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2.2 ORIGEM DO CORPO DISCENTE E A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA

2.2.1. Caracterização das turmas

2.2.1.1. Caracterização do 6ºano (a média da faixa etária é de 12 anos) A

- matutino - Unidade Integrada “Adalgisa Mendonça Lopes”

A turma era constituída por 34 alunos, sendo 25 rapazes e 9 moças. Dentre estes tinha uma aluna que é portadora de necessidades educacionais especiais, a qual não recebia nenhum acompanhamento pedagógico diferenciado e muito menos psicológico.

Segundo informações prévias dos professores, alguns alunos possuem grandes dificuldades de compreensão, interpretação e produção escrita, fato que foi percebido na maioria dos alunos egressos de outras escolas.

Além dos fatores supracitados, foi possível detectar outros que dificultam o desenvolvimento do processo educacional, como:

· Alunos desatentos;

· Falta de uma base sólida de conhecimentos;

· Comportamento não adequado para o ambiente escolar. Também foi possível identificar aspectos positivos, tais como: · Assiduidade e pontualidade;

· Relacionamento agradável entre professores e alunos;

· O cumprimento das tarefas de casa, apesar das dificuldades de alguns;

· Ambiente físico bom, tanto nos aspectos físico estrutural, iluminação, ventilação, limpeza e higienização;

· Apoio por parte da direção da escola no fornecimento de material de apoio. Foi possível perceber que o nível socioeconômico dos alunos gira em torno da classe média baixa da pirâmide social, pois em sua maioria são descendentes de famílias de agricultores e pescadores artesanais. Estes possuem pouco domínio da cultura letrada, mas para alguns não é obstáculo para apoiarem e incentivarem seus filhos no processo educacional, enquanto outros têm se a impressão que apenas cumprem uma obrigação de apenas mandar os filhos à escola sem tanta preocupação quanto ao processo de escolarização.

O alunado em sua maioria é de cor parda, haja vista que são descendentes de comunidades remanescentes de quilombos.

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Até onde foi possível observar, a maioria possui bom comportamento e se mostraram bem participativos durante o meu estágio, com exceção de um grupo de quatro alunos que na minha segunda aula se mostraram desatentos e desenvolveram conversas paralelas.

A distribuição dos alunos pela sala já havia sido definida pelos professores cooperantes, o que por sinal gostei muito e facilitava a locomoção tanto do professor, quanto dos alunos, e o trabalho em grupo. A mesma se dava conforme a ilustração seguinte:

Figura 1: Disposição da sala de aula. Fonte: O autor

Quanto ao ambiente físico, o mesmo possui ventilação cruzada natural e contava com dois ventiladores de parede e um ar-condicionado, uma lousa verde e outra branca, um birô para o professor e uma estante com vários livros que serviam de fontes de pesquisa para os alunos.

Percebi algo que me chamou muito atenção: um cartaz fixado na parede da frente da sala, acima das lousas, onde continha um contrato didático que definia alguns itens que eram ou não permitidos na classe, tanto para alunos quanto professores.

2.2.1.2. Caracterização do 6ºano (a média da faixa etária é de 14 anos) B

– vespertino - Unidade Integrada “Adalgisa Mendonça Lopes”

A turma era composta por 33 alunos, sendo 14 rapazes e 19 moças. Salvo um grupo bem resumido, foi possível perceber o interesse dos educandos no desenvolvimento do processo pedagógico em sala de aula e também extraescolar. Como foi relatado pela professora

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cooperante, todos são bem atentos e envolvidos no processo ensino/aprendizagem. Foi relatado tanto pela professora cooperante como pelos demais docentes que lecionavam na turma, que são poucos os discentes que necessitam recuperar notas, e isso confirma que os mesmos possuem um bom aproveitamento.

O nível sócio econômico dos alunos não difere dos da turma anterior haja vista que o alunado da escola em sua maioria é pertencente a classe média baixa.

Deu de perceber certa falta de entrosamento entre alguns membros da turma, fato este que se dá devido à turma ser composta por alunos de diferentes escolas.

Algo que chamou minha atenção foi no momento da execução de uma tarefa em sala, quando falei que seria uma avaliação, pois os mesmos ficaram eufóricos pelo fato de que não tinham sido avisados que seria prova. Comentário de um aluno: “professor sempre que é prova os outros professores avisam antes para nós estudar. Assim iremos tirar nota baixa”. Esse momento me fez perceber o quanto ainda há um grande abismo entre a teoria e a prática de muitos professores, no que diz respeito à avaliação educacional.

O espaço físico dispensa caracterização, haja vista que era o mesmo da turma do turno matutino, a qual já foi caracterizada anteriormente.

CAPÍTULO II

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A prática de ensino mediada pelo estágio supervisionado promove a unidade entre a teoria e a prática. O contexto relacional entre prática-teoria-prática apresenta relevância na formação do professor, visto que promove a compreensão do conceito de unidade, isto é, a relação necessária entre teoria e prática e não apenas sua justaposição ou dissociação. Além de que, o conhecimento da realidade escolar favorece reflexões sobre a prática do estagiário, possibilitando o desenvolvimento de prática criativa e transformadora pela aplicação de teorias que sustenta o trabalho do professor. Assim, a sua práxis educativa concretiza-se mediante a aplicação de metodologias de ensino, planejamento e verificação da aprendizagem em um processo de ação-reflexão-ação, revela a educação como prática questionadora, que tem como base os seguintes aspectos: a intencionalidade, a natureza social, a necessária ação conjunta, e a sua realização como trabalho humano.

Embora eu já lecionasse a dezoito anos, mas como se tratava de um estudo que requerer a avaliação de outros até mesmos para que pudesse confirmar a minha prática, desenvolvi o estágio em duas turmas de 6º ano, nas áreas de Português, História e Geografia, onde tive uma experiência bem significativa tanto em relação às disciplinas, as quais não tinha contato direto, quanto ao público que atendi.

Para Barros et al. (2011. s.p),

o estágio supervisionado proporciona a construção de atitudes críticas e reflexivas a respeito do processo de ensino e aprendizagem, proporcionando a construção de atitudes e concepções questionadoras e transformadoras referentes ao ensino.

Tal momento me proporcionou desenvolver um trabalho pedagógico alicerçado no dinamismo e na interação tanto da minha parte quanto dos alunos, professores cooperantes e, também, da direção da escola, a qual se mostrou muito satisfeita por estarmos a desenvolver este projeto naquela instituição de ensino.

1.1 PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA TURMA DO 6º ANO