3.2 Caracterização da unidade de estudo
3.2.3 Caracterização socioeconômica
As informações apresentadas nesta seção têm como fonte os dados do diagnóstico rural rápido participativo realizado pela EMATER nos anos de 2000 e 2001 e pelo Departamento de Solos da UFSM em 2005 e 2006 (RECHERT, 2006; RECHERT et al., 2006).
A população da microbacia é de aproximadamente 160 habitantes, distribuídos da seguinte forma: 30 pessoas com menos de 10 anos; 23 pessoas se encontram na faixa etária entre 10 e 18 anos; 87 pessoas com idade entre 18 e 60 anos e 18 pessoas com mais de 60
anos. Uma média de quatro pessoas por UPF. Se forem consideradas as pessoas com idade entre 18 e 60 anos, que são as consideradas economicamente ativas, esta média fica
mais de duas por UPF.
A microbacia tem o fumo como a principal cultura econômica no período de primavera-verão (safra), o qual ocupa aproximadamente 71% das áreas de lavour
7b), sendo responsável por mais de 80% da renda das famílias (
2004/05 foram cultivadas com fumo em torno de 75 ha, com uma produção aproximada de 10.200 arrobas o equivalente a 153.000 kg de fumo. Uma produtividade
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ou nove arrobas para cada 1000 plantas de fumo. A área média cultivada com o produto em cada UPF é de aproximadamente 2,5 hectares o que está de acordo com a disponibilidade de mão-de-obra familiar. Isto, considerando que a cultura re
cada 1,5 hectares, tendo como
menos de dois hectares normalmente são fornecedoras de mão fora da microbacia ou não dependem do fum
renda como, por exemplo, a aposentadoria rural. No caso das que possuem áreas de plantio superiores a 5,0 ha precisam estabelecer algum tipo de parceria ou de contratação de mão obra em determinadas fases da
das glebas o fumo é cultivado no sistema convencional e em 55% no sistema cultivo mínimo.
a
Figura 7 – Principais culturas produzidas durante a safrinha (primeiro semestre) (a) e safra (segundo semestre) (b) nas Unidades de Produção Familiar da Microbacia Hidrográfica do Arroio Lino, Agudo, Rio Grande do Sul, 2006. Médias correspondentes a sete levantame do uso do solo ocorridos do ano de 2003 ao de 2006.
A maioria das UPF recebe custeio das empresas fumageiras para a produção de fumo. Para implantação de outras cultu
do Programa Nacional de C
anos. Uma média de quatro pessoas por UPF. Se forem consideradas as pessoas com idade e 60 anos, que são as consideradas economicamente ativas, esta média fica
A microbacia tem o fumo como a principal cultura econômica no período de verão (safra), o qual ocupa aproximadamente 71% das áreas de lavour
b), sendo responsável por mais de 80% da renda das famílias (REICHERT
2004/05 foram cultivadas com fumo em torno de 75 ha, com uma produção aproximada de 10.200 arrobas o equivalente a 153.000 kg de fumo. Uma produtividade
ou nove arrobas para cada 1000 plantas de fumo. A área média cultivada com o produto em cada UPF é de aproximadamente 2,5 hectares o que está de acordo com a disponibilidade de obra familiar. Isto, considerando que a cultura requer em torno de uma pessoa para cada 1,5 hectares, tendo como maior exigência as fases do plantio e da colheita.
menos de dois hectares normalmente são fornecedoras de mão-de-obra, arrendam outras áreas fora da microbacia ou não dependem do fumo para viver, servindo-se de outras fontes de renda como, por exemplo, a aposentadoria rural. No caso das que possuem áreas de plantio superiores a 5,0 ha precisam estabelecer algum tipo de parceria ou de contratação de mão obra em determinadas fases da cultura, como plantio e colheita. Em aproximadamente 45% das glebas o fumo é cultivado no sistema convencional e em 55% no sistema cultivo mínimo.
b
Principais culturas produzidas durante a safrinha (primeiro semestre) (a) e safra (segundo semestre) (b) nas Unidades de Produção Familiar da Microbacia Hidrográfica do Arroio Lino, Agudo, Rio Grande do Sul, 2006. Médias correspondentes a sete levantame do uso do solo ocorridos do ano de 2003 ao de 2006.
A maioria das UPF recebe custeio das empresas fumageiras para a produção de fumo. Para implantação de outras culturas como o milho e o feijão os produtores recorrem ao crédito
Crédito para a Agricultura Familiar (PRONAF
anos. Uma média de quatro pessoas por UPF. Se forem consideradas as pessoas com idade e 60 anos, que são as consideradas economicamente ativas, esta média fica em pouco
A microbacia tem o fumo como a principal cultura econômica no período de verão (safra), o qual ocupa aproximadamente 71% das áreas de lavouras (Figura REICHERT, 2006). Na safra 2004/05 foram cultivadas com fumo em torno de 75 ha, com uma produção aproximada de 10.200 arrobas o equivalente a 153.000 kg de fumo. Uma produtividade média de 2000 kg ha-
ou nove arrobas para cada 1000 plantas de fumo. A área média cultivada com o produto em cada UPF é de aproximadamente 2,5 hectares o que está de acordo com a disponibilidade de quer em torno de uma pessoa para exigência as fases do plantio e da colheita. As UPF com obra, arrendam outras áreas se de outras fontes de renda como, por exemplo, a aposentadoria rural. No caso das que possuem áreas de plantio superiores a 5,0 ha precisam estabelecer algum tipo de parceria ou de contratação de mão-de-
Em aproximadamente 45% das glebas o fumo é cultivado no sistema convencional e em 55% no sistema cultivo mínimo.
Principais culturas produzidas durante a safrinha (primeiro semestre) (a) e safra (segundo semestre) (b) nas Unidades de Produção Familiar da Microbacia Hidrográfica do Arroio Lino, Agudo, Rio Grande do Sul, 2006. Médias correspondentes a sete levantamentos
A maioria das UPF recebe custeio das empresas fumageiras para a produção de fumo. como o milho e o feijão os produtores recorrem ao crédito PRONAF) do governo federal.
O milho é a segunda cultura em importância na MBHAL sendo que a grande parte da produção é utilizada nas próprias UPF. Na safra (primavera-verão) o cultivo do milho concorre com a lavoura de fumo, portanto, ocupa uma área menor (7%) (Figura 7 b), além dos solos de inferior qualidade. Na “safrinha” (outono-inverno) o milho ocupa em torno de 58% da área (Figura 7 a). A maior parte é cultivada nas lavouras que estavam ocupadas com o fumo, aproveitando a adubação residual. A média anual fica em torno de 2000 kg ha-1, sendo que na safra ela é 15% superior.
O feijão é cultivado apenas no período da safrinha numa área de 23 ha, o que corresponde a 5,0% da microbacia, com produtividade média de 600 kg ha-1. Ele representa apenas um por cento da receita bruta total da microbacia, pois, apenas oito delas comercializam o produto. O restante da produção é destinado para o consumo nas UPF.
As culturas para auto-consumo (mandioca, batata, cana-de-açúcar, amendoim, cebola, alho, milho pipoca, hortaliças, etc.) se mantiveram durante o período em aproximadamente 6,0% da área de cultivo. As plantas de cobertura abrangem uma pequena área e, assim como as para auto-consumo, ganham pouca importância em ambos os períodos, tendendo sempre a ceder espaço para o fumo. As áreas em pousio são mais expressivas no primeiro semestre do ano a qual chega a ocupar 36% da microbacia (Figura 7 a).
As UPF que comercializam somente fumo totalizam 28 (61%), tendo outros produtos como base de alimentação e 17 UPA (37%) dependem exclusivamente do fumo como fonte de receita para aquisição dos demais produtos para manutenção da família tais como: banha, carne, ovos, arroz, café, açúcar e material de higiene e limpeza. A segunda fonte de receita na microbacia é a aposentadoria rural correspondendo a 17 % da renda bruta total.
A lenha retirada das matas nativas e a mão-de-obra familiar não são contabilizadas no cálculo dos custos de produção, o que acaba mascarando a eficiência do sistema. Poucas UPF possuem cultivos de eucalipto ou outra espécie para obtenção de lenha tanto para a secagem do fumo quanto para o uso doméstico.