669

Para o grupo pronador funcional, conforme dados da Tabela 4, houve correlação significativa, inversa e moderada entre a dorsiflexão e a altura do navicular tanto para o lado dominante (r=-0,66), quanto para o lado não dominante (r=-0,37). Indicando que quanto maior a amplitude de movimento de dorsiflexão, menor é a altura do osso navicular.

Não foi constatada correlação significativa entre as variáveis queda x altura de

navicular,para nenhum dos grupos. Assim como também não foi constatada correlação

Entre as variáveis queda do navicular x relação tíbio calcânea observou-se correlação significativa apenas para o grupo Hiperpronador, cujos resultados estão dispostos na Tabela 5. Não sendo constatada tal correlação para o grupo Pronador Funcional.

Tabela 5: Valores de correlação entre as variáveis queda de navicular e relação tíbiocalcânea para o grupo HP, nos lados dominante (LD) e não dominante (LND).

Relação Tíbio Calcânea

LND Relação Tíbio Calcânea LD Queda Navicular

LND 0,37 ---

Queda Navicular

LD --- 0,57

Conforme Tabela 5 observa-se correlação positiva e moderada entre queda de navicular e relação tíbio calcânea para o grupo Hp, tanto para o lado não dominante (r=0,37) quanto lado dominante (r=0,57). Indicando que quanto maior a relação entre tíbia e calcâneo maior a queda de navicular. Dados estes que coincidem com dados encontrados em estudos dinâmicos de pés hiperpronadores.

Seguindo o objetivo específico foram realizados testes de correlações entre as variáveis antropométricas (angulo do 1 dedo, altura de navicular, perímetro de metatarso e altura do dorso) medidas através do escanemaento do pé.

No grupo HP não foi constatada correlação significativa entre o ângulo do I dedo e as demais variáveis antropométricas. Para as outras variáveis as correlações estão dispostas na Tabela 6.

Tabela 6: Valores de correlação linear entre as variáveis antropométricas para o grupo HP, nos lado dominante (LD) e não dominante (LND).

Variáveis Altura Navicular LD Altura Navicular LND Perímetro do Metatarso LD Perímetro do metatarso LND Altura do Dorso LD Altura Navicular LD --- --- --- --- --- Altura Navicular LND 0,71 --- --- --- --- Perímetro do Metatarso LD -0,51* -0,38 --- --- --- Perímetro do metatarso LND -0,43 -0,59* 0,24 --- --- Altura do Dorso LD 0,92* 0,75 -0,65* -0,27 --- Altura do Dorso LND 0,73* 0,85* -0,49 -.0,17 0,87*

Seguindo os dados da Tabela 6 constata-se correlação linear inversa e moderada entre

altura do navicular x perímetro do metatarso tanto para o LD quanto LND, não sendo

superior a r= -0,6 e entre perímetro do metatarso x altura do dorso.

Entre as variáveis altura de navicular x altura do dorso foi constatada correlação linear forte e positiva, sendo que para o LD a correlação foi de r=0,92 e para o LND foi de r= 0,85 (Tabela 6). Tal resultado era esperado uma vez que estas duas variáveis são comumente utilizadas como parâmetros para avaliação de arco plantar.

A altura de navicular é investigada com freqüência quanto aos aspectos pronadores do pé como nos estudos de Nachbauer e Nigg, 1992; Cavanagh et al., 1997; Morag e Cavanagh

et al., 1998; Holmes et. al, 2002; Boozer et al., 2002. Tais autores ainda relatam à influência

movimento de pronador. Segundo Nordin e Frankel (2003) quando o hálux gira em cima do primeiro metatarso esta articulação é deprimida, causando um alargamento na superfície de sustentação na região abaixo das cabeças de metatarso. Para os mesmos autores quando ocorre um aumento na angulação do I metatarso há diminuição da capacidade de flexão dorsal prejudicando a marcha. De tal maneira que a foi considerado um importante parâmetro clínico e de fácil mensuração.

A correlação inversa encontrada para o grupo HP entre a altura do navicular e perímetro do metatarso se apóia no modelo de Bragueiro (2000) para a descrição do arco plantar. Segundo tal modelo a flexão dorsal leva a um aumento da tensão na fáscia plantar, o que eleva a altura do arco plantar. Assim quanto maior for a tensão na fáscia maior será altura do arco longitudinal medial (Sammarco e Hockenbury; in Nordin e Frankel, 2003; Norkin e Levangie, 2001), dificultando o distribuição das cargas no arco transverso do pé.

Quando foi relacionada às variáveis, altura do dorso e perímetro de metatarso para o grupo HP a correlação continuou sendo negativa, entretanto somente os valores no lado dominante se mostraram moderadamente relacionados (Tabela 6). Denotando possivelmente uma melhor relação entre altura de navicular e perímetro de metatarso do que propriamente com a altura do dorso. Uma possível explicação seria o fato da alta reprodutibilidade da medida da altura do arco plantar uma vez que estudos como os de Cavanagh e Morag, (1998) mostram uma reprodutibilidade de 0,99 para estes dados.

Na Tabela 7 tem-se os resultados de correlação entre as variáveis: ângulo do I dedo, altura do navicular, perímetro do metatarso e altura do dorso para o grupo PF.

Tabela 7: Valores de correlação linear entre as variáveis antropométricas para o grupo PF, nos lado dominante (LD) e não dominante (LND).

Grupo PF Ângulo I dedo LD Ângulo I dedo LND Altura Navicular LD Altura Navicular LND Perímetro metatarsos LD Perímetro metatarsos LD Altura Dorso LD Ângulo I dedo LD --- Ângulo I dedo LND 0,64 --- Altura Navicular LD -0,62* -0,90 --- Altura Navicular LND -0,65 -0,82* 0,95 --- Perímetro metatarsos LD 0,54 0,60 -0,53* -0,69 --- Perímetro metatarsos LD 0,02 -0,56 -0,67 -0,70* -0,56 --- Altura Dorso LD -0,23 -0,72 0,83* 0,85 -0,65 -0,96 --- Altura Dorso LND -0,33 -0,72 0,79 0,87* -0,82 -0,90 0,95

Conforme dados expostos na Tabela 7, verifica-se que para o grupo PF houve correlação linear entre o ângulo do I dedo e as demais variáveis, diferentemente do grupo HP. A variável ângulo do I dedo apresentou uma correlação inversa de moderada a alta com a variável altura de navicular sendo de r= -0,62 para o LD e de r=-0,82 para LND. Estes resultados vão ao encontro de Ledoux e Hillstrom, (2002) que avaliaram 19 indivíduos sendo 11com pés normais e 8 com pés planos e concluíram que a altura do navicular exerceria uma influência sobre a mobilidade do primeiro dedo assim como com hálux valgo. Da mesma forma, estudo realizado por Dhanendran, (1979) mostrou diferenças significativas na força de reação do solo de indivíduos com hálux valgo, sendo que os dados indicaram uma diminuição da carga no hálux quando apresentava desvio valgo.

Também se identificou correlação moderada e inversa entre ângulo do I dedo x altura

Da mesma forma correlação entre altura de navicular x perímetro de metatarso se mostrou moderada e inversa com os valores de r=-0,53 (LD) e r=-0,70 (LND) (Tabela 7). Apresentando comportamento semelhante ao encontrado para o grupo HP, porém com uma correlação um pouco mais elevada. Já para relação entre altura do dorso x perímetro de

metatarso ao contrário do grupo HP, esta foi alta e inversa sendo de r=-0,65 para o LD e de

r=-0,90 para o LND.

4.4 CARACTERÍSTICAS DAS VARIÁVEIS BIOMECÂNICAS DE DISTRIBUIÇÃO DE PRESSÃO PLANTAR (ÁREA DE CONTATO, PICO DE PRESSÃO E CARGA RELATIVA) NOS GRUPOS PRONADOR FUNCIONAL E HIPERPRONADORES.

Com o objetivo específico de caracterizar variáveis de distribuição de pressão plantar para os grupo pronador funcional e hiperpronador, são apresentados a seguir valores médios de pico de pressão plantar, área de contato, força máxima e carga relativa. As tabelas contêm os dados de área de contato total, área de contato da M03 (representa a parte medial da planta do pé), força máxima total e os quatro maiores picos de pressão e as cinco maiores cargas relativas. Os valores médios de pico de pressão plantar e carga relativa para todas as 10 máscaras de divisão do pé encontram-se no Anexo IV.

Na Tabela 8 são apresentados os valores médios para as variáveis de DPP na condição correndo para o grupo HP.

Tabela 8: Valores médios de área de contato total área de contato de M3 (cm2), força máxima total (%PC) e os quatro maiores picos de pressão (kPa) e suas cargas relativas(%) para a condição correndo grupo HP.

Variáveis LADO dp Mínimo Máximo

Área de contato total Dominante 160,13 8,13 136,5 171,5

Não dominante 159,91 10,13 133,5 173,50

Área de contato M03 Dominante 8,18 5,33 2 22

Não dominante 8,28 5,15 2 19,00 FMTotal Dominante 246,66 16,3 217,4 282,2 Não dominante 248,09 15,67 219,58 279,2 PPM05 Dominante 598,72 290,7 170 1,21 Não dominante 141,40 47,30 50 240 PPM06 Dominante 521,09 218,43 245 935 Não dominante 531,57 217,08 190 1.055 PPM07 Dominante 438,81 145,33 245 910 Não dominante 458,07 169,89 195 870 PPM08 Dominante 548,36 244,56 140 995 Não dominante 460,95 189,13 245 1.055 RL5 Dominante 17,51 4,85 8,1 29,8 Não dominante 18,26 4,00 10,72 29,20 RL6 Dominante 16,14 3,26 9,2 24,2 Não dominante 17,11 3,81 10,43 23,52 RL7 Dominante 21,97 5,72 10,4 30,9 Não dominante 22,29 6,26 12,73 32,41 RL8 Dominante 7,06 3,12 0,8 14,5 Não dominante 8,42 1,51 5,36 11,73

De acordo com os dados contidos na Tabela 8 constata-se que na condição correndo lara o lado dominante e não dominante os maiores picos de pressão (PP) estavam nas máscaras M05, M06, M07 e M08, e nas mesmas máscaras para a variável carga relativa. De acordo com Ledoux e Hillstrom (2002) o tipo de pé exerceria influencia nas forcas de reação do solo. Sammarco e Hockenbury apud Nordin e Frankel, (2003) alegam o fato de o hálux valgo não ser efetivo no rebaixamento do cabeça do primeiro metatarso gerando pronação da falange proximal e distribuição da carga lateralmente em direção a cabeça do segundo e terceiro metatarsos.

Na Tabela 8 podemos observar que a mascara 6 (M06) a qual representa cabeça de 2 metatarso apresenta valores médios de 521,09 kPa para o lado dominante e de 531,57 kPa para o lado não dominante na condição correndo para o grupo de Hiperpronadores.

Outra característica importante a ser observada é o pico de pressão na mascara 3 (PPM03) (Anexo IV), uma vez que é a principal característica de associação aos aspectos hiperpronadores quando se fala em distribuição de pressão plantar. Para o grupo HP esta região apresentou valores de 132,63 kPa e 141,40 kPa respectivamente para os lados dominante e não dominante respectivamente, na condição correndo.

Seguindo os objetivos do estudo na Tabela 9 são apresentados os valores médios das variáveis de DPP para a condição caminhando para o grupo HP.

Tabela 9: Valores médios de área de contato total área de contato de M3 (cm2), força máxima total (%PC) e os quatro maiores picos de pressão (kPa) e suas cargas relativas(%) para a condição caminhando para o grupo HP.

Variáveis LADO dp Mínimo Máximo

Área de contato total Dominante 143,17 13,34 118 168,50

Não dominante 142,47 13,34 118 168,50

Área de contato M03 Dominante 3,09 2,21 ,50 8,50

Não dominante 4,95 5,38 ,50 25,50 FMTotal Dominante 108,55 3,99 101,97 118,89 Não dominante 107,44 4,35 98,52 116,31 PPM03 Dominante 63,01 28,29 10 140 Não dominante 71,66 29,92 10 120 PPM01 Dominante 326,70 134,81 140 785 Não dominante 345,83 147,60 155 825 PPM06 Dominante 380,90 94,30 235 610 Não dominante 382,41 137,07 115 875 PPM07 Dominante 373,58 133,23 205 960 Não dominante 356,64 118,57 115 795 RL3 Dominante ,504 ,48 0,0 2,05 Não dominante ,913 1,12 0,0 4,59 RL1 Dominante 17,53 5,48 7,28 32,69 Não dominante 17,60 4,96 6,73 29,47 RL6 Dominante 15,148 4,337 8,456 28,130 Não dominante 15,118 3,467 5,150 24,317 RL7 Dominante 24,500 7,238 9,475 40,047 Não dominante 23,697 8,769 7,450 54,217

Conforme se observa na Tabela 9, ao contrário dos dados na condição correndo, na condição caminhando os valores maiores de pico de pressão (PP) encontraram-se nas máscaras M01, M06 e M07. Contudo na máscara 3 (M03), embora os valores de pico de pressão tenham sido altos, os valores de carga relativa para esta máscara foram baixos de 0,5 e 0,9 para os lados dominante e não dominante respectivamente.

Na Tabela 10 encontram-se os valores médios para as variáveis de DPP na condição correndo para o grupo de pronadores funcionais.

Tabela 10:Valores médios de área de contato total área de contato de M3 (cm2), força máxima total (%PC) e os quatro maiores picos de pressão (kPa) e suas cargas relativas(%) para a condição correndo grupo PF.

Variáveis LADO dp Mínimo Máximo

Área de contato total Dominante 142,84 15,98 122,50 168,50

Não dominante 146,22 22,60 120,50 182

Área de contato M03 Dominante 3,97 2,516 ,50 7,50

Não dominante 4,91 3,12 ,50 8,50 FMTotal Dominante 240,56 15,95 211,78 264,28 Não dominante 240,51 21,16 198,61 269,42 PPM03 Dominante 25,21 9,47 10 55 Não dominante 111,25 62,92 15 230 PPM05 Dominante 215,43 46,51 165 350 Não dominante 677,08 224,25 300 970 PPM06 Dominante 262,17 41,77 185 335 Não dominante 435,83 44,12 370 530 PPM07 Dominante 235,65 34,97 175 305 Não dominante 429,79 43,52 365 530 RL3 Dominante ,57 ,41 ,08 1,25 Não dominante ,76 ,55 0,0 1,48 RL5 Dominante 19,06 2,04 15,52 22,49 Não dominante 22,00 4,86 11,91 30,17 RL6 Dominante 19,89 3,86 14,37 27,46 Não dominante 18,26 4,00 11,12 25,23 RL7 Dominante 24,05 3,68 18,31 33,61 Não dominante 23,16 3,14 18,64 31,57

Observa-se pela Tabela 10, ao contrario do apresentado pelo grupo HP durante a corrida os picos de pressão ocorreram nas máscaras M03, M05, M06 e M07. Coincidindo os maiores valores de carga relativa também nestas máscaras. Com exceção da M03 onde o grupo PF obteve valores altos de pico de pressão, contudo a carga relativa foi mais baixa. Tendo 25,21 kPa e 111,25 kPa para os lados dominante e não dominante respectivamente onde fica bastante claro a diferença encontrada para os pico de pressão nas região da mascara 3 para a condição correndo

Para todas as máscaras (Tabela 10) verifica-se que os valores de pico apresentam-se com freqüência menor no membro dominante, o que pode ser justificado devido a um melhor ajuste muscular no membro dominante.

A carga relativa (RL) para os dois grupos na condição correndo apresentou características bastante semelhantes estando os valores das mascaras M05, M06 e M07 sempre entre os mais altos Hennig e Milani (2000) avaliaram a carga relativa com a utilização de palmilhas sensorizadas para dois diferentes tipos de calçados e também encontram os maiores valores de carga relativa (RL) para ambos os tipos de calçado na cabeça de primeiro metatarso. Este estudo demonstrou que a RL na cabeça de I metatarso do modelo de calçado nomeados por eles de M era consideravelmente mais elevada que a do modelo de calçado L conforme mostra na Figura 23 abaixo. Justificando desta maneira que a simples troca de calçado muitas vezes pode levar a dor nos pés ou até mesmo em membros inferiores.

Figura 23: Gráfico ilustrando a carga relativa em dois tipos de calçados representados pelas letras M e L no estudo de Hennig e Millani, (2000). (Fonte: Hennig e Milani, 2000).

Somente pelos dados apresentados na Figura 23 não seria possível determinar o tipo do pé livre de calçado para que se pudesse determinar a distribuição de carga profilática para cada tipo de pé.

Os valores de picos de pressão apesar de não apresentarem tanta constância quanto a RL variaram o ponto de maior pico tanto para o grupo PF quanto para o HP na condição

correndo entre as máscaras M05 e M06, representando a cabeça de I e II metatarsos. Hennig e Milani, (2000) avaliaram distribuição de pressão plantar com palmilhas em 19 diferentes tipos de calçados e encontraram picos mais elevados na região lateral de calcâneo com uma média de 911kPa.

A região lateral do calcâneo no presente estudo, representada pela máscara M02 (ver Anexo IV) apresentou valores elevados apenas para o grupo HP na condição correndo, onde os valores de pico de pressão foram superiores aos picos na região da cabeça de I metatarso. Hennig e Milani (2000) ainda mostraram como segundo valor mais alto os picos de pressão da cabeça de primeiro metatarso 873 kPa. A divisão das regiões abordadas por eles não contemplou a cabeça de 2 metatarso justificando possivelmente esta diferença.

Na Tabela 11 encontram-se os valores médios para as variáveis de DPP para a condição caminhando no grupo de pronadores funcionais.

Tabela 11: Valores médios de área de contato total área de contato de M3 (cm2), força máxima total (%PC) e os quatro maiores picos de pressão (kPa) e suas cargas relativas(%) para a condição caminhando para o grupo PF.

Variáveis LADO dp Mínimo Máximo

Área de contato total Dominante 124,04 20,24 91,50 158

Não dominante 129,66 18,88 103 160

Área de contato M03 Dominante 1,88 1,40 0,0 4,50

Não dominante 2,28 1,71 0,0 8 FMTotal Dominante 109,17 4,21 101,45 118,28 Não dominante 112,03 4,86 104,72 123,68 PPM01 Dominante 293,21 84,05 170 465 Não dominante 317,55 72,39 215 470 PPM06 Dominante 302,50 49,37 180 380 Não dominante 294,44 34,50 205 375 PPM07 Dominante 338,92 164,00 140 855 Não dominante 327,00 139,57 190 860 PPM08 Dominante 308,57 144,98 125 680 Não dominante 315,33 236,60 100 1.001 RL1 Dominante 17,13 3,90 10,71 25,52 Não dominante 18,77 4,24 9,64 29,16 RL6 Dominante 15,07 3,64 8,87 21,64 Não dominante 14,09 3,47 8,67 21,53 RL7 Dominante 23,79 8,88 7,04 40,83 Não dominante 24,75 6,68 10,04 37,22 RL8 Dominante 7,76 5,44 2,69 23,00 Não dominante 5,84 2,68 1,93 13,01

Pelos dados apresentados na Tabela 11 observa-se que os valores de pico de pressão são mais elevados nas máscaras M06, M08 e M07. Enquanto os maiores valores de carga relativa estão nas máscaras M06, M01 e M07 e a carga relativa da mascara M08 representa cerca de 50% do valor M06 para o lado dominante e aproximadamente 30% para o lado não dominante. Com o mesmo comportamento da condição correndo para o grupo PF, os picos de pressão altos coincidiram com as regiões onde as cargas relativas alcançaram valores mais elevados.

As cargas relativas para a condição caminhando apresentaram valores similares entre os grupos PF e HP para o lado dominante, onde as cargas apresentaram em ordem crescente as seguintes mascaras M06, M01 e M07. Somente para o lado não dominante do grupo PF os valores foram maiores nas máscaras M02, M01 e M07 indicando maiores cargas na região lateral do calcâneo.

Os picos de pressão para a condição caminhando no grupo PF mostraram mais elevados na região de cabeça de terceiro metatarso, porém também demonstraram picos elevados na região de hálux o que não foi observado no grupo de HP. Já para o grupo HP na condição caminhando os maiores picos de pressão foram observados nas mascaras M01, M07 e M06, que identificam as regiões medial do calcâneo, terceiro metatarso e segundo metatarso.

Os dados aqui apresentados sugerem uma tendência do grupo HP a apresentar picos de pressão mais elevados nas regiões mais laterais do pé. Fato este que também foi observado por estudos de Sammarco e Hockenbury apud Nordin e Frankel (2003) e Ledoux e Hillstrom (2002). Acrescentando ainda o fato de que o grupo PF mostrou uma tendência a picos de pressão na condição caminhando na região de hálux a qual segundo Sammarco e Hockenbury

apud Nordin e Frankel (2003) é uma característica de hálux, sem desvio em valgo.

Pelos dados caracterizados também se verifica valores maiores na condição correndo, o que já era esperado. Corroborando com Rosenbaun et. al., (1994) que observaram o efeito da velocidade nos padrões de pressão plantar e concluíram da importância do controle da velocidade, uma vez que implica em significantes alterações nos dados de pressão plantar.

Os resultados aqui apresentados permitem ainda constatar que o aumento da velocidade levou a um aumento da carga na região medial de ante-pé com um provável aumento do movimento de pronação, sendo que este aumento não ocorreu de forma linear. Nigg, (2001) em uma revisão de literatura bastante extensa sobre aspectos relacionados à Hiperpronação e lesões sugere que há associação entre o nível de lesões e deficiência nos ajustes musculares. O presente estudo não se ateve ao fato de lesões previas apenas como fatores limitantes ou incapacitantes e lesões dos últimos 6 meses.

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