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Capitulo II – Caracterização dos contextos institucionais

2.6. Caracterização do contexto de intervenção em jardim de infância 1 Caracterização do grupo

2.6.2. Caracterização do espaço e materiais

A sala encontrava-se no piso 1, ao entrar na mesma pude constatar que esta tornava-se um pouco pequena para um grupo de 21 crianças, no entanto o facto de estar dividida por áreas pedagógicas facilitava a observação da educadora cooperante e da auxiliar perante as crianças e também a deslocação das crianças pela sala. Esta tinha bastante luminosidade natural pois continha janelas para o exterior do colégio, as paredes da sala (partes de baixo) estão pintadas de amarelo e continha um material que possibilitava a colocação de trabalhos realizados pelas crianças nas mesmas. O

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facto de as paredes estarem pintadas de amarelo tornava o espaço acolhedor, tranquilo e atrativo.

Nas paredes da sala encontravam-se expostos trabalhos realizados pelas crianças durante o ano letivo. Uma vez que as paredes da sala se tornavam um pouco limitadas para expor os trabalhos de todas as crianças, estes iam sendo retirados e eram expostos outros trabalhos. Quando os trabalhos que estavam expostos nas paredes eram retirados, estes eram colocados no armário que está dividido e identificado com o nome de cada criança.

Na minha opinião a organização do espaço da sala estava muito bem conseguido pois a educadora cooperante teve em consideração os interesses e necessidades das crianças e esta estava organizada de modo a que as crianças pudessem brincar e explorar autonomamente, sendo que cada área pedagógica tinha um limite máximo de crianças em que este limite foi definido pela educadora cooperante em conjunto com as crianças.

Seguidamente irei descrever algumas áreas pedagógicas que podemos encontrar na sala de jardim de infância 1, em que irei destacar as que se constituíram mais importantes ao nível dos momentos de movimento. Uma vez que a instituição seguia o Modelo Pedagógico do Movimento da Escola Moderna, as áreas pedagógicas da sala de jardim de infância 1 estavam definidas segundo o mesmo.

A Área do Faz de Conta era composta por um baú com roupas e bonecos, uma mesa de plástico, uma cadeira de plástico, armário com compartimentos feito de madeira que continha uma máquina de lavar loiça, um microondas, uma máquina de lavar roupa, utensílios de cozinha (pratos, talheres, copos, tachos, entre outros) e diversos alimentos de plástico. Para além de um armário com compartimentos feito em madeira também havia um armário com compartimentos feito de plástico, um fogão, um carrinho de transporte de refeição, um toucador com espelho, um colchão e uma cama de bebé.

A partir da descrição feita sobre a área do faz de conta é possível perceber que era um espaço bem específico ou seja, permitia às crianças encenar situações do quotidiano. Era uma área com bastante luminosidade natural pois continha uma janela para o exterior da instituição. Posso frisar que era a área pedagógica mais escolhida pelas crianças mais velhas e mais novas. Durante a minha prática de ensino supervisionada

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pude verificar que esta era uma área que resultava muitas vezes em discussão entre as crianças. Estas discussões deviam-se, sobretudo a duas crianças que queriam ter o mesmo papel parental (ser mãe, pai, filho, entre outros) ou a área já estava no limite de crianças mas havia uma criança que queria brincar na área também. Para colmatar tais conflitos, em conversa com a educadora cooperante decidimos introduzir na sala o Mapa de Atividades de modo a dar oportunidade às crianças de variar na escolha das áreas pedagógicas.

A Área dos Jogos de Chão/Garagem era composta por um armário com várias divisões em que cada divisão estava identificada com o nome do material que pertencia à gaveta, onde estavam localizados alguns brinquedos tais como: animais, peças de lego grandes e pequenas, peças de madeira de várias cores, material de carpintaria, diversos meios de transporte de pequenas dimensões (carros, atrelados, tractores, entre outros). Para além destes materiais que se encontravam nas diversas divisões do armário existiam também capacetes, meios de transporte de grandes dimensões e também algumas ferramentas. Este espaço dispunha de um tapete grande ao centro e também tinha bastante luminosidade natural pois ficava localizado junto a uma janela que tinha acesso ao exterior da instituição. Durante a minha prática de ensino supervisionada pude observar que era uma área pedagógica que era escolhida sempre pelo mesmo grupo de crianças.

No entanto, ao longo da minha PES notei que as crianças mais novas da sala mostravam bastante interesse em brincar na mesma. Era junto a este espaço que eram organizados os momentos em grande grupo, principalmente o primeiro momento da

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manhã, em que em conjunto com a educadora cooperante e com a auxiliar marcávamos o dia, o tempo e escolhíamos a área pedagógica através do Mapa de Atividades.

Os momentos de comunicações e de transição também eram realizados neste espaço, em que as crianças podiam ouvir histórias, cantar canções, contar novidades, realizar jogos, entre outros. Importa frisar que quando o tempo não permitia ir para o pavilhão desportivo ou para o exterior do colégio, as sessões de Educação Motora eram realizadas neste mesmo espaço. Era um espaço bastante limitado o que dificultava o movimento das crianças. Quando estas sessões eram realizadas neste espaço, as propostas de atividades eram mais simples pois as crianças não conseguiam movimentar-se livremente. Sempre que por algum motivo estas eram realizadas na sala, as crianças ficavam impacientes pois não conseguiam libertar-se pelo espaço. Neste sentido, as propostas de atividades uniam recursos materiais como balões, bolas, entre outros.

A Área da Expressão Plástica era junto ao lavatório que se encontrava na sala, quando as crianças pretendiam realizar pintura ou tínhamos alguma atividade de pintura planificada esta era realizada na mesa grande ou então era colocada uma mesa pequena junto ao lavatório. Este continha compartimentos com diversos materiais referentes à expressão plástica, tais como: pincéis de vários tamanhos, tintas, aventais, carimbos, formas para utilizar na exploração da massa de cores, esponjas, caixas com

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material de desperdício, como os tecidos, os recipientes de vidro, rolhas, tampas, entre outros. Junto ao lavatório também existiam panos para facilitar a limpeza e higiene do espaço quando as crianças estavam a realizar pintura. Perto do lavatório estava um outro armário com compartimentos que continha outros materiais referentes à expressão plástica, tais como: canetas de feltro, lápis de cor, lápis de cera, colas, tesouras, folhas brancas, caixas com material de desperdício (feltro, papel crepe, goma eva, entre outros). Estes materiais estavam todos ao alcance das crianças, de modo a promover a sua autonomia e independência. Esta área era bastante frequentada pelas crianças, quer na pintura, desenho ou recorte e colagem. Durante a minha prática planifiquei diversas atividades que forma a dar resposta aos interesses e necessidades das crianças, em que as crianças exploraram diversas técnicas de pintura (carimbagem, pintura com pincéis, digitinta, entre outras). É de salientar que esta área era bastante limitada ou seja, para realizarmos uma atividade de expressão plástica tínhamos de organizar a sala de modo a que as crianças tivessem espaço suficiente pois não havia um espaço específico para as crianças realizarem tais propostas. Algumas propostas de atividades englobavam a motricidade fina ou seja, ao longo da minha PES notei que havia diversas crianças que ainda não conseguiam recortar, utilizar um pincel, entre outras tarefas. Neste sentido e uma vez que a minha temática do relatório era sobre o desenvolvimento motor, tentei sempre planificar atividades de modo a auxiliar as crianças a ultrapassar tais dificuldades (pintura livre, recorte e colagem, digitinta, entre outras).

Na sala encontrava-se um rádio e recursos de multimédia (cd’s, dvd’s, entre outros). O rádio era utilizado muitas vezes pela educadora cooperante, em que a mesma colocava música de fundo.

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