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Caracterização da área 1 do Programa Lagoas do Norte

3 TERESINA: CIDADE VERDE

3.3 Caracterização da área 1 do Programa Lagoas do Norte

A área 1 do Programa Lagoas do Norte é composta pelos bairros São Joaquim, Matadouro, Acarape e Parque Alvorada. Todos esses bairros estão

localizados na região norte de Teresina, local onde encontramos várias invasões nas margens das lagoas, sendo, portanto considerado pelo poder público municipal como área de risco ambiental.

A tabela abaixo apresenta a caracterização dos bairros componentes da primeira etapa do Programa Lagoas do Norte.

Tabela 01. Caracterização dos Bairros que compõem a área 01 do Programa Lagoas do Norte. Teresina - PI.

Caracterização São Joaquim Matadouro Acarape Pq.Alvorada

População 12.884 5.291 3,693 6,320

Escolas 06 04 01 04

Creches 06 00 00 02

Famílias no PSF 1.688 1,957 400 423

Renda média mensal 301,84 368,18 1.505 382,26

Centros de artesanato 01 00 00 00

Artesãos 13 00 00 00

Praças 04 01 03 02

Organizações comunitárias 13 04 04 00

Espaços de cultura e lazer 06 04 01 00

Linhas de ônibus 05 06 03 06

Mercados 01 01 00 00

Domicílios 2,659 1,151 767 1,278

Hab/domicilio 4,47 4,24 4,44 4,56

Domicílios com abastecimento d’água 2.559 1,138 764 1,257 Domicílios com coleta de lixo 2,402 1,066 766 1,215 Rede geral de esgoto ou Pluvial 15 255 344 17

Fossas sépticas 1,429 564 413 688 Valas 02 00 00 01 Lagoas 41 24 00 14 Feiras 01 00 00 00 Unidades de saúde 01 01 00 00 Fossa rudimentar 727 215 07 468

As ações de urbanização na área 1 do Projeto Lagoas do Norte contempla os bairros Acarape, Matadouro, São Joaquim e parque Alvorada. O objetivo é

melhorar a qualidade de vida da população de baixa renda da região das lagoas através de intervenção integrada de requalificação urbana e ambiental, de prestação

de serviços de qualidade, voltados para o desenvolvimento sócio-econômico local. As obras incluem trabalho social, melhoria do sistema viário da região, drenagem pluvial, reforma de escolas, do Teatro do Boi, do Centro de Produção e do Mercado do São Joaquim, urbanização de margens das lagoas e reforço de canais de interligações, construção e melhoria de habitações e da iluminação pública da área. BAIRRO ACARAPE

O nome Sítio Acarape, de propriedade do Dr. Evandro Rocha, foi adotado para denominar um conjunto habitacional do INOCOOP construído em suas proximidades, que mais tarde passou a designar todo o bairro.

BAIRRO MATADOURO

Em 1928, o intendente Anfrísio Lobão Veras, após a abertura da rua que ligava a Chapada do Corisco ao Poti Velho, construiu, numa área de baixa vegetação, o Matadouro Municipal, dando origem ao nome do bairro.

BAIRRO SÃO JOAQUIM

O nome se deve ao Sítio São Joaquim, de propriedade do ex-prefeito de

Teresina, Joel da Silva Ribeiro. Neste local houve uma invasão, a qual deu origem a uma vila, cujos moradores adotaram o mesmo nome do sitio. Ainda nas

proximidades, foi construído um conjunto habitacional da Cohab, também denominado São Joaquim e assim todo o bairro ficou conhecido.

BAIRRO PARQUE ALVORADA

A Prefeitura, por volta de 1958 a 1960, implantou o loteamento Parque Alvorada em homenagem ao Palácio da Alvorada, em Brasília. Tendo tornado-se bairro, toda a área é atualmente designada apenas por Alvorada, conforme Lei Nº 1.934, de 16 de Agosto de 1988.

Figura 08. Mapa dos Bairros do Programa Lagoa do Norte

Foto: Arquivo da SEMPLAN 2009.

Figura 09. Imagem aérea do local do Reassentamento em relação à margem das Lagoas Foto: Internet, google maps.

4 MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa qualitativa no formato de um estudo de caso, o qual procura conhecer os significados do reassentamento elaborados pelos atores (famílias reassentadas e técnicos responsáveis) envolvidos na ação de

reassentamento do Programa Lagoas do Norte, observando o confronto entre esses significados, comparando-os, conhecer os significados da saúde para essas famílias, a partir de sua subjetividade, além de conhecer a satisfação residencial dos ocupantes das casas do reassentamento.

A pesquisa qualitativa objetiva capturar o sentido do que dizemos sobre o que fazemos a partir da exploração, elaboração e sistematização dos significados de um fenômeno, problema ou tópico (BANISTER; BURMAN; PARKER, 1994).

Pode ser adotada por diferentes disciplinas (Antropologia, Sociologia, Psicologia, entre outras); paradigmas (positivismo, pós-positivismo, construcionismo, estudos culturais, entre outros); estratégias de investigação (teoria fundamentada, estudo de caso, observação participativa, método histórico, etnográfico, etc.) e em métodos de correlação e análise de informações, como entrevista, observação, documentos, registros, experiência pessoal, semiótica, análise do discurso e de conteúdo, etc. (DENZIN; LINCOLN, 1994).

Quanto aos seus objetivos, a pesquisa qualitativa pretende: 1) lograr uma maior compreensão de um problema conceitual, empírico ou de valor; 2) avaliar um programa, organização, atuação, analisar a intervenção, implementação ou experiência a respeito de diversas opções políticas (LINCOLN; GUBA, 1985).

Entre as características gerais desse tipo de pesquisa, podemos citar: É evolutiva, ou seja, os conceitos, categorias, temas e padrões, se desenvolvem a partir dos dados. Dessa forma aumenta a possibilidade de incorporar a multiplicidade das realidades expostas pelos autores;

É holística, pois não fragmenta as pessoas e seus cenários em variáveis, pois os mesmos são considerados em sua totalidade, daí o seu interesse pelo estudo dos processos; o que conduzo reconhecimento do seu caráter dinâmico e histórico;

Tem interesse pela informação proveniente do conhecimento tácito dos sujeitos sem o propósito de quantificá-lo ou generalizá-lo;

Considera que processos estudados são inseparáveis do seu contexto, a partir de suas características e relação pessoal com os atores do processo;

Dá um enfoque naturalista e interpretativo, pois os fenômenos são estudados em seu próprio entorno natural com base nos significados que lhes confere seus atores;

Permite uma interpretação ideográfica, pois destaca as particularidades do caso, antes de se preocupar com sua generalização e tem sua validez em função de tais particularidades;

A interpretação é multifocal e dialógica, pois erige sobre as construções dos atores e do investigador;

É subjetiva, pois nega a suposta neutralidade científica e objetividade do pesquisador em sua aproximação com o objeto de estudo, é, portanto uma relação interativa entre pesquisador e seus informantes.

Tratou-se de pesquisa qualitativa do tipo emergente, ou seja, seu planejamento se fez para amplas contingências, pois assumiu uma falta de conhecimento prévio sobre a realidade estudada, ao considerar que o contexto em estudo determina em grande medida o desenvolvimento do mesmo e que aquilo que emerge da interação entre o pesquisador e o fenômeno é imprevisível. Neste sentido, numa pesquisa qualitativa, não partimos de uma hipótese, teoria, variáveis previamente definidas, e sim do que flui no curso da pesquisa e das construções dos seus protagonistas (WIESENFELD, 2000).

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