A carta Hipsométrica.

Considerando as atitudes médias propostas por MARTINS & SANTOS (2001) para as áreas da planície costeira local, que variam de 0 a 20 m, elaborou-se com o uso das Imagens ASTER GDEM - Global Digital Elevation Model (2010) de elevação do terreno com resolução horizontal de 30 metros, uma carta Hipsométrica da área próxima á foz do Rio Itanhaém, área esta bastante atingida e vulnerável aos eventos extremos de Maré e pelas inundações costeiras.

A carta hipsométrica de altitudes representa a repartição das altitudes, geralmente por coloridos variados, que limitam curvas de nível Para este trabalho a carta hipsometrica foi elaborada realizando um fatiamento com intervalo de 0,25 cm entre as classes, onde as áreas mais baixas são representadas pelo verde mais claro e as áreas mais altas pelo marrom avermelhado. A altitude mínima considerada para o fatiamento das imagens foi 0 m e a máxima 30 m.

As Figuras 7.2 e 7.3 apresentam consecutivamente a carta Hipsométrica de valores de altitude para a área da foz do Rio Itanhaém e o detalhe da região costeira próxima da mesma.

Fig. 7.2. Carta Hipsométrica de intervalos de altitude para a área estudada. Elaborada a partir das imagens do ASTER GDEM - Global

Fig. 7.3. Sobreposição da Carta Hipsométrica elaborada e a Imagens de Alta Resolução obtida pelo Satélite IKONOS para o ano de

A sobreposição da carta Hipsométrica elaborada com as imagens de alta resolução para área apresentou resultados alarmantes para área de estudo, pois em grande parte as áreas costeiras ocupadas do município se apresentam com altitudes variando de 0 m a 0,5 m. Este fator torna potencialmente estas áreas vulneráveis a qualquer elevação das águas costeiras e eventualmente a eventos extremos de maré.

7.1.3. 3º passo. Aplicação da ferramenta de elevação dos níveis das águas (GLOBAL MAPPER 2012).

Buscando uma melhor visualização das áreas locais comprometidas por um possivel aumento dos niveis das águas, assim como a eventos extremos de maré aplicou-se a ferramenta de visualização em 3D do GIS Global Mapper 7 (GLOBAL MAPPER 2012) com o aplicativo de Elevação das águas.

Para tanto se optou pela atribuição de um nivel de elevação na faixa dos 1,4 m para toda a região estudada. O intuito foi observar e avaliar o impacto da elevação das aguas na área costeira frente ao nivel de máximo de elevação de mar proposto anteriortmente neste etrabalho. Os resultados são apresentados na Figura 7.4 e 7.5 e 7.6.

Fig. 7.4. Modelo 3D elaborado no GIS Global Mapper 7 (GLOBAl MAPPER 2012) com representação da elevação das águas em

Fig. 7.5. Detalhe das áreas inundadas segundo o GIS Global Mapper 7 (GLOBAl MAPPER 2012) com representação da elevação das

Fig. 7.6. Detalhe das áreas inundadas segundo aplicativo do GIS Global Mapper 7 (GLOBAl MAPPER 2012) com representação da

7.1.4. 4º passo. Avaliação dos resultados obtidos com as imagens do ASTER GDEM - Global Digital Elevation Model (2010). Na utilização da ferramenta de “elevação das águas” acoplada ao GIS, GLOBAL MAPPER 7 (GLOBAL MAPPER 2012).

O procedimento adotado para a simulação de áreas inundáveis segundo a metodologia proposta apresentou com uma elevação de 1,4 m um panorama bastante critico para a área estudada. Estando a maior parte da zona costeira do município compreendida entre a faixa hipsométrica de 0 a 5 metros, a elevação das águas propostas na análise do modelo apontou um impacto muito grande na área como se pode observar nas figuras acima.

As áreas costeiras do município foram praticamente todas ocupadas e alagadas com as projeções de elevação das águas propostas neste trabalho de 1,4 m o que representa uma grande vulnerabilidade para com os eventos previstos pelo INTERGOVERNMENTAL PANEL ON

CLIMATE CHANGE - IPCC (IPCC 2007). Em números totais temos um perimetro de 11,9 Km

.

Fig. 7.7. Resultado da aplicação do modelo de elevação das águas do GIS Global Mapper 7 (GLOBAL MAPPER 2012). Destaque

Os elevados valores de áreas alagadas e inundadas podem comprometer seriamente o abastecimento local, salinizando as águas dos poços artesianos, bem como aumentando os danos ao patrimônio publico nas áreas costeiras no município para os próximos anos.

Para fins de uma melhor visualização e análise dos dados elaborou-se um conjunto de perfis topográficos que subsidiaram as análises das áreas ocupadas na zona costeira e suas vulnerabilidades. Sendo assim, a Figura 7.8 apresenta os resultados da elaboração dos perfis.

Com o intuito de uma melhor visualização dos perfis longitudinais de altitude utilizou-se de um exagero vertical de 30 % o que deforma o relevo em sua representação, mas apresenta-se como forte indicador visual de referencia de áreas mais elevadas, mesmo elas sendo de caráter muitas vezes insignificante com variações de 1,5 m.

Fig. 7.8. Perfil topográfico da área costeira do Município de Itanhaém em relação ao mapa hipsométrico. Legenda (m) 0 – 0,5 0,51 – 0,75 0,75 – 1,0 1,0 – 1,5 1,5 – 1,75 1,75 – 2,0 2,0 – 2,5 2,5 – 3,0 3,0 – 3,5 3,5 – 4,0 4,0 – 5,0 5,0 - 10,0 10,0 – 30,0

Observa-se na figura acima que o relevo da zona estuarina do Rio Itanhaém apresenta variações que se encontram abaixo dos 0,5 m com a presença de áreas que não ultrapassam os 2m de altitude em alguns trechos mais elevados.

Ao longo da zona costeira do Município estudado, observamos poucas variações de altitude referentes à zona estuarina, onde para esta área analisada as altitudes pouco ultrapassam os 2 m de altitude, mantendo assim as baixas altitudes da zona costeira estudada.

Um perfil semelhante foi elaborado para outra região da zona costeira do Município estudado e é apresentado na Figura 7.9.

Fig. 7.9. Perfil topográfico da área costeira do Município de Itanhaém em relação ao mapa hipsométrico. Legenda (m) 0 – 0,5 0,51 – 0,75 0,75 – 1,0 1,0 – 1,5 1,5 – 1,75 1,75 – 2,0 2,0 – 2,5 2,5 – 3,0 3,0 – 3,5 3,5 – 4,0 4,0 – 5,0 5,0 - 10,0 10,0 – 30,0

As altitudes na faixa acima analisada apresentaram máximas de 4 metros em um ponto, mas em geral as elevações não superam os 0,5 metros em sua maioria com um ponto representando o 1 metro.

Estas áreas se encontram em contato direto entre o oceano e o continente e devido a diversos fatores relacionados às técnicas empregadas na ocupação, as mesmas vêm apresentando indicios de vulnerabilidade aos alagamentos e as inundações.

Considerou-se também nesta análise que de acordo com o INTERGOVERNMENTAL

PANEL ON CLIMATE CHANGE - IPCC (IPCC 2007) as temperaturas tendem a subir entre 1,1º

C e 6,4º C durante o seculo 21 e, por conseguinte este fenômeno resultaria em uma elevação de 18 a 59 cm nos níveis das águas oceânicas. Estes níveis de elevação das águas já acarretariam um conjunto de problemas pertinentes à região costeiras devido às altitudes em que ela está compreendida.

7.2.a Definição das áreas e indicadores de impermeabilização do Solo (MARTINS &