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3.3.1 Impressões gerais

Claudio era casado com Olivia e pai de quadrigêmeos: Carlos, Gustavo, Lucas e Luciano. Nesse caso, diferentemente dos outros dois, não tive nenhum contato com Claudio, em nenhuma das três fases de coleta de dados. Assim, meu olhar sobre o caso provavelmente foi diferente, visto que só tive contato com o conteúdo das entrevistas no momento em que fui analisá-las. Houve resistência da minha parte em utilizar esse caso, talvez justamente por não ter tido contato direto com o participante. Claudio parecia estar continuamente incomodado com a família da esposa, desde a gestação até ao final do primeiro ano de vida dos bebês, pois, segundo ele, a sogra, especialmente, se intrometia bastante na vida do casal e no modo como eles pretendiam cuidar dos filhos. Este incômodo perpassou fortemente a experiência da paternidade de Claudio, pelo menos nos momentos em que as outras pesquisadoras o entrevistaram.

Claudio, embora feliz com a chegada dos filhos, direcionava a conversa, em muitos momentos, para a relação com a família da esposa, para o fato de que ele e a esposa saberiam como cuidar dos filhos, e que ninguém deveria “se meter” nisso. Em pelo menos três momentos nas entrevistas durante a gestação, ele disse que “as pessoas vão se surpreender comigo quando os bebês nascerem”, pois, segundo ele, achavam que ele não saberia cuidar dos filhos.

Claudio e Olivia conseguiram alcançar a gravidez na primeira tentativa da fertilização in vitro, após realizarem muitos exames e descobrirem que ele tinha “espermatozoides fracos”. Olivia tinha ovários policísticos mas, segundo Claudio, após ela tratar isso, o que os impedia de ter filhos era a questão dos espermatozoides.

Claudio estava com catapora quando soube da gravidez da esposa, e teve que passar uma semana longe dela em decorrência disso, inclusive durante o natal. Esse afastamento foi muito ruim, segundo ele, tanto que acabaram por se mudar para a casa da sogra ao final da gestação da esposa, pois ela precisava de repouso e cuidados, estadia que se estendeu até alguns meses após o nascimento dos bebês. Claudio, que já estava incomodado durante a gestação, demonstrou estar bem mais irritado com essa situação após o nascimento das crianças. Parecia haver uma ambivalência entre precisar – e saber que precisava – de outras pessoas por perto para ajudar a cuidar dos filhos e o fato de essas pessoas “se meterem” demais no que ele achava que cabia apenas a ele e à esposa. Ainda assim, Claudio se mostrou bastante participativo e sentindo como gratificante seu envolvimento nos cuidados com os bebês.

Em todas as fases de coleta de dados Claudio referiu o quanto seus filhos eram especiais. Tanto na gestação quanto nos outros momentos, ele pensava que dois dos filhos seriam/eram parecidos com ele e dois com a esposa, ainda que tivesse certa dificuldade em descrever o temperamento de cada um dos quatro bebês. Em diversas perguntas, especialmente na terceira fase de coleta, ao ser indagado sobre algo referente aos filhos, Claudio falava sobre os conflitos com a família da esposa. Esses conflitos pareciam afetar seu relacionamento com ela, sendo que ele relatou que havia sugerido a Olivia que fizessem terapia de casal, mas ela não aceitou, disse que então deveriam se separar. Ele também não se sentia reconhecido por tudo o que dizia fazer em relação ao cuidado com os filhos.

Por fim, cabe destacar que, devido a esses conflitos familiares, Claudio pareceu ter se sentido à vontade, durante as entrevistas, para desabafar e contar como estava se sentindo durante esse período, falando talvez até mais dessas questões do que de sua experiência como

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pai. Ele fazia psicoterapia desde antes do nascimento dos bebês, mas comentou na última entrevista que havia parado. Ter tido um espaço para falar e ser escutado parece ter sido importante para Claudio.

3.3.2 Breve apresentação da história do pai

Claudio era formado na área de comunicação e trabalhava também em uma área administrativa. Tinha uma irmã, a qual era mãe de um casal de gêmeos de um ano e meio. Segundo ele, tinha uma boa relação com os pais, os quais eram um “exemplo de vida” para ele. Conheceu Olivia em 1995, em uma festa. Após muitas separações e reconciliações no namoro, eles casaram em 2006.

3.3.3 Descoberta da infertilidade e tratamento

O casal começou a tentar engravidar uns quatro anos antes do momento da coleta de dados da pesquisa. Após cerca de dois anos de tentativas sem sucesso, partiram para a busca pelo tratamento. A decisão, segundo Claudio, foi do casal, sendo que foi ele quem ligou para o hospital que oferecia o serviço para buscar informações sobre o tratamento. A gravidez ocorreu já na primeira FIV. Claudio contou que até pensou em adotar uma criança: “Eu cheguei a pensar até em adoção. (...) É claro que é filho igual, né, a gente sabe, pelo menos, né, mas a gente sabe também (silêncio), também tem diferença, né”. Contudo, sua esposa não tinha a mesma opinião: “Achava sempre que não ia ser preciso. (...) Seria a última alternativa”.

Segundo Claudio, em relação à causa da infertilidade: “Ela tinha ovário policístico. Aí tratou, beleza, não tem, aí o problema era comigo, espermatozoide fraco. Não pegava, exame, exame, exame, exame. Aí foi que um dia o médico falou lá: ‘Bah, mas tu vai fazer esse exame para ver se tu é estéril’. Aí eu falei: ‘Quê?’. Aí, eu ‘Ah, o homem enlouqueceu’, e eu, ah, aí eu fiquei louco, eu falei: ‘Não é possível’. Aí foi que a gente fez mais exames, mais exames, mais exames, depois a gente viu realmente que não tem nada a ver, o cara errou, mas tudo bem. (...) Se eu fizesse o espermograma hoje tá bom, e se fizer amanhã tá fraco”. Para ele, o fato de ter conseguido ter filhos por meio de uma técnica de reprodução assistida não importava, por diversos motivos: “Como foi não importa. Importa é que o espermatozoide é meu, o óvulo é dela, então pegando isso aí é o que importa. (...) Pode até ter diferença, só que mais a diferença na relação, mas relação a gente tem igual. Quer dizer, então, né, isso aí não é uma, não vai ser isso que vai ser a diferença, né. Vai ser tratado igual

como se fosse, né, não importa. Graças a Deus que a gente teve, né, pelo menos, pelo menos essa união pra investir”. Claudio havia comentado que, caso adotassem uma criança, teria diferenças em relação a ter um filho biológico. Contudo, ao falar do tratamento, disse que não havia diferença, porém o “como se fosse” talvez expressasse a ideia de uma diferença, ainda que de forma inconsciente.

3.3.4 Paternidade no contexto da reprodução assistida a) Gestação

Ao ser questionado sobre como estava sendo desde que soube da gestação da esposa, Claudio disse que “eu tinha certeza de, nenhuma dúvida de que ia dar certo. Que é só na questão do, realmente, quantos iam ser, né? Na quantidade”. Contudo, contou que, quando teve a confirmação da gestação, se sentiu tanto alegre quanto triste, pois não pôde estar junto da esposa, já que estava com catapora: “Foi um pouco estranho pra mim, porque eu tive, justamente quando a minha mulher eu soube, né? Eu fiquei feliz, mas ao mesmo tempo triste, porque, eu fiquei feliz realmente que ela conseguiu mas eu fiquei triste porque eu tive catapora e eu fiquei na minha mãe, né? E eu não pude realmente compartilhar com ela naquele momento”. Devido à doença, Claudio precisou passar uma semana longe de Olivia, entre o natal e o ano novo, o que, segundo ele, foi bastante difícil. Quanto às preocupações que ele tinha durante a gravidez, Claudio destacou que as principais eram em relação ao fato de serem quadrigêmeos: “A gente sabe, a gente tá preparado realmente pra, pra qualquer eventualidade, né? Quanto à Olivia, principalmente que eu acredito que vai ser tranquilo, né? (...) Mas realmente quanto às crianças, eu realmente, a gente tá preparado, né? Então a gente sabe que pode acontecer uma eventualidade com algum deles, como a gente sabe, a gente tá preparado, mas também a gente sabe que, eu sei que, pensamento positivo, eu acredito que realmente vai dar tudo certo porque já tá entrando, entrou na sétima semana, vai entrar agora, sétimo mês, desculpa. E realmente, então tá tudo dando certo, então realmente, eu acho que isso ai tende a ir pra frente. E com certeza vai ser tranquilo, né?”. Cabe destacar o ato falho cometido por Claudio, ao falar que a esposa havia entrado na sétima semana de gestação, e não no sétimo mês. Pode-se pensar, com isso, que talvez ele não estivesse tão preparado para a chegada dos filhos como dizia. Ou então, talvez, ele não acreditasse tanto que os bebês nasceriam e ele se tornaria pai.

Claudio disse ter acompanhado Olivia em quase todas as ecografias, e ressaltou como ficou sabendo, a partir das ecografias, quantos bebês a esposa estava esperando: “Foi muito

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engraçado até. Porque a primeira eco ela [a médica] viu dois [bebês], né? Aí ela viu um pontinho assim e falou: ‘De repente tem um escondido aí’. Tá, tudo bem. Aí, num segundo momento, na outra vez a gente fez já numa outra clínica, né? E aí foi que viram três. Aí eu falei: ‘Ah, tá. Tá aumentando. Cada eco é um a mais’. Eu falei: ‘Meu Deus do céu! Então para a eco’, eu falei brincando. Aí realmente na outra eco, aí realmente veio as quatro realmente”. Já em relação ao sexo dos bebês, Claudio falou que: “Num primeiro momento, a gente é, achava que era, o doutor achava que era três meninas e um menino. Aí na ultima ecografia agora, acharam quatro meninos. Mas meu palpite é que nasçam três meninos e uma menina. Meu palpite, mas o que vier, com certeza, tendo saúde não importa o sexo”; “Certeza, certeza, certeza só na hora de nascer. Mas uma coisa é certa, tem um guri ai, né? Isso eu sei”. Ele contou que planejava assistir o parto: “Tô me preparando pra isso, né? Realmente eu tô me preparando, eu vou assistir o parto com certeza. Isso aí pra mim não é nenhuma novidade, que, assim, faria. Eu já acompanhei os meus tios, eles são médicos, e realmente eu assisti o parto, já sei mais ou menos o que que é, já sei, né, as consequências, então pra mim realmente não vai ter problema. Eu sei que, realmente, na hora lá, de repente me sentir mal, alguma coisa, eu saio, vou pro outro lado, eu sei, mas não vai acontecer, com certeza não vai. Mas realmente eu tô ansioso”. Comentou também que a saúde da esposa estava boa naquele momento, o que parecia tranquiliza-lo: “Tá tudo normal, não tem problema algum. Tá tudo tranquilo, fez eco, fez outros exames também, né? E tá tudo tranquilo, tudo correndo na maior naturalidade, assim. E a tendência principalmente é que, acho que realmente vai dar tudo certo”. Ainda em relação à esposa, Claudio disse que: “Tá levando tranquilo mesmo, realmente. Então pra ela tá sendo, ela tá levando uma vida normal. Claro que tem uma diferença, ela realmente, na questão de, claro que ela tá, agora pra caminhar tem uma certa dificuldade, pra sentar e pra dormir também ela tem uma certa dificuldade, mas também é normal, né? A barriga tá realmente grande. Então nesse sentido sim, só que eu não, pra ela, assim, ela tá, não normal como se não tivesse grávida, lógico, mas ela tá levando uma vida não tão diferente como se ela não tivesse, entendeu? Então eu acho que é por aí”.

Claudio comentou que o casal havia optado por parar de ter relações sexuais durante a gestação, além dos cuidados que estava tendo com Olivia: “Pra mim tá sendo, pra ela sendo normal, porque não tem como, como ter uma relação agora até porque a gente sabe também que realmente, né? Dos riscos. Então é, completamente, a gente entende, assim. Tá normal. Eu tô tentando realmente, ah, ajudar ela, que eu acho que é importante ajudar ela porque

ajudando ela ajuda as crianças. Tô ajudando, cuidando dela o máximo, eu tô realmente tendo o maior cuidado, né? Porque a minha preocupação agora é com as crianças realmente, e com ela, claro. Eu também, eu tenho que cuidar dela pra justamente também as crianças se beneficiarem disso. Então eu não, eu não, eu realmente tô me superando, né? Em muitas coisas, pra realmente dar uma, uma, uma certa, ah, condição, uma condição boa pra que as crianças nasçam bem”. Ainda sobre os cuidados com a esposa e sobre como ele estava se sentindo naquele momento, Claudio relatou que: “Eu procuro, assim, não, realmente não estressar ela porque eu sei que realmente complicado, ela não pode tá se estressando, porque a situação é complicada, né? Porque ela de repente dá um problema, então realmente eu tô, às vezes, como é que se diz, engolindo sapo. (...) Eu tô fazendo o máximo que eu posso, né, eu tô realmente, ah, eu, eu, ajudo ela, quando ela tem que tomar banho. Eu, eu, eu ajudo ela pra, quando ela tem que ir no banheiro de noite ou qualquer outro horário, né? Eu, eu, eu ajudo ela a trocar a roupa. Eu faço, realmente, compras, saio pra comprar o que ela precisa. Tô dando o máximo de mim, porque, realmente, porque é o que eu penso, né, se eu não vou fazer, né, quem é que vai fazer?”. Ele parecia, a partir dessa fala, estar bastante desamparado, já que cuidava muito da esposa mas não era cuidado. Claudio disse também que estava dando mais carinho e atenção à esposa do que ela a ele, mas que entendia que isso era devido ao momento que estavam vivendo: “Nesse momento, eu acho que eu que mais tô realmente proporcionando pra ela do que ela pra mim. Eu até entendo e compreendo pela situação, né? (...) Então realmente, ah, pra mim tá sendo tranquilo. Eu não me importo se ela não me der atenção, no sentido assim. Não me importo porque eu sei que ela que tá precisando, então realmente, né? Não tá, não, não, não tem problema algum, assim, quanto a isso”.

Sobre como as famílias dele e da esposa receberam a notícia da gravidez, Claudio disse que: “Minha família ficou muito feliz, e a família dela também. Só que minha família é bem menor, né, que a dela. Então, tem muita diferença aí realmente que eu muitas vezes fico, realmente me perguntando, né? E preocupado, porque, porque assim ó, porque umas, como é que eu posso te dizer, a diferença, né? Realmente, ah, até nisso, né, sociais, tudo. Porque cada um, um, um jeito, né, um modo de tratar. Eu vejo, assim, uma coisa é quando eles tão na barriga agora. Outro momento é quando eles nascerem. Porque eu tenho certeza, a minha família, da minha família realmente, tão, com certeza vão ter apoios. Vão ter apoios quando eles nascerem, tudo mais. A Olivia teve, não tenho dúvida disso, mas às vezes me perguntava, né? Eu perguntava: ‘Bah, mas será que eu vou ter mesmo?’, me perguntava. Eu até, preocupado. Mas realmente eu vejo que não vai ter problema. Da família dela também. A

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família dela realmente é bem maior e também tá dando apoio. Com certeza, então, isso aí tá todo mundo junto, com isso, então, né? Então, até porque, da família, realmente juntando é grande, e, com certeza, vamos, todo apoio possível, tá tendo”. Ele comentou que os amigos do casal também ficaram felizes com a notícia da gravidez: “Realmente, os meus amigos assim, e também os da Olivia. Ficaram muito felizes com isso, porque, pela, né, convívio, né? Convivência. Realmente tão dando o maior apoio também, né, com certeza que, até um amigo meu, André, brincou comigo, falou: ‘Bah, quatro colorados’. Eu disse: ‘Não, pode ser quatro colorados, só que se for dois gremistas não tem problema. Tu leva os dois gremistas no jogo’, brincando, eu falei: “Ah, tudo bem, não tem problema. Sem problema algum. Não vai ter problema”. Em relação ao apoio que estavam tendo das famílias de origem, Claudio disse que: “Todo mundo tá, tá junto nisso aí, tem que apoiar porque de uma maneira, porque, né? Eu até entendo assim, né? E por um lado fico um pouco, assim, ressabiado, porque, pô, a Olivia tá, né, na mãe dela, mas eu entendo, eu sei que realmente a mãe dela tem que tá aqui, né? Claro. Porque a mesma coisa se fosse ao contrário”. No momento das entrevistas, eles estavam morando na casa da mãe de Olivia, pois ela precisava de repouso e cuidados, o que ele não poderia fazer morando só os dois. Contudo, essa situação parecia estar incomodando Claudio: “Tá sendo meio difícil de, de, de, de, de entender, de superar isso ai, né? Pra mim tá sendo difícil. Porque a gente sabe que tá tendo apoio. Tomo no meu lugar e tal, então eu fico meio aqui, realmente isso me incomoda muito, realmente é muito complicado”. Claudio estava, inclusive, em terapia naquele momento: “É difícil, mas eu vou tentando ver como é que eu vou, com uma psicóloga, eu tô vendo como é que eu, que eu jogo isso ai”. Ele disse que, quando tinha alguma dificuldade emocional, recorria à psicóloga: “A minha psicóloga. A minha psicóloga é, ela é assim, bah, minha segunda mãe, eu acho”. Ver a psicóloga como mãe não seria, também, uma forma de Claudio demonstrar o seu desamparo?

Claudio também já estava pensando sobre como seria para cuidar dos bebês após o nascimento: “Porque nós vamos realmente fazer uma, uma certa, fazer uma escala com certeza. Porque imagina. (...) Porque eu acho que, cada um tem a sua parcela, né? Independente de ser a família maior ou menor, não importa. Cada um tem a sua parcela. Isso aí, realmente, eu não abro mão disso”; “A gente vai ter que superar muitas coisas, né? Porque a gente sabe que, realmente, são quatro. Vai precisar de ajuda realmente, mas é aquele negócio. Aí a pessoa ajuda, dá palpite. Quer dizer, então, isso aí realmente vai ser uma coisa difícil. Vai ter que ser superado por tudo, porque é aquela história, tu tentou engravidar, tu teve filho, né? Realmente aí, chegam lá e, um exemplo que eu vou dar, chegam

lá e mandam teu filho: ‘Ah, tem que fazer isso, teu filho’. Mas para aí um pouquinho: ‘Eu vou ter que fazer isso, eu sou o pai, eu sei o que eu tenho que fazer’. Então isso aí realmente, nesse sentido, né? Isso aí, realmente, pra mim, particularmente, vai ser difícil realmente superar, de aceitar. Mas eu vou ter que por um lado ou outro vou ter que, ter que superar ou conversar ou que tu, não sei se tu tá me entendendo o que eu tô dizendo”. Após os primeiros meses, Claudio e Olivia pensavam em coloca-los na creche: “Na creche. Assim que a Olivia começar a trabalhar, né? Depois da licença e das férias, na creche com certeza. (...) Quanto à creche não vai ter problema, eles vão pra creche com certeza. Não tem nem dúvida disso. Até porque, é como eu digo, se eu, eu me preparei pra isso, então eu não, eu não acho certo, eu não acho certo a gente, eu particularmente, ter filho e ter que deixar pros outros cuidar. Eu não acho certo isso. Então eu não, não, né? Então, eu acho errado, então eu acho que se eu tive condições de ter, se eu me preparei, me preparei pra isso, pra isso, eu vou botar realmente alguém que já tá preparado realmente pra cuidar deles”.

Ao ser perguntado sobre o que já sabia sobre os bebês, Claudio disse que: “Eu já pesquisei na internet, eu já sei, são quatro place, são, são, eles tão, quatro pla, placentas ali, né? Quatro, né? Diferente. Então realmente, então, são, pulam muito, dão muito chute, realmente então, é muito emocionante, até eu, e é muito engraçado porque quando eu, eu chego aqui, né, fico com a Olivia e eles começam a chutar assim. Eu boto a mão, então e eu realmente, é um momento que eu vejo que, né, ah, de repente eles tão sentindo, claro. É a presença do pai deles também ali. Mas eu, eu sei realmente que eles tão, né, por um lado, de repente querendo sair logo, mas ao mesmo tempo eu sei que eles vão esperar, porque tem o momento certo”; “É emoção [sentir os bebês se mexendo], é muito gratificante isso porque, é uma, é uma, a gente vê um resultado de um trabalho, né, de um investimento. Não deixa de

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